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História Duelo de corações - Capítulo dezesseis


Escrita por: Kkarllotta

Capítulo 16 - Capítulo dezesseis


Fanfic / Fanfiction Duelo de corações - Capítulo dezesseis

   Acordo com Mónica sacudindo o meu corpo e abro os olhos completamente irritada. Eu estava sonhando que era casada com o Ian Somelhalder e que vivia numa linda casa, mas depois me apaixonei por Dean e fugimos juntos. Queria ao menos saber como o sonho acabava. Isso não se faz.

    Sento na cama e observo seu sorriso demoníaco. Alguma coisa aconteceu. Tenho até medo de perguntar pergunta que é. Mas como ela é assim a maior parte do tempo, não deve ser nada. O estranho é que ela nunca me acorda.

    — Você tem visita, bela adormecida! — Ela diz.

    — O quê? — Pergunto. Talvez seja o efeito do sono.

    — Tem visita. É um homem muito lindo. Se você não quiser ficar com ele, pode dar ele para mim? — Ela puxa o meu braço para levantar.

    — O quê? — Não estou entendendo nada. Ainda estou processando o que se passa na minha vida.

    Ela ri. — Vá tomar um banho e esteja apresentável. Ele não vai querer esperar muito.

    — Ele? Espera!

     Ela me empurra para o banheiro. — Um dos homens que sai com você.

    — Isso soa muito horrível, sabia? — Expulso ela e tomo o meu banho.

    Demoro mais ou menos uma hora. Mónica não foi explícita ao dizer quem era. Podia ao menos dizer como estava vestido ou a cor dos seus olhos. Infelizmente, não tenho nenhuma informação. Não queria ver eles hoje, mas não posso fazer nada se um deles decidiu me ver.

    Visto um vestido ombro a ombro preto e curto e faço um rabo de cavalo. Olho para mim no espelho para saber se estou simples demais. Mas eu estou em casa. O que importa? Será que Hillary ou Elena ficam lindas em casa?

    Saio do quarto antes que mude de roupa e vou para a sala de estar. Sou recebida com um sorriso. Mas não um sorriso qualquer. O sorriso sarcástico de Andrew Bianchi, obviamente. Eu devia saber que era ele. Porquê não olhei para a janela para ver o carro dele?

    Bom, normalmente quando acordo, demoro muito tempo para processar as coisas ou pensar em algo inteligente. Preciso de um tempo e de um bom café.

    Andrew está lindo, não posso negar isso. Na verdade, sempre está. Ele está com uma calça preta, sapatos pretos, camiseta preta e um casaco de malha (aquele que os homens ricos usam muito) castanho.

    — Olhem quem decidiu aparecer?

    — Oi! O que está fazendo aqui? — Pergunto e cruzo os braços.

    — Você não atendia as minhas ligações. O que queria que eu fizesse? — Ele levanta e se aproxima de mim.

    Não sei o que responder. Suspiro e desvio o olhar. Claro que não vou dizer que fiquei completamente intimidada com Hillary.

    Leya vem na sala com chá e biscoitos e coloca na mesa de centro. — Seus biscoitos, Andrew! — Ela olha para mim depois sai.

    — Você demorou tanto que tive que pedir alguma coisa. — Ele senta no sofá novamente. Sento ao seu lado.

    — Você não existe!

    — Demorou tanto porquê? — Ele sorri. — Queria estar linda para mim?

    — Andrew, por favor! Aqui não é o lugar certo para a gente conversar. Entenda. Meus tios podem ouvir e...

    — Eu entendo, amor. Não vou poder beijar você. Mas só beijo essa boquinha se me der uma boa explicação do porquê não ter atendido as minhas ligações. — Ele come um biscoito.

    Meu estômago reclama rugindo.

    Ele sorri para mim de um jeito doce. Meu coração derrete na hora. E quase desmaio quando ele me dá um biscoito na boca. Fico completamente emburrada.

