- Eu já entendi tudo, Luckas, melhor a gente parar por aqui
- Não Giovanna! Você entendeu tudo errado
- Não, Luckas. Eu entendi tudo certinho. Motorista, para o carro por favor, eu vou voltar pra casa!!! – ele fez o que eu pedi e quando eu ia sair o Luckas me interrompeu
- Não, você não entendeu. Você foi a única menina que me conquistou por completo, não senti só atração por sua beleza, ou seu corpo. Mas sim, pela pessoa que você é, você foi a única que eu chamei pra sair, foi a única que eu me apaixonei de verdade, agora que eu cresci percebi o quanto eu fui idiota na pré adolescência, de não ter nem me despedido, de nunca te considerar amiga, mas agora, você é mais que isso, te vejo com novos olhos, em você eu vejo uma pessoa alegre e desinibida com os íntimos, com quem não fala muito já fica mais tímida, uma pessoa que se preocupa com todos, que sabe abraçar com o sorriso... você é admirável, Giovanna – não sei de onde ele tirou aquelas palavras, só sei que eu paralisei por alguns segundos, o encarei nos olhos e sorri fraco, eu estava muito sem graça
- Luckas eu...não sei nem o que dizer
- Pois eu sei, diz que quer continuar o nosso passeio, prometo que não vou te decepcionar
- Então tá bom – ele sorriu comemorando
- Lazaro, vai fundo! – olhamos bem no olho um do outro até ela encostar a cabeça em meu peito, ficamos assim alguns minutos quando finalmente chegamos - Chegamos!
- Meu Deus, eu sempre quis vir aqui
- Pois então realizou o seu desejo, vamos entrar?
João on: a Larissa tá tão estranha comigo. Comecei a ligar desesperadamente, mas ela deve ter ignorado minhas ligações. Respirei fundo e enfiei minha cabeça no travesseiro, eu não queria que ela ficasse chateada, muito menos a gente longe. Fiquei jogando vídeo game até cair no sono.
- João, JOÃOOO
- Ai que foi? – era o luckas
- Cê não sabe
- Nossa cara, tá parecendo aqueles viadinhos contando fofoca pras amigas
- Hahaha engraçado você, mas continuando. Eu e a giovanna saímos. Eu levei ela num parque
- Num parque? No primeiro encontro? Como é que foi?
- Eu busquei ela de carro e a gente foi conversando e tals, eu me declarei no carro também
- Carro não é nada romântico
- Mas foi sob pressão tá? Eu falei do meu passado pra ela, ela entendeu tudo errado e acabou saindo tudo no carro mesmo. Ela ficou toda vermelhinha, ai como ela é linda
- kkkkk vai luckão
- Lá vem você de novo. Ai a gente saiu, e do nada ela pegou na minha mão, tipo segurou mesmo, ela percebeu que eu estranhei dai ela ia tirar, mas aí foi a minha vez de segurar na mão dela. A gente foi em diversos brinquedos, acredita que a loira tem medo de altura? Kkk a gente só foi na roda gigante porque eu insisti muito, foi muito bom lá, eu senti que estava a protegendo.
- Cara, vai direto ao ponto
- A gente se beijou
{Casa de Lari no paraná – ligação com giovanna}
- AAAAAHHHHH VOCÊS SE BEIJARAM? Diz agora como foi
- SIMMM, foi perfeito, foi no pedalinho
- Conta mais!!!
- Bom, a gente foi no pedalinho e tals, até aí tudo bem. Nos divertimos vendo o jardim de um outro ângulo e tals. Mas aí do nada, o pedalinho empacou em umas folhas, daquelas aquáticas, sabe? E a gente não conseguiu sair de maneira nenhuma. Começamos a rir e a ter uma conversa bem descontraída, mas do nada ele parou de falar, ele tava olhando fixamente para os meus olhos, fiz a mesma coisa. Daí ele abaixou o olhar para a minha boca, e colocou suas mãos no meu rosto, foi se aproximando, aproximando e...smack
- E aí? Ele beija bem?
- Larissa você tem namorado!
- Ué que que eu falei demais?
- Tá ele beija bem sim...mas ainda estou confusa com os meus sentimentos por ele...
- Giovanna!
- Que foi? Eu voltei a falar com o menino anteontem
- Sim, anteontem. Mas todo mundo sabe que você sempre teve uma quedinha por ele e depois de ter saído com ele, conversado bastante e inclusive beijado ele, é de se imaginar que você já esteja certa né?
- Talvez...mas não tô! É que entrou um menino aí a pouco tempo que...deixa pra lá
- Outro menino? Kkk dona Flor e seus dois maridos, sei como é passar por isso
- Sabe?
- Nã-não, é modo de dizer – disfarcei –mas e aí qual é o nome do segundo pretendente de Giovanna Jully Lopes Chaves?
- Vo-você não conhece, é da minha antiga escola
- Mas me diz o nome, vou procurar no insta
- LARI VEM CÁ – minha mãe gritou da cozinha
- Eita Gih, tenho que desligar
- Tá bom, beijo
- Beijo
Fui pra sala ver o que minha mãe queria
- Filha, por que você não vai dar uma passeada, andar um pouco, sei lá
- Ah manhê
- Você vai e pronto, só fica socada naquele quarto!
