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História E o pai do meu filho é simplesmente meu inimigo... - 6 Capitulo


Escrita por: GhabyLima

Notas do Autor


Boa leitura...

Capítulo 6 - 6 Capitulo


Sakura  

 

Seja por boas notas ou por desespero eu tinha saído de casa 5:30 da manhã.  

Eu não iria correr o risco de topar com os meus digníssimos pais de manhã nem a pau, eu em, não taquei pedra na cruz para merecer isso. 

E agora estava eu, passando pelos portões da universidade, meu destino é a biblioteca e por mais que meu propósito de levantar cedo e ir estudar fosse nobre o meu corpo pedia minha cama, e me passou pela mente a poltrona que fica na sala de descanso do departamento de medicina, porém me arrastando pelos corredores pois nem forças para andar direito eu tenho fui em rumo ao meu destino, antes que eu me desviasse para a linda e bela poltroninha que me chamava no meu departamento. 

Pelo menos umas três vezes por semana eu vinha estudar de manhazinha na universidade, consegui o acesso com o diretor depois de semanas enchendo o saco dele, passava de boa pelos seguranças que já se acostumaram com a minha cara de zumbi logo cedo. 

Em semanas de provas eu vinha todos os dias, as vezes trazia donuts e café para os seguranças que sempre me recebia com sorrisos gentis e cumprimentos. Quando eu não trazia algum deles vinham deixar café pra mim. O silêncio que era de manhã esse lugar me trazia paz, digamos que aqui era meu refúgio, lugar segredo, meu espaço, bem pelo menos antes das aulas começarem e os outros alunos invadirem. 

Peguei um livro de neurocirurgia que estava precisando ser feito uma revisão da matéria e comecei. 

As horas foi passando até que um dos seguranças Max veio me trazer bolinhos que sua esposa fez e me disse que eu tinha apenas mais 20 minutos de paz até abrirem os portões do inferno. 

Conversamos por mais alguns minutos sobre sua filha de 3 anos de idade e voltei a conclusão final do livro. 

Fui ao banheiro dar um jeito na minha cara e fui para o departamento de medicina, ainda tinha uns minutos e diferente do que eu fazia, descer e ficar no pátio com os meus amigos hoje eu só queria me afundar na minha cadeira até dar início à aula. 

Depois das aulas ter passado e eu ter evitado o refeitório, ter me escondido de Sasori e ainda ver Sasuke agarrando uma menina no estacionamento meu humor estava péssimo.  

A última coisa que queria era ter que ir pra casa, e logo pensei no tio Minato e Tia Kushina, tentei ligar pra eles porém dava fora de área, ai me lembrei que Tio Minato avia me mandado mensagem sobre uma suposta viagem que eles teriam que fazer está semana para uma das filiais em Filadélfia. 

Ino também tinha me mandado mensagem me chamando para fazer compras e obviamente eu estava evitando a loira. 

Então me restou ir a uns dos meus lugares preferidos e temidos, casa dos Uchihas, agora eu só queria o sorriso e abraço da tia Mikoto.  

Estacionei o carro em frente à casa dando uma leve conferida na garagem. o Jaguar branco da tia Mikoto  e o Mustang negro de Sasuke estavam estacionados, o que na minha opinião esse garoto simplesmente precisa de mais cor na vida dele, moto, carro, tudo da mesma cor, tão previsível, tão sem graça, sem brilho, sem glamour, enfim tão... Sasuke. 

Apertei a companhia e já se escutava atrás da porta tia Mikoto se aproximando cantarolando uma música qualquer. Quando ela abre a porta eu me lanço sobre ela e tirando um gritinho surpreso da mesma. 

-Oi furacão cor de rosa-. Diz ela me abraçando depois de se recuperar do susto.  

-Senti tanto a sua falta tia Mikoto-. Digo inspirando o seu cheiro de lavanda que me trazia o mais próximo de um cheiro materno que eu já tive em minha vida. 

