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História Duke - Amado Duque


Escrita por: Starchild- e TopJKProject

Notas do Autor


Quase acabando o dia, mortinha por causa do trabalho! Enfim, espero que a pessoa com o codinome Orbit curta a história, não sei se ficou do seu agrado, mas tentei ah
Queria agradecer ao anjo sem asas, essa que me fez uma capa linda a @CHITTAPHRR pela capa e banner duvidosos!

Capítulo 1 - Amado Duque


Fanfic / Fanfiction Duke - Amado Duque

As festividades começaram ao amanhecer, quando aldeões passaram a pular as folias, agitando a capital. Namjoon acordou cedo, indo diretamente para o escritório, passou a primeira parte do dia festivo usando um robe solto, roupas de baixo, um pijama translúcido, suave e confortável. Um dos principais herdeiros do ducado da casa dos Kim’s. Namjoon é o atual líder, um dos responsáveis pela administração e manutenção das terras de seu pai, além das minas de metais preciosos e materiais brutos. O comércio marítimo é por conta de seus irmãos, Taehyung e Seokjin, que administram a distância, passando grande parte do ano em alto mar, aventurando-se nas terras do “Novo Mundo” e do “Novíssimo Mundo”.

Durante a manhã ocupou-se com os mais variados relatórios, leu cartas, respondeu aos irmãos de maneira animada, lendo os relatos engraçados e todos os acontecimentos durante as viagens. Três navios, ambos controlados pelos irmãos, onipotentes quando o assunto são as negociações e produtos adquiridos, grande parte da fortuna foi feita através da mina de metais preciosos e pedras e do comércio marítimo, são grande importadores e exportadores, constantemente fazendo e realizando troca entre as colônias, pequenos e grandes países. Mas apesar da fortuna aculumada ainda não são bem vistos por outros nobres, a “ausência” do berço de ouro, a origem humilde e o crescimento lento, a mina foi dada ao falecido duque como dote, sua esposa, a mãe de seus três filhos, era a filha bastarda de um marquês, fruto de uma aventura juvenil com a empregada, que para esconder a desgraça da família e apagá-la de sua linhagem, resolveu dar sua mão em casamento a um antigo servo.

Homem esforçado, que apesar das adversidades vividas, jamais esqueceu de suas origens, sendo amoroso e paciente com a esposa, cuidando da pequena lavoura e explorando a velha mina de ouro, dada a ele. Demorou cinco anos para encontrar o primeiro metal precioso, um pedaço colorido, na qual a forma bruta não chama a atenção, somente após esculpido e polido que sua beleza é mostrada. A aparência de um diamante, raro e belo, fazendo-o fazer uma pequena fortuna com a venda de um pequeno quilate do "arco-íris".

A fama veio rápido, seu sogro, um homem egoísta e brutal, tentou tomar a velha mina, ameaçando romper o casamento de quase seis anos, além de dizer que privaria o antigo servo de ver os filhos, Seokjin e Namjoon que na época tinham cinco e três anos, e Taehyung que ainda não havia nascido, de conhecer o pai. Um período difícil, fazendo com que o servo desafiasse ao sogro, ganhando um rival com poder e influência, esse que lhe infernizou e o levou ao limite, constantemente criando dúvidas a respeito de sua índole e do amor do homem para com sua “filha”.

Namjoon, apesar da pouca idade ainda se lembra das lágrimas da mãe, do pranto do pai, a maneira como tentou barganhar e mostrar a todos suas qualidades. Apesar das adversidades e com a ajuda da família real — casa opositora a família do marquês — que conseguiram entrar para o mercado de jóias, receberam um título de vassalos reais, antes de ganharem o de duque.

Graças ao apoio do antigo rei, o pai de Namjoon ganhou nome e reconhecimento entre os nobres, se sobrepondo sobre a casa de seu sogro. Impondo e ganhando respeito, apesar de sua vida e de sua esposa terem sido levadas durante um surto de um contágio viral. Deixando os três jovens e um ducado para trás.

Com o auxílio de vassalos leais e de conselheiros reais, Namjoon tornou-se responsável pelas minas e o ducato. Seokjin e Taehyung com exportação de jóias, e a importação dos mais variados produtos. Fazendo-os um dos homens mais ricos e influentes de todo o país.

Somente ao entardecer, quando o sol escondeu-se na linha do horizonte, o céu coberto por nuvens, pigmentado com um alaranjado suave. Namjoon não saiu do escritório, focado no término de suas atividades, quis adiantar o trabalho. Planejou com antecedência a preparação para o baile, a roupa foi preparada com antecipação e zelo, não é sempre que tem tempo para sair do ducato e encontrar-se com seu amante, o homem responsável por seus mais belos sorrisos.

