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História Dringr (narusasu) - Seus feromônios


Escrita por: leattan

Notas do Autor


🌷🌷queria ter postado ontem, no niver do Suke, mas não roloukjkjkjk feliz aniversário atrasado, emo revoltado.
gentekakakak eu sou péssima com títulos. vocês relevem. eu só coloco para preencher o campo mesmo.

Capítulo 8 - Seus feromônios


A rua está vazia, mas eu insisto em conferir mais uma vez para ter certeza que ninguém está me seguindo. Olho o retrovisor e suspiro. Aquele garoto está atrasado. Qual a dificuldade de se comprometer com horários? 

Naru: ql seu carro mesmo?

_sUKE_: Está atrasado.

_sUKE_: É o único com os faróis acesos.

Naru: não estou, não

Escuto alguém bater na janela do passageiro e meu coração retumba em meu peito. 

Por conta do vidro meio escuro, não consigo reparar bem no meu acompanhante da noite. Mesmo assim, fico extasiado com o seu olhar azul e os belos cabelos dourados chamativos. Ele joga a cabeça para o lado em uma expressão confusa, olha para a tela do celular e digita alguma coisa.

Uma notificação.

Naru: vai me deixar esperando?

Encaro meu celular e, depois, destranco a porta. 

—Desculpa, eu me distraí— ainda não consigo olhar direito para ele, porque está com o rosto para o lado de fora enquanto entra. —Você cheira bem...

—É, eu tomei banho antes de vir— fecha a porta.

Finalmente, ele me fita com aquele olhar cintilante e dá um pequeno sorriso de lado, o qual faz seus olhos fecharem um pouquinho. Porra. Ele consegue superar a beleza de todas aquelas fotos em seu perfil.

De repente, empurro seu corpo com fúria contra a porta do carro e colo nossos lábios. No início, ele parece hesitante e surpreso com a atitude, mas, com o tempo, cede a tentação do beijo e corresponde de maneira excitante. Ele me succiona e eu retribuo com um leve mordicar na pele. Peço acesso à sua boca com a língua, enquanto a contorno como em uma massagem. Ele se deixa levar e puxa meus fios de cabelos com um pouco de força. Escuto-o soltar pequenos gemidos contra mim, principalmente, quando chupo sua língua. 

—Parece gostar disso, não?—beijo seu pescoço e esfrego meu nariz contra sua glândula de cheiro, contanto não sinto nada. —Sabe se controlar bem— digo falho. —Mas eu não quero que se controle. Quero sentir seus feromônios.

Ele chia baixinho e segura meu queixo, forçando-me a encarar seus olhos profundos e cerúleos.

—Mas já...? Não me diga que quer foder em um carro. Não te comeria aqui, princesinha Uchiha— ele sela nossos lábios por um tempo prolongado. —Prefere que eu te chame de Sasuke ou ainda gosta de Suke?

—Eu gosto de...— ele abre um sorriso de lado. —Espere. Você...— afasto o meu rosto do dele.

Meu sangue gela. Estou paralisado, mesmo que ele continue a me encarar com aquela sua expressão calma e inofensiva: suas bochechas estão coradas e o cabelo dourado está uma bagunça, embora bonito. Sereno. Sempre me disseram que o diabo já foi um anjo. 

Ali sentado no meu carro, fico pensando em todas as decisões que já fiz em minha vida. Em nenhuma das vezes em que saí com alfas anônimos da internet encontrei com algum que me reconhecesse tão rápido. Eu posso ser conhecido, mas é no ramo empresarial. 

Minha boca seca e eu desvio o olhar várias vezes antes de suspirar por fim e conseguir dizer algo:

—Quanto você quer 'pra manter o bico fechado?— apresso-me a pegar a carteira.

—Não acha que é mais lucrativo para mim se eu apenas vazar a informação?— levanta uma sobrancelha e se inclina.

—Você não tem provas.

—E todas as nossas conversas?— ele boceja e sorri.

Minha testa fica molhada devido ao suor de nervosismo que continua a escorrer. Ele arrasta a mão por minha bochecha e dá um beijo morno nela, depois, diz:

—Era brincadeirinha, nervosinho— sua gargalhada se faz soar alto.

