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História Dreaming Alone (EM REVISÃO) - Sem você, eu me falto.


Escrita por: injcapshawheart

Notas do Autor


Hellouuuuuuu!!!!!!! Como vocês estão nessa linda noite de sexta feira???
Espero que beeem!! Quero agradecer pelos comentários (sempre) Vocês são incríveis e eu vou colocar num potinho e guardar para mim tá bom? Darei comida, água e amor. Prometo.
Sem muito o que falar, esse cap escrevi ouvindo i don't wanna miss a thing então ficou fofo *-*
Aproveitem <3


Qualquer erro arrumo depois <3

Capítulo 33 - Sem você, eu me falto.


Fanfic / Fanfiction Dreaming Alone (EM REVISÃO) - Sem você, eu me falto.

POV Sofia

Lembra quando falamos que o mundo é melhor a dois? Há um motivo para falarmos isso. E ele é melhor a dois, por mais que você viva bem sozinha, é bom ter alguém para se sentir em casa, e não me refiro a um namorado ou namorada. Refiro-me a uma pessoa na qual você pode confiar cegamente e amar incondicionalmente, pois te ama na mesma intensidade. Pode ser um cachorro, um papagaio, pode ser seu gato, seu melhor amigo ou amiga, sua mãe, seu pai, seu irmão ou sua irmã, basta apenas se sentir protegida e amada. A definição de casa, para mim, vai muito além de uma construção em um terreno. Casa é a construção solida de sentimentos compartilhados.

Nunca estamos verdadeiramente sozinhos, sempre tem alguém nos acompanhando com um olhar atento e pronto para ajudar, proteger. Já parou para pensar no porque de tudo acontecer? Eu já e acreditava fielmente que tudo tinha um motivo. A vida é traçada quando nascemos. Nosso destino está selado quando o medico é capaz de ouvir nosso coração batendo fortemente através do nosso choro sentido apos sair de um lugar quente e confortável no qual passamos nove meses sendo amado, mimado. Mesmo que você não acredite nas coisas que digo, existe algo entre o céu e a terra que não podemos mencionar ou decifrar, um desconhecido total. E isso é o que torna a vida interessante, o desconhecido. Ele nos atrai. Se permita apenas viver e então tudo valera a pena, ate as coisas sem explicações.

-Oi, meu amor! –Sua voz doce e empolgada enche meu peito de alegria e me faz suspirar de saudades. –Tudo bem com você? Como está sendo a viagem? Já está no Brasil?

-Oi, mãe. –Rio da sua afobação. –Está tudo bem e está sendo incrível! Chegamos ontem ao Rio de Janeiro e andamos de helicóptero pela cidade! Foi sensacional! Saímos do Pão de Açúcar, passamos pelo Cristo Redentor e passamos pelo maracanã. O papai ia ficar louco com o tamanho daquele bicho!

-Fico feliz por você estar gostando filha, vão para onde depois?

-Uns estados por perto. E então Argentina e depois Chile. Na verdade mãe, eu queria falar com a senhora sobre duas coisas. A primeira é que eu vou voltar para casa direto daqui, estou com saudades de você e da mama e do papai, mais ainda dos meus irmãos. Tudo bem por você? –Digo de uma vez sem respirar.

-Sofia? O que aconteceu? –A voz desesperada da morena explode pelo auto falante, e seu rosto preocupado aparece. –Vocês brigaram?

-Nada, mamãe. –Digo rindo da sua careta. –Está sozinha? Cadê as crianças e a mama?

-Sua Mama foi olhar as crianças e já deve estar voltando. Cadê a Kah? –Pergunta curiosa já que eu sempre ligava acompanhada da ruiva.

-Foi dar uma volta com a mãe dela, eu fiquei para ligar para vocês e acho que ela agradeceu por isso. –Digo rindo deixando minha mãe ainda mais confusa.

