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História Celestial - Capitulo Diez


Escrita por: LaraRodriguez

Notas do Autor


> Quanto tempo, não é mesmo? Sei que estou em dívida com vocês, mas ultimamente tem me faltado inspiração para as minhas estórias já começadas. Peço desculpas e que não desistam de mim. Amo todos vocês e espero que gostem do capítulo.

> Obrigada por todo apoio e incentivo, vocês são demais. Quem quiser entrar no grupo do Whatsapp é só deixar o número nos comentários ou me mandar mensagem, seja por aqui ou pelo wpp (número nas notas finais).

> Boa leitura ❤

Capítulo 11 - Capitulo Diez


Fanfic / Fanfiction Celestial - Capitulo Diez

— Celeste - acordei com uma voz rouca sussurrando em meu ouvido. Bieber. Um arrepio percorreu meu corpo quando senti todo seu corpo colado ao meu. Resmunguei algo para mostrar que eu estava consciente - levanta. Temos que ir em um lugar.

— Onde? - perguntei em um suspiro.

— No galpão do Miguel.

— Ryan também vai?

— Sim.

— Então não.

— Não é um pedido - riu ao pé do meu ouvido me causando mais arrepios. Céus, eu estava louca pra transar com aquele homem.

— Me demito.

— Eu não aceito sua demissão - disse em um tom desafiador. Eu continuava de olhos fechados, mas um sorriso brincava em meus lábios.

— Me dê meia hora então - meu corpo que estava de bruços foi virado e eu fui obrigada a abrir os olhos. Bieber me olhava atentamente, como se observasse o desabrochar de uma flor. Ele estava diferente, parecia feliz. O loiro havia passado a semana de cara fechada devido ao espetáculo de Miguel e o incêndio que ele causou. Mal o tinha visto, só nos treinos, e agora ele estava na minha frente, em cima de mim e sorrindo para mim. Bipolar do caralho. Ele me olhava tão profundamente que por um minuto eu pensei que ele diria algo romântico, mas…

— Você é tão feia quando acorda - disse ele ainda me olhando e eu o olhei espantada.

— Como é que é?

— Cara amassada, olhos esbugalhados, cabelos pro alto.

— Vai se foder - o olhei séria.

— Mais tarde - me olhou malicioso e depois saiu de cima de mim - desça quando estiver pronta.

— Não, vou ficar aqui esperando você adivinhar que estou pronta - ironizei e ele me ignorou.

[...]

Eram quase três horas da manhã e estava um frio infernal. Justin havia me acordado para irmos roubar o galpão onde Miguel guardava suas drogas. Tínhamos treinado durante uma semana e enfim era chegado a hora.

Justin, Ryan e alguns seguranças de confiança estavam na parte da frente. Eles seriam nossos olhos na parte de fora, estavam encarregados de abater qualquer um que pudesse interferir. Mais atrás, bem escondido, havia um caminhão pronto para ser abastecido com cargas roubadas.

Chris, Chaz e eu estávamos na parte de trás do galpão, que não era muito grande, esperando a troca de seguranças começar para conseguirmos entrar. Quatro de cinco seguranças saíram e o coitado que ficou foi morto por Chaz e teve seu corpo arrastado até a mata. Era uma péssima localização para se ter um galpão de drogas, até porque uma estrutura bem feita no meio de uma mata é algo suspeito. Havia também poucos seguranças, o que era mais uma coisa suspeita.

Me posicionei com a arma em mãos e apontei ela pra porta esperando Chris abri-la. Ele abriu de uma só vez, mas não tinha nada. Quase atirei no vento. Mesmo sem entrar podíamos ver que estava tudo vazio. O lugar era um oco, tinha apenas uma grande bancada de ferro no centro.

— Chris, tem certeza que é aqui?

— Eu observei durante uma semana, tem que ser aqui.

— Me parece mais uma armadilha, cara - comentou Chaz.

— O seguranças estão voltando, já entraram? - perguntou Justin pelo ponto eletrônico.

— Ainda não.

— Por que não?

— Porque não tem nada aqui.

