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História Dusk Till Dawn - Meeting the family - Part 1


Escrita por: HunterOfSoul

Notas do Autor


Heyy my littlest wolves, como vocês estão? Espero que gostem❤️ Esse capítulo vai ser dividido em duas partes✨

Capítulo 9 - Meeting the family - Part 1


*5 dias depois* 

 

A noite anterior viera tão devagar, mas o amanhecer chegara rápido como um piscar de olhos. Todas as madrugadas nos últimos dias nos quais Renesmee não pudera ir para a escola foram assim.

 Como se todo o tempo que temos juntas não fosse o suficiente. 

 Nesse exato momento a Cullen está deitada em minhas pernas enquanto lê um romance de época, ela permanece tão absorta ao drama que não repara enquanto eu admiro as pequenas sardas em seu rosto e as contos uma por uma. 

 O clima está agradável, mas o sol não é mais presente entre as densas camadas de nuvens cinzas que tão caracteriza a cidade de Forks, uma semana atrás isso me desagradaria, hoje porém, me causa uma sensação oposta. A falta de sol é um sinal claro da ganha de tempo que eu vou ter com a ruiva, se eu fosse pesar em uma balança, não parecia um preço muito grande a se pagar. 

 

 - Não é entediante ficar sem fazer nada enquanto eu leio? Eu posso parar um pouco ou te emprestar um de meus livros. – Ela diz docemente depois de perceber meu olhar e corar até as pontas da orelha.

 

 Rio com a sua expressão.

 

 - Não, eu gosto de ficar assim. – Falo enquanto arrumo uma mecha de seu cabelo que estava fora do lugar. 

 

 É estranho perceber como nos tornamos tão intimas em tão pouco tempo. 

 

 - Bom, não vamos poder ficar assim por muito tempo... Já amanheceu, temos que voltar para casa. – Ela suspira parecendo não estar muito feliz com a ideia. 

 

 - Temos mesmo que ir? – Um bico começa a crescer em meus lábios. – Hoje é sábado, podemos  ficar mais um pouco. 

 

 - Hmm... – Ela murmura enquanto se vira para poder ver meu rosto, mas não saindo do abraço. – Que tal você ir para casa, dormir um pouco e depois vamos fazer alguma coisa?... Acho que eu não deixei você dormir bem na última semana. Me desculpa. 

 

 Ela passa a mão na nuca aparentando estar envergonhada e preocupada. Será que ela não percebe como eu durmo tão bem quando estou ao seu lado? 

 A ruiva faz o a grama fria e úmida da campina parecer um colchão de luxo. 

 

 - Eu estou bem... Mas você aparenta estar cansada, não dormimos hoje. 

 

 É verdade, passamos a noite inteira conversando sobre as teorias dela sobre o livro, explicando as características de cada personagem, com quem ela queria que a mocinha ficasse, como seria o desenrolar perfeito em sua opinião...  Romance não é o meu gênero literário favorito, mas eu poderia passar dias apenas olhando o entusiasmo em seus olhos e gestos. 

 

 - Estou um pouco. – Ela concorda. – Mas quero ficar mais tempo com você.

 

 Sorrio abertamente com a sua fala, é reconfortante perceber que essa vontade arrebatadora de ficar ao seu lado não parte só de mim.

 Uma ideia surge em minha mente, então com cautela pergunto:

 

 - Então... Por que você não passa o dia lá em casa?

 

- Seus tios não se importariam? – Ela arregala os olhos. 

 

 - Com certeza não, eles gostariam até demais de ver que eu estou fazendo amizades novas. 

 

 - Pode ser. – Ela sorri fazendo a forma de sua bochecha rosada ficar maior. – Mas eu tenho que avisar minha família antes.

 

 - Achei que você não podia sair comigo. – Falo rindo me levantando e estendendo a mão para que ela fizesse o mesmo. 

 

 - E não podia, mas tia Alice me encobriu, ela falou para os outros que me viu te convencendo de que o lance do sol era coisa da sua cabeça. – Renesmee começa a andar me guiando em direção a sua casa.

 

 - Por que ela fez isso? 

 

 - Não sei, mas suspeito que ela teve alguma visão relacionada a nós duas e não contou para o resto da família. 

 

 - Visão? Como uma vidente? 

 

 Ela para de andar e me olha assustada, provavelmente se lembrando do nosso acordo.

 

 - Falei demais, não foi? 

 

 - Tudo bem, pode me falar, uma hora outra nós vamos ter que descobrir o que somos. – Afago seus ombros em uma tentativa falha de acalma-la.

 

 - Eu sei... – Fala melancólica e volta com os passos mais lentos do que anteriormente. – Só queria prolongar essa vida normal por mais um tempo. 

