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História Drown (Em manutenção) - The End


Escrita por: satellite

Notas do Autor


EU TÔ EMOCIONAL, NÃO ME TOQUEM POR FAVOR!

Me desculpem mais uma vez por toda a minha demora, mas minha vida deu um giro e agora eu estou ainda mais sem tempo! Mesmo assim, escrevi esse último capítulo aos poucos e espero do fundo do coração que esteja bom.
Ficou grande, mas eu precisava de tudo isso e mais um pouco hahaha

Capítulo 44 - The End


Fanfic / Fanfiction Drown (Em manutenção) - The End

" Where everything's nothing,
without you
I want you to know
with everything, I won't let this go.
These words are my heart and soul,

I'll hold on to this moment, you know
'cause I'd bleed my heart out to show
that I won't let go. "

 

~ With Me - Sum 41
 

 

 

Liam adentrou o quarto sentindo o coração pesado. Como assim Melanie estava dormindo há um mês?  Se sentiu ainda pior ao ver o estado de Louis, que passara por ele apressado.

— Boa noite, Dra. — Saudou a médica, que fazia algumas anotações em uma prancheta.

— Boa noite... Liam... — Ela respondeu, incerta. — Acertei? 

— Sim. — O garoto se aproximou, sorrindo gentilmente. 

— Ah, ótimo! — Davis também sorriu. — A Melanie recebe muitas visitas, às vezes eu me confundo. 

— Pelo menos ela tem motivos para continuar lutando, todas essas pessoas que se importam... — Suspirou. — E como ela está? 

— Estável. — Davis tomou um ar mais sério, voltando para a realidade. — Ainda não sabemos o que aconteceu para deixá-la assim, os resultados dos exames não fazem sentido. 

— Como assim? 

— Bom, eu acabei de comparar o último exame que fizemos para estudar o tumor com o de hoje... — Ela mordeu o lábio, pensando se deveria contar a ele antes mesmo de contar a Louis. — ... e parece que o tumor está menor...

— Menor? — Liam a encarou um pouco confuso. — Como assim, menor? É efeito da quimioterapia? 

— É uma possibilidade... — A médica estava com a cabeça cheia, tentando entender. — ... mas já faz um mês que não fazemos o tratamento, ela está muito fraca... 

— Mas o efeito pode ter sido um pouco atrasado? — Liam insistiu

— Talvez, Liam... — Dra. Davis andou até a porta. — Preciso ir, tenha uma boa noite! 

— Mas... — Ele tentou chamá-la de volta, porém a médica estava apressada. — Eu não entendi nada...

Liam deu de ombros, aquela era uma notícia maravilhosa de qualquer maneira. Se sentou ao lado da cama de Mel, a observando. Ele não a via já fazia algum tempo, não gostava de pensar nela, deitada naquela cama, sobrevivendo sabe-se lá como.

— Ei, Mel... — Ele começou, segurando em sua mão. — Queria te contar uma história engraçada, que talvez eu nunca tenha coragem de falar quando você estiver acordada. — Liam sorriu, envergonhado, mesmo que ela não estivesse vendo. — Eu sei que sempre te disse que éramos como irmãos, mas eu não estava falando a verdade. É impossível não se apaixonar pelo seu sorriso, Mel. Tudo bem que quando tínhamos aulas com seu pai eu me sentia responsável por você, mas meu coração sempre bateu mais forte pela menininha decidida a ser a melhor surfista da família. 

"Por isso eu fui embora quando o John morreu, eu não era forte o bastante pra ver você me odiando. Preferia me lembrar do jeito admirado que você olhava para mim, antes mesmo de aprender a ficar em pé na prancha. Éramos crianças, eu sei. Mas eu só fui perceber esses sentimentos muito tempo depois, e só aí percebi que precisava voltar. Precisava falar com você, saber como você estava de verdade e matar a saudade que eu sentia desse mar da Califórnia. — Liam sorriu mais uma vez, na tentativa de disfarçar a vontade de chorar. — Quando cheguei, tive alguma esperança em te conquistar. Você estava frágil e parecia muito sozinha, era perfeito... — Soltou uma risadinha, reconhecendo o quanto fora precipitado. — Mas na verdade você já tinha alguém, que cuidava muito bem de você e te fazia feliz. Eu não queria estragar mais uma parte da sua vida e só por isso aceitei te acompanhar um pouco mais distante, mas presente para o que você precisasse. Não é fácil admitir que outro cara é melhor do que eu, mas parece que você e o Louis nasceram para estarem juntos..."

