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História Edmundo e Lúcia (Shipper) - O luto


Escrita por: Sophiabranco

Notas do Autor


Oi Surpresa pra vocês mais um capítulo, desculpa a demora foi porque eu precisava de tempo para melhorar.

Enfim Boa leitura

Capítulo 20 - O luto


Fanfic / Fanfiction Edmundo e Lúcia (Shipper) - O luto

Dois dias antes

Edmundo


            É triste como a vida tenta brincar com a gente a cada brecha que ela acha, chega até ser engraçado. Já tinha sofrido demais nos últimos anos... Perdi mInha comarca, meu título, entrei em guerra com meu irmão, sem falar de várias vidas inocentes que foram perdidas a troco de nada. E agora isso... Quase perdi minha Lúcia e ela perdeu seu melhor amigo.
            Eu achava que costumava saber o que significa dor, mas agora percebo que nada que eu considerasse dor chegaria ao que estava sentindo agora. Já tinha chorado tanto em menos de vinte e quatro horas que nem havia mais forças para fazê—lo, mesmo que no fundo do meu coração eu não conseguisse mais aguentar em pé. Dormir ao lado de Lúcia foi meu único consolo, não imaginava que ela era tão forte, já suportou tanta dor. Pensei que eu a ajudaria a superar tudo isso, mas quem diria que seria exatamente o contrário. 

Após eu beija—la na noite anterior dormi ao seu lado, e lá permaneceria até o momento que ela quisesse hoje depois de tudo, prometi a mim mesmo que jamais a deixaria de novo.

Lúcia

Músculos da testa doloridos ao serem contraídos, ponta do nariz avermelhada e ardente e boca salivante; esses eram para ser sintomas de uma adolescente sensível ao sentir as ilusões de um amor. E por muito tempo foram os meus, mas nunca tão repetidamente. Era como se eu estivesse metida em um pesadelo, na qual eu nunca seria hábil o suficiente a escapar. 

Não dormi nada essa noite, passei a madrugada em claro.

Era manhã quando finalmente me levantei era cedo, sai da cama para não acordar Edmundo, mas parece que ele também não havi a dormido muito bem. 
— Bom dia. — Foi a única coisa que disse.
— Aonde quer ir tão cedo Lúcia? — Perguntou Edmundo me encarando preocupado.
— Eu não sei quero pensar um pouco, hoje é o dia do funeral. Não sei como todos encararam a perda de Tumnus. Foi tudo tão repentino. 
— Ei... — Ele se levantou e me abraçou.
— Tente não pensar nisso, Tumnus foi uma perda para todos nós. Ele era único e indubitável. 
— Ninguém fazia chá como ele. — Falei sorrindo um pouco. — Edmundo beijou minha testa, eu olhei pela janela do quarto e vi o lago parecia tão brilhante com a luz do Céu. 
— Eu sei onde devo ir, vamos. — Puxei Edmundo para fora do quarto ainda era bem cedo, todos pareciam estar dormindo. Eu estava com minha camisola fina de sarja acetinada. Edmundo só usava uma bermuda e uma camisa polo branca. Chegamos ao rio. Ainda com as decorações do casamento. Flores por todos os lados. Parei um pouco para sentir o vento sobre o meu rosto, as árvores estavam calmas como se não tivesse acontecido nada, nenhuma tragédia. Elas não estavam silenciosas como ontem. Pareciam sorrir. Porque?
— Por que estão felizes? — Me perguntei em voz alta. — Edmundo ficou do meu lado olhando para o horizonte como eu. Mas parecia não entender minha dúvida. 
— De quem está falando? Ele perguntou. Me limite—i a responder.
— As árvores elas estão sorrindo é como se para elas, nada tivesse acontecido. 
— Talvez para elas seja sua forma de luto. Cada um tem seu jeito de superar o meu é você. — Olhei nos olhos dele. 
— Você também é o meu. — Cheguei a beira do rio e encarei o meu reflexo desgostoso por um tempo no pequeno lago de peixes dourados,  quando senti a mão de Edmundo pousar delicadamente sobre o meu braço.
— Lu? Vamos... Já está na hora — ele murmurou, como se falar alto fosse uma ameaça aos meus tímpanos, o que realmente era, pelo menos depois da noite passada.
Respirei fundo fechando meus olhos por um momento e senti um sentimento avassalador me atingir pela centésima vez no dia. Engoli um bocado de saliva e controlei minha respiração antes de limpar os olhos e me virar para o rapaz afirmando com a cabeça. – decorrente do temporal da madrugada – O funeral seria na chuva, ótimo estava começando o inverno de novo. 
— Temos que nos aprontar para o funeral. 
— Sim é claro. 

