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História Drugs, pictures and love - Domingo agradável


Escrita por: P_infernal

Notas do Autor


Boa tarde pessoas!!!
Quem está vivo sempre aparece!
Desculpa ter sumido, tive que resolver alguns problemas pessoais, mas agora voltei para ficar!
Não sei se ainda tem gente acompanhando a fic, de qualquer jeito estou aqui com mais um capítulo para melhorar a sua segunda-feira.
Boa leitura!!!

Capítulo 17 - Domingo agradável


Fanfic / Fanfiction Drugs, pictures and love - Domingo agradável

POV Alex

Ao sermos liberadas da delegacia depois da confusão na casa da Polly, entro no carro com Piper para deixa-la em casa. Como durante o caminho ela não quis falar nada, decido não puxar assunto. Passo então a refletir sobre os acontecimentos de hoje, em como Sylvie apontou uma arma para mim, ela teria me matado se não fosse por Pete.

- Você pode dormir aqui comigo essa noite? Não quero ficar sozinha. – Pergunta assim que paro o veículo em frente a seu prédio.

- Posso, também não sei se conseguiria ficar só em casa. – Respondo sendo sincera, olhando no fundo dos seus olhos.

Depois disso, estaciono na garagem do edifício e vamos e direção ao elevador, o mesmo silêncio se instala novamente até que entramos no apartamento de Piper.

- O que você acha de assistirmos um filme? – Sugere na tentativa de amenizar um pouco o clima.

- Pode ser...  – “Quem sabe assistir alguma coisa me ajuda a esquecer  a pistola mirando a minha cabeça...”.

Piper seleciona um filme qualquer e nos deitamos no sofá. Em vão, os pensamentos voltam e não sou capaz de conte-los.

“Pelo menos agora Sylvie vai parar de nos infernizar...”; “Mas e se... Para com isso Alex, ela foi presa, nunca mais vai vê-la.”.

- Al, estou com fome. – Sou trazida a realidade com esse comentário de Piper.

- Quer que eu prepare algo para nós?

- Não tem nada na geladeira, só pão e geleia. Estava pensando em sairmos para comer alguma coisa, o que você acha?

- Sinceramente, estou com preguiça de sair daqui, está tão aconchegante. Que tal pedirmos uma pizza?

- Perfeito, estava mesmo com vontade de comer alguma massa.

- Maravilha, conheço uma pizzaria muito boa e sei que faz entrega em domicílio. Qual o sabor você quer?

- Tanto faz, gosto de praticamente todos.

- Eu também, porque não escolhemos cada uma um sabor e pedimos meio a meio?

- Ok. Então vou querer uma marguerita.

- Pelo jeito gosta da comida tanto quanto a bebida. – Comento divertida.

- Fazer o que, né? Ambos são muito bons. E você qual vai escolher?

- Acho que quatro queijos, tudo bem para você?

- Sim, é um dos meus sabores preferidos, só não disse por que muita gente não gosta do gorgonzola.

- Vou fazer o pedido então.

Ligo para o estabelecimento e me informam que deve demorar por volta de meia hora para chegar.

Continuamos deitadas no sofá até que o interfone toca e Piper se levanta para atender. Enquanto isso, vou pegando a minha carteira para poder dividir o valor.

- O que você pensa que está fazendo?

- Apanhando o dinheiro para dividir a conta.

- De jeito nenhum, está no meu apartamento, deixa que eu pago.

- Tudo bem, mas amanhã o café da manhã será minha responsabilidade.

Antes mesmo que pudesse retrucar, a campainha toca e ela vai até a porta abri-la para o entregador. Instantes depois, Piper retorna com a caixa de pizza nas mãos.

- Vamos comer? – Pergunta abrindo seu lindo sorriso e seguindo para a mesa da cozinha. – Se importa se comermos sem prato e talheres?

- Claro que não, pode ficar à vontade. – Depois de falar isso, nos sentamos e começamos a degustar a comida.

Quando acabamos com todos os pedaços da pizza, ficamos nos encarando.

- Posso tomar um banho?

- Não precisa pedir, vou só pegar uma toalha e uma muda de roupa para você.

Assim que Piper me entrega os pertences emprestados, ela indica o banheiro da suíte, entro e começo a me despir sem cerimonia. Já sem roupa, adentro o box e ali fico por longos minutos debaixo da água quente. Depois de terminar de me lavar, sinto-me renovada, enxugo meu corpo e visto o pijama, que ficou um pouco pequeno em mim, mas é quentinho, aconchegante e ainda tem o cheiro dela, que tanto me vicia.

