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História Drink Hurt - III. e agora eu quero ir


Escrita por: dentedeleaum

Notas do Autor


É O ÚLTIMOOOOOOOO,,, ok, eu num sei o que dizer, só que eu num tava muito legal pra escrever e não ficou lá essas coisas, masok, tamo aí

Capítulo 3 - III. e agora eu quero ir


Fanfic / Fanfiction Drink Hurt - III. e agora eu quero ir

Tu, que tem esse abraço casa

Se decidir bater asa

Me leva contigo pra passear

 

•••

 

Tudo o que pôde ouvir naquela tarde foi o celular tocar. Num primeiro momento pensou ser Jimin, mas, na verdade, era somente sua mãe. E tudo o que ele menos precisava agora era de seus sermões, que acabavam virando uma briga sem fim entre os dois. Por conta disso, preferiu desligar o telefone, jogar seu corpo sobre a cama e lá ficar, por um tempo que nem sabia determinar. Talvez para sempre, pois não tinha mais motivos para levantar.

Foi quando o telefone de casa começou a tocar desesperadamente, forçando-o a se mover até a sala, onde se encontrava o telefone. Estava decidido a tirar do gancho, mas como se algo sussurrasse em suas orelhas, resolveu atender.

“Mas que diabos” resmungou, e logo depois atendeu o telefone. “Alô”.

Ouviu o choro de sua mãe ecoar do outro lado da linha, e uma voz fina, que parecia a dor seu irmão, pedindo desesperadamente para que ela se acalmasse.

“Mãe? O que foi?” temia que algo houvesse acontecido com ela, pois, apesar de tudo, amava-a; e, naquele instante, foi como se pudesse pressentir alguma coisa ruim vindo como enxurrada sobre ele. Quando ela nada respondeu, com a voz impostada, repetiu: “Mãe, o que foi?”

“Jimin.”

Apesar de ter sido totalmente contra o relacionamento de ambos de início, Jimin havia conseguido conquistar o coração dela, assim como fazia com todo mundo que tinha o prazer de conhecê-lo. Talvez fosse seu jeito engraçado de lidar com as coisas; e, logicamente, qualquer coisa que acontecesse com ele, faria-a sofrer, como se houvesse acontecido com um filho.

Quando ouviu o nome do amado, um pânico subiu-lhe da planta dos pés ao alto da sua cabeça, causando uma vontade incontrolável de chorar. Nem se importou com todos os pedidos de Jimin, muito menos com o fato de ele estar com uma roupa surrada; colocou o primeiro sapato fechado que viu pela frente, pois algumas gotas caíam do lado de fora da casa, e foi. Foi, de qualquer jeito, somente precisava ir, antes que fosse tarde demais – mais já o era.

E correu. Nunca havia corrido tanto em direção a algo, parecia que suas pernas estavam compelidas a ir até sua casa, independente do que fosse. A chuva não lhe incomodava, nem as pessoas que pareciam obstáculos à sua frente. Tudo parecia ter uma importância quase inexistente, até que seu coração começou a falhar. Ele queria ir adiante, mas seus ventrículos pediam para que ele fosse mais devagar; se odiou naquele momento, pois queria que seu coração fosse saudável – ainda que no sentido físico.

Quando sentiu como se seu peito fosse explodir, parou. E havia parado na frente da sua casa. A luz do quarto era a única acesa visivelmente, fazendo com que seu peito apertasse; sabia muito bem o quanto Jimin odiava qualquer fonte de luz direta em sua face, por isso quase nunca acendia a luz do quarto. A não ser quando dormia.

Adentrou dentro da casa, já que a porta estava somente encostada. E tudo o que viu foi um Jimin morto; não o que ele amava, não o espalhafatoso, gritão e engraçado; não era o Jimin vivo, não o que sempre fazia piadas, ainda que em seus piores momentos. O que viu foi a carcaça do amor da sua vida.

“Não, Jimin, não” gritou, e repetiu as mesmas palavras como se fosse um mantra maldito.

“Você não pode me deixar, você prometeu que não iria me abandonar nunca” recostou a cabeça do outro em seu peito, como se fosse niná-lo. Ainda não queria acreditar em tudo aquilo, em toda aquela dor. “Por que não me levou junto contigo, anjo? Por quê?”

 

 

O velho guarda-chuva preto impedia que a chuva física molhasse seu corpo, enquanto só podia observar o caixão do amado descer terra abaixo. E, um por um, todos os que fizeram-se presente foram embora, e seu amado logo seria esquecido por todos eles.

Esperou que todos se fossem e fechou seu guarda-chuva. Queria sentir as gotas de água sobre sua pele. De dentro do bolso da calça social retirou um vidro qualquer, com algum líquido que ninguém saberia o que era.

Deitou-se ao lado do túmulo, fitando a lápide que não continha nenhuma frase filosófica, a não ser as datas do início e fim de sua passagem pela Terra.

“Eu nunca te esquecerei, Jimin” disse, colocando as duas mãos sobre o peito, como um defunto.

“E voarei junto contigo, seja para qual céu for”



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