— Creio que serei capaz de vê-lo — sorrindo, o homem abandona o espaço amplo.

O cômodo é coberto por estantes, livros raros e nos mais variados idiomas preenchem as prateleiras de madeira, quadros decoram as paredes, pintores desconhecidos, na qual as obras são pouco conhecidas. Homens e mulheres na qual Namjoon encontrou ao acaso, oferecendo a eles reconhecimento e a oportunidade de venderem as suas obras. A mobília clara, polida e entalhada com zelo. Deixando paisagens talhadas em madeira espalhadas por todo o espaço.

— Estou ansioso para vê-lo, meu amado — comentou.

Caminha a passos lentos, imaginando inúmeras formas de reconhecê-lo, apesar da gentileza e a maneira sutil como age. Memorizou os traços mais marcantes, a pequena cicatriz da bochecha, os dentes e o comprimento do cabelo. 

Poderia perder-se, embriagar no aroma doce de sua pele, na postura ereta de suas costas, a beleza existente em suas mãos.

Vagou pelos longos corredores, passando pelo quadro dado a ele por seu amante. A pintura retratada a beleza do corpo masculino, a lascividade compartilhada por um jovem casal de homens “gregos”, a moldura de ouro, a escrita em latim, a retratação do amor em seu estado bruto, acobertado pela luxúria, molhada pelo prazer, entorpecidos pela paixão. O quadro em si deixa as empregadas envergonhadas, com um forte rubor devido a nudez retratada, a forma como a masculinidade foi exposta.

— Senhor? — o servo de cabelos grisalhos o chama.

— Sim… — saindo de seus devaneios, parado próximo a porta de seu quarto, Namjoon sorri. — Aconteceu algo?

— Não, esse servo veio informar ao duque que o sol já se pôs, o senhor pediu para avisá-lo…

— Oh sim, já estou indo, peça para que preparem um banho e tragam-me a máscara que meus irmãos enviaram. Hoje irei ao palácio para o baile realizado pelo príncipe.

O homem se curva, saindo lentamente. Namjoon abre a porta, sentiu o corpo ficar tenso, passou o dia sentado, não se alimentou corretamente. Tirou o tecido largo, deixando-o devidamente dobrado sobre a cama, nu, passou a caminhar, indo de um lado para o outro.

Sentia o corpo quente, ardendo em uma confortável animação. Será capaz de vê-lo após tantos meses, sobre sua pele ainda sente os toques suaves, a maneira como o homem o segurou o corpo bronzeado, bagunçando as roupas formais, trazendo um prazeroso caos para sua mente. Sentiu a palma da mão formigar, sentiu-se envergonhado devido a estimulação causada pelas lembranças. Corado, teme tocar-se, entregar a deliciosa sensação.

— Os empregados logo viram… — sussurra. — Não tenho tempo para tais imprevistos.

As mãos calejadas, gastas devido ao trabalho árduo nos campos, criou costumes como esses, seu pai dizia que para entender ao próximo é preciso entender a sua dor, por conta disso, passou a trabalhar em lavouras e em jardins, muita das vezes disfarçadamente, deixando o ducado para os vassalos e seus irmãos cuidarem.

De maneira sutil, temendo ser pego, apesar de saber que jamais entraram sem bater. Um vermelho intenso, junto a uma ereção, sua mente focou na boca rosada, nos lábios convidativos. Da noite em dormiram juntos, quando deitou-se em seus braços, o feno e a coberta gasta, o celeiro localizado em um local deserto, abandonado desde a última guerra.

Sorriu, sentindo-se animado, tocando-o lentamente, com o polegar a pressionar a ponta rosada antes de descer, masturbando o objeto ereto, estimulando-o. Um arrepio percorreu o corpo malhado, suspirou, mordendo o lábio inferior, tentou conter o gemido, a vontade de chamar o nome do amante. Enquanto em sua mente as imagens vividas passaram.

Passaram-se tanto tempo desde a última vez, raramente se dá esse tipo de mimo, constantemente privando-se de qualquer atividade sexual. Exceto quando está com ele, o homem na qual jurou amor eterno ainda jovem.

“Não quero fazer isso sem ele, sinto-me um virgem, não um homem de vinte e seis anos. Tão vergonhoso.”

