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História Door - Chiclete amarelo


Escrita por: Project_Kpopers e UniPurpu

Notas do Autor


Deem muito amor à essa história do Project_Kpopers
Favortitem e comentem a opinião de vocês.

Betagem por @Manu_Tavares
Capa por @jimmyblink

Boa leitura.

Capítulo 1 - Chiclete amarelo


          Sou um adolescente que vive sozinho, pois os pais simplesmente cortaram qualquer tipo de comunicação comigo. O motivo? Não sei. Trabalho para tentar sobreviver. Não estudo mais. Um belo dia resolveram me expulsar da escola por nenhum motivo aparente. Não interajo com ninguém além do meu supervisor, gosto de ser reservado.

Moro em uma residência alugada, um bairro de classe média. Hoje é mais um dia como qualquer outro, trabalho. Saí da minha casa, passei pela porta e saí andando pela rua.

A paisagem à minha frente girou repentinamente. O que está acontecendo? Talvez eu devesse ter comido ontem e hoje.

Coloquei minhas mãos em minha têmpora e senti o suor frio. Não consegui fazer nenhum movimento a mais. Meu corpo entrou em estado de choque. Desmaiei.

Vi um campo florido logo à minha frente, rodeado de árvores e plantas. Havia duas pessoas sentadas sobre a grama, rindo e conversando sobre algo. Eles aparentam estarem felizes. Aproximei-me um pouco para tentar ver quem era. Eles notam minha presença e se viraram rapidamente, de forma que os pescoços estralaram.

Não possuíam faces, tão pouco qualquer expressão. O rosto aparentava tinta vermelha e preta derramada. Tentei me afastar, porém meu movimento os atraiu como imã, ficando face a face comigo. Tentei gritar, mas nenhum som ecoou. Novamente sou jogado no vazio.

Até quando vou permanecer sozinho e assombrado? O que eu tenho de ruim que as outras pessoas repudiam? Quem eu sou realmente?

Meu corpo está flutuando em meio ao nada.

Estava sonhando, com certeza. Não era a primeira vez que minha mente me fez ter esse tipo de sonho. Até meu próprio subconsciente gostava de me ver triste e torturado sentimentalmente.

Meu corpo todo doía. Tentei abrir meus olhos, mas uma luz forte estava sobre mim, de modo que não consegui movimentá-los.

– Você está bem? – Uma voz doce e desconhecida ecoou pelo local.

Com força, tentei levantar minhas pálpebras para enxergar quem se dirigiu a mim.

A imagem que se formou à minha frente foi de uma garota loira dos cabelos compridos. O rosto gordinho e angelical de pele clara.

– Quem é você? – Tento identificá-la.

– Desculpa. – Ela põe uma mecha atrás da orelha. – Sou Park Roseanne. – Ela faz um gesto com a mão como quem diz tchau.

– Sou Kim Seokjin. – Sorrio – Você sabe me dizer onde eu estou? – Olho em volta tentando identificar.

– No Hospital.

– Ah sim.

– Você deveria comer melhor.

– Às vezes esqueço de comer ou não me dá vontade.

– Mas precisa.

– Hum...

– Olha, desculpa me preocupar com você. Provavelmente nem se lembra de mim na escola já que faz alguns anos. Quando vi você entrando inconsciente aqui, só vim ver como você estava.

– Se foi na escola, então faz muito tempo mesmo.

– Sim, apesar de nunca termos nos falado. Só o conhecia de vista e pelo o que me falavam de você.

– Eu preciso ir trabalhar. – Digo me sentando sobre a maca.

– A Médica disse que você precisa descansar.

– Porém, não é ela que vai assegurar meu salário no final deste mês.

– Você é teimoso!

– E você insistente. Olha Roseanne…

– Rosé.

– Rosé, obrigado pela sua preocupação, mas eu realmente preciso ir. Então, vou falar com a médica e pedir alta é só falar que irei direto para casa.

– Só se você for um bom mentiroso.

– Siga o mestre.

Puxei a agulha que estava na veia da costa da minha mão, levantei da maca e fui em direção à recepção pedir ajuda.

Chegando lá, falei que iria para casa me alimentar direito. Deixei meu nome e roupas no Hospital. Fui liberado. Rosé assistia tudo de longe, ficou de boca aberta com as minhas palavras enganosas.

Acenei em sinal de despedida e saí do local indo em direção ao trabalho. Chegando à empresa, apenas justifiquei meu atraso e segui para minha mesa.

Passaram-se algumas horas e já que eu tinha resolvido toda papelada. Marquei minha hora de saída e segui para casa.

Já é tarde da noite, então apenas troco minhas roupas em meu quarto e me deito na cama. Fecho meus olhos e adormeço em seguida.

Achei que não sonhei, pois quando acordei não me recordei de nada. Me espreguicei e fui em direção ao banheiro. Adentrei o local bocejando e esfregando os olhos. Levantei o rosto e me fitei no espelho.

De novo, aconteceu novamente. Meu rosto estava com manchas de sangue, assim como roupas e membros.

Nunca descobriram o que eu tenho, assim como eu mesmo não tinha nenhuma pista.

Tirei minhas roupas sujas com o líquido vermelho e fui para debaixo do chuveiro. Lavei cada canto a canto do meu corpo para tirar o sangue que já estava seco.

Saí do banheiro me enxugando e coloquei minha roupa básica preta. Estava frio. Olhei pela janela do quarto. Neve, a primeira neve. Precisava me encher de camadas de roupas, eu era muito sensível à temperatura.

Resolvi fazer um café da manhã para mim, pois não quero voltar àquele local que cheira a álcool.

