História DreamCatcher - Imagine Lucas Olioti “T3ddy” - Five - “Oh, Trouble”

Eram 15h30min. E já tínhamos saído da área de restaurantes, Rafa e Lucas tiravam fotos com algumas fãs enquanto eu e Luba gravávamos para o snap dele, claro que sem aparecer, eu ainda estava com meu copo enorme de suco, logo os dois garotos se juntaram a nós novamente, ficou Luba na direita, eu no meio, Lucas na esquerda e Rafa ao lado de T3ddy, o mesmo passou o braço sobre meus ombros, como estávamos na foto, e me apertou junto ao seu corpo, passei meu braço pela sua cintura e olhei para ele, o mesmo sorria para mim.

Luba e Rafa agora andavam na frente para gravar todo o evento, meu celular começou a tocar a música do toque e o puxei, o nome “Pai <3” brilhava na tela, desbloqueei a tela e atendi.

- Oi pai! – Falei feliz pela sua ligação.

- Oi minha filha, está na BGS?

- Sim! Pai obrigada mesmo por ter me deixado vir. O senhor não sabe quem eu encontrei! – Olhei para Lucas que olhava para a frente.

- Foi aqueles dois Lucas que você tanto fala?

- Eles mesmo, e são uns amores de pessoas, super simpáticos.

- Hum, está se divertindo aí? Sua mãe falou que chegou bem.

- Estou sim, ela também falou que o senhor mandou um beijo.

- Oh, foi, filha meu horário de almoço acabou, te mando mensagem mais tarde, ok?

- Ok, beijos, tchau. – Falei e fiz um som de beijo, assim ele desligou.

Lucas olhava para mim com cara de bobo apaixonado, ri com isso e apertei sua bochecha com minha mão livre, ele ainda me olhava e intercalava seu olhar entre meus olhos e minha boca, corei olhando para baixo e depois para a frente, andamos mais um pouco e um grupo de três garotas pararam na minha frente.

— É você que está namorando com o nosso T3ddy? – Olhei para ela confusa, namorando? — Garota, é melhor se afastar dele, se continuar e machucar ele você vai se ver com as B3ars. – Pegou meu copo de suco e jogou na minha blusa, pelo menos ela poupou meu cabelo. — E isso foi uma amostra, na próxima você vai pedir para nós pararmos. – Agarrou meu braço e apertou, olhei no fundo dos olhos dela e continuei a não demonstrar emoção ou reação.

— Olha só... - coloquei minha mão em cima da sua e a apertei fazendo-a soltar meu braço. — Primeiro eu sou B3ar, eu sei o que sentem quando veem o seus ídolos com alguém, mas não se preocupe nós não estamos fazendo nada, mesmo assim whatever. Só quero dizer que a tua atitude não é de uma digna fã, depois dessa você não tem mais moral comigo nem com ninguém, uma pessoa bem vista como você descendo o teu pouco nível para jogar o suco que nem é teu numa pessoa que não fazia nada perde a moral mais rápido do que o Flash. – Terminei de falar e passei por ela puxando o Lucas pela mão, fomos até o banheiro mais próximo e pude tirar a camisa suja, dei pro Lucas botar dentro da mochila dele e fechei o casaco.

— Você não quer uma blusa limpa? Tenho uma aqui que tá em caso de emergência. – Tirou a sua blusa azul e me deu, a vesti e saímos logo dali e voltamos para a sala dos youtubers.

[...]

Point. Of. View. Lucas Olioti

Eu estava na sala com Alex, Luba dormia no meu quarto, tínhamos acabado de chegar da BGS, S/n estava na cozinha fazendo algo, na TV tocava Sun Goes Down de Robin Schulz, eu gravava snap quando Where Are You Now do Justin começou, aí nós piramos, a gente cantava, pulava, o vizinho do andar de baixo deve tá ligando pra polícia, nem tinha percebido que S/n tinha se juntado á nós e também gravava, após o incidente no evento tinha dado minha camisa azul de estrela para ela e como ficou enorme a mesma amarrou na cintura, quando começou a subir um cheiro bom de assado, S/n voltou à cozinha e tirou sabe sei lá o que de sabe sei lá onde, depois mexeu numas gavetas.

— Meninos, venham cá. – Chamou da cozinha e lá tinha a mesa posta e uma torta cheirosa pakas. S/n falou que ia chamar Luba e depois de meia hora o ruivo apareceu cabisbaixo, a garota apareceu logo depois e sentou-se a mesa, - admito claro que fiquei com ciúmes, - como todos nós também se serviu, em pouco tempo já falávamos normalmente.

Alguns minutos antes...

Chamei os meninos para comer e fui chamar o Luba no quarto, ao entrar no mesmo estava bem frio pelo ar-condicionado, me abracei e sentei na cama, me inclinei e dei um beijo na bochecha de Luba, o mesmo estava todo enrolado no edredom de Lucas, o balancei levemente e o garoto abriu os olhos sonolento.

— Oi. – Falou rouco e coçou os olhos, se sentou na cama.

— O que tá acontecendo Lubisco? – Falei e o ruivo me puxou me abraçando. Senti lágrimas molhando minha pele do pescoço.

— Eu não aguento S/n, - Me respondeu contra o abraço. – Eu to tentando passar por isso sem ligar, mas o universo tá conspirando contra mim. Meu passado me aterroriza.

— Vou te falar um lema meu, “The past is past, forgive, forgot. Live with your astral tricks.”* pode parecer clichê, mas uma hora tudo vai se resolver, a questão aqui é ter paciência. – Falei para ele deu um sorriso, lhe dei um beijo na bochecha e abracei-o. — Be amazing Lubisco. Agora vem comer, fiz torta. – O puxei.

[...]

Alex tinha saído e Luba tinha ida para seu hotel, Lucas agora me levava para o hotel que eu estava hospedada, a gente conversava algum assunto aleatório.

— Tem entrada de USB? – Ele assentiu e peguei meu cabo e conectei meu celular, começou a tocar minha playlist, e a primeira música era Ariana, One Last Time, olhei para o T3ddy e o mesmo olhou para mim, cantamos, ou melhor gritávamos a música e rimos ao mesmo tempo, engasguei e Lucas riu ainda mais, tossi um pouco e voltei a cantar, o garoto olhava para a pista e cantava ao mesmo tempo, tentava na verdade.

— Você vai amanhã no evento? – Perguntei para quebrar o silêncio preenchido pela música.

— Não, amanhã é as palestras de canais mais formais, como aqueles de maquiagem e tals. – Me respondeu e torci o canto da boca, ainda bem que não ia.

— Meu pai leu minha mente, ele não comprou o ingresso de amanhã, vou aproveitar para dar uma andada. – Ele parou no sinal vermelho.

— Hum, posso te apresentar SP se tu quiser, a gente dá uma passeada pela manhã, almoça no Outback e pela tarde vai no cinema, sei lá. – Olhei para ele esperançosa.

— Sérião que tu faria isso pra mim? – Ele assentiu.

— Por você não, com você. – Piscou e estacionou na calçada do hotel, nem tinha percebido que tínhamos chegado. Ele saiu e abriu a porta para mim.

— Hum, tá dando uma de cavalheiro Luquinhas? – Ele assentiu rindo.

— Tenho que ser educado para você aceitar sair comigo. – Deu um sorriso lindo e enfiou as mãos no bolso.

— Ok, eu saio com você, amanhã.

— Agora posso fazer o que eu queria fazer desde que te vi. – Não deu tempo de responder um “quê”, me puxou pelo casaco e enroscou a mão livre na minha cintura, meu mundo desapareceu, ele me beijou.