    — Desculpa! Esqueci que não comeu nada.

    — Tudo bem. — Engulo o que está na minha boca.

    — Podemos conversar em outro lugar e comer. Podemos depois andar de cavalos.

    — Hoje não. Não quero andar de cavalos, Andrew.

    — Sobre as minhas ligações...

    — Eu precisava de um tempo para pensar. — Respondo.

    — Sobre?

    — Sobre nós, sobre você, sobre tudo. Com você por perto não seria fácil.

    — Enviava uma mensagem dizendo não incomodar. — Ele serve chá numa chávena.

    — Desculpa!

    — Tudo bem. Eu pensei que tinha feito algo errado, que não queria mais nada comigo. — Me entrega o chá.

    — Você não está com fome?

    — Não. Você precisa mais do que eu. Coma! — Ele olha para os meus pés.

    — O que foi?

    — Você tinha razão quando disse que tinha pés lindos. Não entendo porquê os esconde.

    — Eu não escondo. Sério que vamos falar sobre os meus pés? — Rio.

    — Qualquer coisa, desde que prolongue a conversa e possa olhar para você esse tempo todo. — Ele morde o lábio inferior. — Eu não me importo de conversar sobre seus livros, seu cabelo, suas unhas, até sobre a origem do seu nome.

    Devo estar que nem um tomate nesse momento. Eu não quero ter dúvidas. Porquê isso está sendo tão difícil? Porquê essa confusão toda? Andrew e Dean estão me deixando louca.

    — Podemos sair para conversar se você quiser.

    — Claro que sim. — Ele se aproxima e sorri. Qual é a ideia dele?

    Termino o chá, despeço Leya e saímos.

    Olho pelos vidros do carro distraída. Me pergunto o que Dean viu em mim depois de uma mulher como Elena ou o que Andrew viu em mim depois de Hillary. Suspiro e apoio o rosto no vidro.

    Andrew segura a minha mão e beija. Olho para ele, pensando se foi boa ideia a gente ter saído. Era suposto estar afastada deles. Porquê Andrew teve que vir atrás de mim?

    — O que você está pensando? — Ele pergunta.

    — Não importa! — Suspiro. — Há quanto tempo você e Hillary... Vocês...

   — Dois meses. Já não ficamos há dois meses. — Ele responde apesar de não gostar da pergunta. — É isso que está te incomodando? Hillary?

    — Não. — Digo, mas não sou convincente.

    — Ah, amor! — Ele me aproxima dele, tirando seu cinto de segurança. Olho para ele. — Eu nunca gostei dela. Foi só um caso. Nada mais.

    — E você pensa que isso me faz sentir melhor? — Pergunto.

    — Nunca dei flores para ela. Nunca a levei para patinar, cinema essas coisas. Era só um jantar seguido de... você sabe. — Ele se afasta. — Sinto muito. Estou piorando as coisas, não é? O que eu quero dizer é que... Com você é diferente. Você me leva a querer mais. Entende?

    — Eu acho que sim.

    — Não está brava comigo? — Ele acaricia o meu rosto.

    — Não. Além disso, não sou sua namorada para ficar desse jeito.

    — Avery! — Ele diz em tom de repreensão.

    — Disse algo errado? Alguma mentira?

    Ele não responde.

    O motorista pára o carro e desçemos. Pensei que ele iria me levar para um café super caro com música ao vivo e talheres de ouro, mas felizmente é na Starbucks. Fico aliviada por isso.

    Fazemos o nosso pedido e ocupamos um lugar. Andrew olha para mim como se estivesse analisando cada centímetro do meu rosto, depois bebe seu café.

    — Quando ganhou paixão pela leitura? — Pergunta.

    — Desde pequena. Meu pai comprava livros para mim. O tempo passou e virei uma viciada. E você?

