História Efeito Cinderela - Capítulo sete

Algumas semanas se passaram desde que Taehyung anunciou no baile para escolher o seu pretendente e que pediu a mão do ômega desconhecido para todo o reino, — mas conhecido por uma única família nada satisfeita com tudo que estava acontecendo — diante de todos aqueles que desejavam ter uma chance com o Rei.

Tinha vezes que a Condessa buscava intimidar Jeongguk, fazendo o ômega se encolher e sair dos locais onde ela estava, pois sentia que poderia perder a cabeça. Por outro lado o Lorde Hyun Seok parecia surtar e se zangar cada vez mais, nem mesmo conseguindo acreditar que o seu filho bastardo havia lhe passado para trás de modo ligeiro e rápido.

Foi em questões de segundos para que o seu filho negado pudesse se rebelar diante de todos da família. Hyung Seok achava isso uma barbaridade, afinal, cedeu um lar, deu de comer e abrigou o filho que nunca desejou assumir, mas no final das contas, aquele ômega se mostrou um diabinho na família. Temia que o ômega havia aberto a boca para o Rei, contando tudo que já sofreu ronque ainda sofre, talvez revelando a verdade de que o seu pai na verdade era o Lorde Jeon.

Não!

Nem pensar!

Isso estava fora de concepção para o Lorde Jeon, pois o ômega jogou esse tempo todo com a família, se mostrando fiel e servo para no final mostrar as suas garras do demônio. Não poderia deixar isso acontecer. Era a sua reputação e os seus herdeiros que estavam em jogo nessa barbaridade que Jeongguk inventou, estando com o Rei de Elben.

Nunca na vida se passou na cabeça de Hyun Seok que o filho bastardo estivesse se envolvendo com o Rei de um grande reino, principalmente se tornando noivo dele. Era um grande pesadelo para a sua vida, pois desejava colocar os seus planos em prática de outras formas, mas tudo foi simplesmente arruinado.

Precisava dar um jeito nisso. Não poderia deixar barato assim. Tomaria uma atitude, nem que para isso colocasse a sua família em riscos, mas deveria de priorizar o bem para os seus legítimos herdeiros, então teria de se livrar do bastardo de uma vez por todas.

Queria ter um tempo com Jeongguk, pois assim poderia finalmente aplicar algum castigo severo, ou talvez apenas chicoteá-lo para mostrar que o ômega não passava de um servo desobediente e que deveria de se colocar em seu devido lugar na sociedade.

Haviam tantas oportunidades, mas faltava-lhe tempo. Foi por isso que, quando finalmente a conseguiu, notou que o ômega fugiu pelos fundos e cavalgou em direção à floresta. Pediu o seu cavalo rapidamente, segurando o seu chicote na mão esquerda, enquanto a destra guiava o animal entre as árvores, seguindo Jeongguk para finalmente ter uma oportunidade.

[•§•]

Quando Jeongguk chegou na floresta, procurou pelo cavalo de Taehyung, mas parece que ele ainda não havia chegado, então optou por deixar Esmeralda solta e se esticou para colher uma maçã da árvore.

Estava tão distraído subindo nos primeiros galhos da árvore, que assustou-se quando algo agarrou no seu pulso e o puxou para o chão, sujando as suas vestes simples. Olhou para trás, engolindo a seco ao ver o Lorde Jeon segurando um chicote em mãos e se aproximando com certa raiva.

— Eu disse que uma hora ou outra você seria descuidado e estaria sozinho, não disse? — falou o senhor Jeon, observando o ômega se levantando e prestes a fugir, então lançou o chicote nas costas dele. — Pensou mesmo que estaria fugindo do seu castigo severo por me desobedecer e se mostrar para todos do reino.

Novamente deu mais duas chicotadas no pobre ômega, ouvindo o gemido dolorido que escapou dos lábios de Jeongguk e o seu sorriso se alargou no rosto. Era um sorriso vitorioso por ver que o bastardo estava sofrendo e agonizando.

