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História Duskwood - Sombras do Passado (PAUSADA) - Capítulo Dezessete - Conflito


Escrita por: Riezan

Notas do Autor


Oi, gente. Avisando que já tenho capítulos até o 22. Agora a coisa vai começar a ficar tensa.

Demorei pra responder os comentários e a postar porque fiz a vacina do corona. E menina, que maleza me deu. Tô com febre e dor no corpo todinho 🤒😷

Bom, espero que gostem e que comentem.

Capítulo dezoito terá cena de sexo explícito, já aviso de antemão para não reclamarem que não foram avisados.

Boa leitura.

Capítulo 17 - Capítulo Dezessete - Conflito


Fanfic / Fanfiction Duskwood - Sombras do Passado (PAUSADA) - Capítulo Dezessete - Conflito

Os dias seguintes foram tranquilos. Os caras que estavam nos caçando haviam desaparecido e eu sabia que isso tinha haver com o “pedido” que Jake fez naquela ligação. Ele continuou silencioso com relação a isso, dando evasivas cada vez que eu ou a Lilly o questionava. Amber continuava no Aurora e pelas fotos nos status do Phill, percebi que ele estava gostando muito da presença feminina no seu porão. De certo modo, eu me sentia feliz e aliviada de ver ele fechando um capítulo em sua vida, para dar início a outro. Phil merecia ser feliz.

Embora eu só deduzisse que eles estivessem se dando bem pelo o que via nas postagens dele, é claro. Mas Amber parecia extremamente feliz cada vez que ela surgia ali para falar com Jake ou apenas fazer alguma eventual visitinha dela.

Apesar da aparente calmaria, eu não me sentia bem. A sensação de que as coisas iriam estourar de um momento para o outro estava me atormentando. Além, é claro, da ligação de Jordan para mim. 

Eu tinha noção de como ele havia conseguido meu número. Alfie ainda gostava dele e a senhora Walter, no dia do ataque que sofri no Hotel, pediu meu número para que pudesse pedir informações sobre meu estado para Jake, pois ele se negou a dar qualquer informação sobre si para ela. Na correria, Cleo deu, mas não se podia imaginar que Alfie ainda teria contato com Jordan.

Após aquela ligação, ele desapareceu mais uma vez. Presumia que deveria estar preparando o seu próximo ataque. 

No fim, o estresse de tudo que vinha acontecendo começava a me tomar. Acho que apenas agora, após tantas coisas terem acontecido, eu finalmente começava a sentir o peso da situação. E com isso não andava sendo fácil me aguentar. Acredito que a ligação de Jordan, mais o pseudo ataque que poderíamos ter sofrido sem a interferência da Amber, até mesmo o fato de estar com a cabeça a prêmio e a sombra de um psicopata rico e influente pairando sobre as testemunhas — que no momento só restava eu — do assassinato de uma pessoa dez anos atrás e o fato do meu irmão gêmeo me querer morta estava me deixando à beira de um ataque.

Jake parecia mais tranquilo agora que sabia que estávamos um pouco mais seguros, pois, além da “ajuda” de quem quer que fosse que ele havia cobrado o tal favor, também tinha a Amber, que sabia manusear o Nym-os tão bem quanto ele e mantinha-se focada quando Jake não estava ativo. Além disso, ele ainda tentava lidar comigo da melhor maneira que ele conseguia. Seu carinho, sua atenção. O jeito de falar, de agir… Não conseguia nem mensurar o quão importante o apoio dele era para mim.

Ele, no fim de dois dias, havia ido até a casa da Amy e retirado as escutas que havia encontrado. E diferentemente da casa de Hannah, local estava uma bagunça, mostrando que quem quer que fosse, não havia se importado em revirar, visto que a garota já estava morta.

Thomas, Dan, Jessy, Cleo e Phill foram até a casa de Amy, mas aparentemente não tinham encontrado nada lá, além da casa virada do avesso e o livro de lendas da biblioteca. Presumimos que eles tentaram achar algo ou alguma coisa ali. E ficava a dúvida se realmente tinham achado algo ou não. Sabíamos que o computador, ou melhor, a CPU dela tinha sumido, pois não estava na mesa que deveria ficar.

