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História É Real? - Zayn Malik - Reajustes


Escrita por: JuDoski

Capítulo 14 - Reajustes


Eu e Zayn dormirmos aquela noite no telhado do prédio em que moro. Mal havia avisado meu pai e eu não havia levado meu celular para lá, no encontro. Conversei com Zayn por mais um bom tempo sobre coisas variadas, nenhuma sobre nós dois ou a fama, conversamos sobre outras pessoas, falamos mais sobre filmes e series, que por sinal eu assistia bastante antes de começarmos o namoro, e eu descobri que no tempo livre dele, além dele fumar e dormir, ele gosta de ficar assistindo qualquer coisa que não seja noticiário ou coisas reais do mundo. Qualquer coisa fictícia que prenda a atenção dele, independente do gênero, ele gosta de ver.

Quando ficamos quietos, eu fiquei olhando para o ceu e me perdi em meus pensamentos. Quando achei um novo assunto para conversarmos e olhei para trás de mim, o vi de olhos fechados, dormindo como um anjinho.

A mão dele não segurava mais a minha com força, o que eu mal tinha percebido. Eu não sei se ele tem sono leve ou pesado, mas eu gostaria muito de fazer algo com ele.

Eu estava de costas e de conchinha com ele, começo então delicadamente a me virar de frente para ele, sem tirar o braço dele de cima de mim. Com as minhas pernas tento encaixa-las entre as dele que estava encolhida, pois ele estava com frio.

Depois que consigo encaixa-las, junto meu corpo mais perto do dele e tento me encaixar dentro dele. Ele estava tão encolhido atrás de mim e bem pouco encostado quando ainda estávamos de conchinha. Coloco minha cabeça de baixo do queixo dele e levo meu rosto até o encostar no peito dele. Naquele percurso, até chegar nele, faço alguns movimentos mais bruscos e o acabo fazendo-o acordar, mas não tanto a ponto dele entender a situação. O sono era mais forte.

Ele percebe que estou praticamente dentro dele e todo carinhoso ele me puxa ainda para mais perto e me aperta em seus braços, me mantendo na posição que eu queria, como um ursinho de pelúcia dormindo com o dono. Fico literalmente corpo a corpo com ele, só que eu bem mais encolhido dentro dele.

Aquele aconchego me faz achar o sono com rapidez. Zayn já havia voltado a dormir e quando o meu sono começa a me dar canseira nos olhos, eu rapidamente levanto o rosto, beijo a parte de baixo do queixo dele e posteriormente o pescoço dele e depois me entrego totalmente, deixando a escuridão das minhas pálpebras me cegarem e me entregarem ao sonho.

 

Na manhã seguinte, quando acordo, acordo antes que Zayn. Nossa posição já havia mudado, mas algo muito mais perceptível que isso havia acontecido. Estávamos cobertos por um coberto no qual não estava em nenhuma das pilhas de colchão ontem à noite. Provavelmente algum dos seguranças dele veio fazer isto, a final estávamos mesmo com frio quando fomos dormir, imagina como estaríamos hoje de manhã então. Estariamos congelado.

Retiro o coberto de cima de mim e deixo Zayn na cama, ainda dormindo. Caminho diretamente até a única porta do telhado do prédio, não com a intenção de ir embora, apenas com a intenção de achar algum segurança para trazer alguma coisa para comermos, pois eu já estava com muita fome.

Na porta do telhado não havia nenhum, mas a dois andares a baixo, nas escadas, havia um a disposição para nos atender. Chamo por ele, começando por “hey” e em seguida o peço o que quero. Sem pensar duas vezes, o segurança some da minha vista e entra dentro daquele andar, no hall. Não escuto mais ele, além de ouvir a porta do elevador abrindo e fechando. Isso queria dizer que logo a comida chegaria. O que eu achei bem estranho foi o fato dele não ter respondido nada, ele simplesmente escutou o que eu pedi e saiu para buscar, sem ao menos balançar a cabeça positivamente.

Voltei para o telhado a fim de voltar para a cama, mas ao passar pela mesa que ainda estava por lá, suja com as caixas de pizza e os copos de bebida vazios, vejo meu celular na ponta, o qual eu tinha certeza de que havia deixado de trazer.