— Desde quando está fugindo, bastardo? — questionou Hyun Seok, dando mais três chicotadas e vendo a camisa do traje simples se rasgando nas costas pela sua força em chicotear. — Quem te deu permissão de sair do casarão?

— P-Perdão, Milorde. — suplicou Jeongguk, fechando os olhos ao levar mais uma chicotada e dessa vez atingindo seu rosto, causando um pequeno ferimento na sua bochecha.

— Me responda, Jeon Jeongguk! — ordenou o alfa, liberando a sua presença forte e desferindo cada vez mais chicotadas, machucando as costas do ômega que já chorava desesperado e dolorido.

Quando o senhor Jeon estava prestes a dar mais uma chicotada e chegando a lançar o chicote, notou um braço entrando na frente e segurando sua arma de repreensão aos desobedientes.

— Se você encostar nele novamente, eu o levarei até a guilhotina, senhor Jeon. — ameaçou Taehyung, puxando o chicote das mãos do alfa mais velho e descendo do seu cavalo, aproximando-se do ômega. — Você o machucou? Como ousa encostar esse chicote podre igual as suas mãos no meu noivo?

— Majestade, estou a repreender meu filho mais velho, não ouse se intrometer na minha educação. — falou o Lorde Jeon, desafiando Taehyung e isso irritou o seu alfa, agindo no impulso ao levantar o chicote e dar nas pernas do Jeon mais velho.

— Nunca mais encoste nele! Jamais ouse se aproximar do meu noivo ou do meu palácio. — ordenou o Rei, tirando sua espada da bainha e apontando para o Lorde. — Ou eu farei questão de cortar a sua garganta e largar o seu corpo na porta de casa.

O Lorde não sabia nem o que pensar diante das palavras do Rei, pois apenas pegou o seu chicote, montou no seu cavalo e foi embora da floresta, deixando o casal a sós.

— Me perdoe, amor. Eu deveria ter chegado antes, mas tive um imprevisto. Sinto muito. — explicou-se Taehyung, tirando a sua capa e colocando em volta do corpo ferido do ômega, puxando-o com cuidado para os seus braços.

— N-Não foi culpa sua. — sussurrou Jeongguk, se aconchegando como podia no abraço do alfa e sendo envolvido pelo aroma de Pinheiro. — Ele me seguiu e me agrediu.

— Mas eu havia prometido, amor. Sinto que não pude honrar com a minha promessa, justo com o meu noivo, a pessoinha mais importante para mim. — falou o alfa, beijando a testa suada do menor e carregando-o até o seu cavalo.

— Apenas cuide de mim, meu amado. — pediu o ômega, segurando na cela do Maximus e olhando para a sua égua que comia a grama da floresta. — Não deixe a Esmeralda para trás.

— Vou usar essa corda para guiá-la até o nosso castelo, tudo bem? — sugeriu Taehyung, vendo os olhos baixos e úmidos do ômega, sentindo seu peito apertado, mas iria cuidar bem de seu noivo. — Você não vai mais voltar para aquela casa. Jamais o deixarei correndo perigo novamente.

— Eu só quero sair daqui, amor. — sussurrou Jeongguk, fechando os olhos ao sentir Taehyung se acomodando logo atrás e segurando-o com cuidado. — Não quero ficar aqui mais nem um segundo sequer.

— Vamos para o palácio, lá poderei cuidar de você, assim como vai poder descansar. Farei com que fique seguro, deixarei o meu escudeiro ao seu lado sempre que precisar sair, pois ele vai te proteger. — anunciou o alfa, guiando seu cavalo sem pressa alguma e segurando a corda que amarrou Esmeralda. — Ninguém nunca mais vai te machucar, principalmente porque não deixarei que mais alguém sujo ouse colocar as mãos em você novamente. O que eu vi hoje foi o suficiente para me deixar