Draco
Eu não poderia deixar de notar o nervosismo dela durante a 1° palestra, ela apertava minha mão suavemente e seus olhos estavam cheios d’água depois do anúncio do primeiro palestrante, ela não conseguia parar de mover as pernas e nem de respirar forte, eu pensei que ela iria infartar a qualquer momento, então cheguei perto dela e falei.
-Mione, o que você tem, olha seu estado, vamos tomar uma água ou algo do tipo? -Ela virou para mim assustada e com medo, eu sentia sua pulsação pelo pescoço.
-Me leva embora Malfoy, me leva embora por favor. -Não poderíamos levantar lá do nada e irmos embora no mesmo momento, estavam todos muito concentrados e estávamos na frente.
-No intervalo entre as palestras nós vamos ok, agora tenta se acalmar. -Ela disse um “ok” com a cabeça e continuou a focar no 1° participante que eu sabia que reconhecia de algum lugar.
Assim que a palestra acabou, saímos depressa do grande teatro e entramos no elevador para o estacionamento, ela estava totalmente sem equilibro emocional, eu percebia isso olhando o como ela se apoiava nas paredes do elevador e como ela fechava a abria os olhos lentamente.
-É ele Draco, é ele Draco, vamos embora rápido daqui pelo amor de Deus. -Ela parecia totalmente mal, e com medo, peguei em sua cintura e começamos a andar até o carro.
-Ele quem Mione, em fala por favor, quem é. -O estado dela me assustava totalmente, ela tropeçada em seu próprio salto e se não fosse eu ali, ela tinha caído a um bom tempo.
-Arthur, ele o sorriso dele, eu senti cada soco na barriga que ele me dava, enquanto ele falava sobre a fortuna dele em cima do palco. -Eu o conhecia também, tinha sido acionista de uma das empresas do meu pai a um tempo, e me chamava de Draquinho, coisa que me irritava.
-Calma Mione calma, você precisa de uma água. -Quando estávamos prestes a chegar ao lado do carro, eu ouvi uma voz ecoar o estacionamento.
-Draquinho, pelo visto essa sua mania de andar com vadias não muda muito não é mesmo? -A cara de assustada dela, me fez sentir na pele o que ela passou, eu senti suas mãos apertarem meu braço e suas pernas desabarem, por sorte estávamos perto do carro, eu abri a porta e a sentei lá dentro tentando ignorar a existência desse cara.
-Pelo visto você não mudou muito Granger, continua sendo a mesma mentirosa de sempre, me diz Draco, quais mentiras ela contou para você a tratar tão bem. -Assim que senti suas mãos em meu ombro, a reação foi instantânea, virei um soco em sua cara.
-Você é um merda Arthur, espero que meu pai saiba que você anda batendo em garotas. -Assim que me virei para ela seus olhos estavam arregalados e suas mãos tapando a sua boca.
-Que mentiras ela te contou draquinho? Eu nem conheço essa vadi... -Não esperei mais nem um minuto, apenas diferi mais um soco em sua cara e outros em sua barriga.
-Eu tenho uma reputação a zelar Arthur, mas pode ter certeza que eu vou no inferno te buscar, e se você não sair daqui agora mesmo, eu vou cortar sua cabeça, e colocar na minha cabeceira de lembrança.
-Mas olha, parece que o comedor de putas anda defendendo a sua putinha favorita. - Assim que eu peguei nas golas cheias de sangue de sua camisa, eu ouvi um grito abafado.
-Draco, me leva embora daqui por favor. -Era ela, que estava com a cara vermelha e os olhos inchados de chorar, não poderia a deixar assim, nós precisavamos ir para casa.
-Eu e você ainda vamos nos encontrar Rivera, eu e você temos um pequeno acerto de contas para fazer. -Eu me virei e bati a porta do carro, entrando no banco do motorista, ela colocou seu cinto e começou a chorar descontrolávélmente, aquilo me desconcentrava totalmente, eu a ouvia tentar se acalmar e contar, mas não conseguia nem se manter estabilizada, então eu virei o carro em qualquer esquina e abri minha porta, dei a volta no carro e abri a dela.
-Olha pra mim e fecha os olhos. -Eu repousei minhas duas mãos em seu rosto e me agachei em frente a ela.
-Eu to mal Draco, eu sinto as mãos dele no meu corpo como se eu tivesse tomando uma surra agora mesmo. -Ela tremia enquanto estava com os olhos fechados.
-Presta atenção na minha voz e agora olha nos meus olhos. -Ela abriu os olhos lentamente enquanto as lágrimas ainda caiam.
-Eu, não vou deixar ninguém te machucar, enquanto eu for Draco Malfoy, ninguém vai encostar um dedo em você sem antes passar por mim. -Ela começou a se acalmar enquanto me olhava nos olhos, já eram 16:00 então decidi que teríamos que comer algo.
-Você está com fome? -Eu a perguntei enquanto entrava no meu lado do motorista e colocava as mãos em sua perna.
-Eu estou, vamos ao burguer king mais próximo. -Ela pegou em minha mão e a entrelaçou enquanto olhava pela janela eu dando partida no carro.
Eu senti sua respiração se acalmar e ela ficar mais tranquila com o passar do tempo, entrei no drive do bk mais próximo de mim, e pedi dois whoppers para a viagem, enquanto esperavámos o lanche sua voz ainda suave e assustada começou a conversar comigo.
-Meu Deus Draco, sua mão. -Minha mão estava um pouco machucada, para falar a real, ela estava bastante machucada mesmo, carne de babaca sempre parece mais dura.
-Quando a gente chegar em casa eu cuido disso, agora a preocupação é ver você alimentada e bem.
-Draco, assim como você cuida de mim, deixa eu cuidar de você também por favor. -Ela me olhou tão docemente que a puxei para um beijo dentro daquele carro.
-Eu deixo ok, mas agora fica bem, por você e por mim. -Ela novamente disse um sim com a cabeça e me avisou que nosso pedido estava pronto.
Pegamos o pedido e fomos comendo para casa, chegamos por volta das 17:00 horas e ela foi direto para o quarto pegar uma caixinha de primeiros socorros.
-Senta ai, agora é minha vez de cuidar de você. - Me sentei em uma cadeira da cozinha e logo depois ela subiu em cima de mim e começou a cuidar da minha mão.
-Sabe, se for para ser cuidado assim sempre que eu for machucado, vou começar a me machucar mais vezes. -Ela soltou um sorriso de verdade, o único que tinha soltado depois de mais cedo.
-Seu palhaço, é bom você tomar cuidado sempre, eu vou estar aqui pra cuidar de você sempre, mas abuso de boa vontade é crime. -Ela me deu um selinho depois de ter terminado e eu a abracei forte.
-Eu preciso de um banho, mas eu já volto ok?
-Eu vou com você, só pra garantir que você não fique um minuto sozinha.
-Até quando eu to mal, você continua sendo um safado, mas vamos comigo sim.
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