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História Dormindo com o Inimigo - O novato é o melhor!


Escrita por: HimeSama20

Notas do Autor


Olá, minna-san! Primeiramente, eu queria pedir desculpas pela grande demora em postar o capítulo. Eu tive um grande bloqueio e fiquei dias sem escrever até que finalmente... PUF! Ideias brotaram na minha cabeça. Coisa boa né? haha Mas eu devo agradecer à minha irmã, JStark, por ter me dado a dica de como continuar. Obrigada!
Segundo, eu queria agradecer imensamente a todos que vem acompanhando essa história, comentando e favoritando. Vocês são a minha inspiração!
Terceiro, eu ia adicionar aqui o link de um vídeo que eu gostaria que vocês assistissem antes de ler o capítulo, mas o Spirit não permite links nas notas inicias. Então, por favor, deem uma olhada nas notas finais antes de começar, por favor.
Peço que, primeiramente, assistam ao vídeo para depois ler o capítulo, ok?
Nos vemos nas notas finais :)

Capítulo 5 - O novato é o melhor!


Quando Otoya retornou do banheiro, a sala de dança parecia um campo de concentração do exército. Um grande grupo se encontrava em um dos cantos da sala, ao redor de seus amigos, enquanto a professora lhes fazia perguntas que ele não pode ouvir devido à distância. Todos estavam muito sérios, o que indicava que algo ruim tinha acontecido. Ele se perguntou se tinha ficado fora tanto tempo assim para ter perdido algo importante, e agora acreditava que sim. O banheiro masculino daquele andar ficara completamente interditado pelo grande fluxo de pessoas querendo usá-lo ao mesmo tempo logo após a pausa ser anunciada pela professora, o que o fez ter de ir no andar de baixo para conseguir usar o banheiro.

Quando ia tentar se aproximar para saber o que tinha acontecido, viu uma sombra conhecida passar ao seu lado, e ao se virar, deparou-se com Tokiya, Cecil vinha logo atrás dele. O Ichinose tinha uma expressão estranha no rosto, não lembrava-se de já o ter visto assim algum dia. Raiva? Não, a expressão raivosa de Tokiya era inconfundível, já a tinha visto muitas vezes. Dor? Também não, aparentemente estava tudo bem com ele.

Desistindo de tentar decifrar a expressão do colega, resolveu perguntar para Cecil o que tinha ocorrido, talvez ele soubesse.

- Cecil, o que houve aqui? Por que todos estão com essas caras?

- O Hayato passou mal e teve que ser levado às pressas para a enfermaria...

Ah! Era preocupação! Realmente nunca tinha visto Tokiya com aquela expressão antes, pois ele parecia nunca se importar com ninguém.

- “Tokiya é mais sensível do que deixa transparecer. Mesmo dizendo a todos que odeia o irmão, ainda é capaz de ficar preocupado com ele. Talvez eles não se odeiem tanto quanto demonstram.”

Pensou Otoya, sentindo uma onda forte de afeto pelo moreno.

- Mas o que aconteceu com o Ichinose-san? Ele está bem?

Cecil suspirou.

- Ele vai ficar. Quanto ao que aconteceu... Eu... Eu não sei ao certo. Ele perdeu o controle do corpo de repente e algum tempo depois perdeu a consciência também. Se o Tokiya sabe o que ele tem, ele não quer dizer.

Mas Otoya detectou a hesitação em sua voz e percebeu que o amigo estava mentindo. Talvez ele também soubesse o problema de Hayato, mas não iria pressioná-lo. Se Cecil sabia e não lhe contou era porque algo grave o impedia, talvez uma promessa.

- Onde estão Natsuki, Reiji e Syo?

Questionou, notando a falta dos colegas.

- Ficaram na enfermaria, cuidando dele.

Ambos ficaram em silêncio olhando de longe para Tokiya, que era interrogado avidamente pela professora. Ao término da conversa, ela se virou para o resto do pessoal.

- Ok, chega de moleza, seus molengas!! Vamos botar esse corpo pra mexer! Todos pra pista, AGORA!

Em meio a gemidos de dor e cansaço, todos retornaram para a pista de dança. Mas ao invés de a professora os acompanhar, ela se dirigiu para um os armários que havia no local e procurou um entre os inúmeros DVD’s que havia dentro dele. Ligou a TV e o aparelho de DVD e inseriu o pequeno disco no aparelho, pausando a reprodução e virando-se para os alunos novamente.

- Todos em duplas! Se não tiver mulher suficiente vai homem com homem mesmo, não quero ninguém de frescura!

Otoya rapidamente olhou para Haruka e fez um gesto apontando para ele e depois para ela. Ela fez que sim com a cabeça, sorridente, e se aproximou dele. Quando todos já haviam escolhido seu par, a professora voltou a falar.

- Esse exercício é de memorização de coreografia. Eu vou passar um vídeo de 2 minutos, que vocês deverão assistir atentamente, memorizá-lo e executá-lo com seu parceiro em seguida.

A sala inteira explodiu em protestos, fazendo uma veia de irritação saltar na testa da professora.

- Ela está louca?

- Memorizar assim?