(...)

— Vestir uma roupa preta não parecia ser o mais adequado para Tumnus ele gostava de cores vivas e vibrantes como a primavera. As flores que ele cuidava no meu jardim. Tudo era minucioso. — Comentei olhando para o traje de Edmundo um casaco de couro escuro com suas dragonas prateadas, sua calça apertada e seus sapatos fechados. Tão trevoso. 

Eu usava um vestido de linho longo vermelho com passadas de tecido preto. Me limite—i a usar minha coroa de flores dadas a mim por Tumnus. 

— Está linda. — Disse Edmundo. Não consegui dizer nada. Ele me acompanhou até o grande jardim de Pardal onde o corpo do meu amigo seria enterrado.


Edmundo

Eu sei que aquele rio representava uma lembrança boa para Lúcia, más vê—la ali naquele exato momento me fez lembrar do pesadelo em que ela morria e eu não conseguia se quer chegar perto dela. Tive que trocar em seu ombro. As lembranças daquele sonho me dominavam tinha medo de não conseguir tocar em Lúcia.  

— Lu? Vamos... Já está na hora. — Ela ainda parecia triste com muita vontade de chorar, tentei desviar sua atenção. 

— Temos que nos aprontar para o funeral.

— Sim é claro.

 

O ancião Meridas iniciara o funeral com algumas palavras monótonas que eram, provavelmente ditas em qualquer outro.

O caixão coberto pela bandeira de Narnia soldados por todo o recinto. O ambiente era intensivamente angustiante. Avulso às palavras do regente, tudo o que se ouvia naquele pedacinho eram os soluços e fungados proveniente das seis fileiras de pessoas trajadas em negro que assistiam à cerimônia fúnebre.

Contamos a verdade aos anciões, Deva tentou matar Lúcia e acabou atingindo Tumnus. Lúcia não quis culpar Pedro, talvez ainda existisse uma pequena faísca nela que acreditasse em sua inocência.


Alguns conhecidos prestaram homenagens ao falecido, mas não pude ouvir nada, as lágrimas silenciosas que escorriam pelo rosto de minha Lúcia eram dolorosas demais para que eu pudesse me concentrar em qualquer outra coisa ali.

— E agora a rainha Lúcia gostaria de falar algumas palavras e prestar suas homenagens. – Meridas comentou e minha esposa acariciou meu braço carinhosamente depois de assoar o nariz pela quinta vez no mesmo minuto.


[30 horas atrás]


— Respire, Lu... Respire... – Edmundo estava bem mais calmo do que parecia. Mesmo que ele pedisse, eu simplesmente não conseguia. Já tinha conseguido superar muitas coisas na minha vida, mas aquilo era demais. Aquilo não era um tipo de dor que se suportava, você simplesmente era atingida e era como ficar paraplégica no mesmo instante.

— NÃO! — foi tudo o que saiu da minha boca. – E...EU... QUERO VER... O... O senhor Tumnus! – me desvencilhei dos braços de minha Edmundo e vi o corpo de Tumnus estirado no chão, um golpe certeiro que atingiu seu coração
Era insuportável saber que ele tinha morrido com tanta facilidade assim. Eu tentei de várias formas e maneiras salva—lo com a poção, com preces a Aslan mas de nada adiantou ele não reagiu.

Eu sempre soube dos riscos que e estava tomando quando decidi tomar parte de todo um Reino, mas nunca pensei que sua morte viria tão cedo. Nunca se está preparado para superar uma morte, mesmo que ela esteja clara que está próxima. De qualquer maneira, sabendo ou não, eu nunca superaria a morte de Tumnus.

Sua face estava ainda morna, devido o falecimento recente, A faca atravessada em seu peito não me trazia demasiado medo, já que já estava acostumada a ver sangue e lesões na guerra, porém, o que me amedrontava era o fato de que era Tumnus a vítima. Eu sabia que a assassina teria de pagar caro, muito caro. Eu mesma dei a sentença e a apliquei, a matei da mesma forma. " Que a lágrimas de seu sangue possam ser o mínimo consolo. "

Fiquei abraçada ao senhor Tumnus não sei por quantos minutos, mas tive que sair do meu quarto, Kelvin solicitou que eu me afastasse para que a área fosse limpa, já que ali era o quarto da Rainha de Pardal.
Não me lembro de mais nada que acontecera depois disso, estava atordoada demais para lembrar de muita coisa. Precisava me vestir para o casamento e aquele momento não era uma boa hora.


