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História Drowning Lessons - A primeira revelação


Escrita por: littlezackary

Notas do Autor


Oi pessoal, como vcs estão?
Antes de mais nada, queria informar que esse capítulo é mto importante. Ele vai dar o pontapé para o começo das revelações dessa história. Mas para n ficar confuso, vcs lembram do primeiro capitulo "o homem na janela"? Pois bem, lembram que a historia se inicia com o Frank voltando de férias e tal... Eu coloquei diálogos suspeitos entre Watson e Frank, já para deixar claro que não foi só "Férias" e sim um afastamento ocasionado por alguma obstrução(meio que uma giria usada para qdo um policial faz algo fora da lei, descumpre ordens ou é antiético) bem, esse cap vai revelar o pq de seu tão avulso afastamento...
Enfim, mto obrigado pelos comentários, vcs são mais que incríveis!
Bjs, amo vcs e boa leitura :D

Capítulo 21 - A primeira revelação


Jungle City, era um bairro industrial de Jersey. Pouco movimentado, e tem, em sua maior parte fábricas abandonadas.

Poucas casas, grandes prédios em ruínas, ruas de asfalto rachado, produtos químicos exalando no ar... Sem contar nas chaminés das fábricas que ainda funcionavam ali.

Jingle city, não era um bairro nada paradisíaco, mas sim um cenário perfeito para abandonar um corpo morto.

Quando cheguei, Jamia e Alex já estavam do lado de fora, com seus distintivos rentes à seus cintos. A entrada do prédio antigo, estava devidamente isolada com vários policiais de guarda , e um jovem atordoado estava sentado na calçada, com a cabeça entre as mãos e os olhos arregalados.

Saindo do carrro, os policiais encarregados da ordem, me olharam com respeito. Talvez pelo meu histórico de casos solucionados, mas como protocolo, antes de atravessar a faixa de isolamento, tive de mostrar meu distintivo.

Mal sabiam eles que minhas capacidades como investigador estavam prejudicadas por um motivo desconhecido.

-Boa tarde Alfred... -Cumprimentei o policial chefe das operações.

-Boa tarde Investigador...

-O que aconteceu, Watson me ligou...

-Bem...

Nós andávamos em direção da entrada do prédio antigo. Jamia e Alex vinheram atrás, conversando.

-Aquele cara encontrou o corpo.-Apontou para o cara sentado no chão, falando coisas desconexas.

Parei.

-Ei você- Levantei a mão e ele se assustou- Fique aí até eu sair, nós vamos conversar!-Falei apontando para o seu rosto.-Sabe o porquê de ele está tão nervoso? -Indaguei à Alfred.

-Deve ser um drogado.-Falou segurando seu cinto.

-Ou um suspeito-Retruquei.

Quando entramos, vi aquele corpo feminino, delicado e pálido jogado ao chão.

Aproximei-me e me agachei...

Nela, um corte reto no tórax se contrastava totalmente seu tom de pele. Um corte bem trabalhado, costurado.Braços abertos...

Seu vestidinho de alça florido intacto. Nenhum hematoma...

Uma taça de vinho ao seu lado.

-Maldito!-Praguejei.

Marcas, unhas quebradas indicariam luta corporal antes da morte. Se a vítima tivesse arranhado o assassino, seria mais fácil a procura, afinal teria ficado DNA por debaixo das unhas.

Mas ela não tinha.

-Os peritos já estão chegando?-Perguntei à Alfred.

-Sim senhor.

Analisei o corpo... Um crime metódico. Ele passara à cortar o tórax das vitimas depois de mortas. Sem estuprá-las... Deixando-as limpas...

O assassino tinha TOC?!

Eu queria entender, qual era o objetivo do assassino, se havia alguma mensagem. Ninguém mata sem motivo, até causa torpe é um motivo, então... Argh... Minha cabeça estava à ponto de sair fumaça!

-Onde estão os sapatos dela?!-Observei.

Ela foi atraída? Pega de supetão na rua?

-Não encontramos nenhum par. Nem casaco... Nada... Exceto uma bolsa de couro preta, que encontramos na rampa do outro lado que dá acesso à esse estacionamento.-Jamia falou se aproximando, ao escutar minha pergunta.

-Quem sairia, em pleno começo de outono de vestido de alça e descalço? Você não tocou na bolsa não é?

-Não. Não toquei-Jam respondeu prontamente.

-Espero que a pericia chegue logo, quero ver o que tem naquela bolsa.

O ruim de está diante de um crime, e ter nas mãos o poder de solucioná-los, é que eu me entreto tanto, que passo a não pisar mais no mundo real.

Eu estava ali, mas ao mesmo tempo não.

-Enquanto aguardamos a perícia, vamos falar com o Sherlock lá fora.-Levantei-me.

Andei para fora, e dei de frente com o jovem com aqueles dreads na cabeça que me davam agonia.

-Olá.-Falei.

Ele estava extremamente nervoso.

-Olha seu policial, eu não tenho nada a ver com isso... Eu... Eu sou inocente!-Defendeu-se afobado.