- É impossível!

- SILÊNCIO!!!!

Todos se calaram na mesma hora. Era um alto risco à saúde não obedecer àquela mulher.

- Eu vou passar o vídeo 3 vezes! Esse teste é apenas para que eu possa verificar o nível de memorização de vocês, quem não conseguir fazer não vai ser repreendido. Não por mim, pelo menos.

Ela soltou um riso baixo. Ela se referia aos próprios alunos, uma vez que, quem não conseguisse reproduzir a dança do vídeo, seria alvo de zombaria pelo resto da turma. Bem, isso até que quem estiver zombando tente dançar e erre também, nesse caso a história se inverte.

- Muito bem, todos prontos? Lá vai!

Assim que o vídeo começou a tocar, todos entraram em pânico. Eles jamais conseguiriam realizar aquela dança! A professora havia escolhido um tango com muita sensualidade e passos complicados.

Enquanto alguns perdiam tempo reclamando, outros prestavam muita atenção à dança. Um deles era Otoya, que sequer piscava enquanto a música envolvente tocava e o casal dançava sensualmente. Ao seu lado, Haruka parecia um pimentão ao observar os passos que teria que fazer.

Ao término do vídeo, a professora nem esperou que os protestos recomeçassem.

- Não quero ouvir queixas nem reclamações! Se alguém tiver algo a dizer, que se dirija até o Sr. Saotome ao término da aula. Dito isso, TODOS irão dançar, então parem de reclamar e prestem atenção! Eu vou rodar o vídeo pela segunda vez!

A pequena menção ao diretor da escola fez com que os ânimos se acalmassem, pois, apesar de acharem o exercício injusto, ninguém realmente teria coragem de reclamar com o diretor por um motivo tão banal.

Otoya percebeu que Haruka tremia e colocou uma mão gentilmente em seu ombro.

- Nanami-san, fique calma.

- Mas Ittoki-kun, eu nunca vou conseguir fazer isso!

Mas ao invés de demonstrar nervosismo, o ruivo dirigiu um sorriso confiante à ela.

- Não se preocupe. Preste mais atenção aos movimentos dos pés dela. Pode deixar que eu cuido do resto.

- “Ele parece tão confiante...”

Mas fez o que ele disse. Ao assistir a dança pela segunda vez, olhou minuciosamente cada movimento que a dançarina fazia com as pernas, e tentava imitá-los, com algum sucesso. Outros pela sala faziam o mesmo, para a satisfação da professora.

Ao fim da segunda rodada, Haruka olhou para o ruivo com mais confiança, sendo retribuída com um sorriso que dizia “vamos arrasar!”.

Na terceira vez os passos já eram mais conhecidos e eles perceberam, com certo alívio, que a dança não era tão complicada assim, afinal. O grande desafio seria lembrar todos os movimentos depois.

- Todos os casais, façam uma fila! Essa vai ser a ordem que vocês vão dançar.

Disse a professora, quando o vídeo terminou pela terceira vez.

Todos correram para formar a fila, se empurrando para tentando ser os primeiros enquanto a coreografia ainda estava fresca na cabeça. Todos sabiam que os últimos eram os que mais iriam errar, e ninguém queria ficar nessa posição. Por azar, Haruka e Otoya ficaram quase no último lugar da fila, para o desespero da menina.

- Nanami-san!

Otoya pegou em seus ombros e lhe deu um leve chacoalhão, fazendo-a prestar atenção em si.

- Confie em mim.

- Primeiro casal à frente!

Ordenou a professora. O primeiro casal era Tokiya e uma menina que ele não conhecia. Enquanto a professora colocava o CD com a música, os dois tomavam suas posições.

A música começou e o casal começou a dançar, fazendo Otoya quase morrer de ciúmes com a proximidade dos dois em algumas partes. Ele apertava suas mãos com força sem perceber, e fulminava com seu olhar a vaca magricela que ousava se esfregar no seu homem. Sim, ele era seu! Ele só não sabia disso ainda.

Era óbvio que ela estava aproveitando ao máximo toda a proximidade com um dos garotos mais inacessíveis da Academia, e rebolava sensualmente na sua frente, como se fizesse de propósito para provocar Otoya.

- “Vamos ver se você vai conseguir rebolar assim depois que eu quebrar as suas duas pernas.” – Pensou sadicamente.

Haruka deu um leve risinho ao perceber o desconforto do ruivo com aquilo, e tocou sua mão de leve. O Ittoki se assustou com o toque, sendo retirado de seu momento de fúria assassina. A menina lhe sorria, divertida.

- Fique calmo, Ittoki-kun. Senão você vai se machucar.

Mas o olhar dela dizia que ela já tinha entendido o motivo de ele ter ficado tão furioso de repente, e ele corou, sem jeito.

- Desculpe...

Quando o casal terminou, todos aplaudiram muito, pois eles conseguiram reproduzir a dança quase com perfeição. Quase, porque sua parceira errou todos os movimentos das pernas, o que fez Tokiya ficar muito irritado, mesmo que todos tenham achado incrível.

