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História Drown (Em manutenção) - V. I didnt mean to fall in love tonight


Escrita por: satellite

Notas do Autor


Oissss! Vamos as notícias: estou sem computador de novoooo! O carregador que eu peguei emprestado não funciona mais ): Dei sorte de pegar um computador emprestado rapidão e postar hahaha Mas enfim, MUUUUUITO OBRIGADAAAA a todos vocês que lêem e que comentam <3

Capítulo 5 - V. I didnt mean to fall in love tonight


Fanfic / Fanfiction Drown (Em manutenção) - V. I didnt mean to fall in love tonight

Capítulo V – I didnt mean to fall in love tonight

 

  Uma luz branca e suave invadia o quarto, fazendo Melanie se remexer incomodada na cama e sobressaltando Louis. O garoto se sentou no sofá, esticando seus músculos enquanto analisava a figura de Melanie, que apesar de estar se mexendo ainda dormia profundamente. Ou era o que ele achava. Resolveu se levantar e ir até o banheiro, sendo o mais rápido que podia, temendo perder qualquer segundo com a garota. Se sentiu um pouco bobo por isso, já que quando voltou ao quarto, tudo estava exatamente como ele havia deixado, e continuou daquela maneira por um longo tempo.

De repente, sem mais nem menos, Melanie se sentou na cama. Estava extremamente assustada, enrolando totalmente o cobertor em volta do corpo. Sentia o cheiro de álcool que exalava dela própria e a cabeça latejar ainda mais. Antes de sequer conseguir olhar em volta, já chorava. Parecia precisar daquilo, liberar aquela pena que sentia de si mesma. Achou que estivesse no quarto do agressor da noite anterior, o que a fazia ter cada vez mais nojo do próprio corpo. 

Louis Tomlinson estava imóvel, encarando a cena, ainda sentado no sofá. Ele não sabia o que fazer, nem como fazer. O choro dela o deixava ainda mais confuso, parecia doer igualmente nele. 

Levantou-se de um pulo, mas Melanie nem pareceu perceber. Sentou- se na cama, próximo a ela, que se encolheu ainda mais ao perceber que havia alguém ali e, finalmente, tirou o cobertor do rosto.

Ela parecia ter controlado o choro, a fim de enfrentar quem quer que estivesse ali, mas sabendo que por dentro estava despedaçada. Melanie não sabia o que faria, ainda mais quando deu de cara com aqueles olhos azuis tão familiares.

 — Vo....  — Ela tentou dizer a Louis, mas a voz falhou e os soluços recomeçaram. 

 — Eu... É...  — Louis queria muito, mas não conseguia dizer nada que fosse útil. Então, ele se aproximou ainda mais.

 — Eu... Eu...  — Mel também tentava dizer alguma coisa, mas sua cabeça estava tão pesada e confusa que ela mal conseguia pensar.

 — Shhh...  — Tomou-a nos braços, tentando distraí-la.  — Não precisa falar nada, só se acalma. 

Ela se afastou bruscamente do garoto, o que o fez sentir-se estranhamente magoado. 

 — Me desculpa, não queria te assustar...  — Louis deu um pouco mais de espaço a ela, o que não mudou nada no comportamento da garota.

Melanie havia emudecido. As lágrimas continuavam a rolar pelo seu rosto, chorando em silêncio, mas seus olhos estavam vidrados. Ela conhecia pouco sobre Louis, mas sabia que não era ele seu agressor. Que ele não precisava ser temido. E, mesmo assim, algo dentro dela parecia ter se partido e dado lugar a um pânico que ela nunca havia sentido antes. Algo que a deixava perdida dentro de si.
 

Ainda assim, Louis continuou tentando a aproximação, tentando fazê-la falar, mas ela parecia estar realmente muda. Não emitia mais som algum, nenhum soluço. Encarava um ponto qualquer daquele cômodo, ainda com as lágrimas escorrendo, num choro silencioso.


 

Tudo o que passava pela cabeça de Melanie era como sua vida era vazia e como ela não tinha ninguém, mesmo quando Harry cruzava seu pensamento, deixando claro o quanto a amava. Eram como irmãos e ela sabia muito bem disso. Talvez isso a confortasse, não fosse o fato de sua vida ser sempre recheada de coisas ruins.

Era uma perfeita montanha-russa. 

