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História É Pecado Te Amar Tanto? - Mark Lee. - Capítulo 05.


Escrita por: PontoDaIlusao

Notas do Autor


Coitada da Paula, só isso que queria dizer mesmo.

ENFIM.

Boa leitura.

Capítulo 5 - Capítulo 05.


Fanfic / Fanfiction É Pecado Te Amar Tanto? - Mark Lee. - Capítulo 05.

(P.O.V Paula) ◖Casa de Samuel◗  ❁Sábado❁

※08:32※


- Filha? - Resmunguei. - Filha? Acorda, princesa...

- Só mais cinco minutinhos, pai. - Ouvi seu suspiro.

- Sua mãe disse para eu te levar bem cedo. - Me cobri mais. - Vamos, Paula, sua mãe vai me matar se eu não aparecer lá em trinta minutos.

- Paaaaieeee... - Tirou meu cobertor.

- Vou contar até três. - Que saco! - Um... Dois...

- 'To acordada! - Me levantei com tudo. - Ai... Tontura...

- Tome um banho, te espero lá embaixo. - Abriu a porta. - Não se atrase, Paula.

- Pode deixar, senhor Samuel. - Saiu e eu bufei. - Que coisa!

Me arrastei para o banheiro e tomei um banho rápido, porém caprichado.

Saí do box e me olhei no espelho.

- Cada dia mais linda. - Pisquei. A cena de ontem veio em minha mente e um sorriso involuntário surgiu em meus lábios. - Finalmente... Beijei o crush.

Dei uma mini surtada e saí do banheiro, andando calmamente até o guarda-roupa.

Escolhi uma roupa qualquer (1° foto), certeza que vou dormir mais quando eu chegar, então tanto faz.

Fiz uma trança embutida, passei perfume, desodorante, peguei minhas coisas e corri para a sala.

A diferença da casa dos meus pais é que, na residência de Samuel, meu quarto tem banheiro e a casa não tem escadas.

Já a moradia de mainha tem escadas enormes, e um banheiro fora dos quartos.

Na verdade, o quarto da minha mãe tem banheiro, só o meu que não, palhaçada.

Mas tudo bem, não vejo problema, até porque só moramos nós duas lá.

- Pronto, cheguei. - Se levantou do sofá.

- Está com fome?

- Não.

- Tudo bem, estão vamos, princesa. - Saímos de casa e caminhamos até sua caminhonete. - Ah, só uma coisa.

- O que? Arrumou uma namorada?

- Que? Não, lógico que não. - Deu a partida. - Não vou poder te buscar nos próximos dois finais de semana.

- Por que?

- Trabalho. - Suspirou. - Tenho que viajar para a Tailândia.

Que chique, né?

- Certo. - Umideci os lábios. - Quando vai?

- Amanhã. - Arregalei os olhos.

- COMO ASSIM? - Se assustou. - E só me avisa agora? Volta esse carro aí, vamos passar o dia juntos. - Riu soprado.

- Calma, filha. - O olhei. - Não vou demorar para voltar, prometo.

- De dedinho? - Parou no sinal vermelho.

- De dedinho. - Juntamos os mindinhos, os beijando logo em seguida.

- Não quebra a promessa hein.

- Pode deixar.

Ficamos conversando até chegarmos em casa, o que não demorou muito.

Foi até mais rápido do que esperava.

- Tchau, pai. - Beijei sua bochecha. - Te amo.

- Tchau, filha. - Beijou minha testa. - Também te amo. - Nos abraçamos.

- Se cuida, ok? - Assentiu. - Que horas vai?

- Cinco da manhã.

- Entendi. - Nos afastamos. - Me manda mensagem todos os dias. - Abri a porta. - Não fale com gente estranha, me liga, come e se hidrata. - Riu.

- Depois eu que sou o chato. - Saí do carro com as minhas coisinhas.

O bom de morar em duas casas, é que não precisa levar roupa, você já tem.

- Oi, Samuel. - Me assustei com a minha mãe ali, toda arrumada.