O casal foi seguido por Eichi e uma morena que também era de sua sala. Quando os dois se posicionaram, Eichi lançou à Otoya um sorriso arrogante e um olhar que claramente lhe desafiava. Os dois começaram e mostraram grande entrosamento, mas também não escaparam de alguns encontrões e tropeços nas pernas um do outro. Mas mesmo assim foram muito melhores que Tokiya, para a fúria do Ichinose.

Ao saírem da pista de dança, eles também foram muito aplaudidos. Eichi passou por Otoya, parando ao seu lado.

- Faça melhor se puder, novato.

Otoya estreitou os olhos e o encarou, aceitando o desafio.

- Você vai se arrepender de ter me desafiado, Otori.

O moreno ajeitou os óculos, sorrindo desdenhoso.

- Vamos ver, Ittoki.

Aos poucos os outros casais foram se apresentando, errando cada vez mais à medida que a fila andava. Alguns lembravam a coreografia somente até a metade, outros lembravam apenas o começo e o final. Mas a maioria errava os movimentos em conjunto, tropeçando nas pernas do parceiro ou tendo falta de sincronia e entrosamento com o outro.

E finalmente chegou a vez de Otoya e Haruka. Ambos estavam nervosos quando se dirigiram à pista de dança, e Otoya mais uma vez deu um olhar tranquilizador para ela.

- Você ainda lembra a coreografia?

- S-só até a metade...

- Não tem problema. Escute, quando você não se lembrar mais, me diga, ok?

Ela assentiu.

- E depois?

Ele sorriu cúmplice à ela.

- Depois, relaxe o corpo e faça o que eu falar.

Otoya ainda lembrava os movimentos com perfeição. Uma das qualidades do Ittoki era sua boa memória, e ele iria mostrar isso para todos agora. Ele sabia que, só porque era o primeiro dia de aula dele, todos achavam que ele não sabia fazer nada direito.

- “É hora de mostrar à eles o quanto estão enganados! Engula essa, Eichi!”

Eles se posicionaram longe um do outro, respirando fundo. Ao primeiro toque da música, Haruka mudou totalmente sua expressão. De menina tímida passou a mulher sensual. Começou com pequenos passos típicos do tango em direção à Otoya, que permanecia parado. Em determinado momento, ela deu um meio giro sensual e jogou uma das pernas para a frente, encostando somente a ponta do pé no chão. Suas mãos estavam em sua cintura, viradas ao contrário, o que realçava sua postura impecável.

Em perfeita sincronia com a música, que era lenta no começo, jogou um braço de cada vez para o alto, rebolando enquanto as mãos desciam por seu corpo. Ao chegar em sua cintura, ela jogou a mão direita para a frente, recolhendo seus dedos lentamente, como se estivesse chamando Otoya. Alguns garotos engraçadinhos assobiaram para a moça, que fingiu não ouvir para não se desconcentrar.

Otoya, por sua vez, havia emprestado um blazer da professora, que ele segurava por cima do ombro direito. Ao ser chamado, ele andou lentamente em direção à ela, que esticou o braço esquerdo e tocou o peito do ruivo. Ambos começaram a andar ao redor um do outro, invertendo as posições iniciais. Então eles se afastaram, ela esticando o corpo com as mãos na cintura e fazendo movimentos sensuais, ele parando de se movimentar abruptamente e jogando o blazer para longe, arrancando gritinhos de algumas meninas.

Ambos deram um passo grande na direção um do outro, ficando lado a lado, quando a música ganhou um ritmo mais agitado, com uma perna à frente e outra atrás do corpo e com os braços que se encontravam engatados e o outro erguido para o alto. Ambos jogaram o corpo e a cabeça para trás, logo se erguendo novamente e, com as mãos dadas, dando um meio giro pelo salão.

As mãos que estavam unidas, Otoya usou para obter impulso e fazê-la dar dois giros completos, logo segurando sua mão novamente e apoiando a outra na cintura de Haruka. Em sincronia, eles jogaram a perna esquerda para trás.

Lentamente, com o olhar preso um no outro, eles foram se erguendo novamente, esticando a perna que antes estava jogada para trás. Rapidamente, ele ergueu-a no ar, sustentando-a pelas mãos juntas e a que estava na cintura dela. Ela rapidamente envolveu a perna esquerda dele com a sua direita. Ele rodopiou no salão, sustentando bem o seu peso. Assim que Haruka foi colocada no chão, a perna que envolvia a dele permaneceu no local, usando como apoio quando ela jogou o corpo para trás, vendo o rosto espantado de todos de cabeça para baixo.

Ao se erguer, ela deu um pequeno pulo para trás, as mãos sempre unidas, e os dois iniciaram o vai e vem das pernas característico do tango, parte em que a maioria errava. Ambos ficaram contentes ao executar o passo com perfeição, ouvindo os murmúrios de espanto do restante da turma.

Otoya girou-a, deixando-a de costas para ele, ainda de mãos unidas, e a que antes estava na cintura de Haruka, agora repousava em sua barriga. Ela a cobriu com a sua própria e, ainda de costas para Otoya, ambos deram alguns passos bem coreografados para o lado. Ao final, Haruka jogou a perna direita, totalmente esticada, para cima, agradecendo pelo uniforme de dança ser um short ao invés de uma saia.