 Quando era ainda muito pequena, sua mãe fora embora de casa. Mas então havia o seu pai, se dedicando totalmente a ela e ao surfe, impedindo Mel de entrar em colapso. Ele era, sem sombra de dúvidas, o melhor homem que ela já conhecera. Mas de repente ele estava morto e ela não tinha para onde ir. Não havia mais ninguém para impedi-la de entrar em colapso. Estava tudo certo para que Melanie fosse viver em um orfanato, já que parecia não haver ninguém da família interessado em cuidar da pobre menina. Até que o irmão de seu pai apareceu, dando-lhe a esperança de uma vida nova e melhor. Mas, como ela logo descobriria, Bill seria seu pior pesadelo, além de querer roubar o dinheiro de seu pai.

Em algum desses momentos perturbadores Melanie conheceu Hanna, que a ajudava, mesmo que inconscientemente, a sobreviver a tudo aquilo. Ela se habituara as surras que levava sem motivo relevante e seus dias se seguiriam assim. Até que os deslizes de Hanna, quando tudo parecia tranquilo, desestabilizavam aquele turbilhão de sentimentos que pareciam estar sempre em conflito.

Foi a vez de Harry aparecer, sem falsas promessas e falsas esperanças. Com ele tudo era real, e Harry continuou sempre por perto. Até que ele foi embora, por culpa dela, e novamente Hanna estava lá, estragando tudo.

Depois de muito tempo sozinha, Melanie teve Harry de volta e tudo parecia correr bem.  Até um homem repulsivo resolver abusar dela no meio da rua.

Tudo era muito conflitante, muito confuso. Agora deveria vir algo bom, ela pensou. A ordem natural da vida dela era essa. Um acontecimento bom e um ruim logo em seguida, depois algo ruim e, após, algo um pouco melhor. Era uma sucessão de emoções. Então ela desviou seus olhos, há muito pregados na parede à frente, para o garoto. 

 Era ele.

 Depois da tempestade, o sol sempre voltaria a aparecer. Ou qualquer baboseira dessas.

Portanto, Louis era o sol. 
 

 

 — Você tem certeza de que não que comer nada?   — Louis dizia, pela vigésima vez, para a garota muda.

Ela continuava encarando o nada, agora com os olhos secos. Já se passavam das quatro da tarde, e Melanie continuava no mesmo estado. Ele pretendia ligar para algum hospital, já que temia tentar toca-lá novamente, porque ela provavelmente estava em estado de choque.

A bandeja de comida que ele levara até ali parecia pesar muito agora, que a garota estava ali e ao mesmo tempo não estava. Os olhos estavam ainda mais tristes. 

 — Eu vou deixar isso aqui. Se você quiser, pode pegar.   — Disse devagar, como que para uma criancinha, deixando a bandeja sobre a cômoda bem ao lado da cama.

Louis a observou por mais alguns instantes, deixando o quarto logo em seguida. Ele pensava que talvez ela precisasse de um pouco de espaço. 

Ao ouvir a porta se fechar, Melanie se sobressaltou. Ela piscou algumas vezes, sentindo-se ainda muito perdida, e concluiu que dormir por mais algumas horas faria bem para sua cabeça dolorida.

 

Louis Tomlinson dormiu pela segunda noite consecutiva em seu pequeno sofá. Ao invés de encontrar Melanie em um estado melhor, quando finalmente voltou ao quarto, a encontrou dormindo. Como se nunca tivesse acordado. A bandeja intocada de comida havia sido substituída naquela manhã, na esperança de que Melanie a aproveitasse. Louis estava quase desistindo de esperar que ela acordasse, mas Mel começou a finalmente dar sinais de vida. O garoto parou ao lado de sua cama, esperando. Ela  soltou um suspiro baixo antes de abrir os olhos lentamente, e encarar aquele mesmo quarto mais uma vez.  

 — Bom dia?  — Louis disse, temendo assusta-la.

 — Oi...  — Melanie se sentou, encarando Louis de maneira estranha.  — Eu...

 — Você está bem?  — Ele a interrompeu.

 — Acho que...  — Mel suspirou.  — sim.

 — Eu.. fiquei preocupado e... trouxe o café da manhã.  — Tomlinson quis dar um tiro em si mesmo, estava sendo ridículo. Que tipo de pessoa diria isso?

  — Obrigada.  — A garota sussurrou em resposta.  — Mas eu não estou com fome... 

Bom, aquilo não estava no plano. Se ela não queria comida, como ele poderia ajuda-la? Louis ficou apenas olhando para o rosto abatido de Melanie, esperando que ela dissesse alguma coisa. 