[DIAS ATUAIS]


Ergui—me e fui até o caixão de Tumnus, descansando em cima dele a miniatura da carruagem branca que ele mais gostava, um lírio branco e um demorado beijo vindo de meus lábios inchados. Acariciei o tecido macio da bandeira que ocultava metade do caixão e deixei que uma lágrima escorresse, levando, logo depois, a mão rapidamente ao rosto, me recompondo e direcionei—me ao pequeno altar que no gramado se firmava.

 

Estavam todos ali. Os aldeões, as servas, às naidades, os faunos seus amigos, lobos, raposas. Era explendido ver como Tumnus foi admirado e amado.

Fitei os presentes por uns bons momentos antes de tomar o fôlego necessário para começar a minha homenagem. Tinha preparado uns três parágrafos de discurso, mas mais uma vez a vida não permite que eu diga planos.

— Bem... O senhor Tumnus... – suspirei sentindo um baque me atingir no peito só por pronunciar aquela palavra sabendo que ela nunca seria mais dita da mesma maneira depois deste dia. – O senhor Tumnus era a pessoa mais doce, compreensível e paciente que já conheci na vida. Ele era o meu porto seguro. Foi ele quem me ensinou a andar a cavalo, quem me ajudou com os deveres de rainha quando eu mesma não podia. Era um conselheiro que sempre se dedicou e mesmo exausto, mesmo assim fazia um esforço para escutar as tristezas e alegrias de uma adolescente – umedeci meus lábios, sentia meus olhos arderem, mas não podia deixar que lágrimas fossem derramadas, pelo menos não enquanto eu não terminasse o meu monólogo.
Um soluço audível soou da primeira fila de cadeiras e eu pude, infelizmente, presenciar Kelvin cobrindo a boca com um lenço branco, a fim de diminuir os ruídos que seu choro traziam ao ambiente. Custei para não me deixar abalar.
“Achei que ele gostaria que eu dissesse algumas palavras no dia de hoje, mas me dei conta de que tudo que estou aqui a dizer ele já sabia. Ele sabia que era um conselheiro porque se esforçava para isso. Sabia que era o meu herói porque eu o fazia saber a cada vez que me tomava nos braços acariciando os meus cabelos e sussurrava para mim que estava tudo bem e que ele estava ali comigo para o que der e vier.

“E é por isso que eu afirmo hoje, que ele não só foi, mas também continua sendo um homem imensamente amado por muita gente, por mim, especialmente. Ele nunca deixará de ser o pequeno e mais corajoso fauno que já conheci, Ele foi a pessoa com o melhor abraço, com a melhor coleção de miniaturas, e com o emprego mais valente e também nunca deixará de ser o meu... Senhor Tumnus.

Senti que não aguentaria mais nenhum segundo ali. Ao fim da monólogo todos pareciam emotivos demais para sequer respirar corretamente, deixei o altar ali em cima e virei—me para o caixão mais uma vez.
            – Adeus... – sussurrei com a voz falha e beijei delicadamente a superfície lisa, retornando ao meu lugar.

            Meridas, Laiei e mais algumas pessoas que viviam em Pardal discursaram também, cada um com a sua essência. Ao fim da homenagens, o caixão seria enterrado e a lápide colocada sobre o pedaço de terra que era agora o túmulo do meu falecido conselheiro. O que eu não esperava era que Edmundo também prestaria suas homenagens.

            – Ahn... – ele hesitou. – Não conheci o senhor... Tumnus... Não conheci ele como gostaria. Tivemos tão pouco tempo de convivência que eu posso me arrepender profundamente de não ter visto nem um oitavo do tanto que sua filha, Lu, viu durante toda a sua vida – ele não tinha preparado nenhum discurso, mas mesmo assim estava lá em frente a uma imensidão de pessoas desconhecidas para ele dizendo coisas bonitas sobre O senhor Tumnus. Eu realmente não tinha errado em escolher Edmundo para entrar na minha vida. 

– Mas posso dizer que o conheci o suficiente para saber que ele era um homem bom, simpático, sempre andava feliz e transmitia essa felicidade para qualquer um que estivesse ao seu redor. Tinha uma bela coleção de esculturas que ele mesmo as fazia em miniatura que deixaria qualquer um com inveja e acima de tudo... Ele gostava de mim. 