Acendo a tela e a primeira coisa que vejo, antes de abrir a tela de bloqueio é um lembrete. Clico nele e logo ele me encaminha diretamente a todos os lembretes e automaticamente abre o qual estava pendurado na tela de bloqueio.

Era um recado do meu pai. Eu não sabia que ele conseguia fazer isso sozinho. O lembrete dizia:

“Bom dia, Filho! Imagino que você só verá isto amanhã de manhã, portanto o correto será dizer bom dia. É obvio que você deve estar se perguntando como é que eu consegui colocar um lembrete no seu celular... pois é... Os seguranças do seu namorado sabem fazer isso profissionalmente. Ontem eu cheguei tarde em casa e eu não te vi, dai eu tentei te ligar, mas eu percebi que o seu celular havia ficado em casa, foi quando eu pensei: ele não deve estar muito longe para ter deixado o celular em casa. Fui te procurar e vi um homem alto e bombado no topo da escadaria do prédio, no qual eu logo pensei: “alto e bombado... Um bom segurança... Zayn é famoso... Eles devem estar lá no telhado do prédio”. Risos. Eu liguei os pontos e acertei na mosca. Subi de escadas mesmo até o ultimo andar, foi quando o mesmo segurança me parou na entrada do telhado e me disse que eu não podia entrar. Tive que bater papo com ele até ele entender que você é meu filho e que eu precisava apenas dar boa noite para você. Isso aconteceu foi onze horas da noite e quando o segurança me permitiu entrar no telhado eu os vi dormindo juntinhos na cama que vocês montaram. Por sinal estava tudo muito romântico igual ao meu primeiro encontro em casa com a sua mãe. Os vi juntinhos, encolhidos um no outro e tremendo, foi quando eu percebi que se quisesse ser um bom pai eu deveria trazer um coberto para vocês e não mandar você ir para casa, no quentinho, embora isso parecesse a verdadeira coisa certa a fazer... Depois que eu trouxe o coberto eu fiquei os olhando juntos por uns 5 minutos e relembrando quando eu fazia essas coisas com a sua mãe, fazíamos coisas piores, coisas de vândalos e eu senti a mesma coisa que você provavelmente sente hoje por ele. eu sentia muito amor pela sua mãe quando eu fazia essas maluquices com ela e eu imagino que você sinta o mesmo por ele. Você sabe que eu não o conheço ainda, o que eu imagino que já esteja pensando em me apresentar para ele... Mas se vocês dormiram juntos, antes das onze, sem nenhum sinal de que fizeram sexo antes disso, pode ter certeza que eu já os aprovo totalmente.

Beijos e até depois.

Pai.”

Meu sorriso no final do texto era tão espontâneo quando a existência do sol. Eu sorria com o lembrete sem perceber que estava fazendo aquilo. No final, quando bloqueio à tela do celular, coloco meu celular no peito e o abraço como se estivesse fazendo isto com o meu pai. Isso com certeza é a coisa mais bonita que eu já recebi dele, a cima de qualquer outro presente de natal ou de aniversário. Eu realmente estava muito emocionado.

De repente, na cama, Zayn começa a se mexer mais que o natural se ainda estivesse dormindo. Então, muito graciosamente, ele levanta a cabeça com tanta pressa como se estivesse perdido a hora ou qualquer outra coisa. No segundo seguinte ele me olha e sua expressão muda, de espantado para aliviado. Ele havia me perdido. Risos.

Com os cotovelos, ele apoia seu tronco para ficar um pouco erguido, para que pudesse me olhar. Então ele me pede para que eu venha para a cama e em seguida, ao ver meu celular na minha mão, ele me pergunta o que eu estava fazendo, sem se lembrar de que eu não havia trago ele ontem.

Eu penso em responder o mais naturalmente possível, mas dai eu penso: Se eu falar que eu estava lendo um lembrete do meu pai, ou ele ira rir ou ele ira perguntar o que o lembrete diz e isso significaria que eu teria que mostrar para ele o que meu pai disse sobre nós.