 — Eu... Eu queria...  — Ela começou a falar, parecendo se perder no meio da frase. 

— Você quer tomar um banho? Eu posso te emprestar uma roupa, por que a sua...  — Pareceu a única possibilidade de ajuda naquela situação.

Melanie pareceu finalmente perceber o estado em que se encontrava. Sua blusa estava rasgada, mostrando grande parte do sutiã. Os shorts ainda estavam intactos, pelo menos, para sua maior tranquilidade. 

 — Ãhn... Sim.  — Ela respondeu, em tom baixo. 

Louis assentiu, se dirigindo ao seu guarda-roupa em busca de algo que talvez servisse em Mel.

 — Acho que essas aqui não vão ficar tão ruins...  — Ele disse, entregando para Melanie uma calça de moletom cinza e uma camiseta branca.

Mas o que ele queria mesmo era abraçá-la e protegê-la das coisas que a apavoravam. 

 — Obrigada.  — Tentou sorrir, sem muito sucesso.

 — E uma toalha limpa. 

 — Obrigada.

 — E o banheiro está ali.  — Louis apontou para a porta contrária a da entrada do quarto.

Melanie entrou no banheiro logo, desesperada para lavar tudo aquilo que estava sentindo. Toda aquela sujeira que o toque do desconhecido deixou. A água quente que caía do chuveiro não estava ajudando a garota a relaxar, nem os sabonetes, nem qualquer outra coisa.

Ela queria poder arrancar a própria pele, na verdade.

Quando deu por si, estava chorando, enquanto esfregava o corpo com muito mais força do que o necessário, deixando marcas vermelhas nos braços e nas pernas. Se continuasse com aquilo, logo estaria sangrando. Decidiu sair da água e se vestir, talvez assim se sentisse um pouco melhor. 

Colocou novamente o sutiã e uma box de Louis - que ele jurou nunca ter usado-, e vestiu o resto das roupas. Quando notou qual era camiseta que Louis dera para ela vestir, não conseguiu segurar um pequeno sorriso. Era a camisa do Cobain, que ela elogiara em algum dia, que parecia distante demais.

 Ele se lembrou.

Secou as lágrimas que ainda escorriam pelos seus olhos, ajeitou o cabelo e finalmente saiu do banheiro.


 

Louis não aguentava mais esperar.

Estava deitado em sua cama, que agora tinha um pouco do cheiro doce de Melanie misturado com álcool, encarando as estrelas de plástico coladas no teto, desesperado por algum sinal da garota que estava no banheiro. Ele ignorava totalmente o celular tocando, não queria falar com Niall ou com quem quer que fosse.

Só queria falar com a Melanie. 

 O som da porta se abrindo fez Louis pular da cama e bufar logo em seguida, notando que não era a porta do banheiro que fora aberta, e sim a do quarto. 

 — Lou...  — Johannah disse, abrindo uma fresta da porta e enfiando a cabeça para dentro do quarto. 

 — O que foi, mãe?  —  Louis respondeu mal humorado, deixando seu corpo cair na cama novamente.

 — Eu queria saber o que está acontecendo aqui...  — Nesse momento, parecia que Louis era o pai e Johannah a filha, já que ela praticamente pedia permissão para falar com o garoto. 

 — Nada.  — Ele respondeu secamente.

 —  Louis!  — A mãe finalmente perdeu a paciência e entrou no quarto, fechando a porta atrás de si.

 — Eu já te falei!  — Louis protestou.

 — Mas não me disse se ela está bem ou não!  — Johannah estava genuinamente preocupada, o que espantou Louis.  — Você quer que eu ligue para algum médico? 

 — Não, eu quero conversar com a Melanie antes.  — Ele disse, um pouco menos impaciente.  — Se ela quiser um médico, eu chamo.

 — Você podia me deixar participar um pouco da sua vida às vezes, Louis, isso aqui é um assunto sério. 

 — Eu sei cuidar de mim, isso não tem a ver com você participar da minha vida ou não. 

 Os dois ficaram se encarando por alguns segundos, mudos.

Johannah queria que Louis a aceitasse de fato como sua mãe, mas o garoto não cederia tão facilmente. Por mais que ela se esforçasse, do seu próprio jeito - meio ausente e confusa-, nada dava algum resultado positivo com Louis.