Jurou que poderia gozar sem necessidade de se tocar-se, apalpando sua traseira, brincando consigo mesmo. Queria abrir seu corpo, permitir que o homem visse o seu pior lado, a versão indisciplinada, coberta por masculinos saindo de dentro de si. Igual a imagem retratada no quadro no corredor, dos dois homens “gregos”, entregando-se ao prazer da carne, a vontade lasciva proibida diante dos olhos da sociedade conservadora.

— Preciso vê-lo, não posso continuar com isso — murmura.

 Batidas na porta o fazem parar, puxando o roupão, temendo que os empregados vissem a ereção, de que ela marcasse o tecido fino. Seu rosto aqueceu, mordeu o lábio antes de autorizá-los a entrar, permitindo que enchessem a tina com água morna, para que pudesse se preparar para o baile.

Apesar de querer água fria, quer esfriar a cabeça, afastar os pensamentos impuros e a vontade de entregar-se a outro homem. De ser penetrado, de servir ao seu soberano na cama, nos assuntos reais.

— Devo estar ficando louco, louco!

A jovem empregado chama, questionando se queria ajuda para se lavar, se à necessidade de arrumar as peças de roupas que usará durante o baile. Negou, queria preparar-se sozinho, é um homem prático, seus banhos são breves, nunca demorou muito para se arrumar, havia cortado o cabelo deixando-o curto novamente.

Usaria as abotoaduras que herdou de seu pai, mas mascara dada por seus irmãos e a roupa trazida de um pequeno vilarejo. Abandonou a primeira ideia, os trajes de gala vindo do Novo Mundo é chamativo, não é de seu desejo atrair atenção indesejada, especialmente de jovens damas, essas que almejam o título de duquesa.

Pediu para que o deixassem sozinho, cuidaria da ereção, depois tomaria um banho breve, preparando-se e saindo para o baile que começaram na vigésima primeira batida do relógio.

Pois pela primeira vez, após meses, encontrará com o seu amado príncipe.

[...]

A lua alta, a atmosfera acolhedora, calorosa devido a luz derivada dos luxuosos candelabros, banhados em ouro e bronze. O lustre de cristal encanta os olhos de Namjoon, a roupa de gala, o sapato e jóias. Tudo perfeitamente arrumado, a beleza encantadora e marcante dos trajes usados pelos nobres. Sedas raras, tecidos importados e as mais variadas cores e máscaras.

Vagou dentro do grandioso salão, dispensou apresentações, a máscara pigmentada de cinza, detalhes em dourado e penas pretas. Seu lábio, e uma parte de sua bochecha, o objeto exótico cobriu grande parte do seu rosto, realçando os lábios pintados de rosa, a maquiagem foi posta devido a forte insistência da empregada; a jovem mulher quem os trouxe, passando uma mistura pastosa e com cheiro de rosas na boca do duque, além de um pouco de pó e pintura em seu rosto.

Sentiu-se ainda mais bonito após ver o resultado, timidamente em seu íntimo, perguntou se seu príncipe gostará.

Procurou pelo anfitrião, vendo-o rodeado pelas damas da nobreza, sorrindo, a máscara cobriu somente uma parte do rosto redondo, deixando a pequena cicatriz em seu rosto à mostra, a pinta próxima ao lábio inferior. Namjoon suspira, temeu aproximar-se demais, chamar a atenção não desejada, esperará que o príncipe o reconheça.

— Foi tão fácil reconhecê-lo, meu príncipe prometeu que seria difícil — riu ao recordar-se da brincadeira feita. — As mulheres foram mais rápidas do que o esperado.

Pois, apesar de ser incapaz de vê-lo constantemente trocando cartas, usando a desculpa de estarem tratando de assuntos oficiais para disfarçar o flerte, a tentativa sorrateira de ambos de se aproximarem.

— Desejo que vossa alteza seja capaz, caso contrário ganharei três meses de isenção de impostos — sentiu-se animado, incapaz de controlar a euforia. — Poderei investir mais no projeto de “modernização” no subúrbio caso isso aconteça.

Passou a caminhar na direção oposta, indo para perto das enormes janelas, usando a cortina vermelha para esconder-se. Ficando de costas para o príncipe, esse que sentiu-se angustiado diante a demora do amante, da pressão exercida pelos condes e marquês, empurrando-o para uma de suas filhas. Não tem interesse em casamento, filhos.