E eu não posso estar mais agradecido em saber que ele estava feliz pelo meu relacionamento com a sua rainha. É uma honra tão enorme que... Eu simplesmente não tenho palavras para descrever. E eu, Edmundo, diante deste dia, juro solenemente que farei de tudo para trazer alegria a essa comarca, não igual a ele, porque obviamente não conseguirei, mas me esforçarei para trazer o meu máximo, não só por vocês, mas também pela minha Lúcia – ele concluiu e suspirou sabendo que não conseguiria dizer mais nada.

Não consegui me conter, chorei com suas palavras corri até ele e o abracei. 
— Obrigada Edmundo. — Ele chegou bem perto do meu ouvido.
— Foi o mínimo que eu pude fazer. — Soltei o abraço e olhei em seus olhos.
— Foi o suficiente.

            O sepultamento levou cerca de mais quarenta minutos e logo a lápide de pedra polida foi cravada no gramado que tinham acabado de colocar, onde se lia:

—_______________________________________________________________
TUMNUS O FAUNO
UM PAI UM SÁBIO E UM AMIGO.
—_______________________________________________________________
Os soldados bateram continência e se retiraram, deixando apenas a família ali, Os Anciões, aldeões e as ninfas acharam que deviam dar alguns minutos para nós. Não se ouviu mais nada, nem de mim, nem de Edmundo.
Agora eram só nós três , eu, Edmundo e Kelvin. E eu sabia que seria totalmente diferente. Entrar no castelo onde cresci e lembrar que O senhor Tumnus não estaria mais ali seria causador de um sentimento excruciante por muito tempo.
Pela primeira vez na vida eu desejei que O senhor Tumnus tivesse tido câncer no lugar da morte, talvez eu pudesse ter passado seus últimos meses de vida fazendo—o o mais feliz do mundo.
Atrás da lápide de O senhor Tumnus, estava escrito uma frase que eu pedira para colocar: Ele não se foi, só está ausente por algum tempo.

— Eu poderia ter sido conscientemente sua garotinha por mais um tempo... Era tão injusto como as coisas aconteciam comigo. Seria mais fácil se eu simplesmente não existisse mais. Eu não queria mais viver. Não queria.

— Por Deus não diga isso Lúcia. — Falou Edmundo preocupado. 

— Será que foi mesmo uma boa ideia me esconder naquele guarda roupa, conhecer essa criatura gentil, quantas vezes a coloquei em perigo. — Edmundo colocou seu braço em volta de sua cintura. 

— Não se esqueça Lu, a culpa de Tumnus ser preso naquela época foi minha. Nada teve a ver com você. Você era uma criança inocente todos éramos. — Lúcia apenas ficou pensativa. 


(...)


— Como se chama rapaz? — Um garoto dormia ao portão do castelo Cravina. Pelas escadas e Tumnus foi ao seu encontro. 

— Preciso falar com a rainha. Sou Kelvin o sexto.

— Sinto muito rapaz, a rainha está em Asimênia, ela me deixou em seu lugar, O que deseja senhor Kelvin?

— Quero um lugar em seu exército! — Exclamou o garoto, Tumnus não pode conter seu leve sorriso. 

— Ora vejam só, está mesmo disposto a sacrificar sua vida pela rainha? Você é tão jovem.

— Sim! Posso ser jovem, mas meu falecido pai me ensinou a dar a vida por aqueles que protegem sua família. Ela salvou a minha  da rainha branca eu devo isso a ela. 

— Vejo que você é um rapaz nobre, não? O que aconteceu com o seu pai?

— Meu pai foi morto pela rainha branca, por minha causa. Eu acabei lutando do lado errado e meu pai pagou por isso, então sim eu irei dar a minha vida se for preciso, posso ser jovem, mas sou muito corajoso. Eu prometo que não irei mais trair Narnia 

— Eu acredito em você rapaz e sinto muito Kelvin por seu pai, certo não só vou fazer de você um soldado, como vou convidar você e toda a sua família a viver conosco aqui em Cravina. Todos merecem uma segunda chance você errou, mas você aprende com erros, e é porque sei de sua lealdade que você vai se tornar um membro importante aqui nesse castelo. Todos tem um propósito e o seu é proteger a família real.

— Isso é sério senhor? Prometo que não vou decepciona-lo vou dar o meu melhor, muito obrigado pela oportunidade, afinal quem é você? — Perguntou o rapaz sonhador 

— Meu nome é Tumnus sou o conselheiro real. Seja bem vindo Kelvin tenho certeza que será capaz de grandes coisas. 