—Qual a graça? Eu não vejo graça alguma, Naruto.

—Calma lá, Suke. Algo assim podia  ter acontecido mesmo, mas eu gosto de ti. Já disse isso, né?— solto um suspiro exasperado e reviro os olhos. —Nem vem ficar bravo comigo. Você ainda me deve comida. Na verdade, eu quero lamén. Vamos comer logo, por favor— ele juntas as mãos em uma súplica e deita sua cabeça  em meu ombro como se fôssemos íntimos há anos.

—Negócios antes e, depois, eu pago a minha parte— empurro a cabeleira loira para longe de mim.

Ligo o carro mais uma vez e começo a dirigir.

—Nossa, grosso— ele faz biquinho. —Mas seus feromônios são muito bons. Nunca fiquei com um dominante...— arrasta a mão pela minha coxa e aperta.

—Vou te levar para um motel, certo?— tento segurar a minha ereção, porém é inevitável.

—Não—ele aperta mais minha pele e sorri ladino. —Na sua casa.

—Na minha casa? Você é exigente— falo com desgosto. —Não levo alfas para a minha casa. Você não acha que ia ser óbvio se eu levasse um alfa diferente todo mês?—pressiono o volante e sinto aquela veia irritante saltar da lateral de minha testa.

—Você é muito estressado, porra. Eu vou te relaxar hoje— ele dá um beijo leve em meu pescoço. —É só dizer que somos amigos se alguém perguntar. Faz isso senão não vai rolar nada.

Resolvo não contestar mais e só dirigir antes que eu me irritasse ainda mais com ele. 

Quando chegamos ao meu prédio e paro na entrada, deixo o carro e entrego a chave para um dos funcionários. Por alguns segundos, até esqueço a alma animada seguindo meus passos.

 —Pare de agir tão animado...— digo com rancor ao entrar no elevador. —Não é nada de mais.

—Cara! É um elevador panorâmico. Como não é nada demais? A elite pensa assim, né? É tão bonito... E não para de subir. Meu Deus? Você mora no último andar?

—Na cobertura.

—Eu 'tava achando que você era um velho rico até aquela ligação... Mas não pensava que você fosse ser um Uchiha. 

—E? Não me lembre do nome de minha família, enquanto eu sujo o nome do clã.

—Sujar? Ah, é... Você não é assumido— ele se vira para mim e encolhe os ombros. —Não acho que você está fazendo nada errado. Não tem problema em ser você mesmo. Você não escolheu ser assim.

—Talvez... 

Assim que a porta abre, vamos para o meu apartamento. 

—Tira os sapatos, Naruto.

—Certo. Esqueci que você é japa.

—Não é questão de ser japa ou não. É limpeza, caralho. Limpeza e respeito.

Não dá nem quinze segundos e ele já tirou os sapatos de qualquer jeito e correu animada pelo lugar. Reviro os olhos. Esse cara deve ter sido uma criança muito hiperativa. Enquanto ele olha tudo e tece comentários os quais eu não dou a mínima, retiro meus sapatos e ajeito, metodicamente, juntos aos dele. 

—Uau, você tem peixes— ele bate os dedos contra o vidro e faz caretas como se fosse assustar os bichos.

—Dá para parar de bater?— cruzo os braços. —Você não ia gostar se um gigante socasse a parede da sua casa repetidamente— ele se vira, sorridente, para mim.

—Tem um ponto, mas que alegoria estranha— ele já é tomado por mais uma curiosidade e pega o vaso de cerâmica da mesa de centro da sala. —Que lindo! É oriental. 

—Sim—sorrio meigo. —Se você quebrar, vai pagar, certo? Deve custar o seu salário anual.

Ele parece ficar um pouco ofendido, nem sei porquê. Só falei a verdade. De qualquer jeito, ele logo esquece e anda, anomadamente, até as paredes feitas de vidro. 

—Aqui dá para tirar fotos lindas...

—Você é fotógrafo, realmente, então tira os dedos gordurosos daí. Iria arruinar uma foto, não ia?

—É. Desculpa— ele continua com o olhar fixo na visão. 