Ao pousar o pé no chão, Otoya impulsionou-a num novo giro, este de duas voltas. Ao se sentir segura nos braços de Otoya, Haruka iniciou novamente o vai em vem dos pés, girando lentamente no mesmo lugar. Otoya girou-a sem soltar sua mão, mas ao invés de pará-la no primeiro giro, deixou que ela girasse mais duas vezes, se afastando dele. Abruptamente, ele parou seu giro com um puxão firme em sua mão. Ela estava de costas para ele, e a mão que estava livre ela levou à cintura.

Ela virou-se na direção dele, se afastando e iniciando passos solo. Ele, por sua vez, virou-se de costas para ela. Ela aproximou-se dele e o abraçou pelas costas, sussurrando em seu ouvido:

- Eu não me lembro mais.

- Levante a perna esquerda. – Ele disse rapidamente.

Ela obedeceu e ele passou sua mão esquerda sensualmente pela perna dela.

- Se afaste de mim, andando de costas.

E assim ela fez, sendo seguida por ele.

- Se abaixe.

Ele ordenou quando se aproximou dela e ela se abaixou, olhando para ele. Ele tocou seu pescoço com a mão direita e ela se lembrou desse passo, levantando o braço direito e colocando a mão em seu pescoço enquanto levantava rapidamente, sendo girada novamente. Ele parou o seu giro quando ela ficou ao seu lado.

- Jogue o corpo para trás.

Ela jogou, sendo segurada por ele pelo pescoço, a levantando com rapidez e se posicionando atrás dela, dando-lhe um forte abraço e ouvindo mais gritos histéricos.

- Passe as mãos pelo corpo e dê três passos ao ritmo da música.

Ela obedeceu sem questionar. No terceiro passo, ele a soltou e ela continuou andando enquanto remexia o corpo, já que ele não havia dito para ela parar. Mas ele a parou segurando-a pelos dois braços, virando-a para si e unindo-se a ela novamente.

- Joga a perna direita pra trás.

Assim que ela executou o passo ele imitou-a, inclinando-a para trás e passando a mão esquerda pelo seu corpo.

- Vamos levantar, eu vou te girar uma vez e te puxar pela mão.

Ele a puxou em sua direção, deixando-a ao seu lado e passando o braço direito pela sua cintura, enquanto ela passava o braço esquerdo por seu pescoço.

- Pula!

A ordem foi desnecessária, pois ela lembrava dessa parte. Ela pulou e flexionou as pernas, ficando em cima da perna direita dele, logo sendo impulsionada para cima e jogando a perna direita para o alto. Ao cair novamente, ele a levou ao chão, e ela se abaixou, com a perna esquerda para trás e as mãos unidas para cima. Ao fim desse passo, a música terminou e a sala toda explodiu em palmas e vivas, assobios altos e murmúrios extasiados.

Os dois se olharam, e ele pode ver a alegria irradiando dos olhos dela. Sem pensar, ele a abraçou, sendo correspondido energicamente, enquanto os outros alunos os olhavam com expressões variando entre espanto, admiração e inveja.

Ao ver o abraço dos dois, Tokiya cerrou os olhos, irritado.

- Ittoki-kun, nós conseguimos!! Fizemos tudo perfeito!

Ela gargalhava em seu ouvido e ele se sentiu contagiado pela alegria dela.

- Eu não disse pra você confiar em mim? Caramba, você foi maravilhosa!

- Você também! Eu estava tão nervosa, mas você estava tão confiante de que iria conseguir!

- Vocês foram espetaculares!

A professora aproximou-se dos dois, orgulhosa de seus dois alunos novos.

- Simplesmente espetaculares! Mas vamos dar lugar aos alunos que faltam agora.

Ao se retirarem, Otoya passou propositalmente ao lado de Eichi, parando ao seu lado sem olhar-lhe nos olhos.

- Espero ter correspondido suas expectativas, Otori.

E saiu sem esperar resposta do moreno, que o fuzilava pelas costas, sentindo na boca o gosto amargo da derrota.

oOo

No almoço, Otoya decidiu apresentar Haruka para seus amigos. Durante o restante da aula de dança, eles haviam conversado e se conhecido melhor, e Otoya descobriu que ela era uma menina doce, inteligente, simpática e parecia ser uma ótima amiga. Mas tinha um pequeno problema, talvez não tão pequeno assim, chamado Tokiya Ichinose. Ele não queria ter de apresentar a menina se ele estivesse presente, pois não queria que ela se tornasse alvo da sua hostilidade e do seu eterno mal humor. Por isso, depois de terem servido seu almoço, ele se dirigiu sozinho à mesa dos amigos, pedindo para que ela aguardasse um pouco em uma das outras mesas. Se o caminho estivesse livre, ele a chamaria, senão, iria para um outro lugar com ela para não deixá-la sozinha.

Mas para seu alívio, Tokiya não estava presente. Ao se aproximar, foi recebido calorosamente.

- Olha aí, nossa pequena celebridade!