Liam parou de falar, se sentindo ainda mais triste. Ele só havia amado uma garota na vida, a garota que nunca seria dele e que agora estava morrendo. O quão injusto isso podia ser? Talvez fosse o preço a ser pago pela morte de alguém.

— Resumindo a história, eu sempre fui apaixonado por você, Mel. — Acariciou o rosto da garota delicadamente. — E é uma pena que você nunca vá saber disso, só se por um acaso você estiver me escutando agora. Espero mesmo que você esteja e que você se lembre de tudo.  Você sempre foi a minha garota. — Payne mordeu o lábio, recolhendo as mãos e cruzando-as sob as pernas. — Bom, na verdade vai ser constrangedor se você estiver ouvindo. Ainda mais porque agora estou com a Hanna, e ela anda me fazendo bem, apesar de todas as loucuras. Talvez eu precise de um psicólogo, Mel.... — Balançava negativamente a cabeça, confuso consigo mesmo, mas sorrindo. 

O que fazer depois de se declarar para alguém inconsciente? Liam estava se sentindo nervoso, perdido e muito chateado. Ficou sentado por mais algum tempo ali ao lado da cama, apenas se lembrando de tudo e observando Mel. Recebeu uma mensagem de Hanna e enfim resolveu ir embora, cumprimentando Harry que vinha pelo corredor. 
 

 

Já que, aparentemente, não havia ninguém no quarto, Harry Styles se sentiu no direito de fazer companhia a Melanie. Dra. Davis que se preocupasse com algo mais sério do que expulsa-lo dali mais uma vez. 

Diferentemente de Liam, Harry logo se sentou na cama de Mel, também segurando sua mão.

— Queria que você acordasse, pelo menos pra me falar se essa é ou não a hora de entregar a carta do Louis... — Harry dizia casualmente. — Você me deixa maluco, garota! 

Styles beijou a testa de Mel e saiu novamente do quarto, andando lentamente pelos corredores que levavam até o berçário. Ele estava exausto, não dormia uma noite inteira desde o dia em que Hope nasceu. Se não fosse pela sua insistência, Brandon estaria do mesmo jeito, mas Harry sempre conseguia manda-lo para casa. "Alguém precisa estar mentalmente saudável para quando a Melanie acordar!" dizia, com um sorriso de lado. 

Harry andava e suspirava, perdido em seus próprios pensamentos. Por esse motivo pensou que estava realmente precisando dormir, já que Louis estava parado em frente a janela de vidro de onde Hope ficava. Ele tinha os olhos tristes, parecia chorar, não que Harry conseguisse entender bem daquela distância.  

Louis continuou parado ali por mais um segundo, observando Hope dormir. Já fazia mais de um mês desde que ele a vira pela primeira vez, a bebê havia crescido um pouco. Continuava linda, com seus cabelos ralos e claros, os olhinhos fechados. Hope parecia estar no meio de um sono inquieto, mexia os pés e as mãos de vez em quando, e fazia caretas. Louis queria saber o que estava acontecendo, se aquilo era normal, se sua filha estava bem... mas apenas se virou na direção contrária a Harry e sumiu. A pouca esperança que Styles tivera em ver Louis com a filha estava destruída mais uma vez.

— Ei, mini Melanie! — Harry tamborilou os dedos no vidro que o separava da garotinha, sabendo que ela não o ouviria. — Vim ver você mais uma vez...

Styles terminou o caminho até a porta, esperando que alguma enfermeira bondosa a abrisse. Não demorou muito até que Aly, sua enfermeira favorita, aparecesse.

— Já voltou, Styles? — Ela arqueou uma de suas sobrancelhas. 

O olhar de desejo que a garota lançava a Harry o fazia se sentir mal. Harry sabia que Aly tinha certos interesses para com ele, que ele nunca retribuiria. Nem se um dia se separasse de Brandon. Mas o que o fazia sentir-se mal era saber que a garota deixava-o fazer o que quisesse, pensando que em algum momento teria uma chance. Pobre Aly!

— Voltei para ver minha bebezinha. — Sorriu para ela. — Ela continua bem? 

— Sim, apesar de estar tendo um sono meio agitado. — Aly mordeu o lábio, observando-o com um olhar de interrogação. 

— O que foi? — Harry fez uma careta.

— Aquele cara que estava parado aqui na frente, pouquíssimo tempo antes de você, é o pai da Hope? — Ela parecia surpresa por estar se atrevendo a fazer aquela pergunta.