Apesar deles não terem achado praticamente nada, eu queria ir até o local do mesmo jeito. Quem sabe, se indo até a casa de Amy, eu não visse algo familiar, que conseguisse me dar um norte em tudo aquilo. Porém, Jake estava se negando e isso teria de ser debatido com calma para convencê-lo do contrário.

Desde o telefonema de Jordan, eu me sentia aérea, confusa. Ainda matutava na cabeça as palavras dele. Queria saber o que tinha por detrás daquele riso amargurado, eu queria a verdade! Mas sabia que, para ter alguma noção do que estava realmente acontecendo, ou melhor! O que realmente havia acontecido, teria de falar pessoalmente com ele.

Ou então com a Íris, já que ela era a pessoa mais próxima de Jordan e eu. Só que, novamente, Jake não estava concordando com aquela ideia. Achava perigoso.

— Amanhã já poderei voltar pra minha casa. — falou Lilly, sentando-se do meu lado no sofá.

Eu nada disse, apenas acenando.

— Tudo bem? — perguntou Jessy, que encontrava-se sentada no outro lado.

Estávamos revisando as coisas que havíamos encontrado na casa de Hannah. Era muito documento, muitos recortes e papéis. Detalhes que poderiam nos dar alguma nova pista do seu paradeiro e do que poderia ter acontecido que a levou a desaparecer daquela forma.

— Sim. — falei — Só ainda estou incomodada com a ligação do meu irmão. — era estranho chamar o Homem Sem Rosto de irmão. Mas não tinha mais sentido negar que havia um vínculo com aquele homem.

— Eu imagino que deva ser difícil aceitar essa situação. — comentou Cleo.

Thomas e Dan estavam no porão com Jake. Eles ficaram com parte dos documentos e nós com outra. Era estranho, mas os rapazes haviam criado vínculo com Jake, a ponto de preferirem ficar com ele enquanto trabalhavam.

— Jake ainda está examinando a carta? — perguntou Lilly.

— Sim.

— E os caras que estão caçando vocês? — perguntou Jessy.

— A amiga dele está cuidando disso. — respondi. Eu e Lilly havíamos deixado de fora o lance do favor cobrado ao contarmos a eles o que tinha acontecido. Não queríamos que isso colocasse Jake em risco mais do que já estava.

A batida na porta me fez levantar e espiar. Logo abri a porta, vendo Amber e Phill ali.

— Trouxe cerveja. — falou Amber.

— E eu trouxe algumas pizzas. — completou Phill.

Não demorou muito para todo mundo estar reunido na sala, com todos os arquivos juntos, enquanto comiam e bebiam. Eu estava lendo um documento, ao qual me chamou a atenção. Era uma lista com nomes, telefones, locais de trabalho e endereços. Peguei o tablet de Jake, lançando alguns nomes na busca do Nym-os, tentando ver se conseguia algum tipo de resposta.

— Halisan! — eu ergui o rosto, vendo que todos me encararam — Oh, to quase comendo por você!

Eu peguei uma fatia de pizza que Dan me oferecia e agradeci. Estava bem mais na minha nos últimos dias, e eu percebia que eles já tinham notado isso. A ligação de Jordan havia mexido comigo e minha cabeça, e eu não conseguia mais esconder aquilo. Voltei a atenção para o documento que tinha em mãos. Eram nomes de pessoas que trabalharam em algum tipo de cargo, sendo do hospital da região, assistência social, prefeitura e no departamento de polícia.

Aquilo não me cheirava a boa coisa.

— O que você encontrou aí que está tão concentrada? — olhei para Jake, que sentou-se do meu lado, no chão da sala. Eu me encostei contra ele, mostrando a lista de nomes.

— Já pesquisei pelo Nym-os. Apareceram alguns nomes em sites da prefeitura, e de cargos importantes. Como a Hannah tinha uma lista dessas? E por quê?!

Jake pegou a folha, olhando os nomes que haviam ali.

— Hannah ou Amy conheciam alguém que trabalhasse na prefeitura, assistência social ou até mesmo no hospital? Polícia? — perguntou Jake, olhando para os demais.

— A mãe da Amy trabalhou como chefe da ala pediátrica no hospital de Ashview Hills por muitos anos. Mas ela já é falecida. Os pais dela morreram em um acidente há alguns anos. — respondeu Dan — Por quê?

— Porque eu acho que elas estavam fazendo perguntas nessas áreas. — respondeu Jake — Que tipo de acidente os pais dela sofreram?