Até que ele age igual à atitude dele no aplicativo: meio doido, mas um pouco engraçado. 

 

—Mas, então... Você não acha que está em uma hora boa para a gente aproveitar, uhm?—abraço seu corpo por trás e beijo seu pescoço. 

—Você é apressado, Suke, mas eu gosto— ele se vira para mim, repentinamente, e acaricia os meus lábios com o dedão. —Tão bonito.

—Também te acho muito lindo... Me deixaria ver tudo?— brinco com a barra da sua camisa para, depois puxá-lo para subirmos ascadas.

Assim que chegamos ao andar superior, ele não responde e, mesmo assim, avança contra os meus lábios como se fosse me devorar. Nossas línguas começam a batalhar, fervorosamente, por espaço. Ele folga minha gravata de uma forma meio desajeitada e dá beijos molhados pelo meu maxilar. Empurro seu corpo em direção a meu quarto, às vezes tropeçando. Deixamos algumas peças de roupa pelo caminho.

Quando Naruto está com as costas pressionadas contra a madeira da porta, paro os beijos e observo sua expressão agitada. Os lábios inchados e avermelhadas são tão macios, dando vontade de prová-los de novo.

—Suke, o que está olhando?

Ignoro a sua pergunta e passo minhas mãos pelo seu peito já nu. Ele é forte, com músculos proeminentes... Como de se esperar de um alfa. Temos quase a mesma altura, embora eu ainda seja um pouco maior e mais forte, porque sou dominante.

—Quero sentir seus feromônios...—me ajoelho em sua frente e abro a sua calça vagarosamente.—Me fazem lembrar que estou com um alfa.

Ele segura meus cabelos com uma força extasiamente e aproxima minha face da sua ereção.

—Termina o trabalho. Vou liberar feromônios quando estiver te fodendo.

—Justo— sorrio malicioso e seguro seu membro ereto ainda coberto pela cueca box preta. —Eu 'tô faminto— passo minha língua com cuidado sobre ele para atiçá-lo.

—'Tá? Eu vou te encher todinho— abaixo sua vestimenta de uma vez e me derreto só de olhar para o seu tamanho de tão perto. Se eu fosse um ômega, estaria com a minha entrada encharcada. —Ei, espera— ele segura minha cabeça e acaricia minha orelha. —Me dá a minha calça— dou para ele, sem entender direito. —Não se esqueça da proteção. Espero que goste de frutas vermelhas— ele abre o pacote do preservativo saborizado e me entrega, como se já pedisse que eu vestisse sua ereção pulsante. 

Olho-o por alguns segundos para, depois, fazer o que ele queria. Escorrego o preservativo com ajuda de minha língua, apesar de sentir seu olhar acusador em mim, porque eu queria sentir um pouco do seu gosto. Seguro seu membro e começo a succionar com desejo à medida que levo minha outra mão para me massagear e aliviar o tesão concentrado. Naruto joga a cabeça para trás ofegante e insiste em tentar controlar meus movimentos, enquanto impulsiona o quadril para frente para mais contato. 

Eu não reclamo. Eu gosto de ser dominado. Eu gosto de ter um alfa que me chama de somente dele e que me foda bem.

Os gemidos dele se misturam com nossas respirações ofegantes e desejosas. Passo minhas presas já proeminentes sobre seu membro para o provocar e ele me responde com um puxão em meus fios. Eu, então, levo minha mão ao seu saco e o massageio ritmicamente. 

—Sasuke!— olho para seu rosto e seguro seu pênis, fazendo pressão com o dedão na glande. —Droga... Essa é uma das melhores visões que já tive— ele finca os dentes afiados no próprio braço, mas continua com as íris azuladas focadas em meus movimentos. 

Levanto devagar, arrastando minha língua por seu abdômen bronzeado. Concentro meus esforço em seus mamilos, porém ele me interrompe ao puxar meus ombros para perto de si. Nossos peitos ficam pressionados e Naruto dá um pequeno sorriso de lado. Depois, aproxima sua boca de minha orelha:

—Ei, Suke... Eu 'tô louco para te ver sem roupa nenhuma— a respiração quente me faz tremelicar. 

