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História E se...- John Wick - O pacto de sangue- Parte um


Escrita por: ArianyCollins19

Notas do Autor


Bom sábado povo 😚

Capítulo 3 - O pacto de sangue- Parte um


Fanfic / Fanfiction E se...- John Wick - O pacto de sangue- Parte um

A brisa  suave e gélida corta o ar fazendo com que os poucos fios soltos de seu cabelo causem cócegas em suas bochechas. 

A garota, cerca de 11 anos, está parada em meio a um campo de capim seco, diante de si, uma comprida mesa metálica repleta de armas de diferentes portes. 

" Ruger SR calibre 22", Diz uma voz masculina grave ao seu lado, segurando uma das armas. "Dez mais um, o que significa dez cartuchos no pente, um na câmera. Agora, vamos começar do início. Uma arma é uma ferramenta, e uma ferramenta deve ser tratada com respeito" 

A pequena, que encara fixamente o objeto com seus olhos cor de esmeralda, concorda; 

__________________________________________________________ 🌹 

O motor selvagem do Dodge Charger preto rosna pelo asfalto. Pisando cada vez mais no acelerador, o moreno tenta alcançar a moto a poucos metros de si, desviando dos outros carros. 

A chuva cai sobre as ruas de New York, as deixando cada vez mais escorregadias. 

Pouco longe dali, a escuridão avisa ao velho que o Baba Yaga está chegando; 

John Wick o persegue pela States, mas é obrigado a frear ao chegar no cruzamento, mas ele conhece um atalho... John acelera cada vez mais adentrando numa rua mais vazia. 

O motoqueiro olha para trás a procura do homem, mas não o encontra... Ao olhar para frente...

O impacto faz com que a moto deslize pelo asfalto, lançando seu condutor a alguns metros de John. 

Ele abre a porta e caminha a passos silenciosos até o cadáver ao chão, abre sua jaqueta e pega um estranho cartão com símbolos russos... Sem mais, ele liga o carro e parte, deixando que as finas gotículas de chuva levem o sangue do desconhecido.

Ele dirige até um imenso galpão "abandonado", repleto de táxis amarelos que entram em fila pelo portão da frente. Aquele é o cartel de Abram Tarasov, um dos chefes do tráfico mais importante de toda New York. 

(...) 

"Por quê não podemos simplesmente resolver o problema?" 

"Porque meu sobrinho matou um cão, e roubou um carro. Carro esse que está atualmente em nosso inventário" 

John estaciona e desce silenciosamente do Dodge; 

"Então vamos desistir de tudo por um carro?" 

" Não é um carro qualquer, é do John Wick este carro" 

O mais novo sente um arrepio na espinha a mensão do nome do homem ;

"Ah..." 

Usando o cartão, John abre a porta lateral que dá para um longo e vazio corredor, ao qual segue; 

"Por quê nós não ô devolvemos?", Tenta ele. 

Não queria estar na mira de um dos maiores assassinos da América, mas também não queria perder todo o trabalho de meses. 

"Ele matou meu sobrinho, o meu irmão e 12 de meus homens, por causa do carro dele e de um cachorrinho", Exclama o homem impaciente. "E você acha que ele vai parar agora?" 

" Senhor, ele é só um homem, por quê não ô eliminamos?" 

"John Wick é um homem de foco..."  

Ao fim do corredor, ele avista um homem grande e careca vigiando a passagem. Como uma sombra, John se aproxima e o puxa para trás num sossega leão, o enforcando. 

"... Compromisso!" 

O grandão reage, o jogando para trás, tendo a chance de ver o brilho sanguinário em suas iris negras. 

"E com uma maldita força de vontade" 

Ele lhe dá um chute na boca do estômago, seguido de um soco, fazendo com sua cabeça penda para o lado... 

Um segundo... 

Um segundo fôra suficiente para que John o puxasse pelo pescoço e num movimento silencioso e célere, quebrasse seu pescoço. 

"Uma vez ele matou três homens num bar..." 

"Com um lápis, eu sei, eu já ouvi essa história"

"Com a porcaria de um lápis! Quem consegue fazer isso?", Questiona ele com o tom de voz mais alto, se curvando sobre a mesa para fitar os olhos castanhos do homem a sua frente. " Eu posso garantir que as histórias que você ouviu sobre este homem foram atenuadas, e muito..." 

