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História Dusk Till Dawn - Start Over


Escrita por: HunterOfSoul

Notas do Autor


Oi meus amores, como vocês estão? Mais um capítulo reescrito, espero que gostem. Kisses ❤️

Explicando a foto: Mackenzie, assim como no filme, será a minha Renesmee, mas a fic será como nos livros e seus olhos serão da cor chocolate como os da Bella.

Capítulos reescritos; 2/18

Capítulo 2 - Start Over


Fanfic / Fanfiction Dusk Till Dawn - Start Over

 

 Pov’s Hope 

 

 A madrugada está sombria, sem estrelas ou cometas no céu, até mesmo a luz da lua é coberta por uma densa neblina. 

 Tem algo na beleza da noite que para outras pessoas pode até ser assombroso, mas que sempre me atraiu. Desde pequena gosto da tranquilidade desse horário do dia, então tenho o costume de sair para caminhar quando não consigo dormir, me sinto bem com o ar que a solitude trás aos meus pensamentos sem a influência externas de pessoas ou poluições visuais e sonoras. Só eu, meus fones de ouvido e o caos instalado na minha cabeça. 

 Em Mystic Falls eu costumava andar pelas ruas largas da cidade, mas a minha mais nova casa em Forks fica ao lado de uma enorme floresta, na verdade, a cidade inteira é rodeada por árvores, plantas e muito musgo, então estou explorando essa nova área. 

 Está frio e garoando levemente, nada que o casaco que Rebekah havia me enviado não me protegesse. Minha tia, sempre tão precavida comigo, me livrou de ter que fazer compras e montou meu guarda roupa inteiro com peças de inverno, agradeci á ela umas mil vezes no telefonema que recebi assim que cheguei aqui.

 Hoje faz uma semana que estou morando com Kol e Davina, sempre fui muito apegada a eles, porém assim como no internato, a falta que meus pais fazem ainda persegue o meus pensamentos, esses que estão tão enlouquecidamente altos que  me deixa desnorteada, desligo a música em meu celular e o guardo no bolso da calça grossa de moletom que estou usando. 

 Ainda admirando a quietude que paira, percebo que foi uma ideia inteligente deles me fazerem mudar para cá, julgo dizer que Forks é a cidade mais tranquila dos Estados Unidos, com uma população limitada e pouca atrações turísticas, até alguém como eu pode fugir do destino de sempre arrumar confusão.

 Olho ao redor, estremecendo mais com a caída repentina da temperatura e o aperto da chuva, a decisão sensata nesse momento era dar a meia volta e ir correndo para casa, mas algo puxa a minha atenção; flores. Escondida entre as folhagens escuras e densas, vejo o começo de uma trilha com pequenos brotos de lavanda que começam a nascer do chão. Cheia de curiosidade, não penso duas vezes ao segui-la. 

 A trilha é estreita, ao ponto que duas pessoas não consigam andar lado a lado, mas não muito longa. Sigo com passos largos e em menos de cinco minutos chego em uma campina. A mais bela campina que já vi em toda a minha vida, rodeada por árvores como um local privado e bem cuidado, o roxo dos arbustos de alfazema são destacados pela grama  extremamente verde, não me admiraria se esse lugar tiver um cuidador, é bonito demais para ser apenas um lugar largado no meio da floresta. 

 Sento no meio da flores e admiro o perfume delas, suspirando quando sinto uma paz interior desconhecida enquanto a água que cai do céu molha meus cachos castanhos. Logo, como nenhuma sensação boa permanece em meu corpo por muito tempo, lembro da promessa que fiz a minha família e me entristeço novamente. Prometer abdicar da minha magia e viver o mais humanamente possível e só ver meus pais e meus outros tios de três em três meses quando fosse para Nova Orleans, foi a decisão mais difícil que tive de fazer em minha vida. 

 Droga, como uma bruxa deve viver sem magia?

 Um pequeno fleche de luz vindo da direção norte da onde estou me tira dos meus pensamentos conflitantes e a chama da curiosidade se acende novamente. Me levanto batendo a mão na calça para tirar a grama que grudou na mesma e, sem hesitar, me enfio entre as árvores novamente para segui-la. 

