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História Efeito Borboleta - Rejoice


Escrita por: Kashi_

Notas do Autor


Att de hoje dedicada para Emi, que está sempre tão empolgada com essa história!
Boa leitura!

Capítulo 20 - Rejoice


20 — Rejoice

Harry POV

Eu estava decidido a focar no problema.

Iria encontrar horcruxes, iria destruí-las e depois matar Voldemort.

Sim, eu estava determinado. Tinha foco. Atitude.

“Você pode fazer isso, Harry”

Eu iria com toda certeza pensar apenas e exclusivamente nisso, porque eu podia e eu conseguiria!

— Ei Ron, o que você acha do Draco? — Me vi questionando baixinho para o ruivo quando estávamos sozinhos na cozinha, e ele ergueu os olhos para mim, arqueando a sobrancelha.

— Que ele é um idiota?

Suspirei baixinho, sentando mais perto dele.

Embora Draco estivesse na sala, não queria arriscar ser ouvido.

— Não... tipo... quando você olha para ele, o que você pensa? — Insisti, porque por mais que tentasse focar no problema que estava destruindo toda a vida na terra, Draco Malfoy não deixava meus pensamentos em paz.

Se Voldemort soubesse que ele tinha esse poder na minha vida, certamente eu já teria sido morto.

Então por isso eu tinha que entender o que era aquilo.

Porque poderia ser usado contra mim, já que obviamente Draco Malfoy com seu belo corpo escultural dizer que achava meus olhos bonitos havia quebrado minha cabeça.

Então eu precisava me desintoxicar, e percebi que a melhor maneira seria tentando descobrir o que era exatamente aquilo.

Porque eu sentia minha cabeça ficar vazia e minhas entranhas ferverem como se eu estivesse morrendo, toda vez que ele olhava para mim?

Porque não conseguia ouvir a voz dele sem sentir arrepios?

Porque toda maldita vez que ele passava perto de mim eu tinha que esconder meu rosto para não deixar ele me ver sorrir como um idiota?

— A primeira coisa que eu penso? É... será que aquele loiro é falso?

— Ron — Suspirei, tentando manter a calma. Ele não estava ajudando em nada!

— O que é isso agora? Pensando sobre ele?

— Eu só quero ter certeza. Vamos conviver muito agora. Ele está conosco, vai ficar conosco. Então... acho que... quero saber o que você pensa sobre ele. Quero dizer... ele não parece chato agora, certo?

— Não faz tanta diferença. Ele fica quieto na dele. Mas se quer saber, me incomoda ter ele aqui.

— Não vamos discutir isso de novo — Reclamei, porque agora o ruivo parecia ter pegado birra sobre a presença de Draco.

— Eu só estou dizendo que acho que não deveríamos deixar ele conosco.

— Mas isso já foi decidido. Draco está ajudando, e vai ficar — Pontuei, e ele revirou os olhos.

— Esqueci que agora vocês são melhores amigos — Resmungou de má vontade, e eu rolei os olhos.

— Ron, eu só faço o turno de vigia com ele porque concordamos que isso é o melhor. Turnos duplos. Se alguma coisa acontecer, precisa ter alguém acordado. Você quer ficar acordado de madrugada sozinho com ele? Mione quer?

— Não — Resmungou, suspirando.

No fundo eu sabia que ele entendia.

Muito embora eu estivesse mentindo descaradamente, porque durante os turnos de vigia nem lembrava que eram turnos de vigia.

Sinceramente, eu adorava passar um tempo com Draco.

— Mas o que você acha? Quero dizer... quando olha para ele, para... o rosto dele. O que você pensa?

— Ainda sobre o cabelo falso — Ron respondeu ao bocejar — Por quê?

Franzi o cenho, pensativo.

Não, Ron não parecia pensar as mesmas coisas que eu.

Nenhum delírio ou pensamento histérico sobre uma lista em ordem alfabética com todas as qualidades e deleites sobre Draco.

Estava começando a desconfiar que ele me afetava de um jeito diferente.

— Só... — Indiquei com os olhos para que observasse Draco, sentado em uma das poltronas, com um livro no colo — O que você pensa agora?

