Seus olhos eram fendas e sua testa estava franzida. O descontentamento era visível a milhas de distância. O motivo? Harry Potter e seu poder de fazer besteiras acontecerem.
Há poucos dias seria realizado o jantar beneficente em prol das instituições de caridade
Hermione havia ficado, no começo, assustada. E depois, sendo convidada a participar do leilão, indignada. Seus olhos queimavam prontos para lançar chamas em Harry, enquanto Ron gargalhava como se ele soubesse uma piada particular. Certo, ela era a única solteira do trio. Mas isso não a fazia desesperada ao ponto de “se vender” para arrumar um pretendente. Ela estava focada em suas atividades como assistente do ministro e futura ministra da magia, e isso satisfazia seu interior perfeitamente. O que ela realmente precisava era focar em sua carreira, e o resto se agregaria mais tarde. O problema eram seus amigos. Eles achavam que uma pessoa não poderia ser completa se não tivesse alguém com quem dividir suas conquistas. Bobagem, do ponto de vista dela. Infelizmente, eles fariam o que pudessem para que ela mudasse isso, e por este motivo, Harry agiu como Bartô Crouch Jr. no torneio tribruxo e colocou o nome da amiga no pergaminho mágico das inscritas para o leilão. Agora estava feito e ela não poderia voltar atrás. Oficialmente uma candidata.
Objetos voaram no momento em que haviam lhe dado a notícia, enquanto Ron ria mais ainda. Isso havia sido articulado por todos, no fim das contas. Quando ela havia sido deixada de lado no projeto do baile de comemoração? Nunca. Ela era a primeira a ser contatada, inclusive. Como não havia pensado que tinha algo muito suspeito nisso?! Infernos, ela mal tinha tempo para escolher a droga de um vestido. Afinal, ocupadíssimo com as tarefas dessa droga de evento e disposto a testar sua competência, Kingsley a nomeou ministra substituta até que fossem finalizados todos os trâmites. Até que ponto tudo isso havia sido planejado? Ela não saberia dizer. Como se isso fosse a solução dos problemas e histeria da amiga, Harry informou que Astória, sua esposa e não tão amiga, já havia escolhido seu vestido e detalhes, para que a amiga tivesse apenas que subir no palco e ficar parada, esperando a hora de pular nas garras de um qualquer. Definitivamente, ela estava se arrependendo de ter ajudado Potter a sobreviver.
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Não é necessário informar que os dias voaram, e que quando o tão esperado e odiado baile chegou, Hermione já estava a beira de um surto. Ela podia sentir seu núcleo mágico reverberando dentro de seu corpo, como se estivesse prestes a romper e causar uma explosão. A causa era linda, mas em sua vida amorosa, ela preferia surpreender a ser surpreendida. O tipo de mulher que apesar de gostar de um pouco de submissão, não estava fadada a esperar os homens tomarem partido. Ela usava muito bem os atributos que o tempo lhe deram. Seios médios e empinados, curvas graciosas e uma bunda absolutamente perfeita sob pernas incríveis. Tudo isso, combinado com lábios cheios, olhos quentes e sua inteligência extraordinária faziam com que ela pudesse encantar e seduzir qualquer bruxo do mundo. Táticas de sedução planejadas e jogadas ao léu, por um baile de máscaras infernal e um amigo maldito.
O evento estava marcado para às nove horas, e Astória apareceu na casa de Hermione às seis. Isso significava que ela seria usada de manequim para os caprichos da colega, e a situação não a agradava nem um pouco. Bufando, ela correu para tomar um longo e relaxante banho, antes que perdesse o resquício de paz que ainda sobrara.
HERMIONE
Onde foi que eu me meti? Pelas barbas de Merlin! Astória só sabe tagarelar o quão linda tenho que estar, enquanto Daphne sua irmã e noiva de Ron, move a varinha em meu cabelo, proferindo feitiços para fazer meu penteado.
Tenho que concordar que a escolha do vestido é indiscutível. O modelo todo preto tinha alças caídas nos ombros, mas com uma boa sustentação nos seios e uma fenda lateral que supervalorizou minhas pernas. O modelo assinado por Madame Malkin’s havia se moldado perfeitamente em meu corpo, fazendo-me parecer gloriosa. A máscara, para combinar, também era preta, feita de renda perceptivelmente francesa, e deixava apenas meus lábios - que foram pintados de vermelho sangue - e meus olhos aparecendo. Misterioso e chamativo, tudo aquilo que incitaria ainda mais os compradores. Eu estava ferrada, afinal.