— E como sabem se não entraram? - ouvimos passos e nos entreolhamos.

— Vamos, não haveria seguranças sem ter alguma coisa aqui - sussurrou Chris e rapidamente entramos. A porta atrás da gente se fechou em um baque alto e dois segundos depois vários tiros foram disparados em nossa direção. Nós três saímos correndo em direção a bancada e nos jogamos atrás dela - Celeste, você tá sangrando - me olhou assustado enquanto milhares de tiros eram direcionados a bancada.

— O quê? - olhei para o meu braço e eu havia levado um tiro de raspão que devido a adrenalina não estava doendo - Mas que caralho.

— Gente, não tem vozes, nem passos. Acho que são automáticas com sensores de movimento.

— Ah, fudeu então. Nem sabemos quantas balas elas têm - o som de tiro era absurdamente alto, eu não podia ouvir meus próprios pensamentos, mesmo depois que haviam cessado - Justin? - chamei pela escuta, mas não obtive resposta - Bieber? Cadê você, porra?

— Acho que estão bloqueando nossa comunicação - disse Chris com as mãos nos ouvidos - não devíamos ter entrado, é uma armadilha.

— Ah jura, gênio? - debochou Chaz - Temos que sair daqui.

— E eu que sou o gênio? - perguntou Chris fingindo falsa incredulidade.

— Ah para vocês dois, não quero que essa discussão ridícula de vocês seja a última coisa que eu irei ouvir antes de morrer - revirei os olhos - vamos fazer um teste - tirei meu sapato e joguei do outro lado da sala. As armas o seguiram e dispararam, mas logo depois voltaram pra gente, cerca de quatro segundo depois.

— Eu contei dois segundos de resposta e quatro de tiro.

— Eu vou fazer vocês me darem um par novo de sapatos - falei tirando a minha outra bota.

— O que você vai fazer? - perguntou Chris me olhando assustado. Chaz me olhava estranho.

— Você é esperta - disse Chaz e eu rir, ele já sabia o que eu ia fazer.

— Dá pra alguém me explicar - suplicou Chris.

— Espere e verás - rezei mentalmente e me posicionei. Um joelho no chão e outro dobrado, pronta para dar um salto. E foi o que eu fiz, levantei rápido e joguei a bota entre as duas automática, elas seguiram o movimento da bota e atiraram em si mesmas, se destruíram enquanto eu me jogava no chão.

— Deu certo? - perguntou Chaz ansioso.

— Eu acho que sim.

— Acha? - me perguntou perplexo. Chris levantou de uma só vez e eu fiquei assustada.

— É, deu certo - o olhei ainda assustada - o que foi? Eu confio em você.

— Oh que romântico - disse Chaz levantando enquanto Chris me ajudava a sair do chão onde eu havia me jogado - pena que já é do Bieber.

— Para de falar merda, Charles e vamos cair fora daqui - disse o moreno impaciente. Rir baixinho.

— Gente - chamei a atenção dos dois ao ver um papel em cima da mesa - acho que deixaram um recado - Chris veio e pegou a folha, leu o que estava escrito e depois a amaçou com raiva - o que tem escrito?

— "Saiam e contemplem a minha glória, se puderem" - duas batidas fortes foram dadas na porta antes dela ser aberta com brutalidade. Mal tivemos tempo de pegar nossas armas e já haviam vários homens armados nos apontando como possíveis alvos.

— Larguem as armas - gritou o moreno mais a frente e não tendo outra escolha assim fizemos - saiam, o chefe quer ver vocês - em passos curtos e lentos nos dirigimos até o lado de fora. Justin e Ryan estavam lado a lado, ambos com armas apontadas para suas cabeças. Miguel estava a frente deles e me olhava com um sorriso quase que demoníaco. Tínhamos caído em uma bela armadilha.

— Ora ora, o que temos aqui - disse o demônio se aproximando de mim - não contava que Justin iria trazê-la, mas obrigada, me poupou um plano exaustivo de sequestrá-la daquela pobre mansão - olhei para Justin e nossos olhares se cruzaram, pude ver um resquício de medo passar por seu olhar.