- Oi, Palloma. - Sorriu fechado. - Bom, tchau.

- Tchau, pai. - Mandei um beijo. - Te amo.

- Também te amo. - Acenou e deu a partida.

- Por que está toda arrumada?

- Nós vamos ao shopping, depois vamos buscar o Jaemin.

- Sério? - Falei com desânimo. - Não posso dormir?

- Não. - Me puxou para seu carro. - Como foi lá?

- Bom. - Dei de ombros e entramos. - É... Então... - Mordi o lábio inferior.

- Que foi? O que você aprontou?

- Ontem Mark me levou para tomar sorvete. - Me olhou com os olhos arregalados.

- COMO É QUE É? - Abriu um sorriso maior que o rosto. - E o que aconteceu?

- Nós conversamos... - Levantou uma sombrancelha.

- E...?

- Ele me levou para a casa e... Eu o beijei.

- AAH! NÃO ACREDITO! - Deu a partida. - Você tomou a iniciativa? Wow.

- Foi por impulso. - Umideci os lábios. - Meu pai estava saindo de casa e não queria me visse com um garoto, sabe como é chato em relação à isso.

- Sei. - Peguei meu celular. - O que fez depois?

- Saí correndo. - Parou no sinal vermelho.

- Não creio. - Lá vem o esculacho. - Por que?

- Fiquei assustada.

- Ele retribuiu? - Continuou o trajeto.

- Sim. - Sorri boba. - Mark intensificou o contato.

- Olha só, sabia que esse beijo ia sair, boca de mãe é foda. - Rimos.

- Por que vai buscar o Nana?

- Ele pediu. - Deu de ombros. - Pediu até para dormir em casa.

- Sério? Jaemin não me disse nada.

- Depois tu fala com ele.

- Por que estamos indo ao shopping agora? Nem estou tão arrumada.

- Preciso de ajuda para escolher algumas coisas. - Coçou a garganta.

- Que coisas, dona Palloma? - Cerrei minimamente os olhos.

- Lá você vai ver.

- Devo me preocupar? - Rimos.

Depois de alguns minutos, chegamos no shopping e minha mãe praticamente me arrastou para a loja de langerie.

Hm...

Ah! Agora eu entendi! Agora eu saquei! Agora todas as peças se encaixaram! Estou entendo tudo agora!

Mainha quer sensualizar para o futuro marido, interessante.

- Quando ele chega? - Perguntei enquanto a mais velha escolhia algumas peças que eram "sensuais".

- De noite, para o jantar.

- Já vi que a sobremesa vai ser você.

- Exatamente. - Rimos. - Não sei se Antony vai querer ir para um motel ou vai querer fazer lá em casa mesmo.

- Por favor, vão para um motel.

- Qualquer coisa, expulso vocês três de casa.

- Três?

- Esqueceu que o filho dele também vai?

- Ah, é. - Fomos até os provadores. - Vamos ver como fica nesse seu corpinho de academia.

- Palhaça. - Entrou numa das cabines.

Ficamos nessa por um bom tempo.

Minha mãe experimentou desde lingeries comuns até fantasias.

Pelo que vi... Antony tem fetiches... Peculiares.

Ela comprou uma fantasia de enfermeira, policial, gatinha e... Não sei ao certo, só sei que tinha um chicote, uma mordaça e mais algumas coisas.

Comprou também alguns conjuntos sexys, na visão do casal.

Sim, isso é normal entre nós. Como já mencionei, nós somos melhores amigas uma da outra.

Depois fomos comer torta e ainda passamos na loja de roupas.

Ela comprou, eu não, nada me agradou, nenhuma fazia meu estilo.

Agora estamos à caminho da casa de Nana.

- Comprou também para usar na lua-de-mel?

- Nós nem vamos nos casar ainda, Paula.

- Mas, pelo jeito, vão se tornar noivos.

- É... Bom ponto. - Sorriu boba. - Nem acredito que depois de anos, finalmente vou poder dividir a vida com alguém.

Ver minha mãe tão feliz é algo muito bom, a felicidade dela me faz feliz.