Tarasov se recosta sobre sua cadeira de couro e traga seu charuto; 

O telefone toca de repente, o mais novo, ainda assustado, ô pega e entrega ao velho; Ao atender, aquela suave e conhecida voz irrompe o silêncio, falando em russo algo como "Você têm meu carro" 

"Baba Yaga!", Sussurra ele soltando o telefone e o charuto com as mãos trêmulas, já sabendo o que vem a seguir. 


John adentra a uma área vazia do galpão, exceto pelas centenas de carros cobertos por lençóis brancos. Ele caminha por eles até encontrar o que procura... O seu! 

Tomando cuidado para não ser visto, John adentra ao veículo e por alguns segundos se permite matar a saudade de seu Mustang Boss. Sem mais ele procura pela chave, sempre deixava uma reserva no pequeno bolso do quebra-sol. 

O motor rugiu por todo o lugar, o Baba Yaga havia chegado e você conhece o ditado. 

"Quando o bicho papão sai das sombras, ele leva todos os meninos malvados que encontrar pelo caminho" 

(...) 

Naquela noite John Wick estacionou o que sobrou de seu carro na garagem, abrindo o porta luvas encontrou um cartão florido com uma foto sua e de Helen. Naquele momento, tudo o que fez para recuperá-lo valeu a pena. 

John tomou um bom banho quente, cuidou de seus ferimentos e pôde dormir mais tranquilo, havia pegado o que lhe pertencia, e mesmo que aquele vazio ainda permanecesse em seu peito, ele tinha algum acalento. 

____________________________________________________________ 🌹 

No dia seguinte... 

O sol brilha forte no céu límpido, não há uma nuvem para ofuscar o azul celeste do céu. 

John Wick usa uma blusa branca de manga longa e jeans escuro, os cabelos mais soltos e desarrumados, os braços cruzados enquanto observa o castanho analisar seu carro, se é que dá para chamar aquela lata de sardinha de carro. 

- John, que isso?- Pergunta Aurélio Briggs ainda agachado ao lado do Mustang- Você não amava esse carro? 

- O que acha?- Pergunta se referindo ao concerto. 

O homem se levanta com um cigarro entre os dedos; 

- Bom. O motor tá quase caindo, o chassi tá todo empenado e o eixo do motor tá destruído. Eu não sei se você reparou, mas o parabrisa tá trincado- Comenta ele em tom sarcástico, rondando o veículo- Olha o que eu acho... Acho que concerto- Ele dá de ombros tragando o cigarro. 

- Obrigado por encontrá-lo. 

- Não esquenta, só dei uns telefonemas, não foi nada. 

John lhe entregou as chaves e pediu que ô avisasse quando estivesse pronto. 

(...) 

Naquela tarde, John Wick recolheu suas armas, munições e todo o resto que havia desenterrado há algumas semanas e os cobriu sob o concreto novamente, jurando a si mesmo que havia acabado e que, se dependesse dele, nunca mais os pegaria de novo. 

E embora depositasse toda sua fé nisso, algo nos toques em sua campainha naquela noite lhe sussurravam o contrário. 

Nem quando tinha sua preciosa Helen ele teve paz, quer dizer. Deus, destino, universo ou seja lá o que for essa força que nos adorna, lhe deu Helen, a luz em meio a escuridão que era sua vida, ela lhe fez feliz e lhe ensinou o que era amor, ser amado, e quando se sentiu preenchido pela felicidade, a doença veio. Aquela maldita doença a tirou dele, não sem antes lhe dar meses de noites em claro, corridas ao hospital e doses diárias de remédios que pareciam deixá-la cada vez mais cansada e fraca.

Sinceramente, eu não entendo como um homem como ele pode ter fé de algum dia desfrutar sereno da paz e sossego.

(...) 

Ele abre a porta, dando de cara com... 

- Ciao- (olá)- John 

- Santino- Eles apertam as mãos de maneira formal. 

Santino D'Antonio é um Italiano de cabelos negros ondulados, olhos claros e feições quadradas; 

Ele foi a solução, mas, incerto como as ondas, poderia facilmente se tornar a ruína de John Wick. 

- Café?- Oferece Jonathan o guiando até sua sala de estar. 

- Grazie- (Obrigado) 

- É bom te ver. 

- É bom ver você também. 