Retorno ao quarto e a encontro deita sobre a cama com seu celular, inconscientemente abro um sorriso.

- Está melhor? – Pergunta desviando a sua atenção do aparelho e vindo em minha direção.

- Sim, sentir a água quente batendo no corpo sempre me relaxa. – Respondo a observando se aproximar e ficando bem próxima de mim.

- Que bom! Agora é a minha vez de ficar cheirosa. – Exclama e em seguida me beija. Ao separar nossas bocas, ela entra no banheiro e fecha porta. Deito-me em sua cama, fecho os olhos e passo os dedos em meus lábios, onde os de Piper estavam instantes atrás.  Enquanto ela não sai do banheiro, fico planejando o que vamos fazer no dia seguinte.

Em pouco tempo, ela aparece na porta já vestida e de banho tomado.

- Venha ser a minha conchinha. – Digo alisando o colchão à minha frente quando Piper retorna para o quarto.

 Sem falar nada, ela anda até mim e deita de costas para mim. Ficamos em silêncio, mas não é um daqueles constrangedores e sim um de paz, apenas nós duas deitadas na cama prestes a dormir.

- Eu coração você. – Deixo escapar, porém não me arrependo, quero reafirmar o que sinto por ela.

 Piper se vira ficando de frente para mim, nossos rostos estão a poucos centímetros de distância.

- Eu coração você também. – Sussurra de volta.

Sou incapaz de conter um sorriso de canto de boca e logo depois torno nulo o espaço entre nossos lábios, iniciando um beijo lento, no qual não há apenas desejo, mas também amor, carinho e respeito.

- É melhor irmos dormir, já está tarde. –  Ambas precisamos descansar após tudo o que aconteceu no dia de hoje.

- Tudo bem, boa noite Al.

- Boa Noite Pipes.

Logo depois, minha loira volta a ficar de costas para mim, mas dessa vez ela se aconchega ainda mais em meu corpo. Passo meu braço por sua cintura a segurando firmemente. Fecho os olhos e fico sentido o seu calor, é tão bom tê-la em meus braços.

 

Aos poucos vou acordando, percebo que só estou sendo tocada pelo pijama que vesti para dormir e um lençol, o corpo de Piper não está em contato com o meu, mas sinto que estou sendo vigiada. Começo a abrir lentamente os olhos e lá está ela, me observando dormir.

- Bom dia dorminhoca. – Deseja-me abrindo seu maravilhoso sorriso.

- Bom dia. – Digo com minha voz mais rouca que o normal, o que é típico de quando acabo de despertar. – Você estava me vendo dormir a muito tempo?

- Não sei, perdi a noção dos minutos.

- Então porque não me acordou?

- Você estava tão serena, que fiquei com pena de interromper os seus sonhos...

- Agora já sabe como eu fico quando acordo antes de você... Que horas são? – Piper se vira e pega seu celular que estava sobre o criado-mudo.

- Oito e vinte.

- Vamos trocar de roupa para tomar café da manhã?

- Não podemos ficar aqui deitadas na cama agarradinhas? – Pergunta com uma voz fofa.

- Não, se não vamos perder a reserva que eu fiz.

- Que reserva? Onde?

- Quando chegarmos ao lugar você vai ver...

- Alex Vause e os seus mistérios. Você gosta de me deixar curiosa, né?

- Um pouco. – Assim que falo começamos a rir e depois, dou um beijo em seus lábios, porém ele vai ficando mais intenso e quando Piper bota a sua mão por debaixo de minha blusa eu o interrompo. – Babe, eu adoraria ficar com você o dia inteiro nessa cama, mas realmente temos que ir... Juro que assim que voltarmos para cá, continuamos de onde paramos, ok?

- Ok. – Ela diz um pouco desapontada por ter interrompido nosso momento.

Levantamos-nos, trocamos de roupa e em poucos minutos estamos prontas descendo o elevador indo para a garagem. Entramos em meu carro e seguimos rumo à cafeteria. Durante o caminho, vamos conversando animadamente sobre assuntos aleatórios. No entanto, quando chego à fachada e estaciono o veículo, Piper fica em silêncio.

- Nós vamos tomar café da manhã no Ladurée? – Questiona atônita.