Brincou Ren, sendo imitado por Cecil, que estendeu o guardanapo e o hashi para ele.

- Pode me dar um autógrafo, ó grande dançarino?

- É claro, ó grande fã. Como quer que eu assine?

Brincou, pegando o guardanapo e o hashi do indiano e fingindo estar escrevendo. Todos caíram na gargalhada, inclusive Otoya, fazendo grande barulho no refeitório e chamando a atenção de todos.

- Pessoal, pessoal! Falando sério agora, cadê o Tokiya?

Quem respondeu foi Ai.

- Pra sua infelicidade ele não almoça com a gente. Ele almoça com os amiguinhos nojentos dele.

E apontou com seu hashi para uma mesa do outro lado do refeitório, onde Tokiya estava sentado junto de Eichi e seus puxa-sacos. Tokiya olhava para eles ocasionalmente, sempre de cara fechada, e Otoya se perguntou como ele podia ser amigo de alguém tão repugnante quanto Eichi.

Mais aliviado por ele não estar presente, olhou para a menina que esperava por uma resposta e a chamou com um gesto da mão. Ela se levantou rapidamente e seguiu em direção deles.

- Infelicidade nada, eu tô é contente de não ter que aturar aquela cara azeda dele até na hora do almoço.

O ruivo respondeu tardiamente ao comentário do bluenette¹. Quando Haruka chegou na mesa deles, Otoya fez um gesto com as mãos pedindo silêncio.

- Pessoal, silêncio por um momento! Eu quero apresentar a minha parceira nas aulas de música. Essa é Haruka Nanami, ela está estudando para ser compositora.

- Olá, é um prazer conhecer todos vocês.

Um a um, todos se apresentaram. Haruka foi calorosamente elogiada pela sua performance na dança, mas ela, modestamente, atribuiu os créditos à Otoya, explicando que se não fosse por ele, o êxito na coreografia perfeita não teria acontecido.

Conversaram sobre diversos assuntos enquanto almoçavam, e descobriram, com certo espanto, que Haruka era uma grande fã de Hayato, tendo inclusive o seu único CD lançado no mercado. Ao ser questionada do porquê de não ter se aproximado dele na sala, sabendo que ele estava ali, ela respondeu timidamente:

- E-eu fiquei c-com vergonha...

Sabiamente, eles decidiram não rir da sua timidez, notando o quanto ela já estava vermelha. Ao invés disso, eles a tranquilizaram, prometendo apresentá-la a ele quando sua saúde melhorasse. É desnecessário dizer que ela ficou radiante com essa notícia, torcendo para que ele melhorasse logo.

oOo

De volta à aula com Ringo, Haruka era alvo de olhares invejosos das outras meninas. Não bastasse ter humilhado todas elas na aula de dança, ainda tinha conseguido fazer parte do grupo mais cobiçado da Academia, grupo este que a maioria delas já tinha tentado fazer parte ao tentar a aproximação com um dos rapazes, mas sem obter sucesso.

Enquanto seu pensamento divagava, Ringo escrevia algo no quadro.

- Agora vou pedir para que se juntem com seu par, eu vou dar um trabalho para ser feito na classe.

Haruka podia sentir às suas costas os olhares malignos das outras garotas sobre si ao se sentar perto do Ittoki.

- “Acho que não vou ter nenhuma amiga nessa sala.”

Constatou com pesar.

- Bom, o trabalho é o seguinte, vocês vão compor uma música e criar uma letra para ela.

Todos assentiram animados, eles já estavam acostumados a esse tipo de tarefa e se achavam completamente capazes de fazer o requisitado com perfeição.

- MAS... – Ringo fez um suspense, travesso. – Vocês farão isso do modo inverso. Primeiro farão a letra, e depois criarão a melodia para ela.

Os alunos tiveram a reação que o professor imaginou que teriam, ficaram um tanto temerosos pelo desafio imposto pelo professor. O correto ao se criar uma música era desenvolver a melodia e, depois de esta ficar pronta, escrever uma letra que se encaixasse para ela. Agora, o professor pedia a eles que fizessem o contrário. Sinceramente, não se achavam capazes de realizar o desafio.

Mas o ídolo de cabelos rosados continuou, com a expressão travessa no rosto.

- Detalhe: a letra será feita na sala e entregue ao término da aula. A melodia deverá ser composta depois do horário de aula e entregue amanhã como tarefa de casa. Os donos da melhor canção gravarão um CD demo² que será enviado para a Agência Shining. Isso não é maravilhoso?

A Agência Shining pertencia ao diretor da escola, o Sr. Saotome, que era um renomado cantor em sua época de juventude. Era uma das agências mais cobiçadas pelos aspirantes a ídolos, somente empatando com a Agência Raging em termos de qualidade, e que já havia lançado muitos atores e cantores de sucesso ao mundo do entretenimento. É redundante dizer que todos ficaram eufóricos com a notícia.