-Vocês brigaram, meu amor? Devo me preocupar? É por isso que quer voltar?

-Não, mamãe. É que eu preciso de ajuda e acho que ela também por isso saiu com a mãe.

-O que você aprontou, Sofia? –Sua voz forte me faz tremer e eu nem tinha feito nada.

-Mamãe, eu quero ter a minha primeira vez com a Kah. –Sinto meu rosto queimar e a morena explode numa gargalhada gostosa.

-Primeira vez? –Pergunta ainda rindo.

-O que é tão engraçado? –A voz da mama surge e logo seu rosto aparece na tela do celular. Seu sorriso de covinhas está presente me fazendo sorrir junto. –Oi, meu bebê!

-Oi, mama. –Meu rosto estava em brasa e a morena se contorcia e tentava se controlar.

-Sofia é virgem, Arizona! –Explode em outra gargalhada e dessa vez a loira acompanha. –Desculpa, filha. É que tínhamos a certeza que você não era.

-Eu deveria não ser? –Questiono as mulheres e elas fecham a cara de forma pensativa.

-Quando eu conheci a sua mama, eu só pensava no dia que ela daria para mim...

-Calliope!! –A loira corta e bate forte em seu braço, sinto meu rosto pegar fogo e abaixo a cabeça em vergonha. –Ainda bem que você não é como ela, meu bebê.

-Mama, eu quero ter minha primeira vez, mas tenho medo. –Confidencio baixo e ela sorri amigavelmente. –Não sei o que fazer.

-Filha, quando tiver que acontecer, vai ser naturalmente. Sem pressão das duas. Não precisa ter medo nem se cobrar. –A voz da mama me acalma e me faz ver melhor as coisas.

-Ela quer também? –Mamãe pergunta abraçando a loira pela cintura e depositando a cabeça em seu ombro para me olhar melhor.

-Sim, acho que ela deu graças a Deus que eu não sai com elas por isso.

-Não se preocupe com isso, meu amor, está bem?

Escuto o barulho da porta e arregalo os olhos com medo dela escutar algo.

-Podemos nos falar depois? –Pergunto tentando finalizar a ligação.

-Claro, não se esqueça de quem você é filha. –A morena grita e a mama bate de novo em seu braço. –Ai! Arizona, eu só queria que ela soubesse que a mãe dela é boa de cama.

-No caso você está falando de mim, né Calliope? –Minha presença é totalmente ignorada enquanto as duas se fecham em sua bolha.

-Eu sou uma ursa, você sabe loirinha.

-Eu sou devoradora de ursas, meu bem.

-AAAAAAH! –Grito para elas envergonhada. –Vocês podiam me poupar né? Tchau para vocês.

-Pega ela, filha! –As duas gritam e desligo rindo.

Kah aparece na porta e sorri para mim deixando suas coisas em cima do móvel.

-Oi, estranha. –Diz baixinho enquanto se aproxima da cama depositando um beijo em minha testa.

-Oi, amor. Estava correndo? –Pergunto curiosa.

-Sua sogra praticamente me obrigou. Vou tomar um banho. Escolhe um filme para gente? Saudades de ter minha menininha em meus braços, só saímos esses dias. –Sua mão afaga rapidamente minha bochecha e ela sai.

Quando crescemos cercados de amor tudo que passamos a desejar e buscar é encontrar alguém com quem dividir esse sentimento. Eu tinha dois exemplos dentro de casa, Arizona e Callie e Mark e Lexie. Meus pais se amavam de forma incondicional que deixava qualquer conto de fadas no chinelo.

No dia que passei a entender um pouco mais sobre sentimentos e consegui distinguir cada um deles, minha admiração por eles aumentou de maneira desproporcional.  Lembro que conversamos sobre isso, sobre o amor quando fiz doze anos, eles tinham medo que eu ficasse confusa em relação a nossa família e tentaram me explicar verbalmente sobre o verdadeiro significado do amor, mas se esqueceram que eu aprendia na pratica todo dia com eles.