— Que não sei qual a graça que ele vê em passar tanto tempo lendo — Respondeu com sinceridade, e eu assenti.

Curioso.

A primeira coisa que ele pensava não era sobre como o livro ficava pequeno nas mãos grandes de Draco. Nem sobre como ele deslizava o dedo cumprido pela página dos livros, nem sobre os fios loiros bonitos jogados para trás.

Não havia pensamento sobre como ele ficava bonito usando negro, ou como era legal ver ele dar sorrisos pequenos para algo que lia.

Nadinha disso passava pela mente de Ron.

Então definitivamente não era com qualquer um, e isso me fez assentir automaticamente.

Ronald ainda me olhava desconfiado, mas não pareceu dar importância.

— O que você pensa? Quando olha?

— O cabelo não deve ser falso — Resmunguei, e o ruivo riu ao assentir e balançar os ombros, e eu aproveitei a distração para me erguer e seguir até o quarto onde Hermione estava sentada, parecendo organizar as coisas dentro de sua bosinha.

— Oi Harry. Está tudo bem?

— Sim?

— Você parece preocupado — Ela disse, sorrindo enquanto eu ia até ela, sentando ao seu lado.

— O que está achando de ter Draco com a gente?

— Está te incomodando?

— Não — Respondi de imediato, e ela riu.

— Nem a mim. Ele é silencioso, não da trabalho. Às vezes é como ter um gato. Te olha irritado, mas as vezes se aproxima. É como se ele fosse seu gato, na realidade — Divagou, e isso me fez rir ao imaginar que ele era o tipo de gato que iria arranhar ela inteira se a visse falando aquilo.

— Meu gato?

— É. As vezes nem parece perceber que eu e Ronald existimos. E ele só fala com você. Fica acordado de noite. Bichento se comportava exatamente assim.

Nós dois rimos, e eu senti certo alivio por estar conseguindo conversar com ela sobre qualquer coisa que não tivesse a ver com as horcruxes.

Ela parecia especialmente irritada nos últimos dias, e eu percebi finalmente que nem ela nem Ron haviam sido grosseiros porque era eu que estava usando o medalhão.

De alguma forma engraçada, parecia me afetar menos do que eles.

Eu até tentava prolongar o tempo que o usava, como se esquecesse de passar para meus amigos, porque embora me fizesse sentir dor de cabeça e um pouco de enjoo, eu ainda preferia isso a ter qualquer um deles reclamando de mim ou gritando comigo, como Ron fazia às vezes.

— Mas... o que acha dele? Quero dizer... se você olha para ele....? O que pensa?

— Meu primeiro pensamento sobre ele?

— Isso.

— Varia. Ou é ‘como pode existir alguém tão paranoico?’ Ou... é que ele mudou bastante.

— Sim! É isso! — Falei ansioso, e ela riu — Ele mudou mesmo não é? Quero dizer... agora ele está legal!

— Harry — Ela esticou o braço, tocando meu rosto — Ele é legal só com você. O que é irônico, porque você sempre foi quem ele adorava irritar.

— Mas... ele não arruma confusão, ou...

— Sim, temos um tratado de paz. Mas não muda o fato de que ele continua não gostando muito de mim ou de Ron. Vocês se dão bem, provavelmente pelo vinculo que formaram nas aulas de oclumência.

— Nas aulas de oclumência?

— As aulas o faziam ver seus pensamentos. Mesmo que você tentasse mostrar coisas banais, não muda o fato de que ele tinha acesso a sua mente. Essa ligação claramente te afetou e fez sentir um pouco de amizade por ele. É isso o que te faz ser diferente sobre Draco.

— As... aulas?

— Sim, as aulas. Isso é bem óbvio, não sei como não vê essas coisas. De qualquer forma, você pode sempre contar comigo para abrir seus olhos!

Ela sorriu ao final, e eu assenti, um pouco incerto.

Amava a inteligência de Hermione, mas às vezes odiava a forma como ela agia por ser inteligente.

Não parecia que bastava ser muito esperta. Ela também precisava mostrar que os outros não eram.

— Mas... mesmo se formos desconsiderar as aulas. Ele tem sido uma pessoa legal. Ele mudou.