— Sim, ele mesmo. — Styles suspirou. — Falando nisso, ele chegou a entrar aqui? 

Harry estava curioso. Querendo ou não, torcia para que Louis superasse os outros problemas e cuidasse dessa parte de sua vida.

— Não. — Aly respondeu, pesarosa. — Ele ficou uns bons minutos aí na frente, olhando para a caminha dela, mas não esboçou nenhuma reação. 

— Merda... — Murmurou em resposta.

— O que? — A enfermeira não havia entendido, mas Harry apenas balançou negativamente a cabeça, encerrando o assunto.

Decidiu que observar Hope se mexendo, inquieta, era melhor do que pensar no pai dela. Harry concluiu que logo ela estaria desperta.

— Ela está acordando... — Sorriu para a bebê, que esticava os braços acima da cabeça e abria os olhos, lentamente. — Bom dia, flor do dia!

O garoto adorava estar no quarto, em qualquer que fosse o momento, para ter a ilusão de ajudar a cuidar da bebê. Sentia que Hope era também sua filha, e nenhum sentimento se igualava aquele.

 

Mais dois meses se passaram, até que Louis, exausto daquela vida hospitalar que levava há tantos dias, resolveu que passaria as noites em sua casa. Há uns meses atrás, ele havia recebido a ótima notícia de que o tumor de Melanie havia diminuído, e uma onda de esperança revigorara sua vida. Agora, nesses sessenta dias que se passaram, não vira progresso algum. Sua esperança estava perdida, assim como a consciência de Mel. 

Hope estava próxima de completar seus nove meses, e isso o deixava perdido. Ela havia recebido alta do hospital naquele dia, o que só aumentava o seu desespero. Ele não sabia o que fazer, nem como fazer. Sua última decisão era a de que Harry cuidaria da bebê, Louis simplesmente não teria condições para isso, e Styles já estava de acordo.

Como ainda era horário de visitas, ele estava sozinho com Melanie, e resolveu que precisava desabafar. 

— Oi, amor. — Louis apertou sua mão fria, esperançoso em ter algum tipo de reação. Mas, como sempre, nada aconteceu. — Eles me dizem pra conversar com você todos os dias, mesmo depois desses quase quatro meses, pra você continuar acordada aí dentro. 

" Queria, mais que tudo nessa vida, que você acordasse de verdade. Você já sabe disso, eu repito todo o santo dia, mas hoje é ainda mais sério. A Hope acabou de receber alta, e eu não sei o que fazer sem você. Não quero fazer nada sem você. — Louis parou de falar, tentando se concentrar em não chorar. Só continuou depois de sentir que estava bem. — Você, mesmo depois de tudo o que aconteceu, de todas as brigas e suas mudanças de humor, continua sendo minha garota dos olhos tristes, aquela mesma que eu conheci na praia. Apesar de tudo estar diferente, de você estar assim e eu estar um pouco maluco, eu e você continuamos os mesmos. Eu e você somos para sempre, você não pode simplesmente não acordar! — A mão esquerda do garoto agora estava fechada em punho, enquanto a direita secava uma lágrima em seu rosto. — Eu não sei mais viver sem você, a mulher que eu escolhi para me casar e ter minha família. A mulher que eu aceitei para amar e dividir a vida. Por favor, Mel..."

Aquele parecia ser um último esforço desesperado para fazê-la acordar, mas ela continuava do mesmo jeito. Olhos fechados e nenhuma palavra dita. Quase quatro meses de um silêncio ensurdecedor. 

Foi então que Louis percebeu a resposta óbvia aquilo que mais o preocupava: o destino de Hope. Ele não deixaria que Harry a levasse, claro que não! Hope era sua filha, seu sobrenome era Tomlinson e ela seria criada por um Tomlinson. Ele não podia simplesmente abandoná-la, ela não merecia isso. Era só uma criança, pequena e com a saúde um tanto sensível. Precisava de seu pai por perto, já que o futuro da mãe parecia tão incerto.

— Boa noite, meu amor. — Louis beijou a testa de Melanie, parando para observá-la mais um pouco antes de sair. — Amanhã eu volto, agora preciso buscar a Hope.

O garoto mal havia passado pela porta, Melanie soltou um suspiro alto. Ela abriu os olhos lentamente, com uma certa dificuldade, e os fechou novamente por conta da claridade. 

— Lou? — O chamou, em uma voz quase inaudível, já que teve a impressão de ouvi-lo uns segundos atrás. Ninguém respondeu.

