Oh, come on, come on, come on, come on!
Abriu os olhos um pouco atordoada, zonza. Acostumou-se rápido a baixa iluminação do que supôs ser um quarto – um quarto luxuoso demais para ser o seu. Suspirou fundo, inspirando o inconfundível cheiro amadeirado.
E sentiu uma respiração falha em seu cabelo.
E só então percebeu que alguém a abraçava. Ousou levantar o olhar, e arrependeu-se. O acompanhante a tocava diretamente na cintura nua e seus olhos estavam fixos em um ponto nada na parede.
Exatamente robotizado.
Até mesmo o cabelo estava perfeitamente alinhado, fazendo um contraste um tanto sexy com a pele branca e macia. Nem ao menos podia notar que ele não havia dormido quase nada e que ainda estava exausto – por um motivo que considerou maravilhoso, ela estava em forma ainda.
Didn't I make you feel like you were the only man -yeah!
– Jack... – chamou receosa.
Didn't I give you nearly everything that a woman possibly can?
– Não lhe obriguei a nada, fique sabendo – não se dignou nem ao menos a olhá-la.
Honey, you know I did!
Frustrante.
I want you to come on, come on, come on, come on and take it,
Levantou-se em um pulo, ignorando o fato de estar completamente nua – ora, ele não iria olhá-la mesmo.
Take it!
Contudo, ele olhou. Admirou-a vestir a calça jeans com certa facilidade. E arqueou uma sobrancelha em questionamento.
Take another little piece of my heart now, baby!
Hailin o ignorou.
– O que houve?
Jack, então, levantou-se da cama, abraçando a Sunshine mais nova por trás, segurando suas mãos contra os seios da moça.
– Foi apenas uma recaída – disse ela.
Break another little bit of my heart now, darling, yeah, yeah,yeah
– Eu sei – sussurrou beijando o pescoço da morena. – Não quer mais?
E ela mordeu o lábio inferior de um jeito terrivelmente sexy. Talvez tenha despertado a atenção do rapaz. E quem sabe algo a mais.
Oh, oh, have a!
Virou-se. E beijou-o. Regras, danem-se.
Jack pegou a moça no colo, sem interromper o contato. Depositou-a carinhosamente na cama. Beijou-lhe o pescoço, enquanto suas mãos passeavam pelo corpo delgado, apertando sem muita delicadeza a cintura fina.
And baby deep down in your heart I guess you know that it ain't right
Hailin asfixiou sua parte lógica e racional, sufocando seus pensamentos concretos de negação das sensações que perpassavam em estímulos em seu interior. Talvez assim fosse melhor.
O moreno desceu os beijos molhados para o vale entre os seios não tão fartos da ex-namorada. Beijou, e odiou profundamente aquele sutiã que tanto os valorizava estar no caminho. Suas mãos desceram, pararam no botão da calça jeans, tratou de abrir em vão. E só então notou que estava por baixo.
Never, never, never, never, never, never hear me when I cry at night
Hailin havia invertido as posições.
E beijava o pescoço alvo do rapaz, deixando uma marca roxa de lembrança – uma das muitas já esquecidas. Arranhou lugares alcançáveis. Tornou a beijá-lo nos lábios. Um beijo longo e demorado. De olhos fechados.
And each time I tell myself that I, well I can't stand the pain
A duelista luminosa levantou-se. Deixou um vazio. E em silêncio encaminhou-se para a saída do quarto. Passou os braços pelas mangas da camisete branca que usava. Tirou algumas notas da carteira, não deixaria que ele pagasse sozinho. Terrivelmente orgulhosa.
– Hailin? – chamou-a. A voz um tanto embargada e rouca.
But when you hold me in your arms, I'll sing it once again
A moça girou a maçaneta. Abriu a porta. Virou-se, olhando-o nos olhos.
– You know you got it, child, if it makes you feel good – respondeu sorrindo a pegunta outrora feita antes de sair.
Oh, yes indeed.
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.