    — Meu caso é diferente. Não gostava de ler. Tudo começou quando... — Ele tenta continuar as palavras, mas eu já entendi. — Depois da minha mãe. — Para ele é difícil dizer que sua mãe morreu. Percebi. — Eu passava muito tempo sozinho e procurei alguma coisa para me distrair. Encontrei meu consolo nos livros. Era um refúgio para mim. Ainda é, na verdade.

    — Não fazia ideia. Posso fazer uma pergunta?

    — Está bem. Vou deixar passar essa. Faça a outra pergunta. — Ele ri.

    — Você parece tão sozinho. Você não tem amigos, primos, tios ou coisas assim?

    — Tenho um amigo, que também é advogado. — Ele não respondeu completamente a pergunta. Acho que esse assunto o incomoda.

    — Porquê você fez direito? — Pergunto só para mudar de assunto.

    — Felizmente, foi por paixão. Era a única coisa que era compatível comigo. Não me imaginava fazendo outra coisa. Estava no sangue. Agora vamos falar sobre você. Ando curioso sobre muitas coisas.

    — Não sou tão misteriosa assim.

    — Promete que vai ser sincera nas respostas?

    — Prometo!

    — Me fala primeiro dos seus relacionamentos. Houve alguém que você já amou? — Bebe o café, olhando para mim.

    — Não. Meus relacionamentos não eram propriamente sérios. Talvez coisas de adolescente.

    — Espera! Há quanto tempo está solteira?

    — Se você considerar que meus relacionamentos foram realmente relacionamentos, eu diria que estou há seis anos solteira. Mas se não considerar, então, vinte e um anos.

    — Então, você é virgem? — Pergunta.

    — Andrew! — Eu coro.

    — Não fique com vergonha. Isso não é uma coisa que precisa ter vergonha. — Ele olha para mim de um jeito estranho. — Então, isso é um sim.

    — Você está fazendo perguntas muito particulares, não acha?

    — Estamos nos conhecendo. Acho isso justo. Pode fazer perguntas sobre mim também, se a deixa mais à vontade.

    — Tudo bem. Quando você perdeu a sua? — Pergunto.

    — Não esperava essa, amor! Mas vou ser sincero com você. Com dezessete anos. E foi só por curiosidade. Antes eu não era tão sério e responsável assim.

    — E com quem foi?

    — Com alguém que não tenho contato há anos.

    — Você conta essas coisas para as outras mulheres? — Pergunto.

    — Eu sou um homem muito sério, Avery. Quando eu me relaciono é muito sério, quando é apenas um caso não vou muito fundo nisso. Você perguntou se eu conto. Presente. O que quer dizer que acha que saio com outras enquanto saio com você. Meu amor, eu não sou homem de ter muitas mulheres. Eu tenho sempre um e único foco. — Ele olha para mim profundamente. — Se estou saindo com você, acredite que é só você. E não contei essas coisas para as mulheres que já se envolveram comigo de alguma forma. Algumas sim, mas as que tive um relacionamento sério.

    Não sei o que dizer quanto a isso. Devia festejar por ser a única mulher que ele leva para sair? Mas é verdade isso?

    — Foi uma curiosidade. Os homens não têm uma boa fama.

    — Não vamos discutir sobre isso. — Bebe o café. — Mas vou dizer uma coisa. Preste atenção! — Ele sorri. —  Você não precisa se preocupar com as outras mulheres.

    — Você sabe vender o seu peixe! — Brinco. — Sinceramente, Andrew, eu sempre pensei que homens como você só ficam com supermodelos, atrizes famosas e essas coisas. Nunca poderia imaginar que estava na sua lista.

    — Devia saber. Você tem um conjunto de requisitos para a mulher perfeita. Você é inteligente, delicada, você é meiga, você é muito especial. Você não é uma megera, não é uma mulher fácil. Você é mais compatível comigo do que pensa.

    Isso me faz sorrir e não consigo tirar o sorriso do rosto. Quero parar, mas não consigo. Isso não está acontecendo comigo. Falta Dean me dizer algo fofo, o que ele sempre faz. Mas eu estou ferrada.