— Ah, pelo o que sei foi um acidente de carro na França. — respondeu Dan — Faz uns sete ou oito anos. Amy foi criada pela avó até ela falecer de velhice uns dois ou três meses atrás.

— Acha que o acidente dos pais dela podem não ter sido acidental? — perguntou Amber, olhando para Jake.

— Eu darei uma olhada nisso antes de afirmar qualquer coisa. — Jake me encarou e então encarou os demais — Ashview Hills não é a cidade que Petrus mora?

— Atualmente sim, pois ele já morou em diversas cidades, incluindo Duskwood. Agora ele mora em Ashview Hills, a mesma da Íris. — falou Jessy — Ela é muito pertinho daqui. 

— O fato delas estarem investigando essas pessoas pode explicar como Petrus ficou sabendo que elas estavam fuçando no passado. — falei, pensativa — O que me leva a crer que a Amy descobriu algo muito podre e por isso perdeu a vida. Ashview Hills é a cidade do Petrus, a cidade de Íris, a mesma cidade que a mãe da Amy trabalhou. Isso não pode ser coincidência.

— Acho que a Amy entregou a parte dela para Hannah. — comentou Jake. Eu o encarei e o vi folheando os papéis que encontrava-se no envelope que eu estava olhando — Mas não acho que isso aqui foi suficiente para matá-la.

— Por que acha isso? — perguntou Thomas — Me refiro aos documentos.

— Todas as folhas impressas tem uma pequena marca no fim da folha. Isso quer dizer que há um defeito na impressora. — ele falou — Mas nem todas as folhas tem isso. Quer dizer que são duas impressoras diferentes. Esses documentos aqui são nomes e telefones escritos à mão, porém foram escaneados e impressos. Amy pode ter tido acesso a algum documento da mãe. 

— Ou roubado. — ponderou Phill — Não vimos nenhum computador na casa da Amy. Melhor dizendo, havia uma tela, teclado, mas não tinha uma CPU. E havia uma impressora. Há como saber por ela?

Jake acenou.

— Vou confirmar isso pegando ela e testando. Provavelmente quem a matou levou a máquina dela.

Eu olhei os nomes ali, vendo que um deles parecia ser do antigo delegado de Duskwood. Joguei no Nym-os o nome dele, observando o tempo de cargo. Agora ele tinha uma grande empresa de segurança, que ficava na cidade vizinha. A mesma cidade de Petrus.

Fiz com todos os nomes, percebendo a mesma coisa: cada um deles tinha algum cargo de destaque ou eram bem-sucedidos profissionalmente com suas empresas particulares.

Mas o que mais me incomodava era que a maioria dos nomes não eram de dez anos atrás.

— São de vinte e três anos atrás. — sussurrei.

— O que você está falando? — perguntou Amber.

— Os nomes dessas pessoas. Todos eles estavam nos seus respectivos cargos há exatos vinte e três anos atrás. Agora são pessoas ricas, bem sucedidas ou com cargo de renome. — respondi, os encarando.

— Vinte e três anos atrás?! — Phill falou, confuso — É a sua idade, Halisan.

— Sim, eu sei.

Eu me ergui, indo até a cozinha. Peguei um copo com água, o bebendo de uma vez. Me virei, dando de cara com Jake.

— Hey. — ele se aproximou, tocando meu rosto — Estou seriamente preocupado com você.

— Eu preciso falar com a Íris, Jake. — eu falei, vendo ele ficar mais sério — Se você não for comigo eu irei sozinha.

— Halisan…

— Ela é minha mãe! — exclamei, elevando a voz, percebendo que o pessoal parou de conversar e estava me observando — Eu preciso entender porque ela me abandonou! Porque abandonou o Jordan! O que aconteceu afinal?! Por que ela nos deixou depois que a nossa irmã morreu?! E o que diabos aconteceu há mais de vinte e três anos atrás para que a Hannah estivesse investigando?! O que a Jennifer queria fazer que causou a morte dela?!

— Jordan deve estar contando com isso, Halisan. — ele falou — Muito provavelmente a ligação dele foi para te deixar transtornada a ponto de ir até ela.

— Não acho que seja isso. — falei, negando com a cabeça.

— Mas pode ser que seja! — Jake retrucou — Esse maluco quer te matar, Halisan. E fará tudo pra conseguir te pegar.

