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História Dragon King - Capítulo dois


Escrita por: Namooni

Notas do Autor


Oi, não sei se alguém vai ler isso, mas desculpa pela demora. Tive (na verdade, ainda estou tendo) problemas com a betagem desse capítulo. Fiz o pedido há mais de um mês atrás em um blog que eu peço capas/banner a anos, e eles sempre cumpriram o prazo que >eles< determinavam. Porém agora o prazo da minha betagem acabou a uns dois ou três dias e eu não recebi ela. Mandei mensagem pelo blog e eles não me responderam, fui na parte de contato do site mas ela não funciona.

Estou muito frustrada e desanimada com essa fanfic graças a isso, escrevo ela a um bom tempo e passar por isso me deixa um pouco triste. Vou postar esse capítulo para não demorar ainda mais, e nem sei se poderei usar a betagem depois disso caso não esteja nas regras do blog, pois nem isso me responderam.

Me desculpem mesmo, e espero que vocês, que continuarão lendo essa pequena história flopada, gostem bastante desse capítulo :)

Capítulo 2 - Capítulo dois


O dia despontava naquele abandonado lugar ao norte do país. A vila deserta, agora tomada por plantas e animais, já despertava com os pássaros, que começavam a cantar suas canções. Na montanha, onde se erguia aquele solitário templo, o único morador humano acordou. Ele levantou-se de sua cama improvisada calmamente, colocando seus pés no chão de madeira já quente devido à luz do sol que lá batia, o homem se pôs de pé, indo até um pequeno altar em seu quarto, onde rezou para sua Deusa, o que fazia todos os dias.

Após isso, ele andou até a pequena horta na qual o mesmo cuidava. O templo, que antes servia à aldeia, não estava localizado próximo a nenhum comércio, logo, se o ancião quiser se alimentar, ele deveria plantar o que vai comer. E é exatamente isso que o homem faz, no solo sagrado, sob o olhar da deusa, um pequeno pomar com diversas frutas e vegetais está plantado, e quase toda manhã há alimento. Todos os anciões que ali já residiam já se alimentaram daqueles frutos, que crescia sob a graça da Deusa.

Depois de alimentar-se, o homem pegou sua longa bonguk geom, uma espada longa e fina, com seu cabo revestido em couro e madeira entalhado a mão, e uma lâmina eternamente afiada. Ela fora herdada da antiga anciã, que a chamavam de estrela vespertina, e todas as manhãs ele a polia com um material especial feito com a flora local. A antiga lâmina, segundo as lendas, fora dada nas mãos do primeiro ancião que residia no templo pelas mãos da própria deusa.

Seokjin agora era um homem feito, chegando aos vinte anos. Desde que fora deixado no templo, a antiga Anciã o criou e o educou para ser seu sucessor como guardião daquele terreno sagrado, onde, mesmo no mais profundo vale do esquecimento, teria que ser guardado em boas mãos. Essa era uma das leis que a Deusa passou para a humanidade em troca de seus filhos, os ômegas. Jin era um deles, um ômega, e era graças a isso que ele fora abrigado naquele templo.

Quando terminou de polir a estrela vespertina, o homem voltou a guardá-la em seu lugar de origem, ou seja, nas mãos da grande estátua da Deusa que residia no centro do templo. Seokjin apreciou a imagem por alguns instantes. A mulher representada ali era estonteante e etérea, seu olhar sereno e seus olhos tipicamente puxados nos cantos, mas ainda arredondado no meio, apenas trazia mais semelhanças com as quais Jin se identifica. O homem começou a acender as diversas velas – estas que eram deixadas por alguns devotos que ainda passavam por lá – e se pôs a rezar, coisa que fazia todos os dias. Agradecer a Deusa por ainda estar vivo, mesmo carregando uma maldição entalhada nas costas, e pedir para que seus pais estejam bem e, principalmente, que eles estejam vivos.

Era assim que ele fazia todos dias, essa mesma rotina. Isso era, de certa forma, reconfortante, era cômodo saber o que você vai fazer e à que horas vai fazer, era algo que Jin realmente apreciava. 

Mas, infelizmente, essa rotina foi quebrada.