A mãe estava prestes a responder o garoto quando o barulho da porta do banheiro os sobressaltou. Louis olhou para a mãe e apontou em direção à porta com a cabeça. Ela se deu por vencida e resolveu sair logo, antes de mais brigas. 

 

 

Ao sair do banheiro, Melanie se deparou com um Louis um tanto surpreso e a porta do quarto se fechando. Ele cravou os olhos nela, finalmente podendo respirar aliviado.

Ela estava realmente bem, e estava ali, no quarto dele.

 — Essa blusa ficou bem melhor em você.

A garota sentiu o rosto queimar, já que além de olhá-la daquela maneira, ele também dizia coisas que a deixavam sem jeito.

 — É, talvez..  — Ela mordeu o lábio inferior.

 — E você quer comer agora?  — Perguntou, preocupado.

 —  Não estou com fome. — Ela deu de ombros.

Da maneira como Melanie era, só iria conseguir comer alguma coisa no dia seguinte. Sempre que algo a deixava ainda mais triste, sua fome desaparecia. Sua vontade para fazer qualquer coisa desaparecia. 

 — Ãhn..  — Louis coçou a nuca, não sabendo exatamente o que fazer a seguir. Ele queria saber o que havia acontecido, mas achou que seria indelicado perguntar.

 — Acho que vou voltar para a minha casa.  — Ela sorriu fraco.

 — Bom... Eu posso te acompanhar.

 — Não precisa se incomodar com isso, eu posso ligar para o Harry...  — Mel percebeu uma mudança mínima na feição de Louis.  — Mas eu não sei onde meu celular está.

 — Aqui.  — Louis o pegou na cômoda ao lado da cama.  — Ele estava no chão, bem do seu lado.

Louis esticou o braço para entregar o celular a garota, que acabou segurando a mão dele.

 — Muito obrigada por... me salvar.

Ele não tinha reação diante dela. O toque suave de sua mão na de Louis o deixou perdido. Ele encarava as duas mãos que se tocavam, atônito, deixando a garota um pouco preocupada. Quando foi levantar seus olhos para encarar novamente os dela, reparou em seus braços marcados.

 —  O que aconteceu com os seus braços? 

 — Eu... É... Não sei...  — Ela gaguejava, já que tinha causado aquilo a si mesma e Louis não precisava saber. 

 — Tem a ver com o que aconteceu com você ontem? 

Pronto. O rosto da garota, que antes estivera relativamente calmo, agora expressava dor. Uma dor há muito reprimida por ela, que agora se misturava com outras novas dores.

 — Tudo bem se você não quiser falar.  — Louis se amaldiçoou repetidas vezes após a pergunta.

 — Eu.. Me desculpa..  — Ela balançava negativamente a cabeça,  tentando espantar de sua mente o rosto do sujeito da noite anterior.

 — Eu só quero que você se sinta melhor.  — O garoto respondeu, da maneira mais sincera que ele conhecia.

 — Muito obrigada, de verdade, por me salvar e... por faltar no trabalho.  — Ela disse, se sentindo impelida a abraça-lo.

Essa era uma das coisas que Melanie morria de vontade de fazer desde que acordara ali, naquele quarto. Ela queria abraçá-lo e agradecê-lo por te-la acolhido naquele momento horrível. Melanie não sabia o que faria se tivesse acordado sozinha, onde quer que tenha desmaiado. Ela não se lembrava.

Louis, no entanto, estava em um frenesi engraçado. Ele queria abraçá-la desde que a vira pela primeira vez, depois de acertar a bolada em sua testa. Naquele dia na lanchonete, quando ela errou a letra dá música. No momento em que a encontrou desmaiada no meio de uma praça. Mas, naquele instante, o garoto estava imerso em uma alegria infinita, por finalmente ter Mel em seus braços. E por ela estar preocupada com o trabalho dele, que o próprio não dava real importância.

 — Sempre soube que você precisava de alguém por perto.  — Ele disse, sorrindo.

 — Eu gosto de ficar sozinha, mas talvez nem tanto.  — Mel se deixou sorrir.

Após dizer isso, a garota se afastou. Louis sentiu-se um pouco mais vazio com essa distância. Ele já estava ficando louco.

 —  Vou ligar para o Harry, ele pode me levar até em casa.

Tomlinson não sabe de onde tirou aquele sorriso, mas mesmo assim, não a decepcionou. Ele podia muito bem deixá-la em casa, não era necessário Harry nenhum! Mas como ele diria isso a garota sem parecer patético ou até grosseiro? Não havia o que fazer.