Ela resolveu tentar abrir os olhos novamente, agora mais preparada para a claridade das luzes. Mel suspirou ao constatar que o quarto estava vazio. Não havia ninguém ali, fazendo companhia a ela.
 


 

Laura andava mecanicamente pelo hospital, apenas esperando o tempo passar e seu horário com Melanie começar. Resolveu ir subindo, já que faltavam apenas cinco minutos. Ficou muito feliz ao perceber que Louis não estava no quarto, e adentrou-o sem cerimônias. 

— Mãe? — A voz não passava de um sussurrou áspero, mas fez o coração de Laura dar um salto. 

Melanie? — Ela quase gritou. — Meu Deus! Você...

Num impulso rápido, Laura gritou no corredor que sua filha havia acordado, e voltou correndo para dentro do quarto, parando exatamente ao lado da cama de Melanie.

— O que está acontecendo? — Melanie disse, sentindo a garganta raspar. Ela estava com muita sede. — Cadê minha filha? E o Louis? 

— A Hope está lá na maternidade, e o Louis deveria estar aqui... — Laura deu de ombros, chegando mais perto da filha e a abraçando desajeitadamente. — Mas você acordou! Eu não acredito, Mel! 

— Que dia é hoje? — Melanie fez uma careta ao se afastar de Laura, ainda se sentindo muito confusa.

— Hoje é dia cinco... — A mãe suspirou, temendo a reação que a garota teria.

— Então eu dormi por dez dias? — Ela parecia muito surpresa com aquilo.

— Cinco de setembro, Mel. 

Melanie ficou em silêncio, de olhos arregalados, tentando entender como aquilo era possível. Ela se lembrava de que ainda era maio quando planejava seu casamento. E Hope nasceu em maio, portanto, já estava muito próxima de completar os nove meses da gestação. 

— Setembro? — Ela sussurrou, assustada.

— Boa noite, meninas! Você não sabe o quão feliz eu estou por vê-la acordar! — Aurora Davis adentrava o quarto apressada, quase incrédula, indo direto examinar Melanie. — Como você está se sentindo? 

— Estranha... como se eu estivesse morta e de repente revivesse. — A médica ouvia os batimentos cardíacos da garota.

— Mas tem algo doendo? — Davis continuava a examina-la. 

— Só minha garganta, preciso de um copo d'Água... — Melanie suspirou. — E meu coração... — Completou em um sussurro. Nem Louis ou Harry estavam ali para vê-la acordar após quase quatro meses dormindo.

— Vou pedir para as enfermeiras trazerem sua água e vou conversar com meu colega, para decidirmos se você já está pronta para novos exames na cabeça . — Davis parecia insegura. — Precisamos dos exames para talvez descobrir o que há aí dentro. O tumor havia diminuído, mas precisamos nos atualizar.

— É o que eu mais quero... — Ela pensou por um minuto, satisfeita por ouvir sobre o tumor, mas finalmente conseguindo colocar as palavras em ordem. Melanie não estava tão preocupada com ela própria. — Mas primeiro eu quero ver meu bebê.

— Alguém precisa ligar para o Louis! — Davis basicamente gritou, vendo que as enfermeiras adentravam o quarto com a água. — Ele deixou o hospital junto com a Hope fazem alguns minutos.

Por isso ele não estava aqui, pensou Melanie, aliviada em saber que Louis não abandonara a bebê, afinal.

— O que está havendo aqui? — A voz de Harry fez Melanie vibrar de alegria. Seu melhor amigo estava lá, finalmente. Aquele sim era um rosto que ela gostaria de ver. — Melanie? Isso é real ou é só exaustão? 

O garoto correu até a cama dela, se metendo entre tudo o que estava no caminho, contando enfermeiras, médicas e mães. Deu-lhe um abraço tão apertado que a garota ficou sem ar. 

— Você está me matando, Haz. — Melanie disse em sua voz baixa, rindo.

— Eu senti tanto a sua falta! — Lágrimas rolavam pelo rosto pálido de Harry, que a deixou um pouco preocupada. Ele parecia realmente exausto. — Você não faz ideia! 

— Você está acabado, Haz! Meu Deus, você precisa descansar! — Melanie apertou a mão do garoto, com seus dedos magros. Ela havia perdido bastante peso. — Me perdoa por te fazer passar por isso.... 