Enquanto Seokjin respirava calmamente no silêncio do templo, não muito longe dali um jovem de mesma idade corria por sua vida. Sua respiração era alta e falha, e, durante curtos períodos de tempo, ele precisava parar e apoiar-se em uma árvore para retomar um pouco do fôlego, mas logo voltava a correr. Suas roupas estavam sujas de lama e rasgada em vários pontos, e sua capa agora não era nada mais que um pano escuro amarrado em seu pescoço. Suas pernas cambaleantes o levavam para o norte, sem saber o que estava a frente, tudo que ele queria era fugir, não importa para onde.

Ao alvorecer, ele saiu da densa floresta e, não muito depois, chegou até uma aldeia abandonada. Ali o homem pode sentar e descansar por não mais que dez minutos, ele sabia que não podia se dar ao luxo de relaxar agora e que, a qualquer minuto, os homens que o perseguiam iriam aparecer no horizonte. E, para sua infelicidade, isso aconteceu não muito depois, quando ele já estava saindo da aldeia. O som alto do cavalgar dos cavalos rompeu o silêncio mortífero da aldeia abandonada naquela manhã, e, ao olhar para trás, ele viu dois homens, ambos com o uniforme que tanto o aterrorizava, montados em cavalos e vindo em sua direção.

Ele não pensou, seu corpo apenas fez a ação imediata de sobrevivência e começou a correr, seguindo uma trilha de pedra quebrada e gasta que parecia convidar seus pés fugitivos a segui-la.  Apesar de ter uma vantagem sobre os perseguidores, o homem estava apenas com seus pés, enquanto eles tinham cavalos jovens e potentes. A perseguição continuou, e enquanto o caminho se tornava mais íngreme, mais difícil ficava para o homem manter sua velocidade, mas ele dava seu máximo, olhando constantemente para trás com o intuito de certificar-se de que os cavalos ainda estavam em uma boa distância.

O templo surgiu em sua visão como uma esperança, se havia um local sagrado logo havia um guardião, e este nunca deixaria alguém ser morto em solo sagrado. O homem então aumentou a velocidade, usando todas as suas forças restantes para chegar à porta do templo. 

Seokjin, que ainda residia no chão enquanto rezava, assustou-se quando uma outra pessoa entrou correndo ao templo, e sua ação imediata foi agarrar a estrela vespertina das mãos da deusa e virar-se. O homem em pé na porta do templo aparentava ser um pouco mais novo ou da mesma idade que Jin, porém seu rosto cansado, cabelos pretos mal cuidados e as roupas sujas e esfarrapadas o faziam aparentar ser mais velho. Com seus sentidos treinados, o ômega conseguiu sentir a fragrância do garoto, sentindo um cheiro almiscarado e forte, usual de um alfa.

O alfa cansado não estava em condições de dizer nada, sua respiração rasa e seu peito se movendo com dificuldade mostrava bem isso. O barulho dos cavalos se aproximando chamou a atenção de ambos, e o garoto olhou para Seokjin com um claro olhar de súplica, antes de simplesmente desmaiar no chão.

Quando os perseguidores desceram de seus cavalos, já com suas armas em mãos, o ômega percebeu o que iria acontecer e se colocou na frente do corpo desfalecido do alfa, em uma posição de proteção. Ambos eram betas, usavam uma armadura considerada ultrapassada, que consistia apenas em um colete de ferro pesado no torso, cobrindo parte de seus braços, e um elmo curto na cabeça. Eles carregavam duas dangpa, lanças curtas de madeira, com uma ponta em forma de tridente revestida em ferro. Seokjin os analisava com cuidado, vendo os pontos fracos de suas armaduras.

— Se afastem agora, esta terra sagrada não permite nenhum tipo de violência. – O ômega alertou.

— Não vamos te bater, gracinha. Só queremos pegar o garoto e vamos embora. – Um dos perseguidores falou.

— Nenhum de vocês irá tocar neste alfa. – Seokjin alertou, segurando com mais firmeza a estrela vespertina enquanto os dois homens se aproximavam do portão do templo.

— Tem certeza, gracinha? – O mesmo homem respondeu sorrindo.

Antes que ambos pisassem na parte interna do templo, Seokjin já havia atacado eles. A armadura deles era antiga, e deixava bem claro os pontos fracos deles. O ômega acertou a ponta da estrela vespertina diretamente em seu ombro esquerdo, que era o lado onde o homem iria usar sua arma primária. A lâmina entrou na carne do beta, que gritou de dor. O outro beta, surpreso pelo ataque, tentou empunhar sua lança, porém o corpo e os olhos treinados de Jin impediram isso, com um chute no joelho dele, o homem caiu de joelhos.