- Gostou?

- Al, eu amei! – Exclama selando os nossos lábios. – Você sabe que vai ter que dividir a conta comigo, né?

- Claro que não, tudo hoje é por minha conta. – Depois de minha resposta, ela fica com uma cara de reprovação. – Quem mandou não me deixar dividir a pizza ontem? – Como ela continuou com a mesma cara, eu me inclino e beijo sua bochecha. – Vamos entrar? – Ela dá um sorrisinho de canto de boca e solta o cinto. Saímos do carro e andamos de mãos dadas até a entrada da cafeteria.

- Bom dia, tem reserva? – Pergunta simpática uma mulher ao lado de um balcão assim que entramos no estabelecimento.

- Sim, está no nome de Alexandra Vause.

Ela pega uma planilha e começa a procurar por meu nome.

- No horário de nove e meia, certo?

- Isso.

- Está tudo certo. Acompanhem-me, por favor. – A mulher se vira e começa a andar em direção a uma porta, que eu sei exatamente para onde leva, uma área externa.

Quando passamos pela porta, mesas de mármore branco e cadeiras estão distribuídas pelo local, algumas cerejeiras repletas de flores rosa sobre nossas cabeças e algumas pétalas espalhadas pelo chão fazem parte de um lindo jardim. Olho para a expressão de Piper, que tem os olhos arregalados e a boca entre aberta. 

Podem se acomodar. – Diz a mulher ao parar ao lado de uma das mesas. Logo depois ela se retira e nos sentamos.

- E então, o que achou?

- Al, aqui é lindo! Você planejou tudo isso ontem?

- Talvez... enquanto uma certa pessoa estava tomando banho...

- Com licença. – Pede um garçom que em seguida, serve xícaras com café, alguns pratos com panquecas, ovos mexidos, waffles e recipientes com geleia, manteiga e mel. – As senhoritas aceitam suco?

- Gostaria de um suco de laranja, por favor. – Piper fala educadamente.

- E eu um de melancia, por favor.

- Já retorno com as duas bebidas. – Diz e nos deixa a sós novamente.

Começamos a comer, mas não falávamos nada, apenas degustávamos o café da manhã.

- Huumm... Al, está tudo maravilhoso, já veio aqui antes?

- Não, é a primeira vez, mas já tinham me falado que é muito bom.

- Desculpe interromper, aqui estão os sucos. – O garçom posiciona os copos na mesa e retira alguns pratos que já estão vazios e preenche os espaços livres com uma cesta de pães, uma bandeja de queijos, um prato com macarons coloridos e duas tigelas com salada de frutas. – Qualquer coisa é só chamar.

- Obrigada. – Falamos juntas e rimos do ocorrido.

Voltamos a saborear do desjejum, dessa vez falando sobre as expectativas de Piper sobre o início do curso de fotografia no dia seguinte.

 Quando terminamos de comer, nos levantamos e fomos até o caixa. Lá, Piper tentou novamente dividir a conta comigo, porém não deixei. Depois de pagar, voltamos para o carro e começo a dirigir.

- Eu comi tanto que acho que vou explodir. Vou ter que entrar em uma academia para perder tudo o que ganhei só nessa manhã. – A loira ao meu lado desabafa quando paramos no sinal.

- Para com drama, você é perfeita do jeito que é! – Exclamo e dou um selinho em seus lábios. – Mas se realmente quiser iniciar na academia, pode entrar na que eu faço e podemos ir juntas, se quiser, é claro. 

- Eu adoraria... Al, você errou o caminho, não era para ter virado a esquerda... para ir até meu prédio era só ter continuado reto.

- E quem disse que vamos para seu apartamento?

- E para onde vamos então?

- Surpresa!

- Ai meu deus, socorro! Estou sendo raptada por minha própria namorada.  – Ela diz fingindo desespero.

 

- Chegamos! – Exclamo parando o veículo.

- Central Park? – Pergunta sem entender.

- É. Caminhar depois de comer ajuda na digestão.

- Você como sempre toda saudável.

- Fazer o que, né? Vamos?

- Claro! – Exclama abrindo a porta do carro e saindo. Acompanho-a e junto nossas mãos entrelaçando nossos dedos.

Iniciamos o passeio pelos caminhos cimentados, deve ser por volta de onze horas da manhã, apesar do dia ensolarado, as árvores servem como isolante térmico, fazendo com que a temperatura esteja amena.