— A culpa não é sua, menina! Nem comece com essas besteiras! — Harry secou seu rosto, a abraçando mais uma vez. — E faça o favor de nunca mais nos assustar assim.

— Alguém já ligou para o Louis? — Davis gritou mais uma vez. 

— Liguei para Summer e ela disse que falaria com ele. E com todo mundo. — Laura sorriu. 

Agora era só esperar até que Louis aparecesse com Hope. O coração de Melanie não podia estar mais acelerado. 

 

Louis Tomlinson narrando.

Em meio a toda a loucura que estava acontecendo, o quarto de Hope só ficou pronto graças à Hanna e a Summer. As duas contribuíram imensamente para que tudo estivesse no lugar certo para a chegada da criança, apesar de não terem sido as responsáveis pela pintura do quarto em si. Sem elas, eu estaria perdido. 

— Espero que você me ajude, Hope. —Suspirei, colocando a garotinha no berço e arrumado seus pertences. 

Eu não sabia o que fazer a seguir, se podia tomar um banho e deixá-la sozinha no berço, se teria de levá-la junto comigo. Apenas não fazia ideia de como cuidar daquela criança. Resolvi buscar o rádio com a fita que a Melanie havia me dado de aniversário, para ver se sua voz me trazia alguma segurança.

—  Essa é a sua mamãe, Hope. —  Falei a ela, que ainda estava de olhos fechados.

Ouvir Melanie cantando me acalmou um pouco, me deu alguma nova esperança. Ainda mais depois de ver Hope sorrindo.

Antes de recomeçar a música pela terceira vez, decidi que ligar para a minha mãe seria a coisa mais inteligente a se fazer, ela com certeza saberia o que fazer. Ela provavelmenete esperava minha ligação, pois atendeu logo no primeiro toque e chegou aqui em cinco minutos. Prefiro nem imaginar o quanto ela correu.

— O que está acontecendo, Lou? — Johanna me perguntou, ofegante, enquanto entrava em minha casa. — A Hope está bem? 

— Ela está dormindo, mas eu não sabia se podia ir tomar banho e deixá-la sozinha. 

Minha mãe riu, balançando negativamente a cabeça e subindo as escadas. 

— Eu cuido dela enquanto você toma um banho, pode ficar tranquilo. 

Sorri aliviado, já indo até o meu quarto. Ouvi o choro agudo de Hope assim que desliguei o chuveiro, e apressei-me em me vestir. Estranhei o quão rápido o choro parou, nesse meio tempo.

— O que aconteceu? Ela está bem? — Entrei no quarto correndo, vendo a bebê no colo de minha mãe, que a ninava.

— Tudo perfeito! — Ela sorriu. — Aliás, recebi uma ligação da Summer. Ela disse que a Dra. Davis pediu que você fosse ao hospital imediatamente. 

— A Melanie está bem? — Me alarmei. 

— Ela não me disse nada... — Johanna mordeu o lábio. 

Antes mesmo de ela terminar a frase, eu já estava correndo escada a baixo, em busca da chave do carro. 

— Eu vou atrás de você, com a Hope! — Ouvi minha mãe gritar, mas nem consegui dizer nada.

[...]

Entrei correndo pela emergência, direto aos elevadores que não pareciam chegar nunca. Corri pelo imenso corredor até o quarto de Melanie, que ficava na outra extremidade. Meu coração praticamente parou de bater quando entrei no aposento e vi a cama vazia. 

— Onde ela está? — Perguntei a primeira enfermeira que avistei, mas ela parecia estar com medo de mim, além de não fazer ideia de quem eu estava falando.

Respirei fundo e andei em círculos por vários minutos, me sentindo totalmente perdido. Finalmente, avistei Harry. Atrás dele estavam Laura, Dra. Davis e, finalmente, Melanie. Senti que poderia morrer de felicidade ali mesmo, naquele momento, apesar de ver que ela estava em uma cadeira de rodas. Era muito difícil segurar o choro.

— Lou! — Melanie gritou, e eu senti que não era mais capaz de esconder minhas lágrimas. Eu sentira tanta saudade daquela voz! 

Corri até onde eles estavam, abraçando-a com muita força, e sentindo que ela se esforçava para me abraçar assim também. O fato de ela ter emagrecido muito, estar começando a ter seu cabelo de volta e estar muito fraca, não eram absolutamente nada para mim. Eu só queria que ela vivesse, e ela me parecia muito satisfeita em estar ali.

— Eu te amo muito! — Disse, beijando-a.