O primeiro beta, com o ombro esquerdo fraturado, tentou agarrar uma faca que ele levava em seu cinto, mas Seokjin percebeu isso e simplesmente aplicou seu golpe de misericórdia, tirando sua espada do ombro do beta e a passando pelo pescoço do mesmo, vendo o golpe sangrar antes do homem cair no chão, com a cabeça separada do resto do corpo.

O outro beta também não teve tempo de reagir, enquanto suas mãos buscavam por sua lança, a estrela vespertina atravessou a falha em sua armadura que estava no estômago. O homem vomitou sangue e caiu ao chão, ainda se debatendo, antes de Jin simplesmente abrir sua armadura e acertar seu coração, deixando ele ter uma morte rápida ao invés de simplesmente perder sangue até morrer.

Seokjin fechou seus olhos, fazendo uma oração silenciosa de agradecimento à por ter vencido mais uma luta. Ele olhou para os corpos dos betas, mas resolveu lidar com eles mais tarde. Primeiramente ele colocou os cavalos de ambos, que estavam agitados, em uma parte interna do templo que tinha um estábulo, e os alimentou antes de ir até o alfa ainda desmaiado dentro do templo.

O ômega o pegou nos braços sem muita dificuldade, levando-o até seus aposentos. Assim que o corpo do outro homem foi depositado na cama, ele resmungou algo incoerente, deixando claro que estava acordando. Enquanto o alfa não acordava por completo, Seokjin foi ao pomar colher mais algumas coisas para alimentar o outro, além de pegar algumas ervas para fazer um chá.

Jin fez um prato simples, que levava apenas vegetais e ervas, e fez um chá para acompanhar, acreditando que aquilo seria o necessário para fazer o alfa ter uma refeição vigorosa quando acordasse. Ele levou tudo para seu quarto, vendo que o outro ainda estava desacordado. O ômega pegou o chá e passou suavemente pelo nariz do alfa, fazendo ele resmungar e se remexer antes de finalmente abrir os olhos.

O alfa tinha olhos idênticos aos de Jin, e isso deixou ambos hipnotizados, uma sensação estranha no peito de ambos se acomodou, como se eles estivessem revendo alguém de novo depois de muito tempo. Entretanto, esse transe foi quebrado pelo barulho dos pássaros no lado de fora, e Jin, ainda ligeiramente atordoado, pegou o copo feito de argila onde estava o chá e o entregou nas mãos do alfa, que pegou o objeto com receio e aparente medo. 

— Beba isso, vai te ajudar a recuperar suas forças. – Seokjin falou, e vendo que o alfa o olhava desconfiado, ele continuou. – Isso é apenas chá de gengibre, não é nada que vá lhe envenenar. Até porque, se eu quisesse te matar, você já estaria morto.

O garoto observou o ômega com surpresa, e olhou para o chá uma última vez antes de o beber de uma só vez. Ao terminar, as bochechas do mesmo se encontravam vermelhas, devido a temperatura do chá. Seokjin pegou o copo das mãos do garoto, esperando o mesmo se ajustar melhor na cama improvisada, e deu um prato feito do mesmo material do copo nas mãos do alfa, que recebeu a comida de bom grado, não esperando para devorar a comida com a fome de mil homens.

— Eu sou Kim Seokjin, guardião desse templo. Agora que terminou sua refeição e está aparentemente melhor, será que pode me explicar quem você é e por que aqueles homens estavam te perseguindo? – O ômega questionou enquanto olhava diretamente para o alfa, afinal depois de ter protegido o outro e ter matado dois homens graças a isto, ele tem direito a respostas.

— Meu nome é Namjoon, apenas Namjoon. Meu sobrenome se perdeu a muito tempo. Não sei dizer o motivo daqueles homens estarem me perseguindo, só sei que eles fizeram isso minha vida toda. Não só aqueles, mas como muitos outros. – O alfa explicou, ainda sendo vigiado pelo ômega.

Seokjin não sabia ao certo se devia ou não acreditar no alfa.  Era estranho alguém chegar em um templo que ficava no meio de terras exiladas procurando apoio de um guardião contra dois perseguidores, e logo após isso dizer que simplesmente não sabe o motivo de ser caçado.

— Por que seu cabelo é rosa? – Namjoon questionou como uma criança curiosa, fazendo o ômega ter vontade de rir ao ver a expressão dele.