O gran finale foi anunciado por Daphne, que saltitava em minha frente rindo feito uma maníaca, dizendo o quão perfeito era seu trabalho e como eu havia ficado maravilhosa com o cabelo ladino e levemente alisado. Então levantei, pronta para olhar no espelho. Meus olhos não conseguiam reconhecer a mulher do reflexo. A época do desleixo havia passado, e eu sempre estava impecável, mas agora tinha algo mais. Talvez um brilho diferente no olhar, uma sensação nova de poder… Indefinível, mas boa. Sorrindo com a vista, admiti que talvez a noite pudesse ser boa. O bem vindo formigamento de novidade fazia com que meu estômago embrulhasse enquanto eu calçava os saltos 15 cm pretos, pedindo a Merlin e Morgana que não deixassem eu me arrebentar no chão.
2 de Maio de 2002, Salão de festas do Ministério da Magia.
Flashes disparavam por todos os lugares, e os repórteres estavam revoltadamente empenhados em descobrir cada bruxo e bruxa por trás de suas máscaras. Ainda assim, todos passaram pelo tapete vermelho sem dizer uma palavra sequer. Hermione e seus amigos fizeram de tudo para escapar rapidamente, antes que fossem reconhecidos.
Ao entrarem, houve um suspiro surpreso coletivo. O salão estava deslumbrantemente decorado. Havia um corredor iluminado por fadas que voavam na entrada, direcionando os convidados para seus respectivos lugares. Encostado na parede que fazia divisa com o corredor de entrada, havia um pequeno palco e na frente dele uma pista de dança. Ambos escurecidos, e eram visíveis apenas porque o teto estava encantado com uma noite linda de chuva de estrelas. Seguindo o caminho, e atrás da pista, estavam as mesas e cadeiras, que transmitiam o luxo final da decoração. Todas as toalhas, arranjos e louças eram brancos, a fim de simbolizar a paz que o mundo havia estabelecido.
O ministério havia se empenhado muito para que esta noite fosse extremamente impecável, uma vez que a novidade do leilão era a primeira página do profeta diário desde que fora anunciada.
Pessoas - altamente irreconhecíveis - circulavam pelo local com as mesmas expressões de deslumbre. Aquilo tudo era muito opressor, e fazia o estômago da heroína se contorcer a cada passo em direção a mesa selecionada para si e seus amigos.
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Muitas bebidas e conversas depois, o salão estava quente. Os ruídos de risadas e tilintar de taças era insuportavelmente alto. A essa hora, todas as bruxas do leilão já estavam posicionadas atrás da cortina esperando ansiosamente - ou não, no caso de Hermione - o início.
O ministro da magia discursou brevemente, como quão importante era o arrecadamento de fundos da noite, e emocionou o público com a voz embargada enquanto falava da guerra. Estava tudo muito lindo, até que a principal atração da noite começasse.
Hermione havia praticamente obrigado Kingsley a colocá-la em uma posição no meio, nem início e nem fim, neutra. Ela não queria ser importante ao ponto de abrir, e nem decadente ao ponto de fechar. E já que ela estava extremamente nervosa com toda a armação do circo que fizeram, o pobre homem não teve outra opção senão aceitar de bom grado a escolha da mulher.
Uma a uma, bruxas elegantes subiam ao palco, e eram apresentadas com qualidades ridículas, como “fala latim primitivo”, “canta como um pássaro” e até “sapateado sincronizado”. Nenhuma habilidade mágica, afinal, se o leiloeiro fosse capaz de listar as suas, facilmente o público saberia que ela era Hermione Granger.
Um arquejo involuntário saiu quando o homem vestido de branco chamou o número 05. Era sua vez, e ela não conseguia esconder o quanto sua ansiedade a estava dominando.
HERMIONE
Talvez tomar tanta champanhe não havia me feito bem, afinal. Meu estômago revirava, mas minha boca sorria automaticamente. O leiloeiro - que eu suspeitava ser Marcus Flint, do Departamento de mistérios - havia pego minha mão assim que subi ao palco, e até o presente momento não havia soltado. Fui apresentada como “La Femme Fatale”, e isso havia me feito gargalhar no início. Mas, depois de entender o sentido que isso significava, eu só queria matá-lo com minhas próprias mãos. É claro que eu teria esse azar. E eu mataria Harry Potter por deixar essa barata me apresentar ao público como uma completa meretriz profissional.