—Então, tira— sussurro de volta e ele inverte nossas posições. 

Abraço de pescoço e aproveito a sensação de nossos corpos em contato. Ele succiona o a minha pele com tanta fúria que não consigo segurar meus gemidos à medida que meus feromônios são liberados. O alfa leva o resto de minhas peças de roupa para o chão.

—Deus... Seu cheiro é bom...— sem perceber ele libera o seu, enquanto se aproxima de meu pescoço. 

Seus feromônios não são tão fortes como os meus, já que não é um dominante, mas só de ser um alfa seu cheiro é imponente. Sua presença me reconforta, junto aos seus braços que me tiram do chão e a suas mãos apertam minha carne como se eu fosse algo precioso. Ele cheira a um campo de flores meio cítrico... Flores brancas que carregam paz para todos os lugares. 

—Não precisa ter tanta calma comigo—embosco meus dedos entre seus cabelos. —Eu quero que me foda com força.

—Lamento te dizer...— soa rouco e tira o rosto de meu ombro. —Mas eu gosto de foder com carinho— ele beija minha bochecha e dá uma pequena mordida no local. 

—Não foi o que eu pedi— finco minhas unhas em suas costas e olho para baixo com o rosto avermelho, encarando nossas peles as quais se encostam a cada inspirar ofegante.

—Não me importo.Você não tem controle sobre tudo. É o que eu quero fazer— Naruto sela nossos lábios rapidamente. —Lubrificante... Onde...?

—Meu quarto— sorrio vitorioso ao perceber que ele está perdendo a calma.

Ele me leva em passos rápidos e me coloca na cama.

—Em que lugar?

—Segunda gaveta no banheiro.

Observo-o se afastar, focando meus olhos sobre as suas tatuagens... São lindas e excitantes. Eu até tinha esquecido a existência delas em suas costas. Sinto uma fincada em meu membro, mas quero esperar até que ele me toque... Os desenhos em sua pele são tão únicos quanto as três marquinhas em cada uma de suas bochechas. Parece que eu ganhei na loteria do Dringr dessa vez. Escuto seus passos se aproximando e abro minhas pernas à espera dele.

—Sério que vai ser na cama? Sem graça...— suspiro e noto que ele está olhando para as paredes de vidro do quarto. 

—Sempre quis fazer sexo ao ar livre— rio um pouco e reviro os olhos.

—É vidro espelhado, idiota... Mas a cama continua sendo sem graça.

Não sei o motivo de tanta animação só por aquelas paredes. Parece até que nunca viu. Eu mesmo vejo todo dia, porque o apartamento é meu.

—Nas próximas vezes, eu te como em outros lugares— ele se aproxima e se coloca entre as minhas pernas, após bagunçar a cabeleira loira.

—Não vão ter outras—enrosco meu corpo ao dele.

—Vão, sim. Vou ter fazer querer outras.

Naruto mela os dedos com uma boa quantidade de lubrificante e massageia o meu orifício com o indicador e o médio. Suspiro alto e jogo a cabeça para trás, às vezes puxando a roupa de cama. Não demora muito até o desconforto se tornar gostoso e ele colocar mais dedos em mim.

—Não quero saber de mais dedos— seguro seu queixo. —Quero você dentro...—gemo alto ao que ele toca minha próstata. —Dentro de mim. Agora— uso minha voz de comando.

Ele encolhe os ombros e sua presença reduz. 

É minha natureza. Não posso controlar os instintos. 

Do mesmo jeito, ele hesita e eu o empurro, um pouco chateado. Puxo seu braço e subo em seu colo.

—Assim as coisas ficam mais fáceis 'pra você, alfa sentimental— rebolo em cima de seu membro ereto e ele geme. —Eu odeio caras que não têm atitude. Se você não tomar alguma, não vai ter próxima— rio baixo em seu ouvido e escuto seu rosnar.

Ele aperta minha cintura, cravando as unhas em minha pele. Logo depois, força seu pênis para dentro de mim de uma vez só para, então, começar a guiar os meus movimentos repetidos. 