 

 — Mel! Meu Deus, o que aconteceu com você?  — Harry dizia, enquanto examinava desesperadamente a amiga.  — Eu estava tão preocupado! Nunca mais desapareça desse jeito!

 Assim que Melanie ligou, Harry saiu correndo de sua casa até o novo endereço que ela ditou para ele. Tentara falar com a garota durante a noite, para saber se tinha chegado a salvo em casa, mas ela não atendia. Tentou novamente no dia seguinte, mas continuou sem resposta. Foi até a própria casa de Melanie depois de um certo tempo, mas ela não estava lá. Harry chegou até a ligar para Hanna, tamanho era o seu desespero.

Mel havia sumido!

 Mas de repente ela aparece, pedindo pela companhia dele. Obviamente, Harry correu até a amiga como sempre fazia.

 — Calma, Haz!  — Melanie ria do desespero do amigo.

 — Como calma?!  — Ele berrou, fazendo Louis o encarar assustado.  — Você desapareceu por um dia inteiro! 

 Louis queria rir daquilo, Harry era muito estranho. Não parecia ser o namorado dela, mas sim sua mãe. Ele estava apenas esperando pelo momento em que Harry iria colocá-la de castigo.

 — Eu sei, te explico o que aconteceu no caminho. 

 — Tudo bem, tudo bem.  — Harry respirou fundo.

 — Muito obrigada mesmo, Louis! Depois eu devolvo as suas roupas e arrumo um jeito de te agradecer de verdade! 

Melanie parecia calma demais ao lado de Harry e Tomlinson odiava isso. Mas continuava sempre sorrindo.

 — Você pode aceitar o meu convite para um sorvete, já seria ótimo.  — Louis sugeriu. Aquela era a chance perfeita.

  — Ãhn...  — Ela olhou rapidamente para Harry, parecendo precisar de sua aprovação. Louis não gostou daquilo, mesmo vendo Harry acenar positivamente com a cabeça e Melanie aceitar o seu convite.  — Tudo bem..  — Sorriu.

Louis também sorriu, apesar da confusão em sua cabeça. Ela finalmente aceitara o convite.

Harry o encarava de modo estranho, tentando entender o que Louis estava querendo com Mel. Ele se sentia extremamente responsável pela garota, desde que a encontrara chorando, há tantos anos atrás. Mas só encontrou em Louis os olhos brilhantes de felicidade, e um sorriso que parecia sincero. Teria de esperar para ver.

Melanie, em meio aos dois, sorriu, antes de seguir com Harry de volta para casa.


 

 — Ok, então você quase foi estuprada, roubou a arma do seu agressor, quase se matou e depois bebeu até desmaiar?  — Harry perguntou, casualmente.  — Caralho, Melanie! Eu não acredito que isso aconteceu com você!

 — Minha vida é ridícula, estava demorando pra algo ruim acontecer.  — Ela deu de ombros, disfarçando o arrepio que sentiu.

 — Mas, Mel...

 — E eu não bebi até desmaiar, tomei umas  duas garrafas de cerveja. Desmaiei porque minha cabeça já estava doendo há horas e parecia ter alguém martelando dentro dela.

 — Ah, suas dores de cabeça malucas.  — Pareceu minimamente mais aliviado.

 — Essas mesmo!  — Ela bufou. Tinha aquelas dores de cabeça horríveis já fazia algum tempo.

 — E como você está se sentindo hoje?  — O garoto perguntou, apertando a mão da amiga.

 — Queria arrancar minha pele fora, só assim eu me sentiria melhor.  — Ela respondeu, triste.

 — Que horror!  — Ele exclamou.  — Eu sei que o que você passou não foi legal, mas você não pode se castigar por isso. Não foi culpa sua e você continua sendo a mesma Melanie. Você sabe o quanto se castigar não ajuda... 

Melanie sabia do que Harry falava e não queria ter que chegar a esse ponto.

 — Isso tudo é bem horrível.  — Disse, por fim.  — Obrigada por estar comigo, Haz.

 — Você não tem que me agradecer porque eu não fiz nada pra te ajudar...  — Ele parecia triste. — Não consigo acreditar nisso...

 — Haz, você está me ajudando agora! Não sei o que faria se você não estivesse aqui...  — Tocou levemente no braço dele.

O garoto sorriu em resposta, mas se lembrou prontamente de Louis. Ela não estaria sozinha, de qualquer maneira. Aproveitou a deixa para mencionar o garoto a ela, coisa que Harry gostaria de fazer há tempos, e deixaria o assunto mais leve.