Estacionamos e minha mãe buzinou.

Diferente dos outros dias, Jaemin praticamente saiu correndo e entrou no carro como se tivesse acabado de roubar e precisasse fugir o mais rápido possível.

Percebi que carregava um mochila nas costas.

- Calma, anjo, está tudo bem? - Minha mãe perguntou preocupada. - Aconteceu alguma coisa?

- O que? Não, claro que não, tia. - Forçou um sorriso. - Apenas estava ansioso.

- Ah, entendo. - Riu soprado e deu a partida.

Jaemin estava quieto demais, pensativo demais, apreensivo demais.

Conheço bem o meu melhor amigo.

Chegamos em casa e logo saímos do carro, indo para dentro da minha residência.

Só queria dormir, estou cansada.

Jaemin e eu subimos e, assim que coloquei os pés dentro do quarto, encarei o azulado.

- Pode ir falando. - Suspirou e me puxou para a cama.

- Amiga... - Pareceu tomar coragem. - Tentei provocar Jeno.

- Prossiga.

- Depois de tentar ensinar ele a andar de skate, resolvemos parar e fomos para o quarto.

- E o que rolou?

- Coloquei meu plano em ação e fingi que tinha algo em seu cabelo.

- Deu certo? - Assentiu.

- Sentei em seu colo e fingi limpar aquele cabelo bonito. - Segurou minhas mãos. - Nós ficamos nos olhando por um tempo... Até que... Nós nos beijamos.

- MENTIRA, VIADO! - Revirou os olhos.

- O negócio começou a esquentar e...

- Vocês... Tran-

- NÃO! - Fechou os olhos. - Mas quase aconteceu, Jeno chegou a ficar por cima e tirar a camisa.

Eita, o negócio esquentou mesmo. 

- E o que aconteceu?

- A mãe dele bateu na porta. - Deitou a cabeça em meu colo. - Estou com tanta vergonha, como vou encarar ele agora?

- Me pergunto a mesma coisa. -Pensei alto.

- Como assim? - Me olhou.

- Digamos que... Eu tenha... Beijado o crush. - Juntei os lábios.

- QUE? ME CONTA! - Contei tudinho, sem poupar detalhe. - Meu Deus... Como assim você fugiu? Deixou ele falando sozinho? Que feio.

- Fiquei nervosa, foi a única coisa em que pensei na hora.

- Bom, mas parece que ele gostou, já que introduziu a língua na tua boca.

- É, podemos dizer que sim.

- Resumindo, estamos fudidos.

- Exatamente. - Deitamos na cama. - Pelo menos tivemos uma chance, certo? - Nos abraçamos.

- Tem razão. - Rimos. - Podemos morrer em paz.

- Amor, total. - Suspiramos.

- A vida olha 'pra nossa cara e dá risada.

- Pois é, é cada rasteira.

- Por que os dois estão assim? - Olhamos para a porta. - Chega de sofrência, vem, vamos ficar lindos e cheirosos.

- Como assim, tia?

- Vamos brincar de cabeleleila leila. - Rimos e nos levantamos.


~Quebra do tempo~ ◖Quarto◗  ❁Sábado❁

※19:30※


Jaemin entrou no quarto já arrumado, cheiroso e lindo, como sempre.

Mas não vou alimentar seu ego.

- Tudo isso para impressionar o filho do meu padrasto? - Me olhou.

- Cala a boca. - Ri. - Mas não deixa de ser verdade. - Rimos.

- Particularmente, eu te pegaria, sério. - Fez careta.

- Credo, sai, sua abusada.

- Que isso... Nem um beijinho? - Me aproximei.

- Sai. - Começou a ir para trás. - Olha aqui, vou chamar a polícia.

- Vem cá, neném.

- Isso é assédio, sabia? - Ri soprado.

- Vou tomar banho. - Saí do quarto e fui para o banheiro.

Tomei um banho bem relaxante e demorado.

A vontade de ficar aqui 'pra sempre foi grande, mas o medo de morrer afogada debaixo do chuveiro foi maior.