Chega a minha vez de arranhar suas costas a cada estocada, as quais pareciam ficar crescentemente mais profundas. Ele chupa meu pescoço e morde como se de algum jeito eu pudesse virar seu, como um ômega fraco e assustado. Puxo seus cabelos e o loiro leva sua boca para meu mamilo esquerdo e começa a succionar desejoso. Nossas peles estão preguentas e nós salivamos. Animais. Ele toma meu membro e me masturba.

Sua mão desce e sobre por meu comprimento.

—Vai me levar à loucura, alfa...— mordo seu ombro de volta.

Quando Naruto alcança meu ponto de prazer, eu gemo tão alto que parece que perderei a voz. Ele percebe e volta a acertar no mesmo lugar incançalvemente. Rolo meus olhos e abro a minha boca, apertando meu corpo ainda mais contra o seu.

Tudo fica quente e todos os feromônios pesam sobre nós. Por isso, encho meus pulmões com toda aquele ar. É bom estar com um alfa sem precisar ter vergonha disso. Sinto uma felicidade imensa à medida que minha barriga contrai e, por fim, gozo em Naruto com a urgência de alcançar o êxtase.

—Preciso de um banho— digo ofegante, enquanto Naruto continua a meter em mim com força. 

Para onde foi aquele "vou te foder com carinho"? 

Ele me beija e mordisca os meus lábios, gemendo contra a minha boca.

Deixo que ele me possua, enquanto não alcança seu ápice.

Não mais que um minuto depois, ele se libera dentro do preservativo e me sinto um pouco vazio por não ter a sua porra me preenchendo. 

—Banho?— ele encosta seu nariz ao meu, em um sinal de devoção. —Vou te dar um banho— puxa meu corpo da cama.

Alfas fazem qualquer coisa por seus parceiros.

Nossas bocas lutam durante todo o caminho para o banheiro e eu não consigo segurar a risada quando Naruto tropeça no tapete.

—Para de rir, seu fodido—ele me olha chateado, com as mãos de cada lado do meu corpo.

—Você é atrapalhado demais e eu sou fodido mesmo— apoio meus cotovelos em seus ombros e arrasto meus dedos pelas marcas de nascença em seu rosto. —São lindas.

—São meio estranhas, mas também gosto.

—Você me disse. Para mim, tornam você único— ele cora e vira o rosto para o lado.

Alfas...

—Eu vou pegar uma camisinha... Uma nova— ele coloca meus pés de volta ao chão e sai do banheiro sem esquecer de jogar a outra no lixo.

—Bela maneira de disfarçar a vergonha, Naruto!— rio um pouco e ligo a água do chuveiro.

Molho meu corpo com a água morna e sinto meus músculos relaxarem.

Mãos quentes percorrem minhas costas.

—Quantos já te disseram que você é lindo...?— tento virar meu rosto para olhar Naruto, porém ele segura meus braços. —Porque você é fodidamente lindo.

—Muitos já disseram.

—Não deveria deixar que qualquer um te tocasse— ele beija meu ombro.

A água escorre por nós.

—Quem é você para me dizer o que fazer?— uma irritação descomunal toma conta de mim. 

—Ninguém... Só que você não deve gostar de ser tratado como um qualquer. 

—Quando tanta pressão está em cima de você, às vezes você quer, sim, ser tratado como um ninguém— ele segura meu rosto e vira-o para o lado.

Naruto cola nossos lábios mais uma vez, porém não de modo urgente como nos outros beijos. Agora, mesmo meio desajeitado pela posição, ainda é calmo e doce. Seus feromônios acalmam tanto. 

Deixo que ele me guie, até sentir o gelado da parede contra a minha pele. Ele distribui carícias pelas minhas costas, antes de abrir minhas nádegas e se colocar devagar dentro de mim. Estranho a parada que ele faz, porém ele começa a se movimentar de novo. Mordo meu lábio inferior ao que Naruto estoca mais rápido. 

Meus joelhos insistem em franquejar, contanto, quando ele percebe, dá apoio ao meu com uma das mãos, apesar de suas pernas também estarem trêmulas.

—Apertado... Você é apertado e quente— rosna e aperta minha coxa.