 — Você teria o Louis, oras!  — Harry provocou.

 — Tá, ele me salvou, mas não tenho intimidade nenhuma com ele!  — Mel protestou, sentindo o rosto corar.

 — Porque você não quer...  — Ele sorriu de lado.

 — O que você quer dizer com isso, Styles?  — Mel semicerrou os olhos para o amigo.

 —  Você entendeu muito bem!  — Harry a desafiou.

 — Não, na verdade não.  — Ela deu de ombros, fingindo que realmente não sabia do que ele falava.

 — Tá na cara que ele está caidinho por você, Mel! Não seja tonta...  — Harry sorriu.

 — O que? Mas é claro que não!  — Mel rebateu, sentindo o coração acelerar. Será que o garoto teria realmente algum sentimento por ela? Mas eles nem se conheciam, afinal.

 — Ah, Mel, você não é tão bobinha assim!   — Harry gargalhava, mas Mel não sabia o que fazer.

Agradeceu mentalmente por já estarem no portão de sua casa, atravessando o quintal e se dirigindo aos fundos.

 — Não deixa a Hanna saber disso, por favor.  — Ela comentou, preocupada.

 — O que a Hanna não pode saber?  — Uma voz feminina, que parecia ter vindo do além, perguntou.

Os outros dois se entreolharam surpresos, não tinham notado a criatura loira que esperava sentada na varanda.

Mel queria bater com a cabeça na parede, Hanna não devia saber de absolutamente nada sobre Louis.

  — Nada, a Hanna não pode saber e vai continuar não sabendo.  — Harry respondeu, firme.

— Eu venho até aqui, preocupada com a segurança da Melanie, e sou recebida assim?  — Hanna se sentia ultrajada.

 — Como assim,  preocupada com a minha segurança? — Mel estreitou os olhos em direção a garota  —  Ficou maluca?

 — O Harry me ligou ontem.  — Hanna respondeu, fazendo com que Harry lançasse um olhar de arrependimento para Melanie.

 — Nossa, você realmente estava desesperado...  —  Melanie disse, segurando o riso. Harry apenas fez um gesto, se desculpando.  — Bom, a Melanie está ótima, então a Hanna já pode se retirar. 

 — Sério,  Mel? Você vai me tratar assim até quando?  — Hanna bufou.

 — Sei lá... Até quando eu morrer, talvez?!  — Mel deu de ombros.

 — Tudo bem, quem perde mais é você.

Dito isso, Hanna se levantou e foi embora.

Melanie se sentiu um pouco mal por isso, afinal, Hanna realmente se preocupara com ela naquele dia. Mas não queria mais aquela amizade que só a machucava, já tinha uma bem melhor bem ali ao seu lado.

 — Bom, eu vou deixar você descansar. Qualquer coisa, me liga!  — Harry disse, abraçando a garota e deixando um beijo no topo de sua cabeça. Styles era consideravelmente mais alto que Melanie.

  — Tudo bem, eu juro que não vou tentar me matar hoje. 

O garoto balançou negativamente a cabeça, virou as costas e foi embora.

Naquele resto de tarde, Melanie ficou deitada em sua cama. Não tinha forças e nem vontade para fazer o que quer que fosse.

Gregório, o gato, chegou em casa logo após ela, e se aconchegou junto a garota. Quando ela finalmente se cansou daquilo, pegou seu caderno de esboços -como ela costumava chamá-lo- se dirigiu à varanda do quarto e começou a esboçar um desenho. Hoje ela não conseguiria se expressar com palavras, mas tinha um par de olhos gravados bem no fundo da sua mente. E era aquilo o que ela queria passar ao papel.

Os olhos de Louis. 

 "Im trying not to let it show
that I don't want to let this go
Is there somewhere you can meet me?
Cause I clutched your arms
like stairway railings
And you clutched my brain and eased my ailing
You're writing lines about me
romantic poetry
And I try to refrain
but you're stuck in my brain."

 

 Is There Somewhere - Halsey
 

 

 


Notas Finais


Não sei quando posto o próximo, infelizmente ): Mas comentem mesmo assim, não sejam leitores fantasma! <3

❤ Música do cap: https://www.youtube.com/watch?v=s_TusDs1D0s

❤ Playlist da fic: http://8tracks.com/mardytomlinson/don-t-let-me-drown


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