Apesar de sua afirmativa entrar em contradição quando o assunto é ele. Seu coração pertence ao duque, ao seu Namjoon, homem que lhe rouba o fôlego e o faz suspirar. Combinou de dar a ele a honra da primeira dança, quebrando um costume antigo. Sentia-se um cisnei negro, deslocado dentro do enorme salão, em meio a uma tempestade, um caos em sua mente, perdido em meio ao diluvio em seu coração.

Analogico, em um mundo preto e branco, os sons instrumentais não lhe despertam vontade de dançar. As cores vibrantes no salão, a beleza existente no espaço decorado com tecidos e quadros, uma iluminação única está sendo usada.

Apesar de sentir falta do silêncio, a ausência do cheiro de livros antigos, tinta frescas, cartas e pergaminhos, cálculos e anotações, a sincera devoção. Quando o assunto é seu precioso amante, tudo e qualquer coisa o encanta.  Ao lado das damas, mulheres luxuriosas que vivem uma vida repleta de regalias, tão oposto dele, que durante o tempo livre trabalha em campos e cultiva plantas, flores e árvores.

Sentiu-se sufocado em meio aos perfumes franceses, nauseado diante os pós e pinturas que salpicaram pelo ar, derivado de seus rostos, cada vez que seus lábios se curvaram para cima, usando seus encantos e a requintada educação para seduzi-lo, irritando o nariz sensível. Sorriu, forçando gentileza, uma falsa cortesia para as mais variadas damas.

Queria correr, vagar pelo salão em busca de seu amado, vê-lo, fazer a chuva derivada da saudade sumir. 

— Vossa alteza, está a procura de alguém? — uma das damas questiona.

Uma mais ousada diz:

— Meu príncipe, parece tão desatento, aconteceu algo?

— Não, não aconteceu nada — pelo menos não ainda, será que ele virá?

Virou-se, vendo Namjoon parado, um dos servos do palácio conversa animadamente com o duque, esse que sorri em resposta a animação do homem. Gerando um pequeno desconforto no príncipe, pois jamais poderá se aproximar do homem que ama assim, pelo menos quando ainda for um príncipe, ainda mais em um ambiente lotado, em um salão repleto de homens e mulheres que o veem como um pedaço de carne, um forte pretendente para suas jovens filhas e filhos.

Quer deitar-se com ele novamente, sentir o cheiro de sândalo e ervas, mordiscar a pele bronzeada, beijá-lo até se dar por satisfeito. Degustar e perder toda a razão no corpo masculino, ouvi-lo gemer seu nome, chamando-o copiosamente, manhoso, com a voz embriagada.

Com as pernas acima de seus ombros, com o rosto vermelho e o peito coberto por marcas, uma parte sua sempre gostou de brincar com os mamilos rosados, com o corpo e o homem que tanto o encantam. Gosta de ouvi-lo, as palavras e ações maduras de alguém que viveu cinco anos a mais que ele, um homem sábio apesar de jovem, constantemente lidando com conflitos e administrar as terras, fazendo dele e de seus irmãos uns dos homens mais ricos de todo o reino. Segundo homem mais cobiçado, perdendo somente para o príncipe, diariamente recebendo convites para chás, jantares e encontros, barganhas usando propostas de casamento, muita das vezes de famílias renomadas.

— Minhas damas, peço desculpas pela minha indelicadeza — curando-se, o jovem príncipe se afastou.

— Vossa majestade… — uma diz, tentando agarrar a manga da roupa festiva.

O homem a ignora, fugindo do toque feminino. Quer vê-lo, o tempo até que seja chamado por seu pai é breve, portanto, não quer perder tempo com pessoas que não lhe agregam nada, incluindo o clero e os demais nobres.

 A passos largos, sentindo-se eufórico, como um adolecente. O reconheceu com a covinha, a marquinha fofa em sua bochecha. Como se estivesse encontrado a sua luz, o responsável por trazer luz, proporcionando seus momentos mais relaxados.

— Namjoon… — sussurrou. — Meu duque...

O viu se despedir do homem, sorrindo o servo foi aos fundos, enquanto Namjoon, caminhou em direção do jovem príncipe, curvando-se o duque prestou seus respeitos, entregando o jogo ao homem, abrindo mão da pequena recompensa.

— Meu príncipe… está tão lindo essa noite, se não fosse por seu esplendoroso sorriso, jamais teria reconhecido — zombou, fazendo-o o jovem príncipe sorrir.

— Duque, daria a esse príncipe a honra da primeira dança da noite? — questiona esperançoso.

— Creio que as jovens damas amaldiçoaram até a quinta geração de minha família, caso venha a aceitar.