- Mas...
- Nem mais nem menos mas, pode colocar uma roupa e ir tomar um fresco no rosto – af! Fui pro quarto e vesti um short, não vulgar, uma regata vermelha e um casaco. O Paraná é muito frio, enquanto nas outras regiões pela manhã tá 30°C, aqui tá 20 e poucos. Andei, andei, andei e começou a chover
- Droga! Por que eu não vim de calça?
- Talvez porque você tenha lindas pernas que devem ser mostradas – um garoto com um guarda-chuva chegou do nada colocando o objeto sobre a minha cabeça, fiquei morrendo de medo – calma – começou a rir – não precisa ter medo, eu não mordo
- Que-quem disse que eu tô com medo?
- Gaguejou! – voltou a gargalhada – bom... meu nome é Micael! E o seu, bela menina?
- Larissa...Larissa Manoela
- Muito prazer – estendeu a mão para que eu o cumprimentasse e eu correspondi ao gesto – você não é daqui do Paraná né?
- Eu nasci aqui...mas atualmente eu moro em são Paulo, quando eu era bem pequena meus pais tiveram que se mudar por conta do trabalho – Larissa! Ele é um estranho, você está falando demais – er...eu preciso voltar pra casa
- Calma, se você for assim vai se molhar
- Não tem problema, eu me enxugo lá
- Ei – ele segurou em meu braço, impedindo – não precisa ter medo, eu já falei que não vou te fazer mal. É que eu não conheço ninguém por aqui, e achei que você fosse uma boa companhia, só isso...
- Desculpa...
- Deixa eu te levar em casa, por favor! E prometo que sumo e nunca mais te procuro
- Não, não precisa, eu também preciso de amizades, e posso ver a verdade nos seus olhos
- Muito obrigado pela confiança – no caminho fomos batendo um papo, quando de repente o guarda chuva que nos abrigava foi levado pela ventania que batia em nossos rostos, em poucos segundos senti a água gelada na minha pele,
- Ferrou, corre! - saí correndo enquanto ele ria e a aproveitava a chuva
– Larissa, volta! Sente essa sensação
- Vamos acabar pegando um resfriado assim – ele pegou em minha mão, depositou um beijo e falou, pedindo:
- Só um pouquinho, por favor! Tá tão gostoso – senti minhas pernas amolecerem, acabei cedendo ao pedido – fecha os olhos – obedeci – não é bom?
- É sim... – ficamos de olhos fechados por algum tempo quando acordo de meus devaneios – é melhor a gente ir, ficamos bastante tempo aqui
- Tem razão – a chuva já tinha diminuído, resolvi fazer algumas perguntas enquanto caminhávamos pela rua molhada, indo para a minha casa
- Hm...de onde você veio?
- Vim de uma cidade de Minas chamada Contagem
- Ah eu já ouvi falar, percebi pelo sotaque que era mineiro. E quantos anos você tem?
- Tenho 17, fiz recentemente, e você?
- 16!!
- Tem certeza? Você parece ter menos
- Eu vou fazer 16. Daqui a 21 dias, dia 28 – ele começou a mexer no celular – me ouviu?
- Ouvi sim, tava só anotando a data do seu aniversário pra não esquecer de parabenizar, aliás...você vai passar aniversário aqui?
- Vou...infelizmente
- Por que infelizmente?
- Porque eu queria passar em Sampa com os meus amigos, meu namorado e...
- Você tem namorado?
- Uhum, é amor de infância – ri
- Entendi, sabia que você é muito linda? Seus olhos são maravilhosos, combinam totalmente com seu tom de pele e cabelo, seu corpo é perfeitamente desenhado, e seu rosto mais ainda, já pensou em ser modelo?
- Assim você me deixa sem graça... – corei bruscamente
- Desculpa kkk com vergonha você também fica linda
- Micael! – o repreendi – Vixe, chegamos
- Já? O papo tava tão legal
- Verdade...obrigada pelo “abrigo”
- Não há de que...será que a gente pode se encontrar amanhã de novo? No mesmo lugar?
- Claro, foi muito bom conversar com você. Onde que fica sua casa aqui em Guarapuava?
- Daqui a uns 5 quarteirões
- Nossa! É longe, entra aí pra se secar pelo menos
- Não precisa, eu tô bem, é bom que eu perco uns quilinhos – rimos. Ele seguiu o seu rumo e eu observei. Entrei em casa de fininho, com o objetivo de não ser vista, mas fui flagrada pela, minha mãe
- Hã hã – fiquei imóvel – por que a senhora está toda molhada?
- Porque tava chovendo – falei o obvio
- Disso eu sei, quero saber o porquê de não ter voltado pra casa assim eu começou a chover ou ter esperado a chuva passar
- Ah, sei lá. Foi só um banho de chuva, mãe!
- E quem é...
- Tchau! – entrei no banheiro, não a deixando concluir sua frase
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