Então, depois de fazer tudo o que tinha 'pra fazer, saí do banheiro e caminhei até meu quarto, apenas de toalha.

Quando entrei no cômodo, vi que o Na estava mexendo no celular.

- Psiu. - Levantou o olhar e eu tirei a toalha, lançando um olhar sugestivo para o mesmo, que devolveu com um olhar de tédio.

Calma.

Isso é normal, sempre faço isso com ele, antes Jaemin surtava - hétero panic -, mas já acostumou.

- Está mesmo tentando seduzir seu melhor amigo? Que é gay? E que já te viu pelada várias e várias vezes? - Dei de ombros.

- Sei lá, pode ter virado o disco, quem sabe? - Revirou os olhos.

- Nunca. - Rimos. - Não que não seja gostosa, mas prefiro o corpinho de Jeno. - Coloquei minha langerie.

- Posso superar. - Limpei uma lágrima imaginária.

- Dramática mesmo. - Riu soprado.

- Hm... O que devo usar? - Passei a mão em meus fios molhados. - Algo assim? - Mostrei a roupa (2° foto) para meu melhor amigo que fez um "ok" com os dedos.

- Perfeito. - Vesti. - Wow. - Bateu palmas. - 'Tá linda.

- Obrigada.

- Dá uma rodadinha. - Fiz o que pediu. - Se eu fosse mulher, gostaria de ter esse corpinho aí.

- E quem não gostaria? Eu sou perfeita.

Amor próprio é tudo.

- Depois eu que sou o convencido.

- Mas você é. - Fui para frente do espelho.

Resolvi deixar meu cabelo solto mesmo, ele está bonito.

Passei perfume, desodorante, gloss e rímel.

- Acho que está bom. - Dei de ombros.

- 'Tá perfeito. - Ouvimos alguém bater na porta.

Saímos do quarto e vimos a minha mãe bem linda, elegante, cheirosa, jovem, simplesmente perfeita.

- Nossa, tia, tu 'tá uma gata.

- Vocês acham?

- Com certeza. - Sorriu. - Ele tem sorte de ter um mulherão desse. - Rimos.

- Me ajudem a arrumar a mesa, eles já estão chegando. - Descemos e arrumamos a mesa.

Ficou perfeito, lindo demais.

Espero que esse tal Antony seja legal e que não seja um cuzão com a minha mãe, se não meto a mão na cara dele. 

Me sentei no sofá e comecei a mexer no celular.

Hm...

Estou com um pressentimento ruim, sinto que vai acontecer alguma merda.

Espero que eu esteja errada.

Ding dong.

Estranhamente, meu coração acelerou.

Estranho...

- São eles! - A mais velha começou a surtar.

- Mulher. - Me levantei. - Calma, amada.

- Tia, respira, inspira e não pira.

- Ok... Ok... Eu posso fazer isso. - Tomou coragem e andou até a porta.

Fiquei ao lado de Jaemin, que passou o braço ao redor do meu pescoço.

Assim que dona Palloma abriu a porta, meu sorriso desapareceu.

- Ah, nem fudendo... - Falei baixinho quando vi Mark ali, todo sorridente, adorável.

- Amiga... Olha...

- É... Eu vi...

Minha mãe ficou estática e olhou para mim com os olhos arregalados.

Valeu universo, valeu mesmo!

Estava bom demais para ser verdade, devia ter desconfiado.

Assim que o canadense colocou os olhos em mim, me analisou inteira, dando um sorrisinho cafajeste.

Era 'pra ele ficar assustado, espantado, com o cu na mão.

Mas não.

Esse indivíduo apenas sorriu de um jeito cafajeste.

- Entrem. - Deu espaço para que os dois entrassem.

Mark tem traços marcantes do pai.

- Oi, amor. - Beijou os lábios da minha mãe. - Esse é meu filho, Mark Lee.

- Mark Lee, certo. - O abraçou e me lançou um olhar de "fudeu".

- É um prazer, dona Palloma. - Sorriu e andou até mim. - Oi, Jaemin.