—Mais rápido, Naru— gemo com os olhos fechados.

—Eu 'tô indo, porra, Suke— mordisca a minha orelha e eu tremelico. 

Empino minha bunda e rebolo, apesar de ele ainda estocar em mim. Com essa atitude tomada, ele excita-se ainda mais e percebo isso pela forma libidinosa pela qual pecorre minhas costas com as presas. 

—Vai... Eu 'tô quase— massageio minha intimidade com a mesma velocidade com que ele se enterra em mim. —Marca o meu corpo.

Ele geme alto junto a mim, quando nos esvaziamos ao mesmo tempo.

—Sasuke, isso foi incrível— ele ri um pouco e se retira de mim. —Eu estou esgotado.

—Eu sei que foi, afinal, você 'tava transando comigo— continuo apoiado à parede devido ao cansaço. 

—Convencido.

Depois disso, ele se livra do preservativo e me ajuda a tomar banho.

Não vou admitir isso em voz alta, porém é bom sentir suas mãos ensaboando meu corpo. 

Saímos do chuveiro e eu ofereço uma de minhas toalhas limpas para ele, após me cobrir com um roupão e secar meu cabelo. 

—Espero que não esteja esquecendo meu lamén...

—Não estou. Vou pedir para entregarem. Quantos você quer?

—Eu não estou com muita fome, então, só oito grandes— levanto minhas sobrancelhas, enquanto o sigo para fora do banheiro. 

—Oito?

—Sim.

Nem pergunto mais nada e pego meu celular para fazer o pedido. Quando tenho oportunidade  de olhar de novo para Naruto, ele está com o olhar fixado no vidro que dá visão a uma grande parte de São Paulo. Não entendo qual a graça de observar aquela cidade agitada.

—O que foi que você 'tá olhando?— pego um creme hidratante e ando até a cama.

—A visão daqui é linda. Não se sente poderoso?

—Tanto faz... Sempre me senti assim, então já estou acostumado.

Ele se vira para mim e anda em minha direção.

 —Deixa eu te ajudar— assinto levemente.

Ele massageia minha perna, enquanto espalha o creme com cheiro suave. Sinto suas mãos ávidas e viris as quais me relaxam e permitem que eu cerre os olhos calmamente.

—Você vai comer o quê?

—Planejava tomar vinho e só.

—Deve estar cansado do dia de trabalho. Precisa comer para não ficar mal.

—Está preocupado comigo?— sorrio do lado. —Alfas são mesmo como lobos... Correm atrás das presas.

—Cala a boca— cruza os braços. —Fala isso como se não fosse um...

—Bingo— solto uma gargalhada amarga. —Amo alfas e isso é uma maldição.

—Não leve para o lado tão ruim assim. Tem alfas que prestam por aí... Eu sairia com você...— ele desvia o olhar azulado para o vidro, o que faz com que suas íris reflitam o brilho das janelas acesas dos apartamentos da cidade.

Seguro a risada, mas o sorriso é inevitável.

—Sério isso? Dormimos uma vez e já está apaixonado? Cômico.

Ele franze o cenho e abre os lábios como se fosse começar uma discussão:

—Não estou apaixonado. Não sou um idiota, Sasuke— cruza os braços e me fita. —É só que, se você estivesse disposto a me conhecer, eu adoraria te conhecer também.

Meu coração pula algumas batidas.

Empurro seu peito e me levanto.

—Não quero nenhum tipo de relacionamento com você. Nem com ninguém, na verdade— ando para o meu closet e procuro algum pijama. —Não estou disposto a contar sobre minha condição para ninguém. 

—Condição? 

—É— falo irritado. 

—Que condição?

 —Bem, eu sou... Eu sou— por que é tão difícil dizer isso em voz alta? —É que eu sou...

—Gay?

 —É.

—Você fez soar como se fosse uma doença. 

Saio do closet já vestido e dou de ombros. Mesmo com ele parecendo meio chateado por sei-lá-o-quê,  caminho para frente do espelho e me concentro em pentear os meus cabelos.

—Me empresta um pijama, Sasuke. 