-Já escolheu? –Sinto os braços da minha namorada me envolver e o perfume do seu shampoo me preencher. –Quer algo romântico?

Kah evitava trocar de roupa na minha frente, na primeira vez que discutimos sobre isso ela usou o argumento de que não queria que eu achasse que ela estava insinuando alguma coisa e mesmo depois de em insistir que não deveríamos ter esse tipo de relacionamento, ela não deixou de fazer isso. Como se eu nunca tivesse visto ela sem roupa nesses anos de amizades. Tinham sido incontáveis vezes, mas agora eu a olhava de forma diferente.

-Tudo bem, amor. –Repouso minha cabeça em seu peito e sua mão começa um carinho delicado pelo meu cabelo. –Podemos apenas conversar antes?

-Claro, meu anjo. –Diz se virando para mim e me puxando para seu colo, encaixo uma perna em cada lado da cintura dela e ela sorri de forma inocente e brincalhona como sempre.

-Você fugiu ontem. –Minha pergunta soa como acusação e vejo sua respiração ficar irregular.

-Eu não fugi, eu só passei dos limites. –Seus olhos se fecham no momento exato que sua testa encosta na minha. –Sou mais velha que você, amor, não quero que ache que estou impondo que faça amor comigo.

-Eu não acho isso. –Me defendo. –Se acontecer é por eu querer também.

-Então você quer, senhorita? –Seu sorriso travesso se faz presente e seus olhos encontram os meus, devorando minha alma.

-Não quero que ache que estou te obrigando a tirar a virtude de uma menina. –Sorrio de canto enquanto meus braços envolvem seu pescoço e ela me puxa mais para si me apertando.

-Quer descobrir comigo a beleza de ser adulto pela primeira vez? –Deposita um beijo em meu pescoço. –Romanticamente falando.

-Eu adoraria. –Acaricio a nuca dela forma lenta e seu sorriso me hipnotiza ao ponto de me cegar.

Só percebo o quanto fiquei dormente quando minha boca se encontra com a dela e nossas línguas se enroscam de forma delicada e calma. Podia sentir o calor irmanar por todo meu corpo enquanto sua língua explorava cada parte da minha boca, suas mãos se mantem em minha cintura me apertando fortemente e fazendo meu corpo se misturar ao dela. Seu cheiro e seu gosto estavam me deixando embriagada. Meus dedos se perdem no meio de seus cabelos ruivos e se fecham em um puxão fazendo ela gemer perdida em minha boca.

Suas mãos me empurram lentamente para trás e ela sobe em cima de mim, mantendo nosso beijo suave. Seu corpo estava tão quente quanto o meu, talvez até mais e minhas mãos começam a criar vida largando seus cabelos e descendo apertando e arranhando cada centímetro do seu corpo. Sinto o ar fugir dos meus pulmões no momento exato que ela se afasta e começa a beijar meu queixo, eu podia sentir cada gesto seu em cima de mim, sua respiração e seus beijos molhados eram uma combinação perfeita e faziam cada parte de mim se arrepiar.

Como se o mundo fosse nosso e não houvesse nada que pudesse nos atrapalhar lá fora, o tempo parece conspirar ao nosso favor e parar. Seus atos são minuciosamente programados e eu sabia que estava agindo de forma delicada porque era minha primeira vez. Por ser minha melhor amiga de anos ela sabia que eu queria que fosse especial, estava fazendo ser.

Sua boca se fecha em meu pescoço e ela chupa devagar e distribui beijos molhados, um gemido baixo escapa por meus lábios.

-Se você gemer dessa forma de novo não vou conseguir. –Sussurra baixinho em meu ouvido e morde o lóbulo da minha orelha.

-Ah...-Outro gemido escapa e ela sorri vitoriosa.

-Levante seu corpo, vou te livrar dessa blusa. –Senta-se sobre minhas pernas retirando sua blusa e me ajudando a tirar a minha.