-Eu não disse que você era culpado.-Falei pacato.

Ele arregalou os olhos.

Notei algo diferente.

-Alfred! -Gritei.

Ele se aproximou correndo.

-Me empresta sua lanterna?

Ele me deu prontamente.

Aquele sujeito cheirava mal. Talvez estivesse sem tomar banho há dias.

Liguei a lanterna e levantei sua pálpebra, ele deu um sobressalto por medo.

Sua pupila estava totalmente dilatada.

-Ora ora... O que você andou ingerindo amigão?-Perguntei sarcástico.

Eu não gostava de agir como um policial nojento, mas a situação me levou à ser um.

-LSD... -Ele falou amedrontado.

-O que, não escutei, acredita?!-Falei.

-LSD!

-Ah... E o que você iria fazer lá dentro?

-Eu... Eu...

Todos nos olhavam com atenção.

Não era possível que aquele cara fosse o assassino. Não era mesmo.

-Você...?-Continuei.

-Eu iria fumar uma pedra...

-Você sabe que está encrencado não é?

-Sim senhor.

-Tocou no corpo?

Ele hesitou em responder.

-Tocou ou não tocou?

Ele continuava calado e eu mais irritado.

-Eu levantei... O vestido... Levantei o vestido para ver se ela estava de calcinha...

Meu estômago embrulhou.

-Ah... Então quer dizer que além de drogado você também é pervertido?

-Sim senhor.

-Você sabe que contaminou uma cena de crime, não sabe?

-Sim senhor...

Eu estava puto da vida.

-E sabe que ela está morta e que a familia dela foi destruída por esse crime e que você enfiou essa mãozinha suja e fodeu tudo, não sabe?

-Sim...-Ele começou a chorar como uma criança-Sim senhor...

-Você ainda está com o que iria usar no estacionamento?

Ele tirou do bolso uma sacolinha com comprimidos de LSD, outro com maconha e quatro pedras de crack enroladas em papel alumínio.

Seria mais que o suficiente para prendê-lo.

-Você está preso por uso indevido e porte de drogas. E vai depor sobre a garota morta. Policial Alfred, por favor faça as honras.-Falei abrindo espaço para ele algemar.

-Com maior prazer.

Enquanto estavam colocando o infeliz na viatura, o carro e o caminhão da perícia chegaram.

Um homem careca, com um bigode castanho e olhos azuis saiu do caminhão.

-Olá Frank...-Falou oferecendo a mão para um aperto.

-Olá Julián. Como vai?-Falei sorrindo e apertando sua mão.

-Bem. Trouxe Holiday, entrou agora mas é uma ótima fotógrafa. Você e Alex poderiam nos ajudar com as marcações de provas? O resto do nosso pessoal está do outro lado da cidade, pegando outro corpo... E você sabe... O Estado não está nem um pouco afim de pagar mais salários...

Eu prontamente compreendi a sua saía justa. E claro que eu teria o maior prazer de ajudá-lo.

-Tudo bem, entendo completamente. Onde estão as plaquinhas?

...

Estavamos demarcando provas que nem sabíamos. Arranhões no chão e a bolsa da garota foram as primeiras a serem enumeradas.

Com luvas, a trouxe comigo.

Logo a minha frente, Julián tocava o corpo.

-Ela foi dissecada... -Falou taciturno.

-O que?!-Indaguei indignado.

-Sim, ela está sem o intestino... É só isso que posso sentir por enquanto. E pelo tamanho desse corte no tórax... O coração e o pulmão foram retirados também...

Abri a bolsa rapidamente com o coração palpitando. Eu estava frustado, enraivecido... Aquele caso estava nas minhas mãos há meses, e mais uma vítima era como se fosse um sinal de derrota.

Peguei sua indentidade.

-O nome dela é Adele Grant.... Tinha vinte e um anos...-Falei e Jamia observava de longe.

Uma jovem com traços orientais anotava tudo.

-É uma pena...-Julián comentou.

Ele se levantou e saiu.

-Ela me lembra Melanie.-Falei.

Eu pensei oitenta e três vezes antes de comentar aquilo. Mas Alex era meu melhor amigo... E já estava na hora de alguém além de Watson saber disso.

-Quem é Melanie?-Ele perguntou, distraído, procurando evidências no chão.

-Uma garota que me apaixonei um pouco antes de "entrar de férias"...-Falei.

-Por que as aspas?-Ele pareceu bem curioso.

-Melanie parecia com ela....E...

-Você se apaixonou por Melanie por parecer com a Kendall...

Ah... Ele falara o nome dela... Eu evitava falar aquele nome ao máximo...

-O que tem de errado nisso?-Ele continuou.

-O fato errado... -Virei-me de costas para ele. Seria mais fácil de falar. -Era que Melanie estava morta.

Ele não havia entendido.

-Eu me apaixonei por Melanie depois que ela morreu. Você lembra quando Julián deixava eu olhar os corpos? Foi numa dessas visitas ao necrotério...

-Você estava desequilibrado, não era?-Ele comentou com pena.

