História Dream girl - The true

-Bieber, eu já disse que você não vai fazer isso com ela! -Bella gritou, e Justin bufou, me encarando. 

-Você me deve uma e sabe disso. -Ele disse, sério, ignorando Bella completamente, que bufava de raiva.

Não o respondi, apenas o encarei nos olhos. Seduzir um guarda não me soava nada bem, mas, por mais idiota que pareça, eu simplesmente quero que minha dívida com Bieber acabe.

-Você pode me dizer por que exatamente eu preciso seduzir um guarda? -Perguntei, e vi Bella lançar um olhar preocupado na direção de Justin.

-Você não faz perguntas. Anda. -Ele disse, fazendo sinal para que eu passa-se na sua frente.

-Brooke, você não precisa fazer isso! -Bella disse, e eu neguei com a cabeça. 

-Só quero acabar com isso logo. -Falei, e ela concordou com a cabeça, ainda parecendo um tanto relutante.

Andei atrás de Justin pela multidão, indo até um canto isolado.

-Certo, eu preciso chegar até aquela sala. -Ele disse, apontando para o outro lado do salão, onde um homem forte de aproximadamente 25 anos estava parado na frente de uma porta.

-Sério que você não pode me dizer o por que disso tudo? -Falei, e ele bufou, parecendo irritado.

-Você vai ver. -Disse, me empurrando na direção do homem.

Respirei fundo diversas vezes, torcendo para que nada disso saísse de controle.

Atravessei o salão, sentindo Justin a alguns metros de distância de mim, indo diretamente até o homem.

-Boa noite. -Falei, o encarando dos pés até a cabeça, dando o meu melhor olhar de safada.

-Boa noite, senhorita. -Ele disse, me analisando também, parecendo estar caindo no jogo.

Certo, só termine isso de uma vez.

-Então, eu estou um pouco perdida aqui, será que você poderia me mostrar um lugar mais privado? -Falei, passando minha mão pela gola da camisa dele, o puxando para longe da porta da sala.

Justin se aproximou, e fez sinal com a mão para que eu me afastasse com ele.

Respirei fundo diversas vezes.

-Seria um prazer. -Falou, e eu lancei um sorriso, enquanto o seguia pela multidão.

Faça a merda que você tenha que fazer logo, Bieber.

Quando estávamos quase saindo pela porta dos fundos, todas as luzes se apagaram.

-Mas que merda! -O homem gritou, saindo correndo em direção à sala.

Varias pessoas andavam perdidas pelo escuro, se empurrando.

Levei diversos empurrões, enquanto tentava encontrar Bella ou minha avó no meio da multidão, mas parecia impossível.

-Atenção! -Uma voz feminina estranhamente familiar falou, muito alto, e todos pararam no lugar.

Escutei um alto barulho de todas as portas sendo fechadas e trancadas, incluindo a que estava atrás de mim.

As pessoas pareciam começar a entrar em desespero.

-Ninguém se move e todos saem vivos hoje. Só viemos buscar uma coisa. -A voz disse novamente, e todos congelaram no lugar.

As únicas pessoas que se moviam eram alguns homens e três mulheres, uma delas suspeito ser a dona da voz.

Usavam máscaras pretas no rosto, o que impedia de ver quem era.

Senti alguém me puxar por trás, tapando minha boca, e o pânico invadiu meu sistema. Tentei chutar, mas sem sucesso.

-Brooke, sou eu. -A pessoa sussurrou no meu ouvido, e eu virei me rosto e encarei Chaz.

-Pelo amor de Deus, nós temos que encontrar a vó e sair daqui! Que porra está acontecendo? -Falei, e ele me soltou, me lançando um olhar nervoso.

-Tem algumas coisas que... Preciso te explicar. Você está segura aqui, acredite em mim. -Ele disse, e eu franzi a testa.

-Segura? Tem uma gangue aqui dentro ameacando todos de morte! -Gritei.

Senti meu coração quase parar quando as pessoas com máscaras se aproximaram de nós, vendo que um dos homem carregava um velho pelo braço, quase o arrastando.

-Chaz, nós temos que sair daqui! -Falei, o puxando. 