 

 - É, eu também. – Concordo pensando em como tudo foi tão tranquilo nos últimos dias. 

 

 Ficamos em silêncio por um tempo, os ombros dela está encolhido, com certeza assim como eu, está amuada com a ideia de algo mudar quando o nosso lado sobrenatural vir a tona.

 

 - E então, hoje não vai fazer sol mesmo? - Pergunto para quebrar o clima, eu já sei a resposta, mas a tensão que está emanando dela é demais para não perturbar meus pensamentos.

 

 Pelo jeito funcionou, a ruga entre as suas sobrancelhas sumiu e um pequeno sorriso voltou a seu rosto. 

 

 - Não, fazia tanto tempo que eu não saía de casa... - Ela suspira animada enquanto olha para o céu nublado.

 

 - E tem certeza que quer passar o dia enfurnada em casa comigo? - Pergunto cabisbaixa com a ideia de estar roubando o seu tempo do lado de fora durante o dia. 

 

 - Com certeza. - Ela afirma ainda completamente entusiasmada, mas logo sua expressão se fechara novamente. - Posso aproveitar todos os dias nublados pelo resto da minha vida, mas não sei quanto tempo ainda terei com você.

 

 O pavor oculto através dessa frase é mais arrebatador do que uma lâmina atravessando meu peito.

 A nitidez de seu medo nessa pequena sentencia me fez perceber o quão perigosas somos uma para outra, se não fisicamente, psicologicamente. Provavelmente não aguentaríamos uma separação depois de envolvermos tantos sentimentos, ainda que confusos, nas nossas vidas que já eram agitadas demais. 

 Sei que uma pessoa sensata se afastaria antes que as coisas se tornassem mais sólidas e eu ficasse ainda mais a mercê da ruiva, porém eu sou egoísta demais para isso.

 

 - Bom, não vai precisar se preocupar com isso, me verá na escola todos dias. - Finjo não entender seu comentário e ela aceita a mentira de bom grado. 

 

 - Verdade, eu não vou te deixar em paz. - Ela fala a última parte um pouco envergonhada.

 

 - Estou contando com isso... - Sorrio abertamente. - As gêmeas estão loucas para conhecer você. 

 

 - Suas melhores amigas? - Afirmo com a cabeça. - Elas parecem ser simpáticas. 

 

 - Josie com certeza, Lizzie é um pouco obstinada, mas tem um coração que não cabe no peito de tão grande, mesmo que ela não goste que percebam. Elas são as únicas amigas que eu tenho, além de você, é claro. - Seus olhos brilham em minha direção e percebo que o último comentário a agradou. 

 

 - Eu entendo, Jacob e Seth são tudo o que eu tenho também.

 

 - Eu fiz dupla com Seth essa semana, ele é bem animado, vocês são muito parecidos em questão de personalidade, só que você cora com mais facilidade. - Aperto sua bochecha direita e ela automaticamente fica vermelha como se comprovasse meu comentário.

 

 - Todo mundo diz isso. - Ela ri brevemente. - Nós dois falamos mais do que a nossa boca e as pessoas ao nosso redor são capazes de suportar.

 

 Meus lábios se repuxam ao pensar no adolescente sorridente que faz parte do trio de amigos da ruiva. O moreno se demonstrou uma boa companhia quando fomos colocados como dupla na aula de sociologia há dois dias atrás, até me deixara dormir ao ver meu cansaço e fizera toda a lição sozinho. 

 Porém, o sorriso some quase que automaticamente ao pensar no outro integrante do grupo. Jacob não gosta de mim e o sentimento é recíproco, mesmo tendo nos encontrado apenas uma vez, a primeira impressão não fora lá muito boa. 

 

 - Por que seu outro amigo não foi para escola essa semana? Ele não parecia brilhar que nem você naquele dia da campina. - Digo não podendo conter a minha curiosidade, mas cautelosamente com medo de causar uma reação ruim. 

 

 - Jake não costuma ir para escola quando está sol para me fazer companhia. - É nítido o carinho em sua voz.

 

 Um sentimento estranho se torna presente em meu peito, a sua frase me incomoda de uma maneira que eu não consigo entender. 

 Por que ela gostar do melhor amigo me perturba tanto? 

 Todavia, antes que ela percebesse minha antipatia pelo garoto e ficasse magoada, mudo de assunto rapidamente: 

 

 - Que tal ficarmos um tempo na hidromassagem e depois assistimos algum filme na programação de hoje?  - Pergunto realmente querendo saber a sua opinião.

 

 - Você tem uma hidromassagem em casa? - Ela pergunta surpresa.