  Dou passos ágeis e a cada segundo, o clarão vai ficando ainda mais forte e chamativo, quando chego na fonte de toda a energia, exclamo um silencioso “uau” com o meus lábios. 

 Estou de frente para a entrada de uma residência, uma gigantescas e bela casa espelhada com vidros, possibilitando uma visão perfeita do interior dela. Uma conjunção perfeita entre o moderno e o rústico, pois seu revestimento é feito todo de madeira. Uma delicada melodia começa a tocar e meus olhos procuram agitados de onde ela vem. 

 No penúltimo andar da casa, um homem com os fios cor de bronze toca um piano de calda branco com total maestria, seus movimentos nas teclas são tão ágeis que mal posso nota-los a olho nú. Uma adolescente esguia entra na sala com o cabelo um ou dois tons mais claros que o homem preso em um coque no topo da cabeça, não vejo seu rosto pois a mesma se apoia no instrumento musical de maneira que fica de costas para a janela.

 Começo a sentir uma necessidade estranha de ver sua face, nego com a cabeça totalmente descrente comigo mesma. Devo estar enlouquecendo, observando estranhos em sua casa no meio da floresta. 

 Uma luz rosada começa a tomar conta do céu, o amanhecer chegou. Meu corpo fica alerta e olho para o relógio em meu pulso apavorada, quanto tempo perdi? Dou uma última olhada para as pessoas que ainda estão entretidas com a sua música e saio correndo pelo mesmo caminho que havia feito mais cedo. 

 

 

 *****Dusk till Dawn *****

 

 Quando finalmente chego na entrada de casa, estou completamente ofegante e posso sentir meus pulmões arderem como brasas em meu peito. 

 A residência de meus tios é típica de uma família de classe média-alta, um padrão fora do comum de Forks, mas nada que chamasse muita atenção dos outros habitantes. 

 

 “Nada como a casa que vi no meio da floresta.” - Penso ainda indignada com o padrão elevado daquele lugar para uma cidade tão pequena como essa. 

 

 Do lado de fora do meu novo lar tem um pequeno jardim com lindas orquídeas brancas e amarelas, cercado pelo clichê da cerca branca, Tia Davina não mediu esforços para trazer a imagem de “bom casal”, agora família, para a cidade.

 Subo a pequena escada que dá para o hall de entrada e vejo um gato preto descer do enorme balanço azul marinho, será que é um mal sinal? Ignoro as crenças supersticiosas e finalmente entro pela enorme porta de nogueira, tiro meu casaco e botas que estão molhados por conta da chuva e deixo dentro do pequeno armário que tem na entrada. 

 A parte de baixo da casa é dividida pelo extenso corredor aonde tem a enorme escada que dá para os quartos, as janelas são bem amplas então a luz natural irradia todos os cômodos que são interligados entre si, separados apenas por portas de vidro e divisórias do mesmo material, o piso de carvalho e as paredes pintadas com tons quentes trazem um ar acolhedor, do meu lado esquerdo fica a sala de estar e do direito a cozinha. Daqui posso ver meu tio Kol cozinhando atrás da bancada americana e quando o cheiro de bacon e ovos chega ao meu nariz, meu estômago ronca alto. 

 

 - Essa eu ouvi daqui. - Kol grita da cozinha gargalhando. 

 

 - Estou morrendo de fome. - Falo entrando no ambiente e me sentando no balcão ficando de frente pra ele, que pega um prato e coloca  a fritada, empurrando em minha direção logo em seguida. 

 

 - Acordou cedo hoje.

 

 - Eu precisava pensar. - Respondo com a boca cheia e recebo um olhar preocupado, mas ele apenas diz:

 

 - Entendo… - Agradeço mentalmente por ele não me fazer um interrogatório.  - Come devagar, parece até que não te damos comida aqui. 

 

 - Estou em fase de crescimento, preciso comer bem. 

 

 - Só se for para os lados. - O moreno sorri quando lhe mostro a língua. - Bem que falam que os cachorros não hesitam na hora de comer. 

 

 - Está me chamando de animal, tio!? - Finjo que estou ofendida e vejo um vislumbre de brincadeira em seu olhar. 