Passo então a me perguntar o que devo fazer. Dizer que estava lendo um lembrete, do meu pai, que dizia coisas sobre ele, ou mentir para ele e deixar com que aquilo nunca tivesse acontecido.

Eu não tinha porque esconder o meu pai dele e eu não tenho mais porque esconder o Zayn do meu pai, o que eu tenho vergonha é de como Zayn vai reagir ao ler que meu pai quer conhece-lo e coisa e tals...

Deixo as coisas acontecerem como devem acontecer:

- estava lendo um lembrete que o meu pai deixou para mim no meu celular. Foi ele quem trouxe o coberto para a gente. – Digo ao Zayn.

Ele não ri quando eu digo aquilo, o que já me alivia e muito. Ele me escuta dizer e depois olha para o coberto em seu corpo, e em seguida ele diz:

- era sobre isso que eu ia perguntar agora. Eu havia trago coberto? – sem eu responder ou ter a chance disto, ele continua. – Lembrete do seu pai? O que ele disse além de ter dito que trouxe o coberto para nós? Ah... Agradeça ele por isso.

Sorrio como forma de resposta para ele, querendo dizer: “o agradecerei”. Em seguida penso no que fazer. Decido mostrar o lembrete para ele, pois ler em voz alta é o que eu não vou fazer...

Caminho até a cama, onde coloco meus joelhos na ponta e vou andando de joelhos até os pés de Zayn, quando então eu entrego meu celular para ele.

Ele recebe normalmente o celular e começa a ler desde o inicio todo o lembrete.

Um minuto e alguns segundos mais tarde, ele me responde:

- Serio que seu pai é assim? – ele me pergunta sem demonstrar nenhuma expressão, aquilo não me dava a entender nada, nem se era bom e nem se era algo ruim.

- Assim como? – olho como se fosse algo ruim, mas sem demonstrar que fico chateado com ele por ter perguntado aquilo.

- fofo e preocupado. Ele nos aprova pelo fato de não termos feito sexo. – Zayn, ri. – imagino que o nosso próximo encontro será para eu me apresentar para ele.

Mais já?! Aquilo me assustava e muito.

Eu ainda não conheço meu pai totalmente. Faz pouco tempo que eu estou vivendo com ele diariamente, sendo que fiquei anos sem o ver pessoalmente. Só agora estamos desenvolvendo algum tipo de amizade, eu realmente não sei como ele vai ficar ao conhecer o Zayn, se vai ser um pai chato que pergunta sobre tudo, um pai desleixado que não pergunta de nada e oferece cigarro e bebida ao Zayn. O que não é uma má ideia... Ou se é apenas um pai, que pergunta moderadamente, sabe conversar naturalmente e não fica oferecendo tudo o que vê para ele.

Rio abafado, mas com nervosismo por dentro. A parte boa da situação era que ele não havia rido e nem achado estranho, o que me faz pensar que sou um tolo por esquecer o qual ele ama a família dele. A mãe dele deve ser igual ao meu pai ou pior, no sentido de preocupada e fofa.

- Pode ser para você? – ele me pergunta.

Eu havia me esquecido de dar uma resposta para ele, meu nervosismo subiu a cabeça e eu não pensei em algum comentário.

Respondo a ele, enquanto ainda penso:

- Ahn... Sim. Pode. Acho que pode, eu só tenho que ver se ele vai estar disponível amanhã.

- Vish. Eu não vou poder fazer isso amanhã. – diz Zayn. Ele começa a me assustar ao dizer essas palavras, por quais motivos ele não pode? – eu combinei com a minha mãe dela vir para cá, para Nova York, morar perto de mim. Por sinal, eu nem te disse nada sobre isso tudo. Agora que eu demiti meus agentes, eu não tenho mais o que fazer, as minhas duas únicas coisas na vida é a minha família e você. Como eu sei que você tem seu trabalho, eu pensei: “minhas irmãs já estão grandes e vão poder ficar morar lá na Inglaterra sozinhas, minha mãe pode vir morar perto de mim, ou ao menos passar alguns dias comigo, o que é bem mais fácil do que eu fazer você se mude para a Inglaterra comigo.” seu pai me permitiria fazer isso? Te levar para longe dele?