Eu ficava constrangido e envergonhado. Aquela maluquisse quase custara o meu distintivo.

-Sim... Eu estava sentindo falta da Ken... Aí eu alucinei... Me alucinei por aquela garota.

Eu detestava me sentir vulnerável.

-Como você tomou conhecimento da Melanie?-Ele nos afastou, para que os outros peritos pegassem o corpo e colocassem no caminhão.

-A minha unidade fora chamada para a casa da familia dela... A princípio a mãe dela suspeitava de assassinato. Quando entrei no quarto dela... Ela tinha os mesmos traços de Ken...

Boca carnuda, rosto afilado... Olhos azuis como o céu vidrados para o teto e cabelos negros e cacheados.

Quando a vi, algo instantaneamente se remexeu em mim. E eu acabei me apaixonando.

Acabei por me apaixonar por um cadáver.

-Enquanto o corpo não era liberado, eu ia lá para observá-la...

Até o mais são de todos, tem seus momentos de loucura.

-Até que Watson descobriu...-Continuei-Ele brigou muito comigo, disse que iria tomar meu distintivo... Que era loucura, anti ético... Então, por conta da minha "fama", ele simplesmente me deixou de férias durante a primavera. Sem exercer nada.

-Ele te indicou terapia? Porque você sabe que precisa...-Ele falou, aconselhando.

-Indicou... Mas parei de ir na terceira sessão... Aquilo era um saco... Psicólogos só fazem aquele monte de perguntas que jugam ser uma técnica perfeita para decifrar e curar a mente de alguém, mas tudo isso é puro besteirol.

Alex pareceu meio impactado com toda aquela história. Talvez até chateado. E com razão, ele estava todo tempo ao meu lado, e tudo isso acontecera comigo e eu nem sequer dei uma chance de ele me ajudar, principalmente se tratando do fantasma da Kendall que me cercava há anos.

-Olha Frank...-Ele quebrou o silêncio.

Nós caminhávamos para o lado de fora.

-Tudo que for acontecendo com você, que possa significar problema, me fale... Não importa o que seja...-Colou a mão no meu ombro, para demonstrar apoio.

***

No dia seguinte, fui ao hospital de Gerard.

Ele estava tão dopado, que não parecia ser o mesmo de antes. Se pelo menos ele continuasse do jeito que os remédios o deixara... A convivência seria ótima.

-Olá Frank... -Falou rouco.

Ele parecia meio atônito.

-Olá Gee. Como se sente hoje?

-Ora ora... "Gee"... Já fez muito tempo desde que alguém me chamou assim...-Comentou nostálgico.

Eu fiquei constrangido, pois o apelidei sem perceber. E sem contar que aquilo era estranho.

-Gerard...-Decidi estragar o clima-O seu médico me falou algo... Que me deixou intrigado.

-O que?-Ele perguntou curioso, se ajustando na cama, ficando sentado.

-Que você só surta por quem se apaixona, e que se atraí por... Homens...-Falei a última frase meio enojado.

Ele olhou para o chão ao seu lado.

-Ele sempre falou demais... Aquele...-Praguejou entredentes.

-Lembre-se que se você se alterar, eu chamo a enfermeira e mando ela enfiar um sossega Leão na sua bunda. Já que gosta.-Falei irônico.

Era prazeroso ter Gerard na palma da minha mão. Indefeso e sem forças para suas frases de efeito.

Ele revirou os olhos.

-Então Gerard... O que ele falou é verdade?-Peguntei instigante.

-A vida... Ela tem que ser vivida intensamente...-Ele sorriu sonhador, mas sem perder sua excentricidade.-Isso inclui ter prazer tanto com as mulheres... A essência do pecado... Quanto os homens... Os escravos do pecado...

-Polpe-me de suas baboseiras líricas Gerard...

Andei um pouco pelo quarto. E ele constantemente me olhava.

Para ser sincero, não sabia a razão de estar ali.

-Mas quem te chamava de Gee?

Aquele fato pouco me importava... Só não queria ficar no silêncio.

-Minha mãe... Ela me chamava assim.-Parou de olhar o vazio, e me fitou-Sinto falta dela...

Aquela conversa começava a ficar interessante.

-Mercedes me falou que você tem um irmão... Talvez ter um pouco do que era sua família...

Ele arregalou os olhos, meio que como-se-atreve-Frank?!

-Posso procurar ele... Talvez ajude você a ficar melhor...

-O que você sabe sobre minha família?

-Apenas observei que ninguém te visita, e a senhorita Flower me falou que você tinha um irmão...-Respondi, quase não escapando.

Com certeza ele sabia que eu era um infiltrado, isto estava mais que óbvio, mas eu morreria no meu disfarce.

Ele continuava a me olhar desafiador.

E bem, eu tinha acabado de enfiar a ideia na minha cabeça de que iria encontrar o irmão dele.


Notas Finais


Kendall é a namorada morta do Frank, que ele vê se afogando, que ele carrega a ft dela na carteira e tal...
Bjs e até a próxima!


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