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História Double Trouble (vmin;yoonkook!kid!ABO) - Em dobro


Escrita por: jungoonoodles

Notas do Autor


esse capítulo está horrível mas o próximo compensa :(

Capítulo 21 - Em dobro


Não há outras formas de iniciar isso, porque, sim, isso é um verdadeiro caos, não tem como esconder. Sim, é verdade, não havia mais filhotinhos fofinhos, não havia mais chorinhos por manha, não havia mais muitas coisas que Taehyung e Jimin sentiam falta. Havia apenas uma coisa: puberdade e brigas.

Isso é triste, sinceramente, mas também um alívio ao mesmo tempo. Tão bom era o tempo que o casal podia descrever em mais de vinte partes o quanto seus filhinhos eram fofos, lindinhos, fofos, e fofos! Mas sério, agora eles poderiam tentar dez vezes explicar para qualquer pessoa como estava sendo a vida deles atualmente, mas não conseguiriam de forma fácil e ainda sincera. Mas não havia sinceridade mais pura que esta: estava sendo um filme de terror viver aquilo novamente, mas dessa vez assistido. Eram pais das vítimas da puberdade, e não eles mesmos a serem as vítimas da puberdade, dessa vez. Honestamente, não sabiam se preferiam voltar para o passado e viver novamente a própria puberdade ao que ter que acompanhar a dos próprios filhos, não sabiam qual era pior. Claramente, não possuíam um sangue modificado como o deles, que tudo era em dobro, até mesmo a puberdade.

Híbridos eram precoces, e isso é claro, pelo fato de que iniciam relações sexuais cedo demais, sendo para os mais precoces que o normal aos treze, e a idade média normal aos quinze, considerando que aos quinze era a saudável. Aos quinze, sério? Nessa idade, antigamente, Jimin e Taehyung iriam estar fazendo diversas coisas, e entre elas, essa não seria estar transando durante uma semana inteira como algo normal. Claro, isso não era assunto para agora, mas, isso é um ótimo exemplo que híbridos são precoces e possuem hormônios em dobro, sendo o de sua parte humana e de sua parte animal, então claro, a puberdade será um infenro na terra.

Ômegas macho não possuíam ciclo menstrual, mas possuíam um período de sensibilidade como uma TPM. Quando esses períodos iniciavam em um ômega, era sinal que a puberdade ômega havia finalmente iniciado, onde seu interior e físico iria começar a receber mudanças intensas, e por isso eles passavam por períodos intensos instabilidade no humor, literalmente como uma TPM feminina. E veja bem, Yoongi como um ômega, já havia iniciado sua puberdade ômega há torno de um ano, entre os onze para doze anos.

Mas não pense que apenas Yoongi sofre nisso, nananinanão! Ah… alfas… Alfas podem não ter algum tipo de período de alto teor de estresse, mas são alfas, e isso já explica tudo. Na puberdade, alfas também sofrem por mudanças, principalmente físicas, onde o corpo se desenvolve consideravelmente, e além disso, são territoriais e presunçosos, de vez em quando. Jungkook não é assim, acima de tudo. Jungkook nunca seria um alfa mal educado e ignorante, nem se quisesse. Mas ainda sim, sofre de mudanças físicas e de temperamento.

E, bem, não dava para fugir do caos por muito tempo se naquela casa havia dois adolescentes transpirando hormônios, hormônios alfa e ômega.

Só que isso era em momentos, mesmo que viessem se tornando frequentes, Jungkook e Yoongi eram grandes irmãos, mesmo que não fossem consangüíneos, eram irmãos e se apoiam, se protegem, se respeitam, acima de tudo. Não há alfa que respeitasse mais Yoongi do que Jungkook, e não haveria ômega algum que não se importaria de fazer carinho por horas em Jungkook quando ele pedia, senão Yoongi. Pois é isso que irmãos fazem: são número um um do outro.

Mesmo que as frequentes brigas na casa sejam apenas por os períodos de Yoongi serem muito intensos e ele ficar realmente vuneravel a qualquer sentimento alheio, e as vezes querer expulsar Jungkook de casa por qualquer coisa que ele lhe diga, ainda sim, o principal motivos seria que, talvez, bem talvez, Yoongi não seja apenas o irmão número um de Jungkook… mas também, o ômega número um.