— Ninguém jamais se opôs a esse príncipe. E não será agora que alguém me impedirá — estendendo a mão, mostrando o pequeno anal de prata ao Kim. — Duque, aceite minha mão, prometo cuidar para que ninguém amaldiçoe a sua família.

— Como posso confiar em vossas palavras? Não pode controlar a língua dos outros, especialmente daquelas que almejam ser princesa e “principe”, tê-lo como genro, muitos querem o favor da família real — indignou risonho.

— Qual favor o duque almeja ter da família real Jeon?

Pensativo, Namjoon fecha os olhos, recordando da cena de mais cedo, da comparação na qual a sua mente insiste em materializar o príncipe.

— É muito pedir a mão do príncipe real em casamento? — questiona sério.

— Não, apesar de não ter certeza se meu pai e o clero deixarão, apesar de ter chance de que ele permita — animado, o homem sugere: — Aceita dançar comigo, após o término do baile conversarei com meu pai, pedirei para que permita pedir sua mão em casamento, um homem sábio, respeitado e esplendorosamente bonito, certamente ouvirei uma resposta positiva.

— Admiro a audácia de vossa majestade, mas esqueceu outro detalhe: meus irmãos. Como tem certeza de que eles permitam? — Namjoon questiona-o zombeteiro.

O homem pondera, recolhendo a mão. Certamente será difícil convencer Seokjin e Taehyung, mas nada que um navio novo e a garantia de que cuidará de Namjoon não resolva. Conhece os irmãos, a união que permitiu a expansão marítima de todo o reino, além da importação e exportação dos mais variados produtos, fortalecendo a economia do reino.

— Tenho meus métodos. — Rindo, tentou soar convivente, antes de dizer: — Mas meu duque, daria a esse príncipe a honra de acompanhá-lo nesta noite festiva, apesar dos olhares mal intencionados, concede a mim a honra dessa dança?

Curvando-se novamente, estendendo a mão e esposando um sorriso gerúndio, mostrando o pequeno vão entre seus dentes, a pinta abaixo do lábio.

— Mas aceito dançar com o príncipe, só peço desculpas caso acabe pisando em seu pé, sou um ruim em dançar e esses sapatos me causam desconforto.

Seus dedos tocaram levemente na pele morena, vendo a pequena aliança em seu dedo anelar. Sentiu-se imerso em um oceano de fantasia, em uma ilha habitada somente por eles, um cisne que encontrou a sua outra metade. 

Dois passos para frente, mantendo as palmas de suas mãos uma sobre a outra. As pessoas deram espaço, rapidamente arrumando seus pares e dirigindo-se para o meio do salão.

Separaram-se, os músicos pararam, mudando a melodia tocada. Curvando-se um para o outro, a três passos de distância, Namjoon avançou, ainda com a cabeça abaixada, estendeu o braço, deixando a palma e sua mão levantada. Esperou outro convite para iniciar a valsa tradicional de seu país.

O príncipe deu dois passos para frente, tocando na mão elevada, a ponta de seus dedos se aqueceram, sorrindo começou a guiar a dança, ensinando a Namjoon os passos que ainda não havia decorado. O duque se lembra somente do começo, da cordialidade existente em cada movimento.

— Namjoon — eufórico ele o chama. — Namjoon, diga o meu nome…

Entrelaçando as mãos, a música ficou lenta, a valsa animada tornou-se romântica. Seus corpos seguiram a etiqueta ensinada, repetiam mecanicamente os passos da dança.

— Não é adequado chamá-lo pelo nome, vossa alteza é necessário manter o respeito.

— Namjoon, você meu noivo, o segundo rei, o homem que cuidará desse futuro governante e de seus descendentes. Aqueles que virão de nosso amor, da nossa história. — convicto, o príncipe continuo a declarar seu amor. — Os astros sentem a nossa conexão. Podemos passar a vida como gregos disfarçados de nobres.

— O rei ainda não aprovou nosso noivado — realista, Namjoon tentou impedir a si mesmo de mergulhar na fantasia.

— Irei convencê-lo, irei jurar obediência… direi a eles todas as suas qualidades, de como satisfaz todas as exigências feitas pelo clero.

Se separaram, parado ao centro, ainda segurando a mão de Namjoon. O príncipe o instrui, guiando o homem para o movimento seguinte. Um passo para frente, outro para trás, antes de dar uma meia volta.

— Não diga a eles nada do que aconteceu nas vezes em que visitou os meus aposentos — murmura.

— Se irei dizer todas as suas qualidades, como mentirei para o rei sobre essa parte.