-Porra, Sofia. Você é tão linda. –Seus dedos deslizam levemente por minha barriga e sinto arrepio gostoso. –Você colocou vermelho por minha causa? 

Seus olhos me devoram e posso ver através dele a batalha dela para se controlar. Um sorriso safado surge em meus lábios quando suas mãos se fecham em torno dos meus seios e ela aperta forte, gemendo junto comigo.

Seu corpo cai sobre o meu e sua boca encontra a minha desesperadamente, num beijo urgente e forte...

(...)

POV Callie

“Quando temos um filho temos que explicar a ele sobre as coisas da vida, temos que explicar que nem todos os homens são justos, nem todos são verdadeiros, mas também temos que ensinar que para cada vilão, para cada egoísta há um líder dedicado. Temos que ensinar que para cada inimigo há um amigo, ensina-lo a perder, mas também a saber gozar da vitória. Como mães tudo que queremos é afastar nossos filhos da inveja e dar a eles a oportunidade de conhecer a alegria profunda de sorrisos silenciosos.  Temos que fazê-los maravilhar-se com os livros, mas deixa-lo também perder-se com os pássaros no céu, as flores no campo, os montes e os vales. Nas brincadeiras com os amigos, temos que explicar que a derrota honrosa vale mais que a vitória vergonhosa. Ensina-los a acreditar em si, mesmo se sozinho contra todos. Ensina-los a ser gentil com os gentis e duro com os duros. Ensina-los a nunca entrar no comboio simplesmente porque os outros também entraram. Ensina-los a ouvir todos, mas, na hora da verdade, a decidir sozinho,  a rir quando estiver triste e explicar que por vezes só o choro é capaz de sanar a dor que vem de dentro, então se permitir chorar. Temos que ensina-los a ignorar as multidões que reclamam sangue e a lutar só contra todos, se ele achar que tem razão. Trata-los bem, mas não mimar, pois só o teste do fogo faz o verdadeiro aço. Deixe-os ter a coragem de ser impaciente e a paciência de ser corajoso. Deixe eles baterem asas para longe de você, pois terás a certeza que fez tudo de maneira correta quando eles voltarem correndo para o ninho.”

-Calliope, você irá abrir um buraco nesse chão dessa forma.

-Tem quase um ano que não vejo a Sofia, Arizona. –Reclamo com ela.

-Não exagere, não tem um ano. Nem metade disso. O avião já pousou, amor. Espere já iremos encontra-la. Você quer ver sua irmã, bebê? –Pergunta para Brian e Emma sorrir dengosa para ela. –Você também quer ver a irmã, neném?

Meus filhos eram completamente apaixonados por Arizona, sem duvida nenhuma tinham puxado isso de mim. Brian tinha cinco meses e dois dias, Emma era apenas dois dias mais nova que seu irmão. Nossos filhos nasceram exatamente da forma que foi planejado, com dias de diferença.

Quando entrei em trabalho de parto estava em casa dormindo, minha bolsa estourou e por sorte Teddy passava a temporada conosco e correu para o hospital com nós duas e com as crianças junto a Sofia.

Brian nasceu grande e forte, nosso filho era a cara da minha esposa, tinha traços de Sofia e lembrava vagamente os gêmeos, apenas seus olhos eram meus, o que fez minha esposa saltitar de alegria. Katherine e Anthony ficaram encantados quando conheceram o irmão, Sofia chorou horrores no nascimento dele. Dois dias depois a bolsa de Arizona estourou enquanto ela e os gêmeos me olhavam amamentar Brian, e Sofia estava na escola. Tudo foi tão rápido que quando vimos nossa menininha já estava em nossos braços, saudável e completamente a minha cara. Finalmente um filho que não fosse a cara da minha esposa.