-Vamos entre querida irei pedir para Inês preparar os biscoitinhos de nata que você tanto gosta-. Me guiando até o sofá diz a matriarca. 

 -Sei que eu não tenho vindo aqui tia Mikoto e sinto muito, eu te devo tanto e simplesmente parei de vim em sua casa-. Olhei para a mais velha que me escutava com atenção, ainda segurando em uma das minhas mãos. E por seus olhos, mesmo eu tendo me afastado por tanto tempo eu ainda conseguia ver aquele carinho maternal e de amor do qual eu senti tanta falta. E foi a essa conclusão que me fez desmoronar. 

Por lagrimas e soluços saiam palavras que estavam pressas em meu coração com a falta indescritível que eu tinha da pessoa que me deu algo mais perto do amor de uma mãe. 

-Eu sei que te desapontei, e sei que eu não mereço ter você em minha vida, e eu lamento tanto por ter deixado qualquer intriga entre mim e Sasuke me fazer hesitar, porque no meio dessas intrigas eu esqueci de que você não era só mãe dele mais também a minha de coração-. Me desfazia em lagrimas enquanto sua mão pressionava cada vez mais a minha e seu olhos ficavam marejados. - E eu... senti tanto a sua falta, senti falta dos seus abraços, do seu cheiro, das broncas, por vibrar comigo em cada conquista, por cuidar dos meus machucados e corações partidos. Eu me senti..., tão sozinha, sem você, sem Sasuke e sem Gaara, eu me senti tão perdida e em dias assim eu só queria vir aqui, nessa casa, você, tio Fugaku e Itachi, mas eu me perguntava, se eu roubar o refúgio do Sasuke o que ele vai ter? E o que eu menos queria era que ele se sentisse tão sozinho como eu, eu não podia roubar isso dele, eu não pod...-. 

Fui interrompida por um abraço forte e lagrimas que eu sentia molhar meus ombros. 

-Nunca, jamais, pense que está sozinha, está me ouvindo Sakura? Minha filha, meu coração dói tanto quando eu imagino tudo o que você passou, você é parte dessa família Sakura e nunca deveria ter duvidado disso, te acolhi em meu coração desde o momento em que você sorriu pra mim, mesmo com lagrimas escorrendo no rosto e um joelho ralado. Você foi minha luz Sakura nos momentos mais sombrios da minha vida-. 

O coração da garota se apertou quando veio em sua memória o dia em que conheceu Mikoto. 

 

Dezessete anos atrás... 

Sakura estava tentando se enturmar com as crianças no parque, mas não importava o quanto ela sorria pra eles, eles sempre eram maus com ela tiravam sarro da cor do cabelo dela da testa e principalmente por ela ser a mais nova entre eles. Então com toda maldade as crianças mais velhas a colocaram para contar no pega-pega o que a mais nova não tinha consciência naquele tempo era que a brincadeira real era brincar com ela. 

Então quando uma Sakura de cinco anos toda sorridente terminou de contar até o que ela acreditava ser o número trinta ela começou a procurar as outras crianças que tinham se escondido no mesmo lugar. Depois de tanta procura sem sucesso ela lembrou que avia uma construção em outra parte do parque, o sorriso em seu rosto aumentou de tamanho pois agora ela tinha certeza de que seus novos amiguinhos estavam lá, e se ela conseguisse provar que também podia brincar eles seriam bonzinhos com ela e deixaria de falar coisas que faziam ela querer chorar e seriam de verdade os amiguinhos dela. 

Toda sorridente ela entrou devagarzinho na ponta dos pés para pegar eles de surpresa. Porem sua visão não conseguiam enxergar as crianças a escuridão de dentro só deixava ver quem entrava ali. Adentrando a escuridão a pequena Sakura só sentiu quando foi empurrada para o chão por mãozinhas que vinham do escuro, ela em meio à confusão repentina não entendia o que estava acontecendo até que ouviu a risada das crianças que a empurraram, sentiu suas mãozinhas e joelhos arderem assim seus olhinhos adiam.  