— O rei terá uma imagem ruim de mim — justifica.

— Namjoon, seja positivo meu noivo, seremos reis, governaremos com sabedoria — animado, o principe diz: — Vamos Namjoon, deixe a etiqueta de lado, seja meu noivo… e diga meu nome!

Puxando-o para perto, seus lábios ficaram a milímetros de distância, antes de ser puxado por uma dama, essa que não sorria para Namjoon, trocavam temporariamente de par, rodopiando todo o salão antes de voltar para o primeiro parceiro.

“O príncipe me deixará louco, não posso chamá-lo pelo nome ainda, corresponder ao seu amor tão abertamente. Apesar de não ser incomum homens se relacionarem.” Respirou fundo, divagando, imaginando de onde ele tirou tamanha coragem e ousadia para tudo isso. “Meu amado era tão tímido, todas as vezes em que nossos corpos nus se tocavam, quando fazíamos aquilo ele sempre ficava corado, nunca dizendo nada comprometedor… mas agora me pede em casamento como se fosse a coisa mais simples do mundo!”

A última pessoa com quem dançará é a princesa de outro reino, a viu uma vez. A mulher pisa em seu pé, disfarçadamente, diz que foi um acidente.

Amigavelmente Namjoon ignora a atitude rude, pensando na resposta que dará ao príncipe, ficando desatento em relação a dança e ao seu par. Tanto que nem ao menos notou a troca de par, no instante em seus lábios tocaram nos do outro, esse que o beijou animado, não separando-se mesmo após o cessar do instrumental, segurando sua cintura, o corpo que pareceu ter perdido a força.

A máscara em seu rosto caiu, os olhos castanhos ficaram vermelhos, lágrimas escorreram pelo rosto bonito. O rubor em seu rosto, os lábios levemente inchados devido ao beijo. A ósculo que o deixa sem fôlego, com uma fita de saliva escorrendo, por entre a boca entreaberta, completamente eufórico.

Queria tanto aquilo, beijá-lo na frente de todos, para quem sabe assim o rei parasse de ver seus sentimentos como brincadeira. As festividades de hoje, o baile de máscara tem como finalidade dar a ele a chance de se aproximar de alguém, fosse homem ou mulher, ele precisa arrumar um noivo ou noiva, uma pessoa para ajudá-lo no comando do reino. Os ministros lhe apresentavam princesas de países próximos, nobres suas filhas e filhos, a torre mágica um bruxo branca e o clero uma sacerdotisa. O rei não foi exigente, dando liberdade de escolha ao filho, excluído o ressentimento caso ele viesse a escolher um homem, prometeu a si mesmo que pensaria na felicidade de seu herdeiro.

— Jungkook… — Namjoon sussurrou. — As pessoas estão olhando para nós, o rei está…

— Meu pai já sabe, somente o duque não pareceu entender quando disse que seria fácil convencê-lo.

Rindo, Jungkook tirou a máscara do rosto do Kim, deixando as bochechas vermelhas à mostra.

— Aceite a proposta desse príncipe, prometo ser fiel a ti, em minha vida existirá somente um outro rei, você.

— Me dê um bom motivo para aceitar, vossa alteza… não, Jungkook, dei-me uma boa razão. — A voz trêmula do homem emociona ao herdeiro.

Não pensou muito antes de dizer:

— Te amo, desde o dia em que o encontrei na academia, quando o segui pelos campos, vendo-o trabalhar junto aos servos. Guardei meu amor por dois anos, esperei minha cerimônia de maioridade e a hora ideal. Aproximei de vós usando palavras doces, sendo discreto e escondendo as minhas segundas intenções, sempre me esforcei para atender aos seus sonhos, quero estar ao seu lado.

— Jun… 

— Por favor — ajoelhado, segurando as mãos grandes e quentes, pediu: — Duque, meu amado, Kim Namjoon, aceita casar-se comigo, ser somente meu por toda a minha vida, enquanto meu coração bater.

Em sua mente há memórias de seus dias juntos, dos momentos de lazer e diversão nos campos, durante a época da colheita de grãos do reino. Sorriu, quer mostrar o seu melhor para ele, o homem que tornou seu tudo em tão pouco tempo.

— Me diga como negar algo ao príncipe herdeiro — comentou risonho. 

— Então aceita?

— Sim!

Ajoelhado-se, Namjoon o  beijou, afirmando diante toda a nobreza o seu amor pelo primeiro príncipe, seu amado Jungkook.


Notas Finais


Obrigada por terem lido!


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