Taehyung e Jimin não estavam por fora de absolutamente nada, mesmo que Yoongi e Jungkook as vezes tivessem certeza que dos próprios sentimentos só entendia eles, mas estavam completamente enganados. O casal Kim-Park sabia de tudo, observava tudo, vivia tudo, reconhecia tudo, afinal de contas, não eram pais de enfeite. Não estavam os criando há mais de sete anos para não reconhecerem os próprios filhos, não saberem dos sentimentos deles e o que lhes esperavam para o futuro.

Eles finalmente estavam no futuro, mesmo que nunca admitissem que na verdade sempre temeram os dias atuais, estavam até que indo bem, perante todas as próprias crises de meia idade ou de estresse. Finalmente eram homens formados, tanto familiarmente, quanto graduados e empregados, eram homens resolvidos, casados! São Kim-Park, e nunca estaria verdadeiramente despreparados, então, as coisas estavam sim sob controle!

— Yoongie, abra a porta, pelo amor que você sente por mim e pelo seu pai… vamos meu filhotinho, ouça o papai! – Taehyung implorou, com a testa apoiada sobre a porta de madeira branca, decorada com algum desenho feito pelo ômega.

— Não!

— Eu estou implorando! – o Kim exclamou.

— Pai manda ele me soltar! Me tira daqui! – a voz abafada de Jungkook soou de dentro do quarto, e logo em seguida exclamações estranhas.

— Kim-Park Yoongi, o que você está fazendo?! Abra a porta imediatamente antes que Jimin chegue e mate vocês dois e eu junto!

A porta se abriu alguns minutos depois, e da lá de dentro, só podia se ver Yoongi, parado no meio do quarto com um semblante pacífico de quem não havia trancado Jungkook dentro do guarda roupa pela milésima vez na vida dele. Yoongi estava descabelado, sua cauda que normalmente era vista impecável carregando aqueles pelos pretos e brilhosos, se encontrava um ninho de passarinhos, e ele poderia carregar uma expressão pacífica, mas seu rosto estava vermelho como o de alguém que havia carregado muito peso por mil quilômetros. A imagem miúda de Yoongi no meio cômodo era cômica, ornando aqueles braços curtos cruzados sobre o peito coberto com uma blusa de anime qualquer do irmão, e uma calça de pijamas de peixes alienígenas.

Taehyung andou em passos firmes até o guarda-roupas branco e grande que completava uma parede inteira do quarto reformado, forçando a porta para abrir, mas como era de se esperar, estava trancada.

Jungkook já havia uma grande intimidade com todos guarda-roupas da casa, pois Yoongi lhe prendia neles quando não tinha escolhas que fizessem Jungkook sumir da sua frente nem que fosse por uma hora.

— Me dê a chave, vamos! – o pai esticou a mão para aquela coisa pequena e graciosa, porém destemido e maligno, quando lhe cabia.

Pois essa é a descrição perfeita para o Yoongi atual: gracioso, destemido e maligno. Muitas características de Yoongi não haviam sumido, mesmo após sete anos. De fato, haviam se tornado mais fortes na personalidade de ouro que Kim-Park Yoongi carrega em suas costas. Ele poderia ser um garoto muito sábio e ilustre, mas ainda sim teria aquele lado astuto, como um verdadeiro gato.

— Mas pai! – bateu pé, bufando com aquelas orelhas escondidas entre os fios negros.

— Mais nada, Yoongi! – deu um basta, já perdendo a pouca paciência que lhe restava. — Honestamente, você vai ficar de castigo, honestamente…

Yoongi entregou a chave no mesmo instante, seu rosto já corado em pré choro, mas bufando irritado. Jungkook lhe irritava, e é isso que ele merece? Castigo?!

Quando a porta do móvel finalmente foi aberta, Jungkook saiu de lá soltando fumaça pelas orelhas, fuzilando Yoongi, pronto para lhe sacudir de cabeça para baixo se necessário para que ele parasse de lhe trancar nos lugares. Mas, bem, Yoongi estava chorando, e isso era o suficiente para lhe fazer abaixar os ombros e engolir o ódio garganta abaixo.

— Já a terceira vez no dia que vocês estão brigando. Eu não sei o que há dessa vez, mas Jungkook, você precisa entender que seu irmão está no período, então não encha o saco dele, pelo amor de deus! – implorou, olhando sério para ambos. Jungkook se encontrava agora sentado na sua cama, e Yoongi na cama de cima, chorando feito um gatinho molhado.