— É algo da minha linhagem, todas as minhas reencarnações tiveram o cabelo nessa cor, assim como as futuras também terão. —  Seokjin explicou. – Não te ensinaram sobre isso?

— Na verdade, não. A única coisa que sei sobre isso se refere as almas gêmeas, e minha mãe dizia que em tinha que encontrar a minha, pois assim nós poderíamos nos curar.

Jin ainda tinha dúvidas, tanto sobre a história de Namjoon quanto a falta de conhecimento dele sobre os perseguidores, mas vendo que o alfa continuava sujo e repleto de sangue seco de feridas, ele resolveu ajudá-lo para depois ganhar a confiança dele e entrar no assunto de novo.

— Há um lago pequeno perto do pomar que cultivo, você pode tomar banho lá, e eu posso lhe emprestar alguma roupa minha, se for de seu desejo, claro

— Se não for te incomodar, eu gostaria de um banho. Acho que fazem semanas desde a última vez que eu pude realmente me banhar.

Seokjin abriu um baú médio, onde guardava praticamente todos os seus pertences, e procurou por um hanbok, que não era exatamente um. As vestes usadas por Seokjin lembravam mais yukatas, que eram basicamente um enorme tecido com mangas amarrado por um cinto grosso. O ômega costumava usar essas vestes graças ao clima quente, já que os hanboks propriamente ditos eram inúmeras vezes mais quentes. Quando Jin achou uma veste aparentemente maior que si, e que provavelmente caberia no alfa, ele o chamou para o lago.

O templo não era muito grande, e o caminho do quarto de Jin até o pomar durou não mais que sete minutos. O local era verde e vivo, e em meio às árvores e flores, um pequeno lago surgia. Naturalmente, não era possível ter um lago, já que a água não deveria chegar ali, mas a Deusa que era idolatrada naquele templo cuidava de seus fiéis, e isso incluía os guardiões.

Seokjin depositou as roupas em uma área em que elas não ficariam completamente sujas de terra. O ômega deu uma breve reverência e se retirou, deixando Namjoon livre para se banhar. 

O alfa observou o outro homem se retirar, e quando viu o mesmo entrando de vez no templo, começou a retirar os trapos que ele usava como roupa. A maioria estava rasgada e suja, de um modo que nem mesmo uma lavagem iria salvar, o que restava era descartar as vestes. Após estar completamente nu, Namjoon entrou na água com uma alegria quase palpável, era raro ele ter um tempo para se limpar e relaxar. A água era um tanto fria, perfeita para o tempo quente que fazia. 

O homem perdeu a noção do tempo ali, sua pele e seu cabelo estavam limpos agora, sem resquícios de terra, lama ou sangue.  Ele saiu da água após um longo tempo, ficando em pé por um tempo, esperando sua pele secar um pouco antes de se vestir. Uma fisgada em sua pele se fez presente, e ele se lembrou dos perseguidores, que no dia anterior conseguiram o alcançar, e por pouco Namjoon escapou. A única coisa que os betas conseguiram fazer estava em suas costas, atravessando do seu ombro esquerdo até seu quadril direito.

Namjoon vestiu a yukata, prendendo a veste com o cinto feito de um tecido grosso. Porém, ao perceber que suas costas continuavam a doer, ele preferiu tirar uma das mangas e deixar a ferida parcialmente exposta. O alfa planejava apenas pedir os objetos necessários para fazer um curativo nas costas, um pouco de comida e água para então partir.

Porém, assim que ele entrou no templo e foi avistado por Jin, a primeira coisa que o ômega viu foram as costas dele. E desenhado na pele ferida estava o mesmo dragão que manchava a pele de Jin. A marca do Rei Insano que o tornava um inválido. 

 


Notas Finais


Bonguk geom = uma espada longa e fina, parecida com uma katana.

Hanbok = vestes tradicionais coreanas.

Estou me sentindo mal por postar um capítulo não betado, então me desculpem mesmo se tiver algum erro gritante. Não sei o que farei a respeito disso, me sinto impotente de verdade.

Espero que tenham gostado, por favor votem e comentem a opinião de vocês, isso é muito importante pra mim. Gosto de escrever essa história e seria bom saber se tem mais alguém que acompanha e gosta dela também.

Me desculpem pela demora, vou fazer o máximo para postar regularmente mas ainda não posso dar uma data ou dia exato para a postagem pois estou com vários trabalhos da faculdade pra entregar, porém não vou demorar tanto quanto agora.

Obrigada por lerem e até o próximo capítulo :).


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