-Olha que monstro ela é-. seguidas por risadas-. O cabelo dela é tão feio, olha o tamanho da testa dessa idiota-. E mais risadas acompanhavam. - Minha mãe disse que pessoas estranhas assim que tem cabelos de cor esquisitos sofreram de mutação genética e nos desenhos sabe o que pessoas assim se transformam? Em monstros-. 

-É ela é um monstro olha só o tamanho da testa dela-.  

Enquanto mais seus olhinhos ardiam, mais risadas ela ouvia. 

-Não se aproxime mais de nós monstro, nunca mais-. 

-Vem, vamos deixar essa esquisita aí-. 

E assim foram embora, a pequena levantou chorosa saindo daquele lugar e pensando como explicaria para a sua mãe aqueles machucados, lembrando logo em seguida que provavelmente ela nem notaria, estaria ocupada demais com algum evento para olhar além do que a filha vestia para julgar se era apropriado ou não. 

 

Andando pelo parque ela viu uma moça que chorava de cabeça baixa, encostada em uma árvore, em sua cabeça adultos não tinham motivos para chorar, porem a imagem daquela moça triste chorando como uma criança a intrigou, depois de alguns minutos observando a moça Sakura lembrou de seu irmão que sempre que ela estava triste a dava flores do jardim. Observando ao redor ela viu que havia flores na parte de baixo do terreno, ela correu pegou um ramo de flores, cheirou e sorriu para as flores, foi se aproximando devagar e assim que estava bem próxima Mikoto percebeu sua presença. 

Mikoto estava passando por um momento em sua vida que simplesmente nada a trazia consolo, e ela se culpava por isso, ela deveria estar ali para Itachi, Sasuke e Fugaku, mas desde que perderá seu filho mais novo, naquele exato dia o seu coração se quebrou e nem o abraço de seu esposo ou o sorriso de seus filhos afastaram a tristeza e depressão que entrou em seu coração. 

E não que ela não desse o valor ao que tinha. Seus filhos era sua vida e seu marido o amor de sua vida. 

Naquele dia ela simplesmente havia saído de casa, e não havia avisado a ninguém. Olhando aquelas crianças correndo e brincando o seu coração só pesava ao saber que seu filhinho nunca teria essa chance. E minutos se seguiram de lagrimas, tristeza, e se perguntando o que ela fez de errado. 

Até que no meio dos prantos ela ouviu alguém se aproximando com passos calmos e sutis, ela já estava pronta pra dizer a quem fosse que só simplesmente deixasse a em paz. 

Pois ao levantar a sua cabeça viu uma garotinha, que com um rosto angelical e com lagrimas secas por ela, havia um sorriso, um sorriso que por breves segundos afastou todas as escuridões que habitava o seu coração. 

Foi o sorriso de uma garotinha que ela nem conhecia, mas mesmo tendo lagrimas visíveis, joelhos ralados, lhe sorria, estendendo um ramo de flores em suas mãozinhas gorduchas. 

-Tia, não chora a dor vai passar, é só passar remédio que já já passa-. Sakura a olhou procurando machucados que teria feito aquela mulher grande chorar. Deveria ter sido um machucado muito grande pois adultos não choravam. Pensamentos assim passaram pela cabeça da pequena, enquanto a mais velha olhava para a criança a sua frente. 

-Você ralou o joelho tia? Dói né, olha o meu joelho também ralou tia, arde mais eu sei que vai passar o seu também vai-. Enquanto uma Sakura toda séria tentava se lembrar de como o seu irmão cuidava dela quando ela se machucava, ela se aproximou mais e se sentou do lado da mulher. 

Estendendo suas mãozinhas para a mais velha Sakura lhe deu as flores, e quando uma Mikoto tremula e hesitante pegou as flores sentiu mãozinhas em suas costas a dando tapinhas como se tivesse a confortando. - Shhh, Shhh, vai passar, vai passar-. Mikoto se desabou em lagrimas e assim se passaram horas, ela não sabia explicar como aquela pequena garotinha apenas permaneceu ali a confortando, como se entendesse tudo que ela estava passando, aquele ser pequeno e indefesso apenas ficou ali, em silencio, dando pequenas batidinhas em suas costas enquanto ela liberava aquela tristeza incessante em seu peito. 