— Se fosse com você, Jake? — eu perguntei, irritada — Não iria querer saber a verdade?!

— Não faça isso, por favor. — ele retrucou — Eu, mais do que ninguém, entendo o que você está sentindo, Halisan.

Eu segurei um resmungo, encarando-o irada. Ele continuava a me olhar, sem desviar sua atenção para nada além de mim.

— Bem, saiba que amanhã eu irei até a Íris, tendo você comigo ou não. — avisei, mais chateada do que gostaria de estar — E você não vai me impedir de fazer isso.

Eu saí do balcão, sentindo ele me pegar pelo braço. O encarei, vendo o olhar em uma mistura de irritação e exasperação para mim.

— O que foi agora?! — rosnei, furiosa.

— Você realmente quer ir até a Íris?! — ele perguntou — Mesmo que isso te faça mais mal do que bem?!

Eu o encarei, arqueando a sobrancelha para ele.

— Bom, gente! — ouvi Amber falar — Acho melhor a gente ir embora. Eles precisam conversar. — vi ela encarando Phill, que sorriu — Disposto a mais uma rodada hoje?!

— Não precisa dizer duas vezes. — respondeu, erguendo-se — Se você me vencer eu lhe dou uma garrafa de whisky inteira.

— Fechado.

— Hey, gostei disso aí. — resmungou Dan.

O pessoal saiu, conversando alto. Vi Lilly subir as escadas rapidamente, sabendo que ela iria ficar no quarto. Eu continuei a encarar Jake, mantendo-me em silêncio até estarmos sozinhos. Ele permaneceu calado, apenas me observando.

— Você sabe mais do que está falando. — murmurei, sem me mover do lugar — Por que você está se negando a me levar até a Íris, Jake?

Ele continuou em silêncio, mas seu olhar estava diferente. Parecia em conflito com alguma coisa.

— Jake! — eu falei mais alto, perdendo a paciência — É sobre a minha vida que estamos falando!

— Seu passado. — ele respondeu — Não sua vida em si.

— Pelo amor de Deus, Jake! — eu elevei a minha voz, irada, me movendo pela cozinha — Meu passado, meu presente, meu futuro! Tudo é referente a minha vida! Você não tem o direito de me impedir de saber o que diabos aconteceu e o que está acontecendo!

— Não, eu não tenho. — respondeu, praticamente gritando — Mas eu tenho medo que quando tudo vir à tona, você acabe se destruindo por algo que não é sua culpa!

Eu permaneci em silêncio, sentindo o gelo tomar conta do meu corpo, conforme eu remoía as suas palavras.

— Do que você está falando? — perguntei, em um sussurro.

Jake embrenhou as mãos nos cabelos, parecendo um pouco assustado.

— Eu sei muito mais do que estou contando, Halisan. — ele respondeu, encostando-se contra o balcão — E tenho medo de quando tudo vier à tona, você não me perdoe. E que isso venha a destruir sua vida.

Eu lacei meus braços, sentindo o tremor passar pelo meu corpo. A vontade de chorar estava ali, mas precisava me controlar. Permaneci ali, apenas o encarando, vendo seu olhar atormentado me fitar.

— Por que está escondendo a verdade de nós? — perguntei — De mim?!

— Para chegar no real culpado disso tudo. — respondeu, por fim — Quando Hannah me procurou pedindo por ajuda e eu fiquei a par do que ela estava investigando, sabia que teria de achar o culpado ou ela e as pessoas envolvidas nesse assunto poderiam ter o mesmo destino da Amy. Isso inclui você.

— E você vai me dizer a verdade? — perguntei.

— Direi. Depois que você falar com a Íris. — respondeu ele, aparentando, pela primeira vez desde que o conheci, abatimento.


Notas Finais


Colocarei aqui duas playlist. Uma que eu criei e outra que algumas meninas do face fizeram. Roubei algumas músicas, pois a playlist é maravilhosa.

A minha: https://open.spotify.com/playlist/2RhSMpGWtFXOfr3uQrF01Z?si=5a035cdc813b4d81

A delas: https://open.spotify.com/playlist/1DWehAH7HrHauhtbDali1s?si=27631c28c6ac47bf

Se houver dúvida, me gritem. Espero que gostem. Comentem, isso estimula o autor a continuar.
Obrigada e até mais!


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