— Está falando tão bem, nem parece que sequer concluíu o ensino médio - o olhei sarcástica e ele riu.

— Soube que essa é a moda entre os traficantes. Parece que as vadias gostam de abrir as pernas pra homens arrumados e metidos a filhinho de papai - sarcasmo estava em cada palavra que dissera, junto com veneno que quase escorria de sua boca - gostou da minha roupa, querida? - deu uma volta com os braços levantados. Ele vestia uma calça jeans preta e uma blusa social preta, junto com seu cordão de ouro que nunca saía de seu pescoço - Se soubesse que estaria aqui, teria vestido um terno - riu de escárnio - sempre soube que era uma vadia interesseira.

— Se sabe que sou uma vadia interesseira então porque insiste em me ter? Deveria arranjar uma mulher direita, então.

— Você nem sempre foi uma puta. Posso te transformar numa mulher de verdade, nem que pra isso eu tenha que te matar - se aproximou de mim e colocou uma de suas mãos em meu queixo, obrigando-me a olhar diretamente em seus olhos - você é minha, tá bom? Sempre foi e sempre vai ser.

— Vai se foder - ele me olhou sem esboçar nenhuma reação e me deu um belo tapa em seguida.

— Acho melhor você me respeitar. Não sou nenhum Bieber metido a romântico, não sou boiola como ele. 

— Não sabe tratar uma mulher, é isso que está dizendo - o provoquei e ele me deu outro tapa.

— Seu filho da puta - gritou Chris atrás de mim. Miguel o olhou e riu.

— Acabem com ele - vários homens foram em direção a Chris e o socaram, chutaram, o maltrataram de todo jeito.

— Para com isso, peça para pararem - supliquei a Miguel vendo que Chris já estava com o rosto lavado de sangue - por favor - o olhei implorando e ele levantou a mão, imediatamente seus capangas ficaram imóveis.

— Viu, querida? Sou eu que mando. Basta um simples movimento e eles me obedecem. Isso tudo pode ser seu também, basta vim comigo por livre e espontânea vontade - colocou suas mãos em cada ombro meu e me olhou no fundo dos olhos - caso contrário, todos eles morrem - em seguida ele sorriu como se tivesse ouvido uma piada - então, o que vai ser?

Olhei para os meninos e eles tinham inúmeras armas apontadas para suas cabeças. Justin me olhava dizendo para não aceitar, temendo pelo pior, mas o que eu podia fazer? Resistir e vê-los todos morrerem e ainda sim ser levada a força? Eu não tinha poder ali, nenhum de nós tinha e ele sabia disso. Então ele me lançou um olhar de desculpas, mas ele não tinha que se desculpar, não era culpa dele, não era culpa de ninguém além de Miguel.

— Eu vou com você - ele soltou um grunhido de comemoração - se não matá-los.

— Claro, claro - disse em um tom cínico - vamos? Aliás, cadê seus sapatos?

— Lá dentro.

— Peguem - ordenou e logo dois seguranças entraram e saíram trazendo meus sapatos - vamos, querida - peguei minhas botas e o deixei me conduzir até seu carro. Ele abriu a porta para mim, fingindo ser um cavalheiro e depois entrou no carro. Ligou o motor e antes de dar partida ele abaixou o vidro da janela ao seu lado - podem bater neles até cansar, só não os mate, preciso que estejam de pé para ver minha glória.

— Não! - exclamei ao ver os meninos serem rodeados de homens e depois receberem uma bela surra - Você prometeu. 

— Eu não prometi, mas falei que não iria matar e não vou. Mas também não serei tão bonzinho a ponto de saírem sem nenhum arranhão - o olhei com desprezo e repulsa. Ele colocou a mão na minha perna, sob a calça jeans, e subiu até encostar com o lado dos dedos na minha intimidade - pronta para ter um novo recomeço?

— Nem em mil anos.

— Ah querida, você vai estar pronta, querendo ou não - ele tirou a mão de mim e arrancou com o carro em direção à minha doce tormenta, ao meu inferno gratuito, ao meu pior pesadelo.


Notas Finais




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