— Sim, isso não podemos contestar. Se fosse fingimento, ele teria desistido. Estamos levando uma vida terrível, enquanto procuramos horcruxes. Já está sendo um inferno para mim e Ronald, imagino para ele, que nem sabe o que estamos fazendo.

Eu mordi o lábio, assentindo.

Quis dizer que para mim também não estava bom, mas não sentia que tinha direito de reclamar.

Poderia ser pior.

Eu poderia estar sozinho. Poderia não ter meus amigos ao meu lado.

Não deveria reclamar.

— De qualquer maneira, eu sei o que está fazendo. Não precisa ficar com medo ou se sentir acuado sobre ser amigo dele. Ninguém vai te culpar ou julgar por isso. Se ele é legal com você, não tem problema serem amigos. É só deixar as coisas no passado.

— É. Foi sobre isso que vim falar. Quero ser amigo dele — Resmunguei, apenas para concordar e ela sorrir daquela forma cheia de si, porque obviamente aquela era Hermione.

A conversa acabou por ali, e eu percebi que não me sentia melhor.

Nós comemos, cada um em um canto da barraca.

Não era mais como quando sentávamos os três juntos, afinal Draco não gostava de comer conosco, mas ainda assim ficávamos ali. Mesmo que brigados, ou em silêncios estranhos, fazíamos questão de ficar juntos.

Estava mais frequente Hermione comer sentada em uma das poltronas, pouco desviando a atenção de seus livros. Ron comia em horários bagunçados, mas frequentemente na frente de um rádio velho ouvindo os obituários do dia.

E eu sempre me sentava na mesa, sozinho em silencio.

Não me permitia mais esperar que fossemos sentar juntos.

O clima estava ficando cada dia pior.

Por isso eu mal senti vontade de terminar de comer. Ainda estava enjoado por causa do medalhão, então arrumei a bagunça a cozinha, afinal era meu dia, e segui para fora da barraca.

Draco já estava ali, na plataforma iluminada de madeira de todas as noites, e ergueu os olhos assim que sentei ao seu lado, abraçando os joelhos.

Ele não estava lendo nada hoje, apenas com os olhos no céu, e eu entendi a razão assim que notei a lua cheia.

— Draco? — Murmurei, e ele se virou para mim.

Qualquer coisa que eu pensasse em dizer se desfez quando ele franziu as sobrancelhas, e se moveu para abrir a própria bolsa, me fazendo deixar um sorrisinho escapar quando ele puxou o frasco com a loção para minha cicatriz.

Achava impressionante a forma como ele sabia só de olhar nos meus olhos, e fiquei quietinho sem me mover, porque também sabia que ele gostava de fazer aquilo por mim.

Era uma forma de se sentir útil.

Ele passou com calma, enquanto eu pensava no quanto era natural nossa proximidade.

Um ano atrás, Draco tão perto de mim, tocando minha cicatriz daquela forma me faria pirar.

Mas agora era algo muito íntimo, que me fazia gostar de ter ele ali.

— Suas dores ficam frequentes quando usa o medalhão — Ele disse baixinho para mim, e eu assenti, vendo ele guardar novamente a embalagem após passar uma camada boa na minha testa, voltando a se sentar normalmente, ainda me observando.

— Draco... você acha que de alguma forma as aulas de oclumência mudaram alguma coisa? Entre...

— Você e o medalhão? — Ele questionou, assentindo, e eu o encarei sem entender — Sim, acho que ele te afeta menos por causa das aulas de oclumência.

Pisquei, surpreso porque não tinha pensado nisso.

Ainda estava com a mente presa no que Mione tinha dito.

— Mas... o que oclumência pode ter a ver?

— Você aprendeu a erguer uma barreira ao redor da sua mente. Essa barreira erguida impede a energia maligna do medalhão de se aprofundar em seus pensamentos e emoções. Embora você pareça sentir dor quando acontece, não fica emocionalmente instável como seus amigos.

— É — Murmurei, porque havia percebido aquilo — Eu notei que eles reagem diferente.

— Isso me faz pensar no nível de dor que você está suportando agora — Ele admitiu, e eu ergui os olhos para seu rosto.

