História Drunk In Love - Billdip - 16. Um Dia Como Antigamente

P.O.V. Dipper

Castelo do As { dia 26 de julho } 18h29

Estaciono o carro na frente da porta pegando a mochila e a Delphi em meu colo, logo indo para a entrada e batendo na porta, não da um minuto e As já esta na minha frente me convidando a entrar. Eu passo a porta e coloco a garota no chão.

- As, eu posso ficar essa noite aqui, eu prometo não causar problemas é só que eu não queria passar a noite em um carro com uma criança. - Tudo que ele fez foi me puxar para um abraço apertado que me passou um sentimento de conforto.

- Eu sei o que aconteceu Dipper, que tipo de príncipe eu seria se não soubesse o que se passa na vida de meu humano favorito. Seu íncubos me manteve informado a pedido meu okay, ele teve que sacrificar algumas coisas pra continuar seu trabalho mas ele esta bem. Não é mesmo Eli? - Ao ouvir Asmodeus pronunciar aquele nome meus olhos se arregalaram e acredito que os da pequena loira que estava ao meu lado também.

- O papa tá aqui? - Seu olhar subiu para o meu e quando sons de passos se fizeram presentes ela voltou seu olhar pra frente.

- Estou sim minha rosa de ouro. - O outro se agachou e a garotinha correu e pulou em seu colo. - Senti saudades meu bebê.

- Eu também papa. - Fui a passos rápidos ate o local onde eles se encontravam e dei um tapa bem dado no rosto do garoto.

- Você é um idiota, você abandonou sua filha com dois desconhecidos numa casa no meio do nada, sabe o que nós poderíamos ter feito?

- Foram ordens superiores e eu não diria que sou um desconhecido Mason Pines - Em um piscar de olhos sua aparência mudou para a do meu primeiro namorado.

- C- como? - Meus olhos se encheram de lágrimas ao lembrar de todos momentos e de como ele sumiu da minha vida sem nem dizer tchau.

- Eu era ele, e saiba que fui severamente punido por ter namorado meu protegido, por isso eu tive que fugir. - Ele se levantou vindo na minha direção.

- Pensei que tivesse fugido por engravidar a vadia da Lily.

- É isso meio que também é verdade, temos provas afinal de contas. - Seu olhar foi diretamente pra Delphi e logo meu queixo caiu e eu fique boquiaberto. - Mas naquela noite ela tinha me drogado e me forçado a fazer sexo com ela.

- Então a Delphine é realmente uma mestiça? - Como resposta tive um aceno de cabeça.

- Eu vou deixar você e o As conversarem, mais tarde a gente se fala. - Ele pega Delphi e se vai pelo corredor.

- Dip, eu sei que você ta com raiva do Bill, mas eu preciso que você entenda, ele não fez nada. - Lhe lancei um olhar debochado e logo uma risada de pura ironia saiu de minha garganta.

- Nossa, eu sei que transar não é errado mas com certeza é algo, e no atual caso algo errado. Nós compartilhamos alianças não fez nem duas semanas. Ele não aguentou morar comigo nem duas semanas. Eu também to me sentindo culpado sabe. - Fui andando até achar algum sofá pra me afundar.

- Dipper, ele foi manipulado. Acredite se quiser mas o Bill não é o mais forte do trio Cipher, o Kill é, o Bill fica no meio e o Will é o mais fraco. O Kill odeia o Bill e o Will porque eu adotei ambos, mas o que eu podia fazer se os dois pareciam anjos e Kill era um egoísta. Agora voltando pro que aconteceu com vocês dois, o Kill drogou o Bill e pagou aquela sucubus para fazer o que quer que ela tenha feito, sei que não quer acreditar mas eu preciso que acredite. Olhe na minha cara e aponte um resquício de mentira. - Ele segurou meus ombros fortemente e subi meu olhar para seu rosto e comecei a chorar.

- As eu não quero mais, eu, eu quero voltar pra cabana e ver a Mabel, eu tô com tanta saudade do abraço apertado e carinhoso que só ela tem, tá muito difícil amar o Bill, a vida dele tem tantos imprevistos problemáticos, aqui tudo é muito confuso, eu só quero voltar pra minha confusão normal, voltar para a estranheza comum de Gravity Falls, eu quero que a Mabel conheça a Delphi e acima de tudo eu quero que o Bill faça parte disso, mas eu preciso de um tempo pra pensar direito. - Um abraço apertado se fez presente em meio aos meus soluços desesperados e eu apertei tanto meus olhos quanto meus braços em busca do calor de um certo demônio

- Eu vou te ajudar, amanhã você e a delphi vão voltar pelo portal direto que da na mansão do Bill. Vai ficar tudo certo okay, você tem a minha proteção. - Cessei meus soluços vagarosamente.

- Obrigado por isso, acho que agora eu vou ir conversar com a Delphi e com o Eli. - Me levanto limpando meu rosto com a manga da blusa.

- É, acho que vocês dois tem muito o que conversar. - Um sorriso malicioso se fez presente por parte do As. - Eu tive que cuidar do caso dele, sei todos os mínimos detalhes do que aconteceu com vocês dois.

- Para!! Não foi nada demais, ele só foi meu primeiro namorado e eu nem sabia que ele era meu incubus. To indo - Saio do comodo antes de mais comentários, vou seguindo as vozes felizes e risadas ate finalmente chegar no quarto de onde elas vinham. Bato duas vezes na porta recebendo olhares curiosos. - Toc, toc? Posso entrar na brincadeira?