Katherine e Anthony tinham a pele branca dela, um sorriso de covinhas idêntico ao da mãe, olhos azuis e cabelos loiros. Os dois eram a copia fiel da minha esposa, a única coisa que eles herdaram de mim foi a personalidade, os dois eram amorosos demais, brincalhões e dengosos. Brian mostrou ser como Arizona, resmungava de tudo. Emma vivia no seu mundo colorido e era o bebê mais tranquilo que já existiu no mundo. Ao contrario dos demais.

Os gêmeos nos ajudavam em tudo enquanto Sofia estava de viagem. Ela teria todo tempo do mundo para cuidar e ficar com os irmãos quando voltasse, ela precisava curtir afinal assim que começasse as aulas na faculdade ela não teria mais tempo para viajar tanto tempo assim.

Sinto um corpo colidir com o meu e um abraço apertado me trazer de volta para o presente. Sofia finalmente estava de volta.

-Mamãeeeeee!!! –Seu grito animado ecoa pelos meus ouvidos como musica. –Que saudades.

Aperto seu corpo magro mais forte e ela devolve na mesma intensidade. Arizona olhava para nós com um sorriso maravilhoso no rosto e os pequenos olhavam para nós abobalhados. Ela lentamente se afasta de mim e sorri para sua mama que chorava baixinho. Seus braços envolvem Arizona e escondem minha esposa. Posso ouvi-la sussurrar palavras amorosas para a mãe e sinto meu peito explodir, se afasta delicadamente, mas mantem sua mão entrelaçada com a dela e olha para o carrinho ao seu lado.

Seus olhos se enchem de lagrimas e as crianças começam a rir reconhecendo a irmã, Emma estica os bracinhos em direção a irmã mais velha e quando seus dedos tocam finalmente o rosto de Sofia ela explode numa gargalhada e sua irmã chora desesperada.

-Posso toca-los? –Pergunta maravilhada e Arizona a incentiva a seguir em frente. Ela calmamente abraça os dois suavemente de forma desengonçada e eles ficam felizes de finalmente conseguir toca-la.

-Mal posso esperar para ver todos nossos filhos juntos, Arizona. –Sussurro em seu ouvido abraçando seu corpo por trás.

-Então vamos para casa? –Questiona. –Sofia, cadê a Kah e os pais dela?

-Eles ficaram, mama. Só vão voltar na semana que vem.

-Vamos para casa. –Empurro o carrinho dos bebês resmungando pela irmã e riu vendo Sofia falar sem parar por alto sobre a saudade que sentia da gente, sobre como foi sua viagem, dos lugares que conheceu, na cultura diferente, do clima e até dos passarinhos.

O caminho foi tranquilo e divertido. Os pequenos não soltavam a mão da irmã com medo dela fugir. Arizona estava saltitante no banco da frente, os gêmeos que ficaram em casa com Mark, Lexie os demais ligavam de cinco em cinco minutos para perguntar se estávamos chegando, já eu me encontrava no paraíso. Iria realizar meu sonho em questão de segundos, ter minha família completa de novo.

Depois de muitos abraços e soluços, brigas e resmungos das crianças com Sofia, Mark e Lexie resolveram ir embora. Ficando apenas nós. Sofia se encontrava deitada em nossa cama, Brian estava deitado em sua barriga olhando para ela de forma admirada. Emma estava no colo de Katherine que repousava a cabeça no ombro de Sofia e Anthony fazia o mesmo do outro lado. Eles estavam numa conversa animada e até os pequenos balbuciavam alguma coisa como se quisessem conversar com eles.

-Está feliz? –Arizona me pega no flagra enquanto eu admiro a cena.

-Radiante é a palavra certa. –Puxo seu corpo para mim. –Cinco filhos, faltam só cinco agora.

-Acho que podemos parar por aqui, amor. –Diz brincalhona deitando a cabeça em meu peito e passa a observar a cena comigo. –Eu te amo.