-Você não entendeu nada, Brooklyn. -Ele disse então pegou uma máscara preta e a vestiu.

-Anda logo, Chaz! -Uma das pessoas disse, e eu certamente reconheci aquela voz.

Não.

Impossivel.

-Vai ficar tudo bem, Brooke. Amanhã conversaremos. -A mulher disse.

Bella.

É a Bella.

Chaz saiu com eles, que sumiram rapidamente pela porta.

As luzes se acenderam, e eu tremia tanto que  não sabia como conseguia ficar de pé. 

Bella, Gigi, Kylie, Bieber, Chaz e os outros amigos deles acabaram de sequestrar um homem.

...

-Tome isso, querida. -Minha avó disse, me alcançando um copo de água com açúcar, que eu bebi de uma só vez.

Eu encarava o chão a alguns minutos.

Ela não tem ideia do que o Chaz faz. Ela pensa que eu estou assim por que me apavorei.

-Vou dormir. -Falei, e ela concordou com a cabeça. 

-Você está bem mesmo? -Ela perguntou, e eu concordei com a cabeça.

Queria perguntar para ela sobre o homem que eles levaram, mas ela provavelmente não sabe que sequestraram alguém.

Se eu deixar escapar que vi as pessoas saindo com um velho, ela provavelmente vai me levar na delegacia para prestar depoimento.

Andei até meu quarto, tirando o enorme vestido e colocando meu confortável pijama.

Encarei meu reflexo no espelho enquanto tirava a maquiagem.

Eu não posso julgar Chaz e nem nenhum dos outros. Eu não sou nenhuma santa para fazer isso, não mesmo.

"-É tal da Brooklyn, filha da Clair Fields.

-Mas o que ela está fazendo com os Hunters?"

Peguei meu telefone em minha bancada, digitando "gangue Hunters Nova York" no Google.

Polícia de Nova York segue buscas atrás da maior quadrilha de roubos e tráfico do país.

Gangue conhecida como Hunters é responsável por pelo menos 10 assaltos milionários a bancos, cinco a joalherias, e por pelo menos metade do tráfico de drogas do país.

A polícia oferece recompensa por qualquer informação sobre a identidade dos criminosos, mas o grande medo da população dificulta seriamente o trabalho das autoridades.

No último ano um membro da gangue foi preso em Los Angeles, Nolan.

Bloqueei a tela do meu telefone, o colocando de volta na bancada. Isso não pode ser verdade, de maneira nenhuma.

Por que Chaz faz essa porra?

A família dele não é milionária, mas ele certamente não passa por nenhuma dificuldade financeira.

Além disso Madeline tem muito dinheiro, com certeza poderia ajudá-lo com o que ele precisasse.

Quem você pensa que é, Brooklyn? Você também cometeu erros e não tem o direito de julgar ninguém.

Senti todo meu corpo se arrepiar.

Eu me meti com coisas terríveis, que custaram muito caro para mim.

Quem sou eu para julga-los?

Eu só preciso falará com Chaz, só isso.

...

Político é sequestrado em baile de gala em Nova York.

Antonio Jordan foi sequestrado na última noite em uma festa, no Upper East Side. Ao que tudo indica seria outra ação da gangue Hunters.

Os sequestradores ainda não fizeram contato com a família para pedir recompensa.

-Querida, você viu o que aconteceu ontem? -Minha avó disse, aparecendo  a sala.

-Acabei de ver na internet. -Falei, mostrando meu telefone.

-Eu não tinha ideia de que tinham sequestrado uma pessoa. Essa cidade está tão violenta, meu deus!

Concordei com a cabeça, torcendo para que ela mudasse de assunto logo. 

-Vou precisar sair por algumas horas, estamos terminando de preparar o lançamento da coleção. Você vai ficar bem sozinha? -Ela perguntou, e eu concordei com a cabeça.

-Não se preocupe. -Falei.

Ela olhou a hora em seu relógio dourado e arregalou os olhos.

-Meu deus, estou atrasada! -Ela falou, e me mandou um beijo, saindo correndo pela porta.

Encarei meu celular, pensando em para quem eu deveria ligar.

Preciso só de mais algum tempo.

Respirei fundo, me levantando e andando pelo apartamento.