 

 - Sim, petzinha mais lindinha do titio. - Afina a voz e afaga minha cabeça. 

 

 - Olha aqui, seu…

 

 - Bom dia para vocês também! - Tia Davina nos corta quando entra na cozinha e gargalha em seguida. - Não acredito que vocês já estão discutindo, são apenas seis da manhã!

 

 - Bom dia, tia! Seu marido é insuportável. 

 

 Ele afaga o meus fios mais uma vez. 

 

 - Você me ama. 

 

 - Vai sonhando. 

 

 Kol revira os olhos e começa a servir a esposa que se senta ao meu lado. 

 

 - Vocês não tem jeito. Parecem que tem a mesma idade. - A mulher continua. - Ah, Hope, seu pai ligou agora pouco, mas você estava caminhando. Te desejou boa sorte no seu primeiro dia e mandou lembrar que…

 

 - Já sei. - Desdenho. - Nada de usar minha varinha mágica. 

 

 - Hope! - Kol esbraveja. - Isso é sério, não queremos que você corra perigo, pequena. E para isso acontecer, você tem que ter uma via humana a partir de agora. 

 

 - Você está pior que meus pais. 

 

 - Me prometa que não vai usar magia sem que seja de extrema necessidade! 

 

 - Tudo bem. - Reviro os olhos irritada. - Eu prometo.

 

 - É para o seu bem, meu amor. - Davina diz se levantando e colocando seu prato na pia. - Meu plantão começa mais cedo hoje, tenho que estar no hospital em meia hora, termina seu café e vai direto para o banho. Não quer chegar atrasada no seu primeiro dia de aula, não é?

 

 - Eu não queria nem ir, não posso fazer aula on-line? - Encaro os dois com olhar suplicante.

 

 Não funciona. 

 

 - Não. - Eles me respondem juntos.

 

 - Socializar é importante para as aparências humana. - A morena tenta me entusiasmar, mas isso me causa o efeito contrário.

 

 Cruzo meus braços na altura do peito e bufo como uma criança mimada. 

 

 - Ela está cada vez mais irritante com o passar dos anos. Cada vez mais parecida com Niklaus. - Kol comenta com a esposa. 

 

 - Estou ouvindo. - Elevo o tom indignada. 

 

 - Eu sei! - O vampiro me imita e depois ri com vontade.

 

 Davina nega com a cabeça enquanto também ri, se despedindo em seguida dando um breve “tchau”. Ela beija seu marido, depois faz o mesmo com a minha cabeça e sai apressada porta á fora. 

 Meu tio diz que tem algumas coisas para resolver em Seattle, não presto atenção o suficiente para saber exatamente o quê, então logo ele também se vai. 

 Assim que termino meu café, subo para ir me banhar. O segundo andar da casa é formado por duas suítes e um escritório, a minha fica de frente para o hall de entrada. Meu quarto é espaçoso, com uma enorme cama queen no meio e uma escrivaninha com um notebook e uma prateleira cheia de livros, tem duas portas, uma para o banheiro e outra para um closet de tamanho médio que já está pequeno com tantas peças de roupas e sapatos que Rebekah mandou. Ao lado do banco interligado ao batente da janela, meu cavalete segura uma pintura de uma casa que mal tive oportunidade de morar, mas que sempre será meu lar. 

 Suspiro com o coração apertado de saudades da minha terra natal, Nova Orleans e sigo em direção ao banheiro, me preparando mentalmente para o longo e entediante dia que provavelmente me espera. 

 

 ***** Dusk till Dawn *****

 

Termino de me arrumar e gosto da imagem que reflete do espelho. Estou com uma camiseta de manga vinho bem grossa por baixo da minha jaqueta de couro preta e uma calça do mesmo material.

 Desço em direção a garagem da casa me arrastando pelos corrimãos e o desânimo aumenta quando vejo meu bebê estacionado ali, mas sei que não posso dirigi-lo. Tio Elijah disse que um McLaren 720S chamaria muita atenção em uma cidade tão pequena, então não tenho autorização para dirigir por Forks, nem ao redor da cidade. Até tentei convencê-lo do contrário, mas sei que a única alma viva que consegue fazer isso é minha mãe e ela esta totalmente do lado dele nessa questão. 