- com certeza não, principalmente agora. Eu morei no Brasil a minha vida inteira e eu só vim morar aqui em nova York, faz pouco tempo. Eu fiquei anos sem viver com o meu pai e agora vai ser difícil eu dizer para ele: “olha, eu cresci mais rápido do que eu imaginava, mas me desculpa... Agora que eu tenho um namorado e eu vou ter que ir viver com ele na Inglaterra e te deixar aqui sozinho de novo.”.

- Viu, seria bem pior se eu tivesse feito o inverso. Eu não quero de forma alguma terminar isso que temos juntos, lembra do que eu disse... Pode ser que seja daqui um ano ou cinco, mas eu já estou de casamento marcado com você.

- Na é capaz de mudar esses planos de se casar comigo? – pergunto para ter certeza, mas percebo que o clima não era o certo para perguntar aquilo. Justamente agora em um momento de reajuste.

- Nenhum! – ele diz confiante e com exatidão.

Sorrio desta vez sem nenhum pensamento extra ou nervosismo, puramente feliz com a resposta.

- você pensa o mesmo? – ele me pergunta bem seriamente, sobre o mesmo caso de não querer mudar os planos de um dia nos casarmos.

- Sim, é claro que sim! Nada para mim vai mudar isso, isso foi o que eu sempre quis desde que me apaixonei por você, antes mesmo de te conhecer. – digo a ele, olhando fixamente em seus olhos e dizendo com a mesma exatidão que ele disse.

- pois então saiba que possivelmente minha mãe não apoiara nosso namoro.

- pelo fato de ser um relacionamento entre homens? – pergunto, tentando adivinhas o por que.

- também, mas também pelo fato de você ser 3 terceiro que eu vou apresentar para ela com tanta certeza do que eu quero.

- você também queria com tanta certeza se casar com a perrie e com a gigi?

- com a Perrie, com tanta certeza, não. Mas eu queria me casar com ela e eu dizia para a minha mão com muita exatidão. Com a Gigi eu dizia naturalmente, mas com certeza de que rolaria casamento, sem eu querer. Não acho que ela vai acreditar em mim agora, nem se eu mostrar com todas as minhas forças que eu quero muito fazer isto com você. – Zayn me olha nos olhos e me explica o porquê.

- sua mãe está vindo para cá hoje? – pergunto a ele.

- Não, amanhã. Por quê? – ele me questiona.

- Porque eu pensei de fazermos essa apresentação para os nossos pais no mesmo dia. Eu conheço sua mãe e você o meu pai. – Digo.

- é uma boa ideia. Se ela não fosse tão contra coisas desse tipo. Ela não é muito comunicativa, embora seja bem gentil com as pessoas.

- ela é como você então. – digo fazendo graça e rindo. Ele ri em seguida.

Então ele me devolve o meu celular e eu tento confirmar com ele este encontro:

- Podemos então fazer isto? Mesmo que sua mãe não seja muito comunicativa?

- Podemos. Faremos amanhã à noite.

- Aonde? – Pergunto.

Ele pensa e então responde:

- Temos que fazer algo que ambos os quatro fiquem a vontade. – Ele comenta o seu raciocínio e eu logo concordo com ele. Encontro com os pais é a pior parte de todo o relacionamento. – eu ainda estou vivendo no hotel, não sei se vamos poder fazer por lá.

- pode ser aqui se quiser. – Digo a ele.

- acho que pela minha mãe é melhor fazer isso fora.

- em um restaurante?

- exato.

- por mim onde você quiser está bom. – enquanto digo penso em algo importante que vai causar um empecilho em nossos planos. – Oh, ou. Amanhã é terça.

- o que tem amanhã? – ele me pergunta sem entender, mas sem nervosismo.

- eu trabalho de noite.

- Por falar nisso, Eu ia te pedir algo sobre isso...

- O que seria?

- é algo delicado de se pedir, mas eu espero que como sendo meu namorado você não leve para o lado negativo.

Ele vai mesmo me pedir o que estou pensando? Não quero ter que discutir com ele sobre isso, não mesmo.



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