- Oi, Mark. - Sorriu.

- Paula, você está linda.

Calma.

Não faz isso comigo, jovem.

- O-obrigada. - Me abraçou.

Caralho, que cheiro bom.

- Não deu tempo de falar ontem, mas eu amei o beijo. - Sussurrou em meu ouvido e se afastou com um sorriso doce e inocente.

Corei instantaneamente.

- Vocês três já se conhecem? - Se aproximou.

- Estudamos na mesma escola, pai.

- Entendi. - Me olhou. - É um prazer te conhecer, Paula.

- O prazer é meu, Sr. Lee. - Dei um sorriso fechado.

- Ah, sem formalidades, pode me chamar de Antony mesmo.

Que susto, pensei que ia mandar um "pode me chamar de pai".

O coração chegou a bater até.

- Tudo bem. - Olhou para Jaemin.

Certeza que esse coreano está segurando uma risada escandalosa.

Ele ama rir da minha desgraça.

- Seu namorado? - Nós fizemos caretas e nos olhamos.

- Não, credo. - Respondemos em uníssono, fazendo todos os presentes darem risada.

- Certo.

- Vamos comer, antes que esfrie. - Fomos para a cozinha e nos sentamos.

Jaemin do meu lado esquerda e Mark do lado direito.

O casal se sentou à nossa frente, todo apaixonado.

- Espero que gostem.

- Amor, tudo o que você faz fica gostoso.

Eca.

Que melação.

Sem necessidade.

- Antony, não me deixa sem graça na frente das crianças. - Ele a abraçou de lado e sussurrou algo em seu ouvido, fazendo Palloma rir sapeca.

Nós três nos olhamos com uma cara de "que porra é essa?".

- Já vi que a noite deles vai ser melhor que a nossa, não é, baby? - Falou em meu ouvido, me assustando.

E me arrepiou também, confesso.

- AH! GAROTO! - Todos me olharam assustados. - Desculpa, me assustei. - Cocei a garganta. - Que fome, vocês estão com fome? Que ótimo, vamos comer. - Mark riu baixinho.

Nos servimos e começamos a comer, todo mundo na paz, tudo certo.

Menos pelo fato de... O meu crush se tornar o meu meio irmão.

Se existe alguém mais fodido no amor do que eu, me apresenta.

Vamos tomar uma cerveja e chorar juntos, ao som de Marília Mendonça, Henrique e Juliano e outros cantores sertanejo que eu amo.

Enquanto bebia meu suco de laranja, senti uma mão em minha coxa desnuda.

Medo.

Quando olhei, vi que a mão era do crush e engasguei com o suco.

- Filha, está tudo bem? - Jaemin me abanou, mesmo rindo da minha cara.

- Eu... Calma... - Respirei fundo. - 'To bem. - Me encostei na cadeira é passei a mão no rosto.

A mão do Lee ainda estava em minha coxa e começou a fazer um carinho ali.

Surto.

Alguém me salva.

Olhei de canto e pude ver que o garoto estava comendo tranquilamente, mas com um sorriso de canto.

Fiquei olhando demais para ele, tanto que virou a cabeça para mim e piscou.

Tiro.

Rapidamente voltei a atenção para a comida.

- Troca de olhares intensa hein. - Nana falou em meu ouvido.

- Nem me fale. - Rimos.

- Parece que me arrumei 'pra nada. - Fez bico.

- Bem feito, largar de ser piranhudo. - Ficou incrédulo.

- Me respeita, garota.

- Cala a boca. - Sem querer, soltamos um riso alto, chamando a atenção dos demais.

- Desculpa. - Coçou a garganta.

- Então... - Ai não, é agora. - Paula...

- Sim? - Olhei para Antony.

- Eu e sua mãe estamos... Nos relacionando há um tempo, entende? - Assenti. - Queríamos dar um passo maior em nossa relação... - Minha mãe já tinha os olhos marejados. - Então... Quero pedir a mão da sua mãe em casamento, mas quero ter a certeza de que está de acordo com isso.