Os sicles começaram a ser lançados, e placas subiam uma a uma, os homens bastante agitados na platéia, provavelmente pensando que sua cama hoje seria ocupada por mim. Merlin, me ajude a não azarar todo mundo.
Eu mal conseguia acompanhar os lances, até que do meio da multidão, ouvi uma voz rouca e arrastada - que não consegui identificar - dar um lance de meio milhão de galeões. Céus, isso era muito dinheiro. Eu teria que vender minha alma aos inferis para conseguir agradar este homem caso ele me comprasse. Houve um arquejo surpreso de todos e os burburinhos começaram. O maldito homem a meu lado não perdeu tempo, e findou os lances por mim. Era isso. Eu havia sido comprada por um maldito milionário que eu não conhecia, e teria que segurar a porra da língua para agradá-lo. Afinal, o que homens ricos esperavam? O que eu era essa noite. Uma droga de troféu.
Desci do palco em direção ao meu “dono”, um sorriso contrariado estampando meus lábios. Eu gostaria pelo menos de saber quem ele era, assim, eu teria alguma vantagem em saber como me comportar. Espere, o que eu estava pensando? Este maldito havia comprado Hermione Granger, e não era menos do que isso que ele receberia.
O homem misterioso me estendeu a mão, a levou-me até a mesa com meu número, no fundo do salão. Quando o leilão findasse, o jantar seria servido. E conforme eu já sabia, teria que desfrutar do meu ao lado dele. Eu não conseguia, apesar de todos os esforços, reconhecer o sujeito. Seus lábios eram cheios, e seus olhos cinzas. E era apenas isso que eu conseguia ver, porque sua máscara estava enfeitiçada e cobria o cabelo e pele.
- Você gostaria de vinho, Femme Fatale? - O homem com voz sensual me perguntou. E eu não conseguia mais diferenciar indignação de excitação. Eu era uma bagunça sob saltos finos.
- Eu gostaria, particularmente, que você não me chamasse desse nome ridículo. Isso é, se quiser que esse jantar termine com minha faca no prato e não na sua garganta.
O que eu esperava era intimidá-lo, mostrar que eu era realmente uma fêmea fatal. Mas, o que eu consegui foi uma gargalhada rouca.
- Céus, eu daria muito mais do que meio milhão para isto.
Ok, ele era perturbado. Ou irônico. Eu não conseguia diferenciar também. Malditas taças de champanhe com abastecimento automático da recepção. Eu não deveria ter virado dez. Ou foram doze? Não, era um caso perdido tentar lembrar.
Droga, eu não estava bêbada. Eu diria que estava leve. Como uma pluma. Inferno, eu estava gargalhando depois disso.
- Alguma piada em particular que queira me contar? - Maldição das maldições, eu havia chamado a atenção que eu não queria.
- Além dessa situação ridícula que me incluí? Não. Me fale sobre você, o que posso saber além de que agora você é meu dono por uma noite?
Aquilo não deveria ter soado tão ríspido. Mas soou, e eu vi o brilho de reconhecimento passar pelos olhos cinzas. Ele sabia que eu era Hermione Granger. Droga, mais uma desvantagem entre nós.
- Se quiser, podemos sair daqui até que o leilão termine, se não estiver de seu agrado e você precisar de espaço.
Sutilmente empático. Eu definitivamente não conhecia alguém assim.
- Firewhisky e ar livre. Tentador. Você sabe o caminho do terraço?
Não esperei por resposta. Levantei e segui em direção a porta de vidro que dava nas escadas, sabendo que encontraria o espaço no final delas.
Minha cabeça estava uma bagunça, mas nada como meus olhos, conforme os vi no vidro. Eles brilhavam mais que o comum, e minha boca definitivamente havia perdido o filtro. Eu precisava respirar. Não que tudo estivesse sendo o maior dos sacrifícios, mas, havia algo inquietante em conversar e acompanhar alguém que eu não conhecesse.
O homem havia me acompanhado, e agora estávamos apoiados no guarda corpo do terraço, cada um com seu copo do líquido âmbar e forte em mãos. Ele olhava fixamente para a paisagem, e eu para ele. Tentando qualquer vestígio que conseguisse me fazer reconhecê-lo.