Depois de se sentir completamente esgotada como se não houvesse mais lagrimas para escorrer de seus olhos, Mikoto olhou para a garotinha que permanecia ainda de seu lado a fitando com curiosidade. 

-Você deveria ir para casa seus pais devem estar preocupados com você-. Sentiu sua voz sair rouca, seca, e não era de se esperar menos. - Ah eles nem deve ter percebido que eu sai-. A garotinha suspirou olhando para os próprios sapatos. - A dor passou tia? Na onde você se machucou? Eu vi que seus joelhos não estão ralados como o meu-. Diz ela vasculhando o estado da mulher novamente em busca de feridas. 

Mikoto com o seu lado materno e coração apertado sentiu pena da pequena criança, obviamente não era uma criança que recebia atenção dos pais. - Na onde conseguiu esse machucado caiu? -. Perguntou a mais velha. 

-Há não as crianças mais velhas não me deixam brincar com elas-. Disse ela sorrindo tristemente. 

-Eles falaram que eu sou um mostro por genética mudança por causa do meu cabelo e outras coisas-. Isso apertou mais o coração de Mikoto. Como mãe aquilo doeu na sua alma. 

-Se chama mudança genética querida, e não você não é um mostro por ter cabelos diferentes, ninguém é um mostro por ser diferente-. 

-Meu irmão sempre me diz isso-. A garota pôs um sorriso ao lembrar do irmão. -Ele sempre me defende e cuida de mim, mas meu pai o mandou para um acampamento-. Fazendo biquinho disse a pequena, que já não se aguentava mais e saudades do irmão. 

Vendo aquele biquinho fofo Mikoto sorriu sem perceber. Se levantou e estendeu a mão para a mais nova. - Vem, vamos cuidar destes machucados e depois te levarei para casa, sim? -. 

A pequena pegou na mão da mais nova e a acompanhou. Por coincidência ou destino as casas eram próximas umas das outras. 

E Fugaku vendo sua esposa levando uma garotinha para casa, vendo que de vez em quando ela sorria para a pequena, aquilo aqueceu seu coração e lhe devolveu a esperança. 

Foram juntos devolver uma Sakura de banho tomado, machucados tratados e bem alimentada. 

Fugaku percebendo o olhar tristonho de sua amada, fez uma proposta a Kizashi Haruno. Explicou toda a situação ao homem e pediu para que o homem considerasse a ideia de Sakura frequentar a sua casa. Kizashi e Fugaku que já se conheciam por causa do mundo dos negócios conseguiram entrar em concordância quanto a isso e se tornaram grandes amigos. 

Sakura que vizitava a casa dos Uchihas apenas nos fins de semana passou a quase morar lá depois de conhecer os filhos do casal. Eram inseparáveis, sempre juntos, viagens de fins de semana, de ano, férias, não podia faltar a garota de cabelos cor de rosa. 

E o grupo só foi aumentando, Gaara, Naruto e depois foi entrando os demais. 

Até que Sakura e Sasuke se apaixonassem um pelo outro e não conseguissem se relacionar um com o outro sem não haver briga envolvida. 

As vezes eles tinham que engolir as provocações e brigas por guela a baixo para não estragar os momentos em que estavam com os amigos. 

Atualmente... 

Vendo as mulheres mais importantes de sua vida abraçadas naquele sofá foi a melhor coisa que ele poderia ter visto em um dia frustrante como aquele. E saber que talvez as coisas iriam voltar a ser como antes fez seu sorriso aumentar de proporção.... 

-Cabe mais alguém aí-. Disse o Uchiha mais velho de cabelos longos se jogando em cima delas, e ouvindo gargalhadas em resposta.


Notas Finais


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