- Hm... Não. - Cruzei os braços e todos arregalaram os olhos. - Eu proíbo.

- O... Q-

- BRINCADEIRA. - Ri soprado. - Tem a minha benção, cidadão de bem. - Suspirou aliviado.

- Sem graça! - Minha mãe limpou as lágrimas.

- Então... Palloma, você aceita casar comigo? - Abriu uma caixinha.

Esse momento seria lindo, se Mark - vulgo meu crush - não fosse se tornar meu meio irmão.

- Sim! - O abraçou, chorando feito uma condenada. - É claro que sim, meu amor.

Tem um olho na minha lágrima.

- Te amo.

- Também te amo. - Senti um nó na garganta.

Queria chorar, não porque essa cena é linda e emocionante, e sim porque... Ah... Dói.

Dói ter que conviver com esse amor não correspondido e agora ter que lidar com o fato dele ser meu meio irmão.

Toda a chance que eu - achei que -  tinha consigo, sumiu, não existe mais.

- Nana, você está chorando? - Saí de meus devaneios e olhei para Jaemin. - Oh, querido. - A mais velha riu soprado.

- Chorando? Não, tia, que isso. - Limpou as lágrimas. - É a poeira, sabe?

- Ah, vem cá, Nana. - O abracei bem apertado.

- Ei... Você está bem? - Sussurrou.

- Vou ficar. - Suspirei e nos afastamos.

- Olha só, parece que ganhei uma irmãzinha. - Mark me abraçou de lado.

Meu peito doeu.

- Pois é, parece que ganhei mais uma cria. - Todos riram, menos eu.

Só queria correr para o quarto e chorar, chorar muito.

Não.

Esse momento é importante para a minha mãe, não vou estragar.

- Crianças, por que não sobem? Deixem os adultos á sós, hm? - Minha mãe me olhou preocupada.

- Tudo bem, vamos. - Me levantei e praticamente corri para o quarto.

Me joguei na cama e limpei uma lágrima solitária.

- Quarto bonito. - Me sentei e vi Mark de braços cruzados e semblante sério.

Mudança radical.

- Obrigada. - Olhei para os lados. - Onde está Jaemin? - Se aproximou.

- No banheiro, bom, é o que me disse. - Deu de ombros. - Por que fugiu ontem?

- Hein? - Se sentou ao meu lado.

- Não finga que não ouviu. - Abri a boca. - Não gostou?

- CLARO QUE SIM. - Fechou os olhos com força. - Desculpa. - Cocei a garganta.

- Ficou com vergonha? - Aproximou nossos rostos.

- É... Talvez. - Engoli a seco.

- Sabe... Realmente gostei. - Sorriu de um jeito doce. - Espero que se repita mais vezes. - Pisquei algumas vezes.

- Então, anjo... Nós somos irmãos agora. - Riu debochado.

- Irmãos? Você não é a minha irmã e nunca vai ser.

- Nossa, direto.

Fico feliz com essa confissão? Ou triste pela falta de consideração?

Não sei, vamos só seguir aqui.

- Sempre. - Piscou.

- É... Ok. - Desviei o olhar e cocei a garganta, o fazendo rir soprado.

- Voltei. - Jaemin abriu a porta. - Sentiram minha falta?

- Eu? Nem um pouco. - Ficou incrédulo.

- Ah, é? - Se aproximou. - Não sentiu? - Subiu em cima de mim. - Hm?

- Sai daqui. - Começou a fazer cócegas. - Para!

- Não sentiu?

- Senti! Muita! Caralho. - Sorriu vitorioso e se levantou, passando a mão nos cabelos.

- Bom mesmo. - Olhou para Mark, que tinha um sorriso divertido nos lábios. - Não acredito que me arrumei todo para no final, você aparecer. - Suspirou. - Desperdício de roupa boa. - Mark riu.

- Não sou tão ruim assim, Jaemin.

- É gay? - Negou. - Sente alguma atração por homens?

- Nenhuma.

- Estão 'pra mim, não serve. - Se sentou. - O jeito é deixar para a Paula.