- Sabe, eu nunca pensei que conseguiria chegar onde cheguei. Não falo de dinheiro, fama. Isso eu tive desde muito novo. Eu falo da pessoa que me tornei. Eu sou um homem muito diferente da criança e adolescente que fui. Me arrependi amargamente de tudo que fiz, e, tive uma única chance de redenção que agarrei com todas as forças. Posso dizer que me desculpei com quase todas as pessoas que fiz mal, e fiz o meu melhor para reparar meus erros. Eu fui criado para o pior, educado de uma forma que minhas raízes eram podres. E é muito difícil uma flor nascer em uma planta que tem a raiz apodrecida. Eu passei por muitas coisas difíceis para estar hoje aqui. Ainda tenho pesadelos, é claro. Quem não os tem?! Mas, o que importa é que eu consegui. Eu sou um bom homem, Femme Fatale. Lembre-se disso no final desta conversa.
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Ela não conseguiu segurar a emoção. Ela sabia que ele seria um sonserino. Ela conhecia a história de criação pútrida das famílias puro sangue. Crianças criadas para um só ideal: a pureza e nobreza de sangue. A guerra havia sido sobre isso. E como havia sido doloroso, não só para o lado bom, mas também para o lado onde as pessoas foram doutrinadas a crer naquilo, e no final perderam seus entes e amigos para algo que não era a realidade, e sim uma ardilosa fantasia.
- Eu acho, homem mistério, que você deve ser parabenizado. Uma pessoa que tem suas raízes de mandrágora, dificilmente florescerá como um lírio. Eu acredito na mudança das pessoas, acredito que exista redenção para o arrependimento. E foi por isso que ajudei todos aqueles que precisaram, fazendo tudo aquilo que estava ao meu alcance.
Ela surpreendeu-se ao ver que agora ele quem lhe encarava, enquanto ela divagava em pensamentos. Havia um brilho naquele olhar, que a atraía como uma mariposa para a luz. Ela mal pode sentir que se aproximaram, e só o fez quando sentiu seu corpo arrepiar com o toque sutil dele em seu braço. Ela pensou em se afastar, mas ele já estava tirando a máscara com a outra mão.
- Eu vou beijá-la.
Apenas essa frase, e tudo que ela conseguiu ver depois, foi a boca de Draco Malfoy chocando-se com a sua.
Ela não conseguia pensar. Os lábios dele despertavam coisas em seu íntimo, e tudo que ela conseguia fazer era se segurar nele para não derreter e corresponder o beijo como se fosse sua tábua de salvação. Ele mantinha uma mão em sua nuca, fazendo círculos com seu polegar, e a outra segurava o copo em sua cintura. O beijo podia facilmente ser comparado a magia involuntária. Luzes e cores piscavam sob as pálpebras dela, enquanto seu corpo clamava por mais daquilo. Claro, tudo não poderia ser perfeito. E foi a salva de palmas do baile que encerrou o leilão e o beijo quente trocado entre eles.
Nenhum dos dois sabia o que falar e nem como agir. Ele queria dar espaço para que ela pudesse absorver o acontecido. Era possível ver as engrenagens do cérebro dela trabalhando há quilômetros de distância. Afinal, ela era quem era.
DRACO
Minha ruína tinha o mesmo nome que minha salvação. Ela estava absolutamente deslumbrante no vestido preto colado, e isso instigava ainda mais minha vontade de fodê-la aqui mesmo. Inferno de mulher perfeita. Seus lábios moviam-se com os meus, e tudo que eu conseguia pensar era no quão boa ela era naquilo. Minha ereção doía, e minhas bolas já estavam esticadas tamanha minha excitação. Tudo que eu queria agora era a oportunidade de tê-la.
Desde muito jovem, apesar dos pesares envolvidos, eu a admirei. Algumas vezes com raiva por sua inteligência, por sua coragem e ser quem era e nunca ter medo de demonstrar. Quantas vezes imaginei beijá-la como agora, quantas vezes eu senti um aperto de inveja ao enxergar o sentimento dela pelo Weasley. Mas, eu era um maldito Malfoy afinal, e tudo que um Malfoy quer, ele consegue.
No começo, era algo sexual. Eu precisava testar meus limites fodendo Hermione Granger. Mas isso passou para algo mais intenso quando começamos a nos encontrar mais nas reuniões do ministério. Comecei a reparar em como ela agia, como discretamente condenava os erros com o olhar, como ficava em uma postura petrificada quando identificava algo suspeito e quando ela relaxava ao saber que estava certa.