Kelvin sorriu a lembrar de seu primeiro encontro com Tumnus ao olhar para seu túmulo. 

— Não vou te decepcionar Tumnus. — Falou pensativo

(...)


Em um jardim colorido perto do castelo Cravina Lúcia corria pelos extensos corredores de flores e árvores, enquanto Tumnus a seguia regando suas plantas. 

— Não corra muito rainha. — Disse ele cuidadoso com sua voz.

— Não vejo a hora de me casar e ficar adulta senhor Tumnus. — Ele riu.

— Majestade você só tem quinze anos devia se preocupar apenas em crescer. 

— Mas olhe você senhor Tumnus está quase na idade e sempre está sozinho, e vive regando suas flores.

— Está errada milady, eu tenho você, tenho nossos suditos, meus amigos, os meus jardins, são tantas coisas. — Posso estar ficando velho mas nunca sozinho. — Disse com sua doce voz.

— Você vê muito mais além de você, além de nós sempre tem razão em suas palavras, tenho sorte em ter você, não sei porque Aslan me escolheu como rainha, mau sei andar a cavalo. 

— Eu também tenho sorte de ter você. E você sempre deve olhar a sua volta milady, não foi só Aslan que a escolheu elas também. — Disse apontando para as árvores. 

— Elas? — Tumnus se aproximou da rainha e disse acariciando seus cabelos.

— Sim elas, todas elas a idolatram não consegui ouvir? — Lúcia fez um não com a cabeça.

— Bom minha querida um dia você ouvirá. E todas elas vão saber que a melhor flor que eu cuidei se chamou Lúcia. 


(...)

— E você foi um excelente jardineiro — Falou Lúcia chorando pensando em voz alta ao se lembrar dos conselhos que recebia de seu amigo. Edmundo não deixou de ficar ao lado de Lúcia e também lembrar de seu último encontro com o fauno. 


(...)

— Tem certeza que quer falar sobre isso agora Tumnus? Eu acho que não é uma boa hora. — O fauno tinha interceptado Edmundo nos corredores do castelo momentos antes de encontrarem Lúcia com Deva.

— Você vai me escutar, que Aslan me perdoe eu nunca queria que fosse agora, vocês são tão jovens mal sabem de suas  próprias histórias mas você precisa me ouvir. Se você continuar insistindo em seu pessimismo pior será pra você e para Lúcia. Você deve aceitar a profecia. 

— Jamais quis me casar com Lúcia por causa de uma profecia. Se eu tivesse a chance eu teria... — Tumnus o interrompeu

— Se o senhor tivesse a chance? O senhor está tendo agora, não pense apenas que vai ser rei, você vai se casar Edmundo, Casar! Você e Lúcia e, querendo ou não ficarão juntos. Quero que decida agora! 

— Decidir o que? — Perguntou confuso.

— Se vai apenas se casar com ela para permanecer aqui? Ou se é por amor? Por que se não for eu desmancho esse casamento agora! Faço tudo pela rainha. — Edmundo permaneceu em silêncio. 

— Olhe Edmundo da pra ver que você ainda está indeciso, eu fiz esse presente de casamento, eu ia dar para Lúcia, mas você precisa entender o significado de tudo isso. toma. — O fauno estendeu a mão para ele , Edmundo pegou era um pingente, um colar com uma cabeça de touro prateada com uma coroas de rosas azuis sobre ela. No momento que Edmundo viu ele sorriu e quando Tumnus ia dar as costas para sair Edmundo falou 

— A cerca de sangue vai ser rompida e a coroa de rosas deve ser posta no touro prateado. Eu amo a Lúcia Tumnus e jamais me casaria com ela por interesse. Se ela aceitou talvez seja porque sente o mesmo, não se preocupe Tumnus eu entendi não é só por mim é por nós dois. 

— Finalmente você entendeu, rapaz Lúcia sempre foi sua prometida desde que você nasceu. 

— Não exagere também fauno. 

— Não se preocupe um dia irá entender, será um grande dia e você terá que tomar uma decisão difícil sobre Narnia e sobre ela.

(...)

— Obrigado por cuidar da Lúcia Tumnus, sei que agora é minha vez. E quando o grande dia chegar vou estar pronto. Eu prometo.


Notas Finais


Eai curtiram? Quer dizer foi um capítulo meio triste mas queria mostrar o quão importante Tumnus foi para história.


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