As palavras do homem de olhos cor de Ônix eram calmas e triviais, mas não havia nada de calmo no coração de John. 

Para Santino aparecer em sua porta aquela hora da noite, cercado por seus homens de confiança depois de tantos anos... Não poderia ser coisa boa. 

John liga a cafeteira, enche duas xícaras e entrega uma ao homem ainda de pé fitando cada detalhe de sua casa. 


... 


Já sentados a mesa de jantar, o visitante se pronuncia; 

- Escuta John, com toda sinceridade. Não queria estar aqui! 

- Por favor, não!- Embora o tom de voz calmo, é possível ver o brilho de súplica nos olhos negros de Wick, já sabendo o que o homem exigirá dele- Estou te pedindo para não fazer isso. 

- Desculpa...- D'Antonio tira do bolso do paletó um pequeno disco de metal com desenhos curiosos- Ninguém sai dessa vida e volta sem nenhuma consequência- Ele deposita o objeto sobre a mesa- Eu vim aqui com dor no coração John- Ô empurra até ele- Eu só quero que lembre, que se não fosse pelo que eu fiz, naquela noite da sua tarefa impossível, você não estaria aqui agora assim. Isso é por minha causa e parte disso aqui é meu. 

- Pega de volta.

- Pegar de volta? 

- Pega de volta!- Ordena John, o tom de voz já alterado. 

- Uma promissória não é pouca coisa John. Para um homem dar uma promissória a outro homem, é entregar a sua alma num pacto de sangue.- Insistiu ele, porém, John estava irredutível. 

Não! Ele não iria, não poderia ceder! 

Depois de tudo o que aconteceu, ele só queria paz, estar em paz ou no mínimo sozinho com a melancolia de seus pensamentos. 

John Wick queria distância de tudo aquilo, não só por ele, mas por ela. Prometeu a Helen quando se casaram e em seu leito de morte que jamais voltaria para aquela vida novamente...

Não! 

Porém Santino D'Antonio era um homem extremamente poderoso e principalmente, mimado, e pela maneira como deixou sua casa, não iria esquecer isso tão fácil assim. Na verdade, não iria esquecer nunca! 

Jonathan caminhou de volta para sua sala e pegou o porta retrato sobre a estante; Nele, Helen sorria para o nada enquanto ele beijava seu rosto de maneira carinhosa. Foi na Itália, em sua lua de mel... Foram dias felizes, os melhores dos quais se lembrava. 

Ele ainda fitava a fotografia quando aconteceu; 

Primeiro o barulho, em seguida o estrondo de vidros estourando, o objeto escapou de suas mãos enquanto o corpo de John era arremessado pela imensa janela que levava ao quintal dos fundos. 

Seu corpo caiu sobre a grama fofa, sua cabeça latejando e sangrando com o impacto. Ao se sentar novamente, viu o momento exato em que as chamas consumiam sua casa, suas lembranças, os móveis que ela escolheu... Os porta retratos que eram as únicas memórias, além das de sua cabeça, da mulher que mais amou no mundo. 

Viu o fogo levar tudo o que ele tinha e mais lhe importava, uma vida inteira destruída em poucos minutos. 

(...) 

Em pouco tempo a polícia e o corpo de bombeiros estavam no local, o fogo já extinto- não que tivesse sobrado algo para salvar. 

- Hãm... Boa noite John. 

- Boa noite Jimmy. 

-Vazamento de gás? 

- É, vazamento de gás- Mentiu ele, não que o homem realmente acreditasse. 

- Você voltou a trabalhar?- Perguntou Jimmy, o chefe de polícia da cidade. 

Jimmy Smith sabia quem John era e apenas perguntava por precaução, ele não faria nada além de evitar entrar na mira do Baba Yaga. 

Irado e confuso demais para responder, o moreno apenas pegou seu cachorro e partiu. 

Aquilo não ficaria assim! Precisava de ajuda e sabia exatamente para quem pedir. 


... 🌹
















Notas Finais


Eu ainda estou na dúvida se coloco detalhadamente as cenas de ação do John ou se apenas as resumo já que a maioria as conhece...
O que vcs preferem? Deixo na mão de vcs.💙

Obs: A maior parte dos diálogos desse capítulo foram tirados do filme e o sobrenome do Aurélio e do Jimmy eu mesma inventei já que não é mencionado no filme.


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