 

 - Sim, eu pedi para o meu tio assim que cheguei, mas não contava com o tanto de frio que faz nessa cidade. Mas hoje o clima está bom o suficiente para não morrermos congeladas, o que acha? 

 

 - Eu adoraria! Nunca entrei em uma hidromassagem. - Ela comenta.

 

 - Nunca? 

 

 É impressionante como cada assunto relacionado a ela me desperta um interesse descomunal. 

 

 - Não, não posso ficar ao ar livre quando está quente e, diferente da minha família, sinto frio. - Ela solta uma pequena risada, não percebendo que soltou uma informação valiosa para as minhas teorias.

 

 - Então você nunca entrou em uma piscina também? 

 

 - Entrei uma vez quando era mais nova enquanto morávamos no Alasca, mas era aquecida e coberta. Vovó viu minha animação e decidiu que ia construir uma atrás de nossa casa, mas seus planos foram por água abaixo quando eu peguei um resfriado no dia seguinte e o restante da família concordou que não seria uma boa ideia se iríamos sempre viver em lugares frios. 

 

 Ela suspirou, eu ia tentar reconfortada-la quando ela exclama: 

 

 - Olha, chegamos! 

 

 Desvio minha atenção dela e vejo a sua casa, mas a surpresa estampada em meu rosto não é por causa da beleza inegável da enorme casa de vidro. Mas por ela ser a que eu encontrei sem querer quando cheguei em Forks.

 No mesmo instante lembro da cena da menina apoiada no piano de costas para mim, só poderia ser Renesmee. Então quem estava tocando era... 

 

 - Papai! 

 

 A ruiva sai do meu lado e corre em direção ao homem que tinha acabado de sair pela porta da frente. Ele a abraça em seus braços no mesmo instante. 

 

 A semelhança entre os dois é assustadora, as mesmas feições belas e delicadas em ambos rostos, o sorriso de lado que tão caracterizava a menina agora era reprisado nos lábios do mais velho, assim como os fios ruivos que brilhavam mesmo com o céu nublado. 

 Eles são tão parecidos, as únicas diferenças são a pele extremamente pálida do homem e os grandes olhos chocolates da sua versão feminina. 

 

 - Nessie, não vai me apresentar sua amiga? - Ele pergunta, a curiosidade atingindo o seu tom de voz. 

 

 - Oh sim! - Ela sorri e vem em minha direção pegando uma das minhas mãos e me puxando para ir de encontro ao Cullen. - Hope, esse é meu pai. Pai, essa é Hope, eu te falei dela. 

 

 - É um prazer em conhecê-lo, senhor. - Aperto sua mão enquanto o analiso melhor de perto. 

 

 - Me chame de Edward, por favor. - Ele retribui o aperto, seu toque é frio comparado ao de sua filha. 

 

 Ele usa roupas formais de adultos, assim como o corte de cabelo, mas o seu rosto juvenil se passaria facilmente por um adolescente. 

 Assim que meu pensamento se completa seu rosto se franze um pouco tenso. Mas minha atenção é distraída quando ouço passos apreçados em nossa direção.

 

 - Pequena! - Uma voz grossa chama enquanto se aproxima

 

 O homem alto e grande com a pele tão pálida e olhos tão dourados quanto Edward, abraça Renesmee e a rodopia no ar como se ela não pesasse mais do que uma boneca. 

 

 - Tio Emmett! - Ela gargalha e grita ao mesmo tempo. 

 

 - Emmett, coloque-a no chão, ela vai vomitar. - Um homem loiro fala enquanto desce os degraus da entrada.

 

 O moreno obedece imediatamente e coloca a sobrinha no chão, ela cambaleia um pouco e, preocupada com que fosse cair, automaticamente coloco meu braço ao redor dela para que se apoiasse em mim. 

 A ruiva sorri agradecida e eu retribuo o gesto.

 Com o canto do olho vejo Emmett arquear a sobrancelha em direção ao pai da minha amiga que dá de ombros, mas o lábios estavam levantados em um sorriso de lado.  

 

 - Esse é meu avô e meu tio, Hope. - Renesmee os apresenta depois de recuperar o equilíbrio. 

 

 - Fico feliz em conhecê-la, senhorita Marshall. - O homem loiro fala enquanto me abraça delicadamente. 

 

 - Digo o mesmo. - Eu retribuo o gesto. 

 

 Diferente dos filhos, ele veste roupas de meia idade, mas ainda assim elegantes por baixo do jaleco. Pequenas rugas estão espalhadas pela belíssima face do homem, elas são tão bem feitas que provavelmente enganaria um humano comum em questão da sua aparência.

