Esperando ela voltar, Flowey me encara enquanto estou pensante com os cotovelos sob a mesa e olhando para o vazio.
- Percebi que você está estranho, humano. Tem algo errado acontecendo? - Flowey inclina a cabeça para ter contato visual.
- Não é isso, Flowey. Bem, não é realmente isso. - Viro a cadeira junto com o corpo para o lado esquerdo pondo-me a olhar para o teto. - Me pergunto sobre minha família, eles devem estar preocupados depois que fugi.
Flowey continua me ouvindo enquanto continuo a falar:
- Não sei se irei sobreviver a isso, afinal, não faz nem três dias que sai de casa. - Me inclino mais para trás fechando os olhos.
- Claro que vamos! Olha só quantos monstros estão te protegendo! Veja quantas vidas você vai salvar como forma de recompensa! - A flor segura minha mão, assim abro um de meus olhos o olhando. - Veja quanta CONFIANÇA você ganhou deles.
- Flowey... - Ponho-me a chorar passando uma de minhas mãos sob o rosto enxugando as lágrimas sem contato visual.- Estou tendo coisas que faz anos que não tenho, a amizade de vocês.
- Espere, como assim? - A pequena flor diz confuso.
- Desde criança sempre fui uma pessoa sozinha, já tive poucos amigos só que eles se afastaram de mim quando me acharam desinteressante depois de um tempo. -Volto a me virar para a mesa descansando os bracos começando a brincar com os dedos olhando para as mãos. - Pelo menos na época, minha família era unida e feliz, mas agora...
Pego as folhas de Sans e começo a olha-los, mas Flowey puxa minha manga me chamando a atenção.
- Eu estou aqui, humano. Não se preocupe - Ele da um sorriso.
Enxugo minhas lágrimas com minhas mãos novamente soltando um leve sorriso, acarício as petalas de Flowey o deixando corado e surgindo um sorriso no rosto enquanto os olhos dele estão fechados. De repente ouço a porta ser trancada em seguida de uma voz:
- Por que parou? Continue a história, estava interessante.
Flowey e eu olhamos para a escuridão de onde a voz estava saindo, o som vinha da direção à cadeira que Alphys estava sentada antes. Começo a tremer quase que exageradamente, pois reconhecia essa voz. Pego minha bolsa devagar ainda olhando para a escuridão e abraço o objeto para proteger Flowey, a flor estava a sentir medo também. Então a cadeira se vira para nós dando a ter uma vontade imensa de gritar, o coração começou a bater acelerado, minha respiração ficou ofegante quase faltando o ar, o medo era tão grande que impedia uma sequer voz sair de minha boca.
- Prazer, eu sou o Sans - Ele se inclina mais à frente estendendo a mão sorrindo.
Não consigo me mover, a unica coisa que consigo fazer é encara-lo sem saber como reagir. Ele ao ver que não fiz nenhum movimento, encolheu a mão e ficamos nos encarando, para mim, aquilo demorou muito tempo.
- O que você quer da gente? - Flowey treme, porém a voz permanece firme para espanta-lo, ele faz de tudo para que Sans não veja o quão fraco ele é no sentido sentimental.
Então ele ri:
- Você é uma comédia, Flowey. - Ele junta as mãos apontando para ele. - Sim, eu sei o seu nome, você me conhece e muito bem... muito, muito, muito e muito bem, não é Papyrus? - Ele vira seu rosto olhando para o nada começando a falar coisas sem nexo.
Não sei como sair daqui, só sinto um grande pavor e uma grande vontade de me por de joelhos para suplicar pela minha vida. Ele realmente é mais assustador de perto do que em video.
- Sabe, você quer morrer agora ou depois? - Sans põe-se a olhar para o teto com uma mão atrás da cabeça em seguida aponta para a lâmpada brincando com ela. - Você fez uma grande bagunça na minha casa.
Ele volta a olhar para nós de lado ainda brincando com a lâmpada.
- Heh, pior que eu, você não é... e pode piscar, humano, você não é um esqueleto igual a mim. - De repente ele grita para o nada novamente. - NÃO ENCHE!
Depois ele volta a olhar para nós:
- Desculpe, é o meu maninho me zuando heh, sabe como é amor de irmão né?
Vou-me para trás logo caindo da cadeira, começo a me rastejar de costas pelo o chão chegando até a porta e, com muito nervosismo, faço de tudo para abri-la enquanto ainda o olho para que ele não me ataque por trás, pois nunca se sabe quando a serpente dará o bote.
Sans se levanta da cadeira indo em minha direção e assim ele se agacha olhando para nós.
- Sabe, eu te vi antes, você parecia bem forte, humano - Ele chega mais perto pegando em meus cabelos me fazendo olhar para a face dele onde dava para sentir a loucura que ele sentia. - Você sabe que se eu te matar, você não vai saber resetar, vale muuuuuito a pena te matar, porquê você é diferente, eu vejo essa diferença em você hehehehHEHEH
Sans solta uma risada maníaca. Os meus pecados começa a rastejar em minhas costas, não consigo virar meu rosto por ele ainda estar me segurando pelos cabelos, continuo tentado gritar o mais forte que consigo até que finalmente solto um grito. Os monstros correram até a sala chamando por mim, porém a porta estava trancada dando a reação de arromba-la.
Antes de Sans desaparecer, ele diz a sua ultima frase:
- A proposito, não tenha pressa, humano, te verei na sala do julgamento. - Sans se levanta apontando sarcasticamente. - E cuide bem dos seus amigos, eles vão acabar ficando só o pó... Se é que você me entende heheh.
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