Era impossível que eu gostasse de ficar perto dele por causa da ligação sobre oclumência.

Draco ali diante de mim, preocupado com o que eu sentia.

Era sobre esse Draco, que ele era comigo.

Sobre as vezes que me flagrava sorrindo como idiota olhando para ele, e ria para mim. Sobre como tocava meu cabelo com gentileza quando ia passar a loção da minha cicatriz.

Sobre como, todos os dias, quando acordava, ele havia restaurado meus óculos, que estavam em perfeito estado ao lado da cama.

Eu os quebrava e arranhava muito fácil, e nunca tinha habito de lembrar de reparar, porque cresci usando óculos ruins afinal os Dursleys não se importavam comigo ou com a qualidade da minha visão.

— Você não pode... não usar? Por algumas horas?

— Combinamos de sempre estar com alguém. E... eu não acho que você...

— Eu sei. Combinaram de nunca deixar comigo — Ele disse, e parecia não se importar — Não é como se fosse ruim, vocês estarem me poupando de toda essa raiva, drama e magia perversa, sabia?

Isso me fez rir.

— Soa como algo que Ronald decidiu — Continuou a dizer — E de qualquer forma, não estou dizendo para deixar comigo. Estou dizendo para tirar por um tempo. Pode segurar, mas tire do pescoço. É um nível muito grande de magia das trevas para manter ao redor da cabeça, uma das partes mais sensíveis do corpo á recepção de magia.

Pisquei, surpreso que não soubesse disso, e olhei de canto para a porta da barraca.

Eles nunca saiam quando eu estava com Draco.

Me sentindo ansioso, por saber que ficariam com raiva por eu estar cedendo, mas com dor o suficiente para me entregar, eu retirei o medalhão do pescoço, enrolando-o nos dedos e guardei no bolso do moletom, suspirando pelo alivio imediato que senti.

— Melhor?

— Muito — Admiti, vendo ele assentir.

— Hmm... tenho algo para você — Ele disse por fim, mexendo na bolsa até tirar algo dali que me fez sorrir.

— Sapo de chocolate? — Questionei, e ele assentiu.

— Mas não conte aos seus amigos que tenho doces, não vou dividir com eles —  Me alertou em um resmungo, e isso me fez sorrir.

— Só comigo? — Questionei, achando que iria constranger ele ou qualquer coisa, mas ele riu.

Draco nunca parecia sentir vergonha ou receio, era sempre muito decidido e cheio de atitude.

— Se você contar para alguém, vou negar. Ninguém vai acreditar que eu dividi meus chocolates com você. Passei anos construindo minha fama de egoísta, e você não vai derrubar ela.

Nós dois rimos do que ele disse, com aquele ar dramático, enquanto eu abria e comia rapidamente o doce, sentindo falta daquilo.

De estar na escola, comendo doces e sem me importar com coisas difíceis demais.

— Eu sei que sua relação com seus amigos está complicada, e não quero me meter nisso. Mas... se você precisar xingar ou amaldiçoar eles, ultimamente não tenho nada para fazer, seria uma honra.

Sorri, erguendo os olhos para o rosto dele, assentindo.

Era bom saber que podia contar com Draco.

E isso me fazia nem conseguir dar ouvidos para o que Mione e Ron pensavam sobre ele, porque eu sabia que minha opinião, nesse caso, era a que importava.

E era novo.

Notar que a minha opinião era a mais importante, que o meu julgamento era o correto.

Draco me fazia sentir assim. E me fazia sentir no direito de ter esses sentimentos.

— Você é uma das partes boas do acampamento — Admiti, e o sorriso dele aumentou, enquanto erguia a sobrancelha bonita, me encarando com aquele ar perverso de superioridade que me arrepiava até o fundo da alma.

— Você sempre soa tão gay assim, Harry? — Questionou, provavelmente parar caçoar de mim, naquela voz debochada e baixinha tão atraente.

“Só perto de você” Pensei, sem surtar.

Draco havia prometido não ver minha mente. Só colocava pensamentos malucos sobre si mesmo, mas nunca mais tentou espiar.

Revirei os olhos para ele, que riu ao se mover, me dando um empurrãozinho com o próprio ombro.

