História Doutor Jujuba: Estudos sobre o Emus Depressivus - Introdução

Olá caros alunos.

Sou Doutor Jujuba. “Ué, mas não era professor?”, você talvez se pergunte. Acho necessário um pequeno adendo sobre minhas aventuras até o presente, então irei recontá-las abaixo:

Estava eu no Polo Norte caçando unicórnios e tudo mais, e havia acabado de publicar o meu diário para o mundo. Um bando de gente veio querer caçar unicórnio junto comigo e ficou muito apertado o laboratório, então eu falei que iria visitar minha avó, peguei meu navio e saí de lá. Gente chata da porra.

Assim que voltei para terras tupiniquins, sem nada pra fazer, adentrei um doutorado na uniesquina. Minha obra, intitulada “Unicórnios são reais e eu posso provar” foi laudeada pela banca e, após uma pequena taxa de R$5000, ganhei meu diploma de Doutor Biólogo Com Especialização Em Criptozoologia. Então - agora sou doutor. Chupa essa, Armandinho, que disse que eu nunca conseguiria ser doutor! Chupa! Ahem.

Saí para comemorar com uma visita ao belíssimo Parque Ibirapuera. Era um domingo ensolarado e, no geral, um dia perfeito para atividades ao ar livre. Eu olharia os pássaros, treinaria meu Jiu-Jitsu e, quem sabe, achasse alguma moça bela e solteira disposta a conversar sobre unicórnios.

No entanto, quando cheguei lá, me deparei com algo estranho. Quer dizer, mais estranho que estranho. No meio dos skatistas da marquise, dos vendedores de coisas caras e do público em geral, eu vi certas… coisas se movendo sorrateiramente pelas sombras. Eram seres humanos, sim, mas sua pelagem era tremendamente diferente - toda lisa e preta - e eles usavam jóias góticas e panos enfeitados e camisetas de bandas obscuras, além de beberem muito e fumarem coisas estranhas.

Eu fiquei fascinado! Que criatura estranha era essa? Nunca em meus anos de vida havia visto um ser tão… tão gótico e tão dark e tão miguxento e diversos outros adjetivos bizarros. Eu mudei meus planos! A ciência clamava pela minha ajuda mais uma vez! Era, a partir de então, meu trabalho e dever divino estudar essa coisa mágica que, a posteriori, descobri que se chamava: “Emo”.

O que você verá a seguir serão anotações altamente científicas sobre o nascimento, a vida e a morte dessas criaturas tão fascinantes. Espero que você, caro alun@, tire proveito de meu trabalho e se torne uma melhor pessoa por meio dele. E se você gostou, me mande uma coxinha pelo correio; não estou muito bem economicamente.

Atenciosamente,
Professor Jujuba.