    Bebo o café e olho para ele. — O que acha que senhor Bianchi vai pensar sobre isso?

    — Não precisa se preocupar com isso. Eu sei lidar com o meu pai. Vou tratar do assunto.

    — Andrew...

    — Não volte a fazer o que fez ontem, por favor! Prefiro que me diga que não quer me ver ou falar comigo do que ignorar minhas ligações. Promete que não vai voltar a fazer isso? — Ele segura a minha mão. Olho para ele piscando várias vezes.

    — Se você vai ficar mais tranquilo com isso... Eu não faço novamente. — Respondo.

    — Obrigado.

    — Está bem.

    Terminamos o café e saímos do Starbucks. Andrew segura a minha mão e me leva com ele. Só para passear mesmo. E ele está distraído sorrindo como se a vida fosse maravilhosa. Eu não sabia que poderia causar esse efeito nos homens.

    — Porquê está tão sorridente? — Pergunto simplesmente porque quero ouvir dizer que é por minha causa.

    — Amor! Sabe o que eu sonhei hoje?

    — Claro que não! — Respondo como se ele fosse idiota. Mas, céus! Ele é o Andrew Bianchi. Doutorado em Direito aos trinta anos. Tem até livros escritos. Ele é um procurador competente, ajudou Jake... me perdi. Onde mesmo eu queria chegar?

    — Tente imaginar! — Paramos. Ele vira para mim.

    — Você está falando sério? — Rio.

    — Feche os olhos! — Ele sorri.

    — O quê?

    — Feche os olhos! Confie em mim.

    Eu fecho os olhos. Aposto que vai me beijar. Mas não vou mentir. Eu quero que faça isso.

    — Imagine um lindo pôr do sol e um jardim cheio de flores perto de um rio. — Ele sussurra no meu ouvido.

    — Sim.

    — Ótimo! — Ele me levanta. — Continue com os olhos fechados.

     — Andrew!

     — Agora imagine nós dois nessa posição dentro do rio.

     — Consigo imaginar. — Sorrio.

     — Agora, eu beijo você. — Ele diz e me beija. Toma os meus lábios nos seus, ainda me levantando. E consigo imaginar em como seu sonho foi maravilhoso. Com certeza, ele não quereria acordar.

    Ele chupa meu lábio inferior, morde e depois insere sua língua na minha boca novamente, me beijando com carinho. O seu beijo é algo que não dá para descrever. Eu simplesmente estou perdida. É um beco sem saídas.

    Seus braços apertam ao redor da minha cintura e eu abro os olhos para olhar enquanto ele me beija desse jeito apaixonante. Um beijo que me faz perguntar do porquê eu ter ignorado ele e não ter ligado para ele.

      Andrew se afasta e me põe no chão, depois acaricia o meu rosto. — Se eu pedisse você em namoro agora? O que me diria, meu amor?

     — Que é muito cedo! Você sabe disso.

    Suspira. — Sim. Tem razão. Mas eu sou paciente.

    Desvio o olhar, mas ele segura o meu queixo e me faz olhar para ele. Seus olhos estão suaves e brilhando. Acho que está mais lindo do que nunca. Muito mais.

    — O que foi? — Pergunto.

    — Isso não é brincadeira para mim. Estou realmente gostando de você, Avery. Muito. — Ele acaricia meus ombros. — Porquê precisava pensar sobre nós?

    — Porque eu estou confusa sobre o que eu quero, Andrew. Você não vai entender.

    — Talvez eu entenda. Mas tudo bem. Eu vou com calma com você. — Ele sorri e beija os meus lábios. E ele diz que está indo com calma.

    — Preciso voltar para casa. — Digo. — Você sabe. Tenho coisas para fazer.

    — Tudo bem. Quando posso vê-la novamente? — Ele beija meu pescoço.

    — Depois falamos sobre isso, está bem?

    — Está bem. — Ele me leva até seu carro. — Vamos para casa.



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