-Mama, vem! –Sofia chama pela minha esposa que beija minha boca com um sorriso sapeca e corre para cama se embolando no meio dos nossos filhos.

Era extremamente prazeroso para mim vê-la cercada de nossos filhos, uma cena como aquela merecia ser eternizada em uma foto e depois de devidamente moldurada exposta em um museu, era uma obra de arte de verdade.

Vou até o quarto das crianças e busco colchoes e lençóis, basicamente tudo que ia precisar para montar uma cama confortável para todos. Essa noite dormiríamos juntos, uma exigência de Katherine que choramingava dizendo que precisava de um tempo com a família dela completa, então iriamos todos dormir no chão. Arrumo confortavelmente nossa cama e vejo se o tamanho era o ideal para nós. Quando estou finalizando escuto a voz da minha amada.

-Calliope! Sofia vai começar a contar sobre a viagem, vem logo! –Bate no espaço atrás de si e levanta o edredom para me receber.

Todos os olhos estavam vidrados em Sofia, ela seria a contadora de historias essa noite e nós apenas ouviríamos suas aventuras, seus irmãos não podiam estar mais felizes. Deito na cama e me aconchego no copo de Arizona, quando meu queixo repousa no ombro da loira e eu beijo sua bochecha rapidamente Sofia nos olha suspirando e eu podia imaginar em quem seus pensamentos estava enquanto sorri envergonhada por ter sido pega no flagra por mim.

Nossa filha começa a conta de sua viagem e de como tudo era maravilhoso nos países e lugares que visitou. As crianças pareciam enfeitiçadas pela irmã, os olhos não desgrudavam dela e suas expressões faciais nos fazia rir. Eu podia ver que Sofia estava contando tudo de forma teatral para agrada-los. Minha esposa já respirava calmamente perdida no mundo dos sonhos. Ela estava cansada e esses minutos de descanso que todas as crianças estavam nos dando eram preciosos demais. Aperto meus braços em torno dela que respira fundo se ajeitando melhor em mim. Emma já dormia e Brian lutava bravamente para não pegar no sono. Antony pediu uma pausa e pegou sua irmã delicadamente no colo e a colocou no chão suavemente. A forma amorosa como ele tratava suas irmãs me deixava abobalhada e completamente maravilhada.

Aos poucos todos os pequenos dormiram. Quando Anthony finalmente cumpriu sua missão de colocar todos na cama improvisada, acabou adormecendo no colo de Sofia. Minha filha colocou o pequeno ao lado dos seus irmãos e eu acordei lentamente minha esposa para irmos a cozinha ficarmos com Sofia.

Arizona estava sonolenta e eu a apoie em meus braços ate ela se sentir firme para caminhar sozinha, meu braço envolvia sua cintura de forma firme e ela sorria para mim.

-Então filha e você e a Kah estão bem? –Pergunto ajudando Arizona sentar no sofá e caminho ate a geladeira para pegar um suco para ela.

-Sim, mãe. Estamos maravilhosamente bem. –Diz sentando ao lado de sua mama que a puxa para seu colo acariciando seus cabelos pretos e longos. -Ela foi incrível todos esses dias.

-Que bom, meu amor. –O sorriso envergonhado surge no rosto de Sofia e eu  e ela sabíamos o que viria a seguir. –Ela foi gentil com você?

-Mama! –Resmunga se escondendo nos cabelos de Ari. –Ela definitivamente foi gentil e doce comigo. Foi um sonho.

-Fico feliz em ouvir isso. –Entrego o copo para Arizona e abraço o corpo das duas de lado. –Eu amo vocês.

Meu sorriso favorito surgiu em ambas as bocas e eu fiquei admirando.

-Vou dormir, estou cansada. Eu deito no meio e vocês na ponta? –Pergunta animada.

-Sim, pequena, deite-se no meio deles e eu e sua mama iremos deitar na ponta para proteger vocês.