 —Está louco?— rocifero. —Acha que vai dormir aqui? Depois de comer seu lamén, pode ir embora.

—Não vou embora.

 —Eu vou chamar a polícia.

—Chama e eu quero ver o que você vai dizer para todos os noticiários quando um alfa cheio de mordidas suas no pescoço aparecer saindo do seu apartamento causando um escândalo— diz, convencido. —Não vou voltar para casa, tarde para caralho, sozinho. 

Aquela expressão inocente e quase angelical dele engana muito, uma vez que Naruto pode ser alguém muito perigoso quando quiser, por isso, faço uma nota mental para tomar cuidado com o loiro. 

—Pega o que quiser no closet— levanto a gola da camisa para cobrir as mordidas e chupões. —Mas, se eu souber que alguém como você furtou alguma coisa minha, eu juro que...— escuto a campainha tocar e ignoro o rosnar que Naruto emite para mim.

—Do que muda? Se você quiser, compra um objeto igual. 

—Cala a boca por enquanto. Vou pegar a sua comida.

Vou até a porta e peço para que funcionário deixe a comida sobre a mesa da cozinha para ainda pagar uma gorjeta generosa. Assim que tranco a imensa porta de madeira, vou chamar Naruto, mas me surpreendo com o loiro já vestido com um de meus pijamas azul escuro e devorando o lamén gorduroso naqueles isopores.

Juro por Deus que nunca vi uma comida tão servida de forma pobre em minha mesa.

Suspiro e massageio minha têmpora direita, virando para pegar uma garrafa de vinho. Depois se buscar uma taça e me servir, volto e me sento em frente a Naruto. Ele já está quase acabando a penúltima porção.

—Você come como um porco guloso.

—Pelo menos, eu não sou um almofadinha— ele olha para mim com um sorriso alegre e a boca amarelada em volta devido ao líquido do lamén. —Quer um pouco?

—Não.

Está brincando se acha que eu iria encostar minha língua nisso aí.

—Eu não ia te dar mesmo. Ofereci porque meus pais me ensinaram assim— ele suga o resto do líquido de forma barulhenta.

Não sei se devo reclamar com ele por tanta falta de educação. No Japão, é comum que façamos barulho ao terminar a comida para demonstrar que gostamos bastante. Por outro lado, Naruto está mais para um recém saído da adolescência que não tem nada na cabeça e, mesmo comendo lamén, não deve ter feito isso em respeito à cultura japonesa. Deve ter sido só porque ele é meio sem cérebro mesmo.

De qualquer maneira, resolvo não gastar minha saliva com ele.

—Sempre bebe quando quer pular uma refeição?

—Geralmente, sim. Você vai ter um refluxo se deitar agora depois de tanta comida.

—Que nada. Vivo fazendo isso e nunca me ocorreu nada— diz, orgulhoso.

—Daqui a vinte anos, seu coração vai estar reclamando.

—Meu coração já reclama hoje em dia...— ele fala e volta a comer o último lamén. —Ei, Sasuke... Posso te abraçar hoje?

—Juro que se você me tocar, enquanto dormimos, eu te chuto para fora do prédio.

—Nossa, você é mau... Me dá uma escova?

—Claro— coloco meu corpo na pia e jogo a sujeira de Naruto no lixo. —Mas me deixe dormir. É sério. Eu ainda tenho que trabalhar pela manhã— ele assente.

Nós escovamos os dentes em silêncio e, depois, trocamos a roupa de cama.

—Uau. Eu nunca tinha deitado em uma cama tão grande. Não se sente sozinho dormindo aqui?

—Já estou acostumado— falo com os olhos fechados. —É confortável— Naruto rola para perto de mim e coloca o braço ao redor de minha cintura, liberando seus doces feromônios perto de mim. —Desencosta de mim, Naruto.

—Não... Eu quero sentir o seu cheirinho— ele sussurra preguiçoso no meu pescoço.

Minhas bochechas ficam vermelhas, mas eu resolvo não fazer nada... Só porque eu estou cansado. Muito cansado.


Notas Finais


eaí?? o que acharam do primeiro encontro deles?🙈🙈e o que acham do Suke? kkkk
até o próximo.


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