Em certo momento, desvio a minha atenção das plantas e flores e passo a admirar Piper, ela está tão bonita... corrigindo, ela é linda, mas sua beleza é ressaltada com os  raios de sol batendo em seu cabelo loiro, sua pele branca e seus olhos, que ganham uma tonalidade mais clara, parecendo as águas do mar do caribe. Fico hipnotizada pela imensidão azul de suas íris.

- O que está olhando? – Pergunta após perceber que estava a encarando demais.

- Você.

- Por quê? A minha boca está suja?

- Não bobinha, só estava contemplando a MINHA bela namorada. – Digo enfatizando o “minha”. Percebo que suas bochechas coram e enlaço sua cintura, pousando minha mão em sua coxa esquerda.

Continuamos a andar até que começa a ficar mais quente.

- O que você acha de nos sentarmos ali? – Sugiro apontando para a sobra formada debaixo de uma árvore.

- Pode ser... – Com sua resposta, nos dirigimos até local e sento-me recostando minha coluna no tronco e Piper se acomoda no meio das minhas pernas de costas para mim, apoiando sua cabeça em meu peito direito. Passo meus braços por seu corpo o abraçando-o. Ficamos nessa posição por alguns minutos, apenas acompanhando o vai e vem das pessoas pelo parque.

- Eu te amo. – Digo e em seguida beijo o topo de sua cabeça. Ela vira sua cabeça para mim, olhando nos olhos.

- Eu também te amo. – Fala e logo depois leva sua mão até minha face e passa a acaricia-la. Seu toque é tão macio e delicado. Aproximo nossos rostos, sendo possível sentir sua respiração quente. Ela então uni nossas bocas iniciando um beijo cheio de carinho. Sentir a macies de seus lábios contra os meus é uma sensação única. Peço licença para aprofundar o beijo e logo ela concede. Uma dança lenta e sincronizada se inicia quando nossas línguas se encontram. Com o tempo o beijo vai ganhando intensidade e se torna mais desesperado. Piper empina sua bunda a fazendo roçar em meu sexo, que se contrai.

- Pipes... – Digo ofegante após separar nossos lábios. – Não podemos fazer isso aqui, estamos no meio do parque, onde todos podem ver.

- E se eu disser que isso só me excita mais? – Pergunta e logo passa a beijar e mordiscar meu pescoço.

- Por favor, não diga isso... – Nesse momento, ela morde o lóbulo de minha orelha e solto um gemido baixo. – Só vai dificultar meu trabalho de me controlar e não te foder aqui e agora... – Percebo que sua pele ficou arrepiada. “Anotação mental: Pipes talvez goste de palavras mais chulas. Testar isso mais tarde.”.

- E quem disse para você se controlar?

- Eu não posso, tem um casal de idosos olhando feio para a gente. – Chego minha boca bem perto de seu ouvido. – Mas quando chegarmos a seu apartamento, você será toda minha. – Digo sussurrando, depois me afasto meu rosto do seu, vejo-a de olhos fechados e sinto-a dar uma inspirada profunda.  Pego meu celular para ver as horas. – Caramba! São três da tarde, o tempo passou voando!

- Já me acostumei, isso sempre acontece quando estou com você. – Comenta e me dá um selinho.  Em seguida apoia a sua mão na grama para levantar. – Podemos comer alguma coisa? Estou com fome.

- Claro, está com vontade de comer o quê? – Pergunto me erguendo e ficando de pé.

- Não sei, porque não procuramos por algum food trucks aqui por perto?

- Tudo bem. Vamos? – Sem responder ela apenas junta nossas mãos e voltamos a andar.

Pouco tempo depois, encontramos um que não estava tão cheio nem tão vazio e as pessoas pareciam aprovar a comida.

- Gosta de comida mexicana, Pipes?

- Nunca comi para falar a verdade.

- Está disposta a experimentar?

- Estou sempre aberta para novas experiências... – Percebi um tom de malícia em sua voz. Por dentro a minha vontade de agarra-la ali mesmo só aumentou, mas por fora, minha expressão se manteve a mesma.

- Vou pedir uma fajitas de frango para mim e você prova, se gostar pedimos outra, ok?

- Ok.

Entramos na pequena fila e esperamos para fazer o pedido. Fomos atendidas rapidamente e em menos de cinco minutos já estou saboreando a comida.

