História Dusk Till Dawn - Meeting the family- Part 2

Depois de uma longa caminhada até em casa, percebo que a animação da ruiva ao meu lado havia se esvaído um pouco. 

 Estamos paradas há alguns passos à frente ao hall de entrada e a Cullen não faz esforço para esconder a sua apreensão, ela morde os lábios rosados constantemente e torce o cabelo com toda força possível.

 Cansada de vê-la assim, pergunto: 

 - Vai me contar o que está te deixando preocupada? - Afago sua mão, a qual eu não havia soltado desde a casa de vidro, na intenção de acalma-la. 

 Renesmee suspira pesadamente.

 - E se seus tios não gostarem de mim? - A angústia é visível no tom de voz, assim como uma certa vergonha por estar admitindo a sua insegurança. 

 Eu achava que não tinha como ela se tornar mais agradável através dos meus olhos... Mas, como a maioria das vezes, eu estou errada.

 - Para ser sincera, isso não importa para mim... Porque eu gosto de você. - Encaro seu rosto. 

 A ruiva arregala os olhos enquanto sorri minimamente, entretanto, mal tive tempo de apreciar sua expressão porque logo a mesma balança a cabeça em forma de negação e um bico toma conta de seus lábios.

 - Não é assim que as coisas funcionam, Marshall! - Ela rosna irritada me fazendo gargalhar.

 Como que ela consegue ser tão fofa enquanto está brava? 

 - Você está rindo de mim? - Ela vocifera ainda mais alto e seus olhos se tornam estreitos como uma águia. 

 Opa! 

 Em questão de segundos, a Cullen pula em cima de mim e agarra meu pescoço no mesmo momento que rodeia meu corpo com suas pernas. Cambaleio com o ataque repentino, mas logo o equilíbrio volta e me ponho ereta novamente, coloco meus braços em volta de seu tronco e a aperto com força contra o meu. 

 A ruiva puxa meu cabelo me causando um leve desconforto na nuca, mas não forte o suficiente para doer. 

 - Hahaha tudo bem, baixinha, você ganhou. - belisco sua cintura levemente enquanto o sorriso no meu rosto se aumenta gradativamente. 

 Renesmee solta meus fios castanhos e deita sua cabeça em meu ombro tentando esconder o rosto completamente vermelho. 

 - Meus tios vão adorar você, só um louco não adoraria. É o ser humano mais incrível que já conheci. - Com o tom de voz calmo, sussurro em seu ouvido, sendo recompensada com a visão dela se arrepiando. 

 - Obrigada. - Ela levanta o rosto minimamente para poder me olhar e dá um sorriso de lado. 

 Linda. Eu sempre me fascinei com sua beleza, mas nesse momento ela está tão perto que posso aprecia-lá melhor. 

 Desde o cabelo ruivo e cacheado que cai pelo seu rosto em uma cortina acobreada e a deixa com uma ar selvagem e delicado ao mesmo tempo, á suas mãos macias que me fazem surtar de adrenalina quando o calor delas tocam minha pele, até os seus olhos castanhos-chocolate que sempre estão brilhando, tão puros e intensos que perco a noção do mundo ao redor. 

 Ela é única, como uma jóia rara que de algum modo cruzou a minha vida. O que mais eu posso fazer se não admira-la? 

 - Hope? - A voz de Davina me tira de meus devaneios e assusta a garota em meu colo. 

 A Cullen desgruda de mim tão rapidamente que acaba não sabendo conduzir seus movimentos e acaba caindo no gramado. 

 - Renesmee! - Falo e estico a mão ao vê-la esparramada no chão. - Está machucada? 

 - N-não, estou bem. - Ela gagueja envergonhada e se apoia em minha mão para levantar. 

 Após me certificar que ela não está ferida, olho para Kol que está rindo escandalosamente enquanto Davina lhe lança um olhar reprovador.

 - Você está bem, querida? - A morena se aproxima de nós e sorri para a ruiva. - Quer algum remédio para dor? 

 - Não, foi um tombo leve. - Responde a garota com o rosto tão vermelho que poderia fazer inveja a um tomate. 

 -  Entendo, eu sou Davina e esse é meu marido, Kol Claire, é um prazer conhecê-la. - A mulher os apresenta gentilmente e lhe dá um abraço rápido, que é retribuído. 

 Vejo meu tio, que já está ao lado da esposa novamente, franzir a sobrancelha ao ela pronunciar “Claire” ao invés de “Mikaelson” 

 - Eu sou Renesmee Cullen. 

 - A neta de Carlisle. - Davina diz surpresa e a ruiva concorda com a cabeça. - Seu avô é um ótimo médico, eu tive o prazer de conhecer Esme também, uma mulher encantadora. Adoraria conversar mais com você, querida. Hope pelo menos te convidou para almoçar? Ela tende a ser rude as vezes. 

 - Ei! - Me indigno e as duas riram.

 - Ela me convidou sim, senhora Claire. Hope é muito gentil comigo. 

 Sinto meu rosto esquentar, mas logo me recomponho ao ver os olhares surpresos de meus familiares com o comentário da garota. Simplesmente dou de ombros. 

 - Na verdade, eu a chamei para passar o dia inteiro comigo. 

 - Você é rápida, ela é bem bonita. - Kol comenta malicioso e me lança um piscadela. 

 - Não é o que você está pensando, meu Deus! - Dou uma cotovelada nele e o mesmo finge sentir dor. - Dramático. - Resmungo e ele ri novamente.  

 Olho para minha amiga, preocupada com que ela fosse se incomodar com as insinuações do meu tio, mas ela nos encara com um semblante confuso, como se tentasse entender nossa conversa.

 Bendita seja sua inocência.

 - Renesmee... Esse é um nome muito grande, não acha? Você tem algum apelido? - O homem pergunta e eu o olho inconformada, como ele pode agir como se a conhecesse há anos? 

 - Minha família costuma me chamar de Nessie. - A ruiva responde animada, como se gostasse da ideia de ser chamada pela abreviação.

 - Ótimo, vai ser um prazer almoçar com você, Nessie. - Ele beija as costas de sua mão. - Vamos entrar, meninas, eu vou preparar a comida. 

 Ele estende o braço para esposa que aceita imediatamente.

 - Fique á vontade, meu bem. - Davina se vira para a ruiva. - Estaremos na cozinha, se precisar de qualquer coisa.

 - Muito obrigada, senhora Claire.

 - Pode me chamar de Davina. 

 - Claro, Davina. - Ela repete sorrindo. 

 Assim que o casal some porta a dentro, eu nego com a cabeça inconformada. Menos de cinco minutos de conversa e a Cullen já havia cativado os dois por completo.  

 E Renesmee ainda duvida da sua capacidade de persuasão! 

 - O quê foi? - A garota me pergunta curiosa ao ver minha expressão inconformada e pega minha mão outra vez. 

 O choque percorre aonde ela toca. 

 - Não é nada. - Beijo sua bochecha. - Eles te adoraram.

 - Eles são uns amores e muito receptivos. 

 - Na verdade, me sinto na obrigação de avisar que meu tio pode ser um pouco inoportuno as vezes. - Falo apreensiva, já imaginando os comentários do moreno.

 - Não se preocupe, você conheceu Emmett, não é? - Ela ri docemente.

 - Kol consegue ser ainda pior! - A acompanho na risada. - Vem, vamos conhecer a casa.