- Vocês devem ter notado que o trabalho que pedi é exatamente o contrário do que estão acostumados a fazer. – Todos concordaram. – Esse teste foi requisitado pelo próprio Saotome, que quer ver como vocês lidam com prazos curtos e situações adversas, pois esse tipo de coisa acontece com frequência na vida real. Por isso o prêmio ao vencedor é tão generoso, nós sabemos que esse não é um trabalho fácil de se fazer e que muitos de vocês não vão dormir essa noite, então esse é um pequeno estímulo para vocês.

O professor piscou com cumplicidade aos seus alunos. Todos na sala estavam cientes de que gravar um CD demo que seria distribuído à agência era estar um passo mais perto da estreia, e todos agarrariam essa chance com unhas e dentes.

Dentro de poucos minutos, conversas banais não eram mais ouvidas na sala, apenas discussões sobre temas para a letra e da própria letra em si. E o ídolo que se dedicava a ensinar novos ídolos se sentia orgulhoso de seu trabalho ao ver tantos jovens ali, sentados, concentrados em suas tarefas e alheios ao mundo que existia além daquelas janelas.

oOo

Otoya e Haruka se dirigiam para a parte de trás da escola, afim de começarem a segunda parte da tarefa: a melodia. Os dois estavam completamente satisfeitos com a letra que escreveram, e queriam aproveitar que estavam “no clima” para dar à ela um tom digno. Mas agora enfrentavam seu primeiro problema.

- Ittoki-kun, como faremos para ensaiar a melodia? Não seria melhor se tivéssemos algum instrumento para acompanhar?

O ruivo ficou pensativo. Na verdade, ele tinha se dado conta do problema antes dela, e já vinha pensando numa solução.

- Certamente seria melhor. Você toca algum instrumento, Nanami-san?

- Eu toco piano.

- Sério? Eu também!

Ela ficou animada.

- Poderíamos fazer um dueto no piano!

- Hum, não vai dar. A sala do piano já está ocupada e não podemos perder tempo até ela desocupar.

Ela abaixou a cabeça, desanimada.

- Você não toca nenhum outro instrumento?

Perguntou ao ruivo.

- Eu toco violão e guitarra, além do piano. Mas eu não tenho nenhum dos dois.

Ambos sentaram-se no chão e cruzaram os braços, pensativos. De repente, uma ideia passou pela mente do rapaz.

- Será que o Ringo-sensei não empresta um violão para nós? Eles devem ter algum guardado!

- Boa ideia, Ittoki-kun!

- Eu vou falar com ele antes que mais alguém tenha a mesma ideia que nós. Começa a escrever a melodia que eu já volto!

- Hai!!

O ruivo piscou para ela e saiu a passos rápidos.

oOo

Pov Otoya On

- Eu ia mesmo perguntar isso para vocês.

Respondeu Ringo-sensei quando eu perguntei a ele se havia algum violão ou guitarra disponível para me emprestar. Nesse momento estávamos nos dirigindo para a sala dos instrumentos.

- Desculpe, estamos com um pouco de pressa e acabamos esquecendo desse detalhe.

Entramos em uma sala que antes estava trancada e fiquei deslumbrado. A sala era enorme, com todos os tipos de instrumentos que eu poderia imaginar. Fiquei encantado com os vários tipos de guitarras, acústica, semiacústica, elétrica, e outros tipos que nunca tinha visto pessoalmente. Tive uma vontade súbita de pedir ao professor que me deixasse experimentar aqueles belos instrumentos, mas ele não prestava atenção em mim.

Ele estava do outro lado da sala, escolhendo um dentre vários violões. O escolhido foi um violão clássico³, muito parecido com o que eu tinha quando era adolescente. Fiquei um pouco receoso, pois o objeto me fazia lembrar daquele dia. Aparentemente, Ringo-sensei percebeu meu receio.

- Você está bem, Ittoki-kun?

Voltei à realidade instantaneamente.

- S-sim! – Peguei o violão. – Muito obrigado, eu devolvo em breve.

Me curvei ao professor e me dirigi rapidamente ao meu quarto. Dentre as minhas coisas, procurei minha antiga palheta. Ao encontrá-la, sorri nostálgico com o objeto nas mãos.

Sem pensar no que fazia, sentei-me em minha cama e posicionei o violão em meu colo, tocando alguns acordes. O som me encheu de lembranças, boas e ruins. Fechei os olhos e subitamente minha mente me levou de volta àquele dia terrível.

 

O período da manhã é um branco pra mim. Mas eu estava feliz, por um motivo que eu não consigo mais me lembrar.

Ao chegar em casa, destranquei a porta, entrei e a fechei. Eu estava sozinho, minha mãe trabalhava em uma loja de conveniência perto da estação do metrô e só chegava por volta das 7 da noite. Enquanto isso, eu fazia os serviços domésticos e deixava o jantar pronto pra quando ela chegasse.

Tirei os sapatos na entrada, mas algo me chamou a atenção. Duas pegadas sujavam o chão impecável da sala. Estranhei, pois eu e minha mãe éramos muito cuidadosos para não sujar a casa e jamais entrávamos de sapato. Quem tinha o costume irritante de fazer isso era ele. O idiota achava que a casa era dele e que ele podia fazer o que quiser, inclusive entrar de sapatos. Mas, eu ignorei aquele sinal, achei que foi um descuido meu ou da minha mãe.