Fiz torradas e bebi o suco que estava na geladeira. Saí de casa e caminhei em direção à empresa. A rua estava bem calma hoje. Andei mais alguns metros e vi um conglomerado de pessoas reunidas em um único ponto. Curioso, me aproximei para ver o que eles estavam observando. Fui passando entre as brechas de pessoas até ver uma mulher que estava deitada no chão… Morta. Seu corpo aparentava ter sido dilacerado com cortes por toda a parte, menos no rosto.

– Estão dizendo que aconteceu de madrugada quando não tinha ninguém por perto. – Alguém diz.

– Quem poderia ter feito isso? – Perguntou outra pessoa.

– Tão jovem…

Não era novidade que isso ocorria na vizinhança. Vejo acontecendo frequentemente. Ninguém mais está seguro.

Andei mais um pouco para aproveitar o tempo que mudou, já que acordei um pouco antes do horário.

– Seokjin! – Uma voz feminina me chamou.

Me virei e fitei uma garota de cachecol vermelho, acenando e correndo em minha direção.

– Ah! Rosé! Você está me seguindo?

– Como assim? Você que me chamou para caminhar com você até o trabalho.

– Eu falei? Tem certeza?

– Sim, enquanto estávamos bebendo.

– Bebendo? Quando foi isso?

– Ontem à noite.

– Mas eu não saí de casa nesse dia.

– Bom, ou era você, ou seu irmão gêmeo que coincidentemente também me conhece.

– Acho que você sonhou e está confundindo com a realidade.

– Como não? Você até me disse que trabalha na empresa Park.

– OK, isso eu não falei.

– Enfim, já que estamos aqui, vamos caminhando até a empresa.

E assim fizemos. Durante a caminhada, conversamos sobre nossas vidas. Rosé é filha única e mora com os avós, já que os pais morreram em um acidente de carro quando pequena.

– Chegamos. Até mais Rosé. – Aceno e subo as escadas, rumo ao elevador. Alguém entrou rapidamente. – Você vai me seguir até aqui? – Ela não responde. Aperto no botão do meu andar.

Saímos juntos do elevador, continuei ignorando a Stalker.

– Bom dia Senhorita Park! – Um funcionário se dirige à perseguidora.

– Bom dia Sewoo. – Ela responde.

– Eles conhecem você? – Novamente ela não responde.

Fui em direção à sala do presidente entregar algumas informações do meu bloco.

– Bom dia Senhor! – Reverencio de frente para sua mesa.

– Papai! - O QUÊ?

– Oi filha! O que veio fazer aqui?

– Lhe visitar. – Ela disse indo ao encontro de seu pai e o abraçando.

– Que ótima surpresa! – Ele sorri.

– Bom dia senhor Seokjin, o que lhe traz à minha sala?

Expliquei o que tinha que direcionar para ele, intercalando o olhar para a loira que estava com os braços em volta do seu pescoço, atrás dele.

– Muito bem Seokjin, pode voltar ao trabalho.

Saí da sala ainda desacreditando. Me livrei desses pensamentos triviais e iniciei meu trabalho desta manhã.

Após algumas horas, já está de noite. O serviço findou. Arrumei minha mesa e saí do prédio.

– Espera Seokjin!

– Ai garota, você não me deixa em paz não?

– Eu só não quero voltar para casa sozinha.

– Você tem seu pai.

– É chato ficar com ele.

– Ah tá bom, só evita falar comigo, o dia hoje foi estressante.

– Tá bom.

Seguimos adiante pela rua quase deserta de Seul.

– Quando eu chegar em casa, você vai seguir seu caminho sozinha?

– Sim.

– Não sente medo?

– Por andar por aí só?

– Sim.

– Não sinto não.

– Quer que eu te deixe na frente da sua casa?

– Pode ser.

Dobrei em uma rua diferente da minha até chegar na casa dela.

– Eu tenho uma pergunta…

– Diga.

– Seus pais não haviam morrido?

– Sim.

– Então como o CEO da empresa é seu pai?

– Ele é meu avô, mas como fui criada por ele, o considero meu pai.

– Entendi, então, tchau.

– Até mais. – Ela disse passando pela porta da entrada.

Virei de costas e andei no sentido contrário, seguindo para minha moradia. Não havia ninguém por aqui.

– Ei! – Uma voz masculina atrás de mim disse alto.

Me virei para identificar o dono da voz. Não o conheço, seu chapéu escuro estava cobrindo o rosto.

– Passa tudo o que você tem que ninguém sai machucado.

– Hahahahaha… – Por que eu tô rindo?

– Tá maluco?

– O maluco aqui é você. – Com certeza sou eu.

– Tá afim de morrer espertinho? – Ele disse apontando o revólver.

– E você, tá afim? – Desafiar a morte não é legal.

– Acho que você não percebeu que estou armado!

– Não por muito tempo. – Em uma ação rápida eu bati em seu punho e peguei a arma que caiu no chão.

Ele assustado com minha ação, nem percebeu quando eu mirei e atirei no se rosto.

O que eu fiz? Por que eu fiz isso? EU MATEI ALGUÉM!

Perplexo pelo o que havia ocorrido, eu apenas corri colocando o revólver dentro do meu paletó preto. Cheguei em casa e o escondi na terra de um dos vasos de planta que havia por lá.

Por que eu não consegui agir diferente? Poderia ter simplesmente entregado meus pertences que ninguém sairia machucado. Mas não, inconscientemente, tirei a vida de alguém. Sou um assassino cruel que não pensou duas vezes antes de atirar em alguém.



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