— E por que eu t-tenho que ficar d-de castigo e ele não?! – Yoongi chorava injuriado, se sentido completamente incompreendido. Ele não pedia para ter instabilidades no humor uma vez por mês!

— Porque eu não fiz nada!? – o alfa se moveu na cama de baixo para pode lhe encarar confuso e indignado.

— Fez s-sim! – fungou, limpando o rosto na blusa do irmão. — Por que eu ia perder meu tempo sofrendo para por alguém desse seu tamanho no guarda-roupa por nada?! É claro que você fez!

— Céus, isso não vai dar em nada… – o mais velho murmurou, encarando aqueles dois. — Olha só, se vocês fizerem as pazes em dois minutos, ninguém fica de castigo e eu não conto nada para o papai Jiminie. Que tal?

Yoongi poderia ser dramático, mas era dengoso e carente na mesma linha, e não seria ele a se negar fazer as pazes com o bobo do seu irmão em troca de ficar sem castigo e um Jimin puto dentro de casa. Mas era cômico, Taehyung se matava de rir por dentro toda santa vez, pois nunca ia perder a graça ver aqueles dois se matando dentro de casa e após cinco minutos seguindo a vida como se amassem além da conta e fossem cúmplices. E dessa vez Taehyung não conteve o sorriso divertido ao ver Yoongi descer de sua cama com um bico imenso nos lábios e abraçar Jungkook, que revirou os olhos ao lhe retribuir o abraço com vontade.

— Juramentos, vamos! – Taehyung adorava tirar sarro.

— Eu nunca mais vou te trancar no guarda-roupas, eu juro – Yoongi murmurou, contragosto.

— E eu juro que não vou mais rir de você por chorar vendo vídeos de "tente não chorar". – foi a vez de Jungkook jurar, mas infelizmente, aquilo era engraçado demais para ele conter um riso estrangulado ao lembrar da cena trágica.

Yoongi pensou em não poupar Jungkook de um cascudo atrás da orelha, mas seu pai estava bem ali, os encarando com um sorriso bobo e corações nos olhos, como ocorria de vez em quando. Taehyung não poderia negar, morria de amores por seus filhotes crescidos.

— Quem são os filhotinhos do papai? Quem são?! – o Kim não se conteve se aproximando abruptamente apenas para colar as bochechas de ambos uma na outra, fazendo com que um bico se formasse nos lábios de ambos pela pressão nos dois lados das bochechas gordas. Taehyung sorriu maravilhado, apertando mais um pouco aquelas bochechas e beijando a testa de ambos, mesmo contra a relutância e resmungo deles. — Isso mesmo, vocês são os filhotinhos do papai!

(>)


Quando Jimin chegou mais tarde o sol já estava se pondo, e quando entrou dentro de casa estava tão silencioso que cogitou a ideia de alguém ter invadido sua casa e ter sequestrado sua família. Portanto, a luz da televisão iluminava diretamente as faces adormecidas de seus filhos no meio do sofá, e Taehyung esparramado no canto. Assim que o Park acendeu a luz, tirando o sobretudo preto e o all star, não conteve um sorriso ao que avistou Jungkook com o rosto descansado na curvatura do pescoço de Yoongi, abraçado a ele enquanto o ômega ressonava alto como sempre fora de costume, pois dormia de barriga para cima desde sempre.

Já era um hábito que Jungkook vez ou outra optasse por dormir com Yoongi, e se tornou muito mais frequente desde quando a fragrância de Yoongi deu as caras, se mostrando até agora um cheirinho agradável de laranjas maduras e docinhas, um cheiro fresco e confortável, como Jungkook mesmo já havia dito. Era comum quando Jungkook se demonstrava muito ansioso ou estressado que dormisse com Yoongi, aspirando o cheirinho fresco do mesmo.

— Tae-ah… – sussurrou o nome do marido assim que se aproximou o suficiente, debruçando-se sobre o corpo esparramado no sofá grande e lhe chamando baixo para que não despertasse os mais novos. — Taehyungie…

O Kim mais novo despertou segundos após o breve selinho que Jimin depositou no canto de seus lábios. Jimin expôs um sorriso divertido perante a feição confusa de Taehyung, naqueles vinte segundos de confusão quando recém se acorda.