 Mas minha família usa a mesma tática de maquiagem quando queriam se passar por pessoas mais velhas, então eu sei reconhecer quando as rugas são falsas.

 

 - Por que sua família faria isso? - Edward pergunta com a voz preocupada se virando para mim. 

 

 - Perdão? - Pergunto assustada, ele respondeu meus pensamentos?

 

 - Ah, quero dizer, por que você veio morar em Forks? - Ele sorri tentando aparentar estar calmo, mas suas sobrancelhas ainda estão franzidas. 

 

 - Hmm... - Tento formular uma frase, ainda assustada com o primeiro comentário. 

 

 - Os pais dela morreram e ela veio morar com os tios. - Renesmee responde em meu lugar e lança um olhar irritado para o pai.  

 

 Antes que ele pudesse responder, uma mulher morena e com os mesmos olhos dourados do restante da família se aproxima e fala:

 

 - Filha? Achei que não viria para casa hoje, você demorou, estava preocupada! 

 

 Ela beija a testa da ruiva e o clima tenso vai se esvaindo aos poucos. 

 

 - Na verdade mãe, eu vim perguntar se poderia passar o dia na casa da Hope. - Ela fala esperançosa e forma um biquinho em seus lábios. 

 

 A ruiva consegue ser bem manipuladora quando quer, tenho que admitir.

 

 - Amor... - Bella começa mas Renesmee a corta: 

 

 - Por favorzinho, mãe, eu vou estar em segurança, se qualquer coisa acontecer eu prometo que te ligo. 

 

 Ela puxa suas mangas como uma criança hiperativa e eu dou uma leve risada com isso.

 A mãe olha para Edward que afirma com a cabeça, fazendo a morena suspira.

 

 - Tá bom, você pode ir... Mas eu quero que me mande mensagem assim que chegar lá, tudo bem? E atenda quando eu ligar.

 

 - Obrigada mãe, pai, amo vocês! - Ela beija as bochechas dos dois eufórica e se vira para mim. - Eu só vou pegar minha roupa e a gente já vai, tudo bem?

 

 - Claro. - Sorrio abertamente vendo ela entrar pela casa apressada. 

 

 Assim que ela se perdeu entre os cômodos da casa, Bella começa a me fazer algumas perguntas, provavelmente tentando se convencer de que eu sou segura para ser amiga de sua filha. Por algum motivo, toda vez que eu respondo ela olha de relance para o marido, esperando uma quase imperceptível afirmação dele. 

  

 - Você tem personalidade, garota! - Emmett diz rindo depois de eu admitir que já tinha brigado na minha antiga escola, mas que foi necessário.

 

 Eu sinto que mentir para essa família está fora de cogitação, principalmente com Edward me encarando como se soubesse todos os meus segredos. 

 

 - Vamos? - Ouço a doce voz de Renesmee perto de mim e eu afirmo com a cabeça surpresa com a sua agilidade. 

 

 Agora ela carrega uma mochila colorida nos braços. 

 

 - Entendo porque você fica tão animada para encontrar ela toda noite, Nessie, ela é bonita como você falou, mas não achei que essa pirralha seria interessante. - O moreno fala rindo e a sobrinha fica vermelha até as orelhas.

 

 - Tio Emmett! - Ela o repreende colocando a mão no rosto envergonhada.

 

 - Tenho que ser, como que vou conquista-la assim? - Falo entrando na brincadeira e fazendo a ruiva corar ainda mais. 

 

 - Hahahaha, gostei de você, pirralha. 

 

 - Aí vamos logo, acho que vou enlouquecer se ficar mais tempo com vocês dois juntos. - Renesmee nega com a cabeça enquanto olha para o tio. - Tchau família, amo vocês. 

 

 - Foi um prazer conhecê-los. - Falo tentando ser educada. 

 

 Antes que pudesse ouvir a resposta deles, a Cullen mais nova já está me puxando pelas árvores. Consigo sentir sua animação enquanto sua mão treme sobre a minha. 

 Me pergunto se algum dia essa ansiedade que eu sinto para passar qualquer mísero de segundo com ela, vá sumir junto com o disparo de meu coração e o embrulho na barriga.

 A ruiva se vira para me olhar com seus grandes olhos castanhos e vejo um brilho diferente neles. 


Com essa pequena expressão, eu percebo todos os seus mais profundos pensamentos. 

Todo esse medo, toda essa excitação e a confusão de sentimentos que se acumula dentro de mim, ela o sente também. 


Notas Finais


Espero que tenham gostado, sei que a Hope não conheceu todos os Cullens, mas ela vai mais para frente. Kisses, até a próxima ❤️🥰


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