- Isso está muito bom! O gosto é praticamente o mesmo da que eu comi na capital do México. Aqui, dá uma mordida. – Ofereço estendendo a tortilha com o frango grelhado e legumes em sua direção. Ela segura, morde um pequeno pedaço mastiga bem devagar, procurando sentir todos os sabores para avaliar se aprovou o prato. De repente ela arregala os olhos e morde mais uma vez. – Pelo visto gostou, pode ir comendo essa que vou pedir outra.

- Pede duas, só essa não vai matar a minha fome. – Ela diz ainda com a boca cheia e começo a rir da cena cômica que acabei de presenciar. – Posso tirar uma foto com você assim? Está tão fofinha...

- Só se não for mostrar para mais ninguém. – Tiro meu celular do bolso e ligo a câmera, em seguida capturo a imagem dela segurando a tortilha e de suas bochechas cheias de comida. Retorno para a fila e peço mais duas fajitas.

Já acabou? Fui eu que demorei ou você estava realmente com fome? – Pergunto quando volto ao encontro de Piper.

- Os dois.

- Aqui está. Podemos ir andando enquanto comemos?

- Ajudar na digestão? – Pergunta rindo.

- Também...

- Estou de olho em você... Para onde está me levando agora?

- A lugar nenhum, não posso só andar por aí, sem rumo? – Piper semicerra os olhos, duvidando de mim. Por sorte ela não continuou com o assunto, se não acabaria descobrindo o que vamos fazer quando terminarmos de comer...

 

- É aqui! – Digo parando na esquina de um dos caminhos principais do parque que dá para a rua.

- É aqui o quê?

- Ele dever chegar a qualquer momento! – Exclamo vendo no relógio que falta um minuto para ás seis da tarde. 

- O que você está aprontando agora Al?

- Ali está ele!

Ao longe, uma charrete preta com estofados vermelhos é conduzida por um cavalo branco da raça Shire e um cocheiro também vestido de preto. Em instantes ela para diante de nós.

- Entre, s’il vous plaît. – Falo estendendo minha mão para servir de apoio para ela subir na charrete.

- Merci. – Agradece depois de se acomodar.

Assim que sento ao lado de Piper, o cocheiro balança as rédeas como um sinal para o cavalo começar a andar, que obedece instantaneamente.

- Você é impossível Alexandra Vause. Como conseguiu planejar tudo isso enquanto eu estava no banho?

- Tenho alguns truques debaixo da manga.

Durante o passeio, ficamos de mãos dadas, trocando beijos, carícias e aproveitando a paisagem. Quando retornamos para o mesmo local de onde partirmos, cerca de uma hora e meia depois, a charrete parou, agradecemos pela volta e saltamos.

- Para onde vamos agora? – Piper perguntou animada após nos afastarmos um pouco do local de onde descemos.

- Carro.

- Isso quer dizer que as surpresas acabaram?

- Eu não disse isso. – Respondo olhando para ela e levantando uma de minhas sobrancelhas.

Enquanto íamos até o veículo, a loira permaneceu calada, talvez imaginando para onde vamos agora.

- Alguma ideia do local que estamos indo? – Questiono quebrando o silencio assim que entramos no carro.

- Nenhuma, estava tentando adivinhar, mas cheguei à conclusão que pode ser qualquer lugar de Nova York.

- Quer uma dica?

- Sim.

- São exatamente... – Ligo o carro e vejo no painel as horas. – Sete e quarenta da noite.

Ela fica calada tentando assimilar a informação ao mesmo tempo em que vou dirigindo para nosso destino.

- Nós vamos jantar fora? – Pergunta depois de um tempo.

- Bom chute, porém eu não sou tão previsível assim. Quando chegarmos você vai entender.

- Estamos indo para um bar? Porque se for isso, lembre-se de que tenho curso amanhã, e não posso chegar lá com ressaca.

- Não vou falar mais nada. Já estamos chegando.

 

- Tcharaaaaam! – Exclamo diante do Empire State Building.

Observo a cara de Piper, primeiro sua expressão era de quem não está entendendo nada, logo depois ela arregala os olhos e abre bem a boca, demonstrando uma enorme surpresa.

- Nós estamos aqui para fazer o que eu estou pensando?

- Assim, ainda não desenvolvi a habilidade de ler a mente de outras pessoas, então seria bom se você me dissesse o que está pensando.