- Claro papai Dip. - Uma garotinha de cabelos loiros vem até mim e me puxa para sentar na cama daquelas de princesa que estava coberta de brinquedos, doces e embrulhos de presente. - Olha papai, quantos presentes o papa comprou pra mim, tem até uma varinha de fada que brilha e faz plim plim. - Solto uma risada abafada pelo comentário da pequena.

- O que eu to vendo aqui são dois bagunceiros que estão se entupindo de doces e besteiras. - Pego um pacote de jujubas e começo a comer. - Espera, acho que contei errado, são três.

- Como eu senti falta da sua risada, e claro que das suas broncas que sempre acabavam como essa. - Sua mão colocou uma mecha de meu cabelo para trás e eu acabei corando e virando o rosto enquanto um silêncio se instalava.

- Ei, vamos assistir Mulan? - Delphi que até agora se encontrava quieta se pronunciou.

- Ta bom, vamos. - Nós deitamos na cama, e como sempre a loirinha no meio.

O filme ia passando e na hora que a Mulan beija o general uma garotinha olhou pra mim.

- Ei papai Dip, você sempre fazia isso com o papa Bill, por que não faz com o papa, afinal vocês são namorados e é isso o que namorados fazem não é? - Arregalo meus olhos tanto que cheguei a pensar que fossem saltar pra fora.

- Não Delphi, nós somos só amigos tá, nada de namorados só amigos. - Ele repreende Delphi rapidamente logo direcionando seu olhar pra mim. - Desculpa por isso, a Delphi não mede palavras, ela fala o que pensa.

- Mas não teria problema se nós nos beijassemos, afinal de contas nós já fizemos isso várias vezes, não? - Fui aproximando meu rosto do seu.

- Dip, se o Bill descobrir ele me mata sem hesitar. - Coloquei minha mão em sua nuca e o puxei para mais perto.

- Que se dane o Bill, nós demos um tempo e eu não vou ficar parado esperando meu demônio encantado voltar. - Apos soltar essas palavras diante de seus lábios selei os mesmo em um beijo, no fundo eu estava me contendo porque tinha uma pequena Delphi debaixo de nós com o olhos fechados. Depois de uns segundos eu me afasto acabando o beijo.

- Wow! Você ainda tem o mesmo gosto de café bem docinho, e o mesmo jeito de beijar, você não mudou nada. - Coloquei a mão sobre meus lábios me lembrando de alguns momentos nossos.

- Digo o mesmo de você, só que desde quando você é tão ousado? - Soltei uma leve risada nasal.

- Desde que eu conheço o Bill. Mas eu não quero conversar sobre ele agora. - Faço um carinho em sua nuca com a mão que ainda estava lá, era uma coisa que nós fazíamos quando estávamos desconfortáveis, como um aviso pra mudar de assunto.

- Tá bom. - Desço minha mão até a cama e logo a sua se posiciona sobre a minha.

Depois de mais dois filmes uma Delphi dormia desajeitada e eu me esforçava pra manter meus olhos abertos.

- Eu vou pro meu quarto. - Tento me levantar mas um certo loiro segura minha me impedindo de realizar tal ato.

- Dorme aqui. Eu faço cafuné, e nem adianta negar que eu sei que você gosta.

- Você ainda me conhece tão bem. - Me acomodo do seu lado me encolhendo e o abraçando, logo um cafuné gentil  passou a ser feito.

- E tem como te esquecer? - Sua mão passou a deslizar em minhas costas por debaixo da blusa.

- Eu senti falta do seu carinho, sempre me fazia dormir e esquecer todos os problemas. - Aconchego minha cabeça em seu peito. - Mas agora as coisas estão diferentes e eu simplesmente não consigo esquecer tudo o que você fez e apesar de saber que não era sua intenção me deixar sem falar nada eu só não consigo ou talvez eu não queira acreditar que se nada daquilo tivesse acontecido talvez essa fosse minha vida, uma tarde cheia de doces e besteiras, beijos carinhosos e abraços confortáveis que ainda me tiram um pouco da orbita, isso é definitivamente melhor do que um Bill pervertido, beijos quentes logo pela manhã, brigas inúteis que quase sempre acabam em uma sessão de amassos e problemas, muitos problemas, só que eu amo tanto esse demônio, nós eramos rivais no começo mas com o tempo acabou assim e eu não consigo pensar em outra vida apesar de saber que seria mais saudável. - Sua mão passeava gentilmente enquanto eu mantinha meu olhar baixo.

- Eu te entendo e não fico triste se você pensar assim, eu fui alguém importante pra você e ainda sou e para mim isso basta, o que você quer é o que importa e no atual momento o que você quer é um tempo, então tome um tempo e se decida, tá bom. - Ele deixa um beijo em minha testa e eu ergo minha cabeça olhando em seus olhos.

- Tá bom. - Colo meus lábios nos seus como se fosse uma despedida, e no fundo era, eu tinha me decido a voltar para Gravity Falls e esperar pelo Bill lá. - Eu vou sentir saudade do gosto de café, você sabe como eu amo café. Hoje foi legal me lembrou dos velhos tempos - Meus olhos começaram a ficar mais pesados e solto um bocejo e me aninho no calor de seu peito. - Boa noite meu ex anjinho. - Fecho os olhos deixando o sono me levar para um lugar onde o Bill não existia e eu e Eli tínhamos uma vida normal.