— Eu também te amo! — Ela sorria, com os olhos brilhantes. — Você não vai acreditar no que aconteceu! 

— Vamos para o quarto, assim vocês podem conversar melhor. — Dra. Davis interrompeu-nos, educadamente. 

Seguimos pelo corredor, para dar de cara com Johanna, com Hope nos braços,  parada na porta do quarto.

— Hope? — Melanie a chamou, prestes a chorar. — Você veio ver a mamãe? 

Minha mãe entregou Hope a Melanie, também com lágrimas nos olhos. Era revigorante saber que aquelas lágrimas eram de felicidade. 

Já com Hope nos braços, Melanie parecia muito mais confiante. É claro, a bebê parecia ser muito pesada para ela segurar, mas para Mel isso não era um problema. Ela sempre fora uma guerreira, não seria diferente agora.

Ela me entregou Hope para que as enfermeiras a ajudasse a se deitar novamente na cama, pegando-a de volta assim que se sentiu confortável.

— Ela é tão linda! — Mel beijou a testa de nossa filha. — Eu estou tão feliz em conhecer você de verdade... — Sussurrou para ela. 

— Mas então, qual é a novidade? — Eu estava quicando por dentro, de tanta ansiedade para aquilo.

— O tumor não existe mais, Lou! — Melanie falou empolgada.

Olhei para Harry, pensando ter ouvido errado, mas ele concordou, sorrindo. 

— Como isso é possível? — Eu estava incrédulo.

— Na verdade, não é possível. — Dra Davis se intrometeu, finalmente, e tentou explicar o que não tinha explicação. — Ainda não descobrimos o que aconteceu, mas o tumor simplesmente sumiu.

— Vocês estão me dizendo que isso é como... um milagre? — Podia jurar que não estava entendendo mais nada. 

— Digamos que sim. — Davis me respondeu, aparentemente sem outra saída.

— A Melanie merecia pelo menos isso! — Harry exclamou, parecendo ter perdido aquele peso que carregava nos ombros. — Depois de tudo, você merece tudo que seja bom...

— A Hope também merece ter a mãe dela. — Sorri para as duas. — Nossa família merece estar completa.

Me sentei ao lado dela, na cama, e pela primeira vez em vários dias, senti que tudo ia começar a dar certo. Conseguiríamos cuidar da Hope e conseguiríamos cuidar de nós mesmos, juntos. Tudo continuaria bem desde que nos mantivéssemos unidos. 

A chegada de Summer e Niall, Liam e Hanna, e de Brandon, só me fez ter mais certeza ainda de que agora estávamos bem. Nossa família estava realmente completa. 

O milagre de Melanie era também o nosso milagre, e ela o merecia. A garota dos olhos tristes finalmente seria feliz, e eu me sentia satisfeito por ter um pouco da responsabilidade por isso.

 

[...] 


Notas Finais


COMENTEMMMMMMMMMMM, só pra não perder meu costume mesmo.

Agora, queria agradecer a todos vocês que me acompanharam até aqui, comentando ou sendo fanstasminhas, e que aguentaram todo o drama da fic e meu drama da falta de tempo andakna
Nunca imaginei que escreveria uma fic que teria essa quantidade de leitores fiéis, e fico muito feliz em saber que meu esforço e minha vontade de escrever deram em alguma coisa. MUITO OBRIGADA MESMO, por toda a força que vocês me deram! ♥

Vou contar um segredinho de como a ideia dessa fic surgiu: em um belo dia, eu pensei " vou escrever uma fic em que a personagem principal vai morrer." E pronto, daí nasceu drown. Tudo bem que no fim, eu terminei com o famoso felizes para sempre, mas acho que era merecido!

MUITO OBRIGADA MESMO, eu amei cada capítulo e cada comentário ♥

Vou homenagear aqui a minha crush, meu pãozinho, meu amô, por ter me dado tanto apoio e por me fazer rir tanto! @Mila_San me beija mozão ♥ Também a fofíssima da @aaronandme ♥ e a @alebee34, porque ela se dava ao trabalho de comentar em todos os caps ♥ e por último, mais uma vez, pela ajuda da @Miih_17 em relação ao nome da bebê ♥

E a todos vocês, que não tenho como nomear um por um, agradeço muito mesmo. Espero encontrar vocês na minha próxima fic, Migraine, que será postada muito em breve!

BEIJOS DE LUZ (COM MUITAS LÁGRIMAS)

Música do cap: https://www.youtube.com/watch?v=g8z-qP34-1Y


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