— Mesmo?

— O que? —  Murmurei sem entender, e o sorriso dele perdeu o tom de zombaria, e se tornou muito mais sincero.

— Só perto de mim?

— Você estava espiando?! — Bradei ofendido — Draco, você prometeu não espiar meus pensamentos!

Isso fez ele levar uma das mãos até a boca para abafar a risada quase histérica que escapou, negando com a cabeça.

— Harry, você disse em voz alta! — Ele disse, ainda rindo ao me olhar, com os olhos claros se enchendo de lágrimas pela crise de riso, e meus olhos se dobraram de tamanho enquanto eu deixava meu queixo cair.

— Eu... disse? — Perguntei acuado, vendo ele tentando respirar fundo para não rir, mas estava clara a expressão divertida no rosto dele, enquanto balançava os braços me mandando calar a boca, porque estava rindo demais e qualquer coisa que eu tentava dizer para amenizar apenas o fazia cair na risada.

Isso me fez sentir o rosto esquentar, porque obviamente eu não conseguia passar um dia sem cometer aquele tipo de idiotice na frente dele.

— Você é muito engraçado, Harry — Ele admirou, e eu me deixei cair em silencio, quietinho ao deitar a cabeça contra os braços apoiados em meus joelhos dobrados, virado na direção dele — E absurdamente gay.

— Você vai ler agora? — Tentei mudar o assunto depressa, e ele assentiu, parecendo entender minha fuga da conversa.

— Assim que você dormir.

Estava se tornando uma rotina.

Adormecer no ombro dele, enquanto ele lia.

Não era um sono pesado, mas era muito melhor do que quando deitava para dormir dentro da barraca.

Draco me fazia sentir protegido, e parecia ok para nós dois que eu me sentisse dessa maneira.

— Anda dói? — Ele questionou ao ver que eu permanecia acordado olhando para ele, e eu assenti.

Sentia um pouquinho de dor, mas a principal razão era que queria continuar olhando para ele.

Só... olhar.

Sem pensar em coisas absurdas, ou surtar.

Apenas olhar para Draco.

 Era tudo o que eu queria naquele momento.

Ele esticou o braço removendo meus óculos com intimidade. Me ocorreu que eu dava muita liberdade para ele sobre mim, mas eu não sentia vontade de reprender ele por isso.

Eu sabia o que vinha a seguir, então recostei o corpo para trás, para deitar no ombro dele, fechando os olhos ao me aconchegar na lateral de seu corpo.

Draco sempre esperava um pouco, mas invariavelmente seus dedos seguiam para meu cabelo, e era precisamente quando eu dormia.

— ... Você é a única parte que importa— Draco disse baixinho, inclinando o rosto e pousando a bochecha contra meu cabelo, mas nessa altura eu já estava perdido em um sono pesado demais para ter ouvido ou sentido qualquer coisa.

Às vezes, quando acordava, sentia meu corpo formigando, quente. Como se houvesse algo me abraçando, mas que desaparecesse pouco antes de eu acordar, deixando aquela sensação gelada e vazia para trás.

Eu sabia. Ele sabia que eu sabia.

E estávamos bem.

Muito bem.


Notas Finais


Minha parte favorita é escrever Harry ficando apaixonadinho sem perceber que está apaixonadinho.
Draco já está totalmente derretido por ele, mas as coisas aqui vão acontecer aos poucos, porque eu gosto de evoluir os sentimentos e a relação de confiança e amizade primeiro.
Eu sei que estão preocupados com a questão da amizade do trio, mas assim como no canon existem coisas que precisam acontecer. Pequenas coisinhas eu tirei, e ouras eu acrescentei, e espero que gostem das mudanças que eu pretendo fazer na história.
Não quero tirar a essência de Harry Potter, mas ao mesmo tempo estou tomando liberdade para mudar alguns acontecimentos.
Estamos focando por um tempo na parte emocional do Harry, e embora ele pense muito sobre o Draco, existem outros sentimentos fortes dentro dele vindo a tona, e eles vão ir sendo trabalhados aos poucos.
Espero que estejam curtindo!
Até a proxima!


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