Seus sorrisos, mesmo que nem sempre dirigidos a mim, eram magníficos e faziam com que eu tivesse vontade de dar um braço para ter todos eles dirigidos a mim. Era absolutamente extasiante quando ela decidia agir como predadora, devorando todos aqueles executivos com seus discursos. Essa mulher seria minha morte.
E agora, eu a tinha em meus braços, e não conseguia soltar. Até que as palmas no salão nos separaram.
- Malfoy, o que estamos fazendo?! Isso não me parece… certo.
Eu sabia. Ela estava se arrependendo. E eu não podia deixar isso acontecer se quisesse ter uma chance.
- Você pensa demais, Granger. Nós somos adultos, temos química. Basta isso para que possamos nos beijar.
- Merlin, o quanto você bebeu? Eu sou Hermione Granger. Lembra-se disso?! Parece que não está enxergando a real pessoa por trás dessa máscara no meu rosto.
- Eu sei que é você.
- Desde quando? - ela perguntou mais para si do que para ele.
- Há algum tempo, se quer saber. Você não é muito discreta.
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E pela expressão que ela fez, ele pôde notar que ela estava calculando o que ele queria dizer com aquilo. Depois o olhar suavizou, e ela se rendeu. Afinal, ele era a droga de um Malfoy e Hermione não podia negar que era tarde demais para fugir do covil desta serpente.
Eles aparataram no apartamento dele, e sem perda de tempo, as bocas se encontraram novamente.
- Eu preciso que você saiba, que eu queria isso há um bom tempo, Granger. - sibilou ele, fazendo com que o corpo dela se arrepiasse de desejo.
Ele levou a mão aos cabelos, soltou o penteado, e enfiou os dedos puxando levemente a raiz, o que arrancou um gemido dela. Seus lábios eram suaves, macios e persistentes, e sua mão começou a trilhar o caminho do zíper do vestido.
Ela, por outro lado, não conseguia se lembrar do quanto gostava de beijos. Na verdade, era sempre uma parte muito tediosa para iniciar qualquer coisa. Afinal, ela sempre bebia uma poção de lubrificação. Mas agora, ela podia sentir a boceta gotejar. Com a porra de um beijo do caralho. Definitivamente, ela andou beijando as pessoas erradas.
- Você é linda pra caralho, Granger. Mal posso esperar para enfiar meu pau em sua boceta gostosa e sentir você apertá-lo de tesão.
Aquilo seria a morte deles.
- Eu gostaria de tentar algo, que há muito fantasio.
E ela assentiu. Na verdade, ela não se sentia capaz de negar qualquer coisa naquele ponto que estavam. O vestido dela, junto com suas roupas íntimas havia ficado no trajeto para o quarto. E ele não estava muito diferente. A única coisa que o separava da nudez era a cueca box preta.
Ele pediu que ela deitasse na cama, e subiu em cima do corpo deliciosamente moldado.
Novamente, iniciou um beijo devorador, e fez uma trilha de beijos do pescoço até o topo dos seios cremosos. Ele capturou um dos mamilos rosados com os lábios, e lambeu como se fosse uma sobremesa deliciosa antes do jantar. Ela arqueou as costas, sentindo que estava pronta para qualquer coisa naquele momento.
Ele beijou entre os dois deliciosos peitos redondos e firmes, empurrando seu rosto na curva entre eles. Sua boca revezava nos dois, como se ele não pudesse decidir qual pedaço de sua pele ele deveria lamber ou chupar a seguir. Ela tinha o tamanho certo para que ele conseguisse apalpar e lamber ao mesmo tempo.
De repente, parecia que os minutos haviam virado horas. Ele podia sentir que ela estava ficando instável, quando a respiração começou a dar lugar a gemidos longos. Ele arrastou-se um pouco para baixo, dando beijos molhados no caminho, e com um sorriso lascivo ele se encaixou perfeitamente sobre sua boceta rosada. As coxas dela estavam sobre seus ombros, e ele lambeu os lábios ao sentir o cheiro da excitação.
Primeiro, ele beijou-a, e soltou um rosnado antes de lamber a fenda úmida. Sua língua macia alisou entre seus lábios, sobre seu clitóris, para frente e para trás, fazendo com que ela balançasse os quadris no ritmo, e beliscasse os mamilos intumescidos, gemendo palavras incoerentes. Ele pensou que poderia gozar só de mergulhar sua língua nela, sentindo a boceta doce e melada escorrer em sua boca.
