História Dracula's Blood - Os olhos que Brilham na Escuridão

Quando ler está carta, significa que acontecerá muitas coisas que talvez você não entenda, mais preste atenção, um mal está chegando, você precisa se apressar, lute, mais sem ódio de vingança, não perca a sua humanidade...

Pode ser tarde de mais, se ainda não, fuja com seu irmão e seu pai. Não posso estar com você neste momento, mais eu o vi, tive uma visão, que você não entenderá o por que, mais eu sei. E isso basta, eu amo você.

Procure a pessoa que lhe entregou está carta, ela saberá esclarecer muita coisa. Você está perdida, então se ache, corra atrás de si mesma, não faça como eu, se salve.

Com amor Elizabeth.

Larguei a carta e corri para floresta em busca de respostas, eu já havia destruído qualquer chance de me salvar, e me achar. Perdi minha mãe, perdi Jasper... Aquelas palavras me traziam mais dor, apesar de pela primeira vez eu ler algo dado por ela.

– TEM ALGUÉM AI?!!!

Eu gritava descontrolada para a floresta vazia e escura. Os raios rasgavam o céu, uma tempestade estava prestes a cair, o sopro do vento entortava as árvores.

Ouvi alguém bater palmas e pular da árvore atrás de mim.

– Sabia que não é uma boa idéia sair sozinha no meio da noite?! Você pode acabar como o seu irmão.

Um trovão muito forte caiu no mesmo instante que ela se referiu à meu irmão.

Fui para ataca-la, já estava enfurecida com uma única piadinha de alguém que eu não conhecia.

Mais entraram na frente me impedindo, um grupo pulou me impedindo de correr para qualquer lado.

– Calma... Calma... Você é uma fera Indomável. Bom, de acordo com o que ouvi, e estavam certo. Que pena, agora é tarde.

Ela disse ironicamente, com um sorriso que me dava vontade de arrancar cada pedaço daquele rosto delicado.

– Quem é você?!

– Ainda não percebeu? Você é mais tola do que pensei. Patética, não sei como querem você! Que mal gosto.

Ela cuspiu de longe pegado na frente do meu sapato preto.

– Quem me quer?

Minha fúria foi embora por alguns instantes, talvez eles seriam o grupo devastador, e ligados com o cara do meu pesadelo, e o propositor da morte de Jasper.

– Não interessa. Agora você está pega!

Eles pularam em cima de mim segurando meu braço para não escapar.

– ME SOLTAA!!!

– Antes de irmos... - Ela parou na minha frente colocou um braço apoiado na cintura e o outro no queixo, fazendo pose de classe. - Você ensinou a ele ser patético, com essa carinha de anjo. Que de anjo não tem nada... - Ela deu uma gargalhada e uma colocou a mão na boca, como se fosse um assunto extremamente engraçado. - Foi culpada da morte de sua mãe, que por sinal, eu mesma faria isso, e já que ela me tirou o bem mais precioso, eu vou descontar em você, o que eu não pude fazer com ela. Aquela vadia! Com raiva da traição, procurei até encontrar o chefe de uma tribo, muito lindo e poderoso. Por que não aproveitar para ter um filho para me seguir? Tendo dois DNAs poderosos.

Não correu como eu planejava... Foi difícil controla-lo já que estava em sua casa, se passando por ser seu irmão, filho de seu pai. Até ele me dar uma lembrancinha para deixa-los em paz.

Ela abaixou a manga do seu poderoso vestido, mostrando uma cicatriz profunda.

– V... você?!

– Sou Marry... E eu não tenho orgulho de dizer isso, mais já que ele teve o que merece... Sou a mãe de Jasper.

Meus olhos correram por todo lado, se ela era a mãe dele como pode abandona-lo? Deixa-lo morrer? Se aliar com esse assassinos?!

Minha cabeça não compreenderia tal crueldade, mais uma coisa que eu sabia bem, era ser cruel.

– Merry ela está tremendo...

Minha cabeça estava baixa, e meu corpo tremia de raiva.

– Não é medo! Segure ela direito.

Senti um golpe em meu rosto. Ela havia colocado toda força em sua perna para da-lo.

– Não podemos machuca-la, o mestre ficará furioso.

– Ela não coopera. Não nos deu outra escolha.

Olhando à todos ali, era para eles dizerem o mesmo quando chegasse a hora de me entregar.

Com meu rosto ferido eles poderiam aprontar qualquer loucura.

Ela se chegou a mim e lambeu meu rosto. Tentei recuar mas foi em vão.

Todos ali pareciam gostar da ideia.

– Ela é meio humana. E tem um sangue extraordinário... Odeio admitir.

A chuva começou a cair, e eles me golpeavam, e lambiam o sangue do chão e do que saia do meu corpo. Meu vestido que era branco, ficou vermelho de sangue.

Eu já não tinha mais força. Mais do que ódio em meu coração, era a dor. Eu merecia aquilo, por deixar Jasper tantas vezes, ele sofria mais do que todos, a solidão, de não ter pai, mãe e o amor da família. Nosso amor jamais seria o suficiente. Ainda mais com a maldade no coração de sua mãe.

Eu queria morrer. Era o melhor para mim, e para todos.

Quase não ouvia nada com o barulho da chuva e do trovão.

E a cada raio que caia as pessoas ao meu redor começaram a sumir.

– Mais o que?!

As árvores estavam sendo quebradas e os gritos ecoavam pela floresta.

– MARRY!!! VAMOS EMBORA DAQUI...

Ela olhou assustada para todos os lados, sem saber de qual direção vinha.

Com o clarão do raio eu levantei a cabeça, e vi uma fera enorme.

Mordeu Marry sem piedade. Ela recuou deixando seus companheiros, que morriam um por um.

O que me segurava saiu correndo tentando se salvar.

Sem alguém para me apoiar meu corpo caiu, e senti tocar uma grande quantidade de pelos.

Voltados para mim seus olhos mel esverdeado brilhavam na escuridão.