— Marquei minhas férias na escala hoje, essa foi minha última semana… não aguentava mais. – Jimin suspirou fundo, se sentando no pequeno espaço que havia entre as pernas do marido, de lado, mas logo sendo abraçado pelas panturrilhas do mesmo. Já chegou anunciando seu alívio, recebendo um aceno de Taehyung para que prosseguisse. — A ala pediátrica daquele hospital está uma loucura. Pensei que seria moleza ficar na área de hebiatria esse ano, pensei que poderia ser algo útil, mas conciliar pacientes adolescentes e filhos também adolescentes… é tortura.

— Não existe algo que você não seja capaz de tomar conta, meu amor, você sabe – o trouxe mais para perto depois de bocejar preguiçosamente e depositou um beijo sútil no rosto do marido, que se encontrava com as costas apoiada em seu peitoral. — Você vai conseguir aguentar esse ano cuidando de adolescentes em dobro, eu vou te ajudar, sim?

Jimin sorriu terno, virando o rosto para encarar sua alma gêmea e seu amor eterno bem debaixo de seus olhos, lhe retribuindo o melhor sorriso reconfortante que poderia oferecer, e eram sempre tão efetivos quanto um remédio direto na veia; a honestidade e empatia que vertia do fundo do coração de Taehyung assim como o amor dele por si.

Mesmo que já tivesse passado muito tempo que estão lado a lado, mesmo que já tivessem sim brigado algumas vezes naquele relacionamento, havia um forte fator alí: isso tornava o casamento deles cada vez mais forte, confiante. Mesmo que brigassem por alguma coisa ou outra, nenhuma daquelas brigas eram graves o suficiente para que não fossem resolvidas, eles tinham confiança que no final de cada discussão se tornariam cada vez mais inseparáveis, já que não era nenhuma mentira que apenas aprendemos quando erramos.

Quando finalmente se casaram no papel, saberiam que estavam tornando o relacionamento deles mais real, de qualquer forma. Assinar um papel de casamento não era apenas jurar amor, mas sim uma lealdade e confiança burocrática e significativa. Assinar um papel de casamento era uma jura de amor e uma entrega de uma partezinha da vida de cada um, para que finalmente formassem uma única parte da vida juntos, um único laço inesquecível, seja por anos ou infelizmente por meses. E no momento que aquilo acaba, aquela parte morrerá para ambos, era como perder um terço de sua vida, já que você cedeu ela para aquele relacionamento, e se você não lutar para mantê-lo, as partes apostadas serão terrivelmente perdidas.

E Park Jimin e Kim Taehyung sabiam disso quando se tornaram finalmente Kim-Park. Não era de agora que lutavam para terem o amor deles quente e confortável, então, não se tornou tão mais difícil quando resolveram serem pais, e muito menos se tornou tão difícil assim manter o que tinham há mais de dez anos quando obtiveram o que mais almejaram: se tornarem fielmente Kim-Park Taehyung e Kim-Park Jimin.

— Eu sinto que posso aguentar qualquer coisa, tendo você. – era possível ver o brilho nas pequenas luas crescentes que Jimin carregava no lugar dos olhos quando seu sorriso abria e iluminava qualquer alma que o recebesse, no momento, Taehyung. — E posso aguentar muito mais se você me fizer um suco e um sanduíche com alface e maionese, e claro, encher a banheira pra mim… quem sabe se você me fizer uma massagem nos pés…

— Seus pedidos são uma ordem, minha vida. – beijou-lhe os lábios sorridentes, observando os olhinhos se fecharem em apreciação. — Mas a condição é: vou tomar banho com você. A conta de água chegou hoje, e bem…

Jimin teve que rir da situação, mesmo que fosse desesperador Taehyung tomar a decisão de tomar banho consigo após ver o valor da conta de água do mês. Mas veja bem, Jimin não estava dando muita bola para aquilo nesse momento… seus filhos estavam cochilando como pedras e ele é Taehyung tomariam um banho de banheira relaxante sem o som de fundo de Yoongi e Jungkook brigando, ou quebrando as coisas, ou aquele silêncio suspeito de quando estavam aprontando a bagunça do mês.

Seria apenas o silêncio daqueles que aprontaram o suficiente de tarde para estarem ferrados no sono antes da oito horas da noite. E também que logo cedo pela manhã estariam com energia o suficiente para fazerem seus pais se questionarem sobre tudo, em dobro.



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