Miserável.

- Cala a boca.

- Faça bom proveito, Mark é todinho seu. - Piscou.

- Ridículo.

- Se ela quiser. - Deu de ombros e pegou o celular.

- Ui, olha ele, todo atirado.

- Não recuso uma garota bonita, não mesmo. - Comecei a rir.

De nervoso e desespero.

SOCORRO.

- Calma, minha filha. - O canadense passou a mão nas minhas costas.

- Relaxa, isso é normal. - Parei de rir. - É nervoso de estar perto do crush.

- JAEMIN! - Joguei meu travesseiro nele. - Seu- Ah, Jaemin...

- Corna! - Jogou de volta.

E assim começamos uma guerra de travesseiro, só nós dois, enquanto Mark ria sem parar, enquanto mexia no celular.

Até que, sem querer, acertei o Lee e seu celular caiu no chão.

- Fudeu. - O cu trancou quando o sujeito se levantou.

Calmamente pegou um travesseiro e acertou em mim, em cheio.

É... Nós três somos crianças, ou até piores.

Nós dávamos muita risada.

- Mas que porra é essa? - Paramos com a guerra ao ouvir a voz da minha mãe. - Jesus Cristo.

- Oi, mãe.

- Oi, tia.

- Oi, dona Palloma.

- Só vim avisar que eu e Samuel vamos dar uma saída.

Hmm... Safadinhos.

- Vão demorar? - Perguntei.

- Não sei. - Lancei um olhar malicioso para Jaemin. - A sobremesa está na geladeira.

- Ok.

- Se comportem. - Saiu do quarto.

- Meu Deus, baby, teu cabelo.

- O que tem? - Fui para frente do espelho e vi que estava todo bagunçado. - Crê em Deus pai. - Comecei a rir.

- Culpa do Mark. - Prendi meu cabelo em um coque despojado.

- Minha? Quem derrubou meu celular foi ela! - O olhei.

- Desculpa, meu amigo. - Cruzou os braços.

- Será que devo?

- Pede um beijo como desculpa, bobo. - Jaemin piscou para mim.

Não sei se sinto vontade de dar três tapas na cara desse sujeito ou se o agradeço pela sugestão.

- Até que não é má idéia. - Deu de ombros.

Surtando internamente aqui, cara.

Esse garoto só pode estar querendo foder mais o meu coração.

- Eu... Vou ir ao banheiro, licença. - Saí correndo do quarto e fui para o banheiro. - Calma, Paula. - Respirei fundo e joguei água no fundo.

Que droga! Por que? Por que ele tinha que ser filho do namorado da minha mãe?

Qual é universo, porra, me dá um desconto por todos esses anos, cara!

Justo agora que... Eu achei que... Sei lá... Podia rola alguma coisa...

Quero ter algo com o Mark, porém não quero me tornar só mais uma.

Enfim, a hipocrisia.

Aliás, vou parar de ficar fazendo isso, sei que está chato.

AAAAAAAAAAA.

Surtei mesmo, foda-se.

E a dica de hoje é:

Sempre desconfie da vida.

PRINCIPALMENTE, se estiver tudo bom demais, DESCONFIE!

E... Chore, não chorar dá câncer (?).

Como eu, estou chorando agora, deixando a lagrima rolar, foda-se.

É... Vou acabando por aqui, Jaemin está esmurrando a porta.

Fiquei tanto tempo assim?


Notas Finais


E hoje tivemos a confirmação: o universo não gosta da Paula.

Acabou com a felicidade dela, coitada.

Mark pareceu não se importar com isso... Mas... Será? Hm....

Dona Palloma ficou em choque, viram?

ENFIM.

Depois dessa, vou até ir embora viu kkkkk

Até o próximo capítulo, anjos.
A tia ama muito vocês, piticos.

Aliás, vocês estão gostando?
Talvez essa fic seja pequena, não sei, depende do enredo neah kk

BOM.

Beijo bunda e um cheiro no cangote de cada um, seus lindos.
❤❤


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