- Vamos ver o fim da tarde lá de cima?

- Ding, ding, ding! Jackpot!

- Al, você é a melhor namorado do mundo! – Ela me abraça e me enche de beijos.

- Sem querer atrapalhar o momento, mas já atrapalhando, é melhor a gente subir logo, se não vamos perder o pôr do sol.

Subimos os cento e dois andares no elevador com dois outros casais. Para a nossa sorte, quando atingimos o topo, o espetáculo da natureza ainda não tinha iniciado. Com o tempo o céu foi adquirindo uma tonalidade alaranjada devido a algumas nuvens, formando um lindo crepúsculo. Piper e eu ficamos abraçadas em umas das extremidades.

Em alguns minutos, o sol passa a tangenciar a linha do horizonte e junto o meu corpo mais ao da loira.

- Cinco... – Sussurro em seu ouvido.

- Quatro... – Ela continua a contagem.

- Três...

- Dois...

- Um... – Falamos juntas e no mesmo instante o último raio de luz vindo do sol se esconde. Viro Piper deixando-a de frente para mim e selo nossos lábios.

- Agora vamos para casa, eu vou te comer no jantar. – Assim que digo isso, ela abre um sorriso devasso.

No elevador, tivemos que nos controlar para não agarrarmos ali mesmo, trocávamos apenas olhares, porém ao entrarmos no carro, ficou mais difícil de nos conter. Enquanto dirigia, Piper colocou sua mão em minha coxa direita, eu instintivamente endireitei meu corpo no assento.

- O que foi? Não gostou? – Pergunta provocativa.

- Adorei, só seria melhor se pudesse te tocar, mas tenho que manter as mãos no volante.

- E o que você faria se tivesse as mãos livres?

- Antes de te responder eu tenho que saber, você estaria nessa mesma posição?

- Sim.

- Ok. Primeiro eu daria um jeito de apertar essa sua bunda gostosa, uma nádega para cada mão.

- Assim? – Questiona com um tom safado e quando viro a cabeça em sua direção, vejo-a realizando a ação que acabei de descrever.

- Exatamente... – Digo quase babando.

- E depois? – “Essa mulher deve estar querendo me matar...”.

- Depois eu pegaria um dos seus peitos com uma mão e brincaria com o seu mamilo enrijecido.  Com a outra, desceria até seu sexo encharcado e começaria a fazer movimentos circulares em seu clitóris. – Utilizando minha visão periférica, observo Piper com os olhos fechados, mordendo o lábio inferior, com a mão direita em seu seio direito e a outra dentro de seu short.

- Após perceber que está quase chegando a seu ápice, eu levaria meu dedo médio e indicador até sua entrada e passaria a te torturar ameaçando penetra-la. – Assim que termino de falar, ela solta um gemido abafado. – Chegaria bem próximo de seu ouvido e sussurraria, “goza nos meus dedos...”. Em seguida, os levaria até minha boca e sentiria seu gosto delicioso.

Só quando finalizo minha frase, percebo que já parei o carro na garagem do prédio de Piper.

- Pipes, já estamos na garagem... Espero que ainda tenha energia para o que vamos fazer assim que passarmos pela porta de seu apartamento...

- Tenho energia que dá e sobra...

- Quero ver...

Saímos do carro e vamos até o elevador, mas ele está quebrado e por isso temos que ir até a portaria pegar o outro ascensor. 

Ao entrarmos no saguão, o porteiro surge com um bouquet que parece ter cem rosas vermelhas e o entrega para Piper.

- Deixaram isso mais cedo para você. – Em seguida ele se afasta e Piper olha para mim.

- Al, eu adorei, elas são lindas! – Exclama abrindo um lindo sorriso no rosto.

- Ééé... Pipes... Elas não são minhas... – Digo um pouco envergonhada com a situação, curiosa para saber quem mandou e com ciúmes.

Ela não fala mais nada e olha confusa para uma pequena etiqueta que veio junto das flores.

Assim que lê, ela olha para mim com os olhos arregalados e boca aberta, mas precinto que dessa vez não é por um bom motivo.


Notas Finais


Essa Piper está com muito fogo no rabo, não é?
E então, quem vocês acham que mandou o bouquet?
Espero que tenham gostado!!!
Não prometo nada, mas vou tentar enviar o próximo capítulo antes de sexta.
Até a próxima!!!


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