Sabe quando você acorda sentindo como se o dia fosse se tornar o melhor de toda sua vida? Foi exatamente assim que acordei hoje. O verão está a mil! E eu me sinto tão bem, tão animado e corajoso. Julho será um dos meus meses prediletos… Mas talvez eu esteja apenas pensando demais em uma pessoa só, a qual eu terei meu primeiro verão a seu lado. Alguém que conheci na primavera, a quase quatro meses atrás.
Março.
Estava eu indo calmamente para a faculdade, quando observei ao longe um pequeno carrinho extremamente colorido e muito bonitinho por sinal. Era a primeira vez que eu o via e obviamente fiquei bastante curioso em saber o porquê dele estar ali, bem no meio da rua e sem ninguém por perto. Conforme as pessoas passavam e olhavam, nada mudava, mas comigo tinha sempre que ser diferente, certo? Claro! Ao me aproximar, parei. Minhas íris correram de um lado a outro pelo objeto bonitinho, lendo claramente na lateral “IceCream do Min” e ri baixinho.
O nome era diferente e fofo, assim como o próprio carrinho. Então era isso: um carrinho de sorvetes! Eu deveria ter imaginado, afinal, estamos na primavera, o verão será em breve e eles saem com mais frequência nessa época do ano. Eles, o carrinho e o seu dono. Ponderei com a mão no queixo… Onde poderia estar o sorveteiro? Dificilmente alguém deixaria seu instrumento de trabalho jogado no meio da rua. Confesso que até me deu um certo medo… Nunca se sabe o que poderia ter acontecido.
— Olá — ouvi uma voz atrás de mim e me virei bruscamente, vendo-o pela primeira vez, rindo baixo, de mim, claro, pois levei um susto daqueles!
Ele passou por mim e pelo carrinho, ficando assim do outro lado, agora em minha frente. Eu não sabia o que dizer, apenas olhá-lo com cara de bobo. O rapaz era bonito, tipo, mais que bonito, ele era muito lindo! Dificilmente haveria um sorveteiro mais bonito que esse por aí…
— Não deve haver mesmo! — pensei alto, pondo rapidamente a mão rente aos meus lábios.
— O que disse? — ele inquiriu, fazendo-me desculpar pelo ocorrido em meio a uma reverência.
Não sei o que deu em mim, só sei que depois disso eu saí dali quase voando! Foi uma situação estranha, porém, muito cômica. Quando penso nisso, sinto-me extremamente envergonhado, mas o tal sorveteiro relembra do assunto aos risos; aí fica tudo bem. Gosto do sorriso dele.
E sim, nós nos tornamos próximos! Mas demorou um tempo, não foi do dia para noite.
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