Entrei no escritório da minha vó, tentando achar algum álbum de fotografias com fotos do meu pai.

Não temos muitas lá em casa.

Abri um grande armário de madeira, pegando uma pilha de álbuns, começando a ler o que estava escrito na capa, até que encontrei um escrito "verão de 2003".

Me lembro vagamente deste verão, Madeline e alguns amigos do papai viajaram para Londres e passaram uma semana com nós. 

Me sentei em uma poltrona, começando a folhear as paginas.

Tinham algumas fotos minhas com minha avó, e algumas com meu pai e minha mãe.

Até que encontrei uma que realmente chamou minha atenção.

Eu brincava ao lado de um garotinho, que aparentava ser um pouco mais velho, mas o rosto deste menino era estranhamente familiar.

Bieber.

O que ele está fazendo no álbum de fotos da minha família?

Larguei o álbum no balcão, respirando fundo.

...

-Brooklyn? -Minha vó me chamou, assim que chegou em casa.

-Estou no quarto! -Gritei, e ela logo apareceu  a porta. -Vó, preciso te perguntar uma coisa. 

Me levantei e andei até ela, pegando o álbum que tinha deixado em cima da minha cama. 

-Quem é esse garoto? -Perguntei, e ela sorriu.

-Filho do melhor amigo do seu pai. -Ela disse, e eu me esforcei para não arregalar os olhos.

-Qual é o nome dele? -Perguntei.

-Justin. Justin Bieber. -Ela respondeu.

-Hum, você conhece o pai dele? -Perguntei, e ela encarou o chão.

-Ele morreu. -Falou.

Fiquei em silêncio por alguns segundos.

-Quando? -Perguntei.

-Na época que seu pai morreu. Desculpe, não gosto de falar sobre isso. -Ela falou, respirando fundo, parecendo prestes a chorar.

-Eu não... me desculpa. -Falei.

-O que você acha de sairmos para jantar? -Ela disse, e eu sorri, concordando com a cabeça.

-Só vou trocar de roupa. -Falei, e ela concordou, saindo do quarto,

Peguei meu telefone, mandando uma mensagem para Bella.

"Bella, preciso do número do Bieber. Urgente!

                              Brooke"

A resposta veio quase imediatamente.

"Brooke, precisamos conversar!

                             Bella"

"Eu sei, não é sobre isso!

                             Brooke"

Logo ela me enviou o contato, e eu precisei me esforçar muito antes de ligar.

-Alo? -Ele atendeu.

-Bieber, é a Brooklyn. -Falei, e ele suspirou.

-O que você quer? -Falou. Que simpatia.

-Precisamos conversar. -Falei.

-A não ser que seja sobre sexo, não estou interessado. -Falou, e eu bufei.

-É importante, Bieber. -Falei.

-Tanto faz. Me encontre na festa, vou te mandar o endereço. -Falou, desligando o telefone.

Tem algo muito estranho nessa história.

Nossos pais eram melhores amigos e morreram  a mesma época?

...

Depois de jantar com minha avó fui direto para o endereço que Justin tinha me mandado, encontrando uma mansão, onde acontecia uma festa enorme.

-Tem certeza que quer ficar aqui? -Minha avó disse, e eu concordei. -Se cuide!

Dei um beijo na bochecha dela, saindo do carro e indo até o portão de entrada.

-Essa festa é privada. -O segurança disse, me impedindo de entrar.

-Ela está comigo. -Bieber disse, surgindo atras dele, que liberou minha passagem rapidamente.

Entrei no lugar, que estava lotado. A essa hora as pessoa se já estavam completamente bêbadas, e algumas usava drogas.

-A que devo a honra? -Ele disse, levantando uma sobrancelha.

-Eu vou ser direta. Sei que nossos pais eram melhores amigos e que nós nos conhecíamos. Também sei que eles morreram na mesma época.

Bieber pareceu surpreso, mas não deixou aparentar muito.

-Verdade. E dai? -Falou.

-Você acha que eu sou burra? -Perguntei, e ele deu um sorriso debochado. -Da pra você falar sério?

-Certo, você quer saber toda a verdade? Não vai ser nada legal, garota.