-Certo. Amo vocês. Não façam nada que eu não faria. –Diz rindo enquanto se levanta e recebe um tapa na bunda de sua mama.

-Boba.

Meus olhos estão no rosto cansado da minha esposa, cada traço de seu belo rosto está mais marcante, mais profundo, cada detalhe dela naquele momento parece muito mais intenso e chamativo. O sorriso de covinhas que me fez morrer de amores estava presente enquanto ela tentava decifrar meus pensamentos e o motivo de encara-la daquela forma.

-O que foi, Calliope? –Murmura sem jeito.

-Talvez eu não tenha dito o suficiente ao longo desses anos que estamos juntas, mas você é linda.

-Você é linda. –Rebate sem jeito.

-Sim, eu sou, mas você é muito mais bonita. Toda vez que eu paro para olhar você encontro algo diferente que me faz te amar mais. Você me deu uma família extraordinária, me transformou numa profissional espetacular, me proporcionou momentos únicos. Você é perfeita, sei que vai dizer que não existe mulher perfeita, mas existe e ela esta bem aqui sentada na minha frente.

-Calliope, não me faça chorar. –Sua voz é rouca e doce.

-Não, meu objetivo é apenas proporcionar a você momentos que combinem com o que você faz nascer em mim. –Digo respirando seu perfume adorável.

-É engraçado, todo azar que eu achei que tivesse ao longo dos anos simplesmente desapareceram quando você surgiu.

-Então juntas somos sortudas em dobro? Gosto disso. –Digo puxando ela para meu colo. Beijo seu pescoço. -Quer tomar um café? Não, na verdade não tem café, mas tem vinho, quer tomar uma taça de vinho comigo?

-Você está implicando comigo! -Me acusa lembrando das próprias palavras o que me faz rir em seu pescoço. –Eu não fazia ideia do que dizer, Callie. Você me deixa desconcertada.

-Deixo é? Quer me contar como faço isso? –Sussurro em seu ouvido e ela fecha os olhos. –Assim?

-Calliope. –Meu nome sai gemido de sua boca e é sem duvidas minha perdição. –Você esta tentando me levar para cama?

-Eu tentando levar para cama uma mulher casada e com cinco filhos? –Arregalo meus olhos.

-Eu não acredito que me casei com você! –Sua risada preenche a sala e faz meu coração transbordar de amor e felicidade. 

-Não se esqueça que tem cinco filhos agora e...

-Pare de insinuar que estou velha, Calliope! –Sinto meu braço arder e aperto ela forte.

-O que conta para mim não são os números em sua vida e sim a sua vida em seus números.

-Você está realmente falando frases de efeito? –Sinto seu corpo tremer e ela esconder o rosto no meu pescoço rindo sem controle. –Ainda bem que você se casou e tem cinco filhos ou seria uma tiazona solteira, você é péssima com cantadas.

-Sabe algo que sei fazer e muito bem? –Pergunto olhando no fundo dos olhos azuis. –Amar você, Arizona. Você diz que consegue ver as estrelas em meus olhos, então sabe que falo a verdade, pois eles brilham como as estrelas toda vez que vejo você.

-Você sabe que eu te amo e que continuarei atravessando oceanos e quebrando limites e barreiras por você, Calliope?

-Sim, um sentimento totalmente reciproco.

 “Não sou ninguém importante, apenas uma mulher comum, com pensamentos comuns. Eu levo uma vida comum. Nenhum monumento dedicado a mim. Meu nome logo será esquecido. Mas em um aspecto, eu obtive sucesso como ninguém jamais teve. Amei alguém de coração e alma. E isso sempre foi o bastante pra mim.”


Notas Finais


Como estamoooos??????
Então esse é oficialmente o penúltimo capitulo que parece mais o ultimo. Nem acredito que no próximo estarei dizendo tchau para vocês nessa fic ;( to chorosa me abracem.
Espero que vocês tenham gostado <3
Até o fim babs! <3


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