 Apesar do sofrimento de não poder dirigir meu carro, eu tirei proveito da situação com algo que eu queria desde muito nova. Meu pai me comprou uma moto, claro que ouvi um sermão de horas da Rebekah do quanto elas são perigosas, mas valeu a pena.

 Não tenho tempo para enrolar mais, já estou atrasada, subo no veículo de duas rodas, coloco o capacete e saio de casa. Gosto da sensação do vento frio batendo contra meu corpo, não está mais chovendo, o que para mim já é de grande ajuda. Porém, não posso aproveitar muito, em menos de quinze minutos eu chego no estacionamento da escola e dou sorte de encontrar uma vaga perto do prédio da secretaria que preciso ir, ao lado de uma caminhonete antiga, rodeada de quatro garotos adolescentes vestidos com enormes jaquetas de uniformes esportivos.

 

 - Bela moto. - Diz um loiro piscando para mim. 

 

 - Obrigada. - Respondo seca, não interessada em me enturmar. 

 

 O prédio era de uma estrutura antiga, assim como os outros, quando entro, meu corpo agradece por sair da friagem. Não é difícil de encontrar a sala que eu preciso, ela é a única com tons chamativos e um enorme letreiro escrito “Secretaria” paira em cima da porta que está aberta. 

 Uma senhora de fios tingidos avermelhados manuseia alguns papéis sem que perceba a minha presença, então a chamo: 

 

 - Hm, com licença? 

 

 - Oh, sim, querida, me desculpe, estava distraída. - Ela para o que está fazendo para me olhar. - Quem é você? Parece um novo rosto, não me lembro de te ver por aqui. 

 

 - Meu nome é Hope Marshall. 

 

 Não posso usar o sobrenome Mikaelson, é um nome muito conhecido pelos nossos inimigos, então resolvi usar o da minha mãe. 

 

 - Ah, a garota nova. - Ela sorri e eu franzo o senho enquanto ela me entrega uma caderneta. - Aqui estão os seus horários, peça para todos os professores assinarem e me entregue na sexta-feira sem falta, tudo bem?

 

 - Claro, obrigada. - Respondo e ouço ela dizer “boa sorte” antes de sair do local e ir em direção a minha primeira aula.

 

 Olho o relógio do lado de fora da sala e saio correndo no mesmo instante, droga, já estou bem atrasada. Assim que vejo um prédio com o número “3” pintado em evidência, entro. Quando chego na sala, observo pela vidraça a mesma lotada e com um suspiro pesado e muita vontade de ir embora, caminho em direção ao professor sem virar para a turma. 

 Ele é um homem que tem por volta dos seus 50 anos, magro e com uma estatura mais baixa que os outros homens da cidade e usa um enorme óculos redondo que fica desproporcional para o seu rosto pequeno e fino.

 

 - Você deve ser a aluna nova, Hope Marshall, não é? - Pergunta assim que lhe entrego a caderneta. 

 

 - Sim, sou eu. A senhora da secretaria me pediu para que assinasse.  - Aponto para o objeto em sua mão. Posso sentir as dezenas de pares de olhos em minhas costas. 

 

 - Claro, lhe dou assinado assim que me mostrar a lição de hoje. - Reviro os olhos e ele finge que não percebe. - Eu sou o senhor Field, se precisar de alguma coisa para se localizar na escola é só me chamar… Deixe-me ver aonde eu vou colocar você. Hm, parece que tem um lugar vago ao lado da Renesmee, pode se sentar ali. 

 

 “Renesmee”? Quem diabos se chama “Renesmee”?

 

 Me viro em busca da minha dupla que tem um nome tão incomum, tão único. 

 Então eu a vejo, e ela realmente faz jus ao incomum, extraordinária é a palavra certa. Com as roupas extremamente femininas e colorida, os fios ruivos ondulados que caiam como um manto até a sua cintura e um maldito par de olhos cor de chocolate que me deixa totalmente desnorteada e a torna ainda mais linda, percebo que Renesmee é realmente única.


Notas Finais


Espero que tenham gostado, kisses❤️😘


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