Em seguida, ele voltou para o clitóris, desta vez suavemente, para sacudir para frente e para trás apenas, muitas vezes seguidas. Ele sentiu que ela iria gozar, então a deixou pendurada no precipício.
Ele sorriu.
- Para o inferno, Granger. Absolutamente perfeita, gostosa. Você vai ser minha morte.
Como ele conseguiu soar tão sensual com os lábios contra sua boceta encharcada, suas pupilas dilatadas ao ponto de parecer o diabo. Aquele momento a fez entender que estava muito mais do que pronta para foder com Draco Malfoy.
- Oh meu… Deus - ela choramingou, quando ele fechou a boca sobre o clitóris e fez uma sucção no ritmo perfeito.
E então, ele a sentenciou. Draco enfiou dois dedos longos em seu buraco úmido, e bombeou até que ela perdesse os sentidos.
O orgasmo cresceu nela, enquanto ela deslizava a boceta na boca dele, exigindo que a lambesse por inteiro. Ela estava lá, pulando sobre a borda da excitação. Derramando-se na boca do seu antigo inimigo, com a boceta tão molhada que facilmente escorreria pelo rosto dele, se os dedos tão deliciosos não estivessem ainda mais rápidos.
Ela queria chupá-lo, fazê-lo perder o controle como ele havia feito com ela. Mas, seus planos não eram os mesmos, ela percebeu, já que em segundos ele estava dentro dela.
- É ainda melhor do que eu pude imaginar. Inferno sangrento, eu posso sentir sua boceta apertando em torno do meu pau.
Ela sorriu, parecendo uma verdadeira feiticeira. E ele estava hipnotizado. A mulher sob ele, nua, com o corpo escorregando no seu era absolutamente incrível.
Ele movia-se lentamente, aproveitando todo o calor que emanava dela. A essa altura, ela já apertava as pernas em torno dele, implorando para que ele se movesse ainda mais rápido. Mas, ele não queria aquilo ainda. Ele queria construir um ritmo enlouquecedor, queria que ela soluçasse implorando por seu pau forte dentro da boceta apertada.
Era enlouquecedor.
- Por favor, Malfoy, me faça gozar de novo. - ela choramingou novamente
E então ele deu o que ela queria. Forte, rápido. Ele poderia comparar a sensação de ter seu pau enfiado naquela boceta com um alucinógeno. Quanto mais ela gemia, mais ele se entorpecia.
Ela ficou surpresa, quando ele a virou de costas.
- Eu quero te comer por trás, quero sentir minhas bolas baterem no seu clitóris e suas pernas amolecerem enquanto eu enfio meu pau na sua bocetinha melada. Fique de quatro pra mim, Granger.
Depois disso, eles eram uma bagunça. Gemidos, grunhidos, rosnados, choramingos. Ele estava deslizando nela tão deliciosamente rápido que ela mal conseguia gemer sem engasgar de tesão.
- Quero que você me diga quando for gozar. Deixe-me saber que eu te levo ao céu.
Ele assinou a sentença.
- Merda - um soluço - Eu vou gozar, maldito.
E ele pode sentir os músculos dela tensionarem, assim que o orgasmo chegou mais uma vez. A boceta, que já era malditamente apertada, agora contraía sugando seu pau. Ele não pôde aguentar muito mais, e gozou dentro dela. A pulsação dele dentro, prolongou ainda mais a dela. A sensação do preenchimento dele gotejando em sua boceta era incrivelmente única.
Ele rolou na cama, e ela aconchegou-se. Ambas as respirações estavam acalmando-se.
Ela precisaria de privacidade novamente, então, ele informou que ela poderia ficar a vontade enquanto ele preparava um banho para os dois. E foi o que ela fez. Ainda nua, ela andou novamente para a sala, a fim de pegar pelo menos suas roupas íntimas. Mas, sua curiosidade despertou ao ver um pedaço de pergaminho saindo do bolso da calça de Malfoy.
“Ela é a dama de preto.
Se magoá-la, juro que mato você. Eu armei todo esse circo para que criasse coragem de levá-la para jantar. Não desperdice a oportunidade, ou terá que ficar babando nela de longe pro resto da vida!
Deixe os agradecimentos para depois, aproveite a noite.
Harry Potter”
Inacreditável. Malditos. Todos eles. Ela estava enfurecida, e uma onda de vingança caiu sobre seu peito. Aquele banho serviria de algo, afinal. Draco Malfoy conheceria um outro lado de Hermione Granger.
FIM
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