Automaticamente, peguei um pano e as limpei. Se tivesse prestado atenção no que elas significavam...

Como sempre fazia depois de chegar, antes de começar a limpeza, fui ao meu quarto e peguei o meu violão. De volta à sala, me sentei e toquei alguns acordes de uma música que eu ainda estava aprendendo a tocar.

O som das cordas me fazia esquecer das minhas tristezas. Minha mãe havia se separado recentemente, por minha culpa, e ainda estávamos nos acostumando a nossa antiga rotina. Sinceramente, eu não sentia falta nenhuma do canalha nojento, mas eu sabia que minha mãe sofria silenciosamente. A forma como ela descobriu quem ele era de verdade a machucou muito e eu tinha certeza que aquela separação não era fácil pra ela.

Enquanto tocava, cheguei na parte da música que eu ainda não sabia tocar sozinho. Voltei pro quarto pra buscar a cifra que eu tinha anotado e quando voltei, ele estava lá, ao lado do sofá onde eu estava há pouco.

Gritei de susto e derrubei os papeis no chão. Ele me olhava com desdém, enquanto eu o olhava com horror. Todas as fechaduras da casa haviam sido trocadas depois que ele foi embora. Quando perguntei como ele entrou, ele deu de ombros e tirou um molho de chaves do bolso.

Ele disse:

- Adivinhe, geninho.

Ele costumava me chamar assim e eu odiava. Mas eu entendi o que ele quis dizer. Haviam apenas dois molhos de chaves, o meu e o da minha mãe. Se o meu estava comigo... em algum momento ele roubara o dela. Ele riu daquele jeito sádico dele quando eu constatei isso.

Ele olhou ao redor e fitou meu violão, que eu havia deixado em cima do sofá. Fiquei nervoso quando ele se inclinou e o acariciou, ele nunca gostou que eu tocasse em casa, sempre reclamava do barulho e debochava do meu sonho de ser cantor. Dizia que esse trabalho era para gente preguiçosa, para eu criar vergonha na cara e arrumar um emprego e um sonho de verdade.

Ele o segurou pelo braço de forma negligente enquanto me olhava com desdém. Ele disse:

- Você gosta desse violão, não é geninho?

É claro que eu gostava. Aquele objeto era muito importante para mim, minha mãe me dera no meu aniversário de 10 anos e eu sabia que ela havia trabalhado muito para comprá-lo. Ele era personalizado, tinha o meu nome gravado no braço, do lado de dentro das cordas.

Eu soube o que ele faria quando o levantou no ar e me deu aquele sorriso louco. Eu gritei quando seu braço desceu, lançando os estilhaços por toda parte. Ele destruiu a coisa mais importante pra mim, meu companheiro nas horas solitárias. Me ajoelhei no chão, chorando, e ouvi as gargalhadas dele.

Ele me chamou de ridículo. Ele não queria acreditar que minha mãe tivesse deixado ele por minha causa. Na opinião dele, ele era muito bom partido pra ser largado assim.

Eu o encarei com meu olhar brilhando de ódio.

- Eu sou o filho dela! – Gritei. – Se for pra comparar com alguém como você ela me escolheria mil vezes!

O tom da minha voz aumentava cada vez mais e mais, à medida que eu me levantava do chão.

- Ela não tem vergonha de mim por eu ser gay, ela não debocha do meu sonho, ela me ama! Ela me respeita assim como eu respeito ela! Como ela poderia escolher alguém que humilha o filho dela? Alguém nojento como você?

Ele parecia espantado com a minha ousadia. Agora que eu não precisava mais esconder da minha mãe o crápula que ele era, não conseguia mais me segurar. Desabafei tudo que estava entalado há anos na minha garganta.

Mas o espanto dele passou e ele voltou a sorrir daquela forma louca. Ele me ameaçou, disse que eu não sabia com quem estava lidando e não sabia do que ele era capaz.

Na hora eu não entendi o que ele quis dizer, mas eu entendi quando ele levou a mão pra trás do corpo e voltou trazendo uma arma. Ele a apontou direto para o meu peito. Eu esqueci de respirar e meu coração parecia querer sair pela boca.

Ele se aproximou mais de mim e a arma que ele apontava para o meu peito mudou de direção, indo para a minha cabeça. Ouvi o clique da arma sendo engatilhada e tremi de medo.

Ele encostou o cano da arma na minha cabeça enquanto sussurrava no meu ouvido.

- Tá na hora de te colocar no seu devido lugar. E vamos ver quem a sua mãe vai escolher depois que eu terminar com você.

[...]

 

Abri os olhos assustado, momentaneamente me esquecendo de onde eu estava. Meu coração batia freneticamente com essa lembrança tão vívida daquele dia. Senti minha face úmida com as lágrimas que, inconscientemente, escorriam de meus olhos.

Mas eu não conseguia pará-las, mesmo que quisesse. Apenas abracei o violão emprestado e chorei sobre o mesmo, recordando da minha querida mãe. Ah, o quanto aquele objeto me lembrava dela...

- Mamãe... Sinto tanta falta sua...

Depois de alguns minutos controlei meu choro, limpando meu rosto marcado pelas lágrimas. Mentalmente, me censurei por esse descontrole emocional bem ali, no quarto que dividia com Tokiya. E se ele entrasse e visse? Ai, que vergonha!

Respirando fundo algumas vezes, pego tudo o que preciso e saio novamente, Haruka ainda estava me esperando.

Pov Otoya Off

 

Pov Tokiya On

Depois que a aula terminou, resolvi tomar um bom banho. Enquanto me enxugava, ouvi a porta se abrir e se fechar, Otoya devia ter chegado.

De início não dou bola e volto a enxugar meu corpo, mas um som desperta minha atenção. Era o som de um violão. Sim, eu me recordava que ele tinha um quando era adolescente. Eles eram praticamente inseparáveis, onde Otoya ia o levava com ele. Mas eu não me recordava de ter visto o objeto entre suas coisas.

Não resistindo à curiosidade, abro uma pequena fresta na porta sem que ele perceba. Definitivamente aquele instrumento não era dele, devia ser emprestado. Lembro-me que o dele tinha o seu nome gravado. Era realmente um belo instrumento.

Ele estava sentado à cama, de olhos fechados enquanto tocava uma música muito triste, nada característico com o que ele costumava tocar antes. Parecia absorto a tudo à sua volta, entretido em sua música.

Suas feições estavam levemente contraídas, como se estivesse se lembrando de algo ruim. Queria fechar a porta e parar de espioná-lo, mas não consigo deixar de olhá-lo.

Vejo, atônito, uma lágrima solitária escorrer por seu rosto. Em seguida outra, e mais uma... Meu peito se aperta, no que ele estaria pensando?

Sinto uma vontade súbita de ir até lá e... E o quê? Enxugar suas lágrimas? Chacoalho a cabeça diante do pensamento ridículo. Ridículo sim, pois era óbvio que ele iria me afastar, sem contar que iria deixar a nós dois envergonhados.

Subitamente, ele abre os olhos, e a dor que ele parecia sentir naquele momento era quase palpável. Ele parecia perdido... Fiquei sem reação ao vê-lo tão frágil daquele jeito. Onde estava o rapaz que adorava me desafiar? Diante do aperto que senti no peito, perguntei-me se meus sentimentos por ele realmente eram de desprezo.

“Droga! Que besteira eu estou pensando? É claro que é desprezo! O que mais seria?”

Ele abraçou o violão com força, soluçando enquanto as lágrimas escorriam livremente por seu rosto. E eu fiquei ali, mortificado, sentindo uma grande compaixão por ele. O que poderia ter acontecido para deixá-lo naquele estado?

- Mamãe... Sinto tanta falta sua...

Arregalo meus olhos. A mãe dele? O que teria acontecido com ela?

Não é da sua conta!

Diz o meu subconsciente. Ele tem razão, é claro, mas... mesmo assim... não consigo fechar a porta e fingir que não vi nada daquilo.

Depois de alguns minutos assim, ele limpa o rosto e respira fundo algumas vezes, pegando suas coisas e saindo do quarto.

Fiquei muito tempo parado do mesmo jeito depois que ele saiu. Em meus lábios, um sorriso misterioso se formou e uma parte dentro de mim ficou realmente feliz ao conhecer uma pequena parte do verdadeiro Otoya Ittoki, sem a máscara de “está tudo bem” que ele exibia para todo mundo.

 


Notas Finais


Link para o vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=Zq1DoB0z11k
1 - Bluenette: Pessoa com cabelo azul. Nessa fanfic, apenas o Ai será chamado assim, visto que muitos personagens tem o cabelo azul e ficaria um pouco confuso. "Mas, Hime-Sama, por que então chamar o Ai assim?" Porque fica charmoso chamar ele assim, oras u.u
2 - CD demo: É uma gravação musical demonstrativa amadora (não nesse caso), feita em estúdio ou não, sem vínculo com gravadoras, para primeiras propostas do que futuramente pode vir a ser um álbum de música.
3 - Violão clássico: É o modelo mais vendido no mundo. É um violão de baixo custo, mais leve e macio, sendo ideal para iniciantes. Além disso, as cordas de nylon machucam menos os dedos com a prática.
E aí, o que acharam? ~olhinhos brilhando em esperança
Eu sei que ele ficou meio paradinho (pelo menos eu achei), mas foi necessário para introduzir a Haruka no grupo.
Sobre o tango, eu preferi mostrar apenas o Tokiya, Eichi e Otoya porque, no momento, eles são os principais da história, espero que ninguém tenha ficado magoado de eu ter excluído os outros. Quem gosta dos outros personagens, não se aflija, a vez deles terem suas próprias histórias está chegando ;)
Queria esclarecer que a lembrança do Otoya não terminou naquela parte, aconteceram muito mais coisas naquele dia, mas ele não quis se lembrar de tudo naquele momento ;)
Gostaria de pedir que deixassem seu comentário ~não custa pedir né? hehe Para que eu saiba o que está agradando a vocês e o que não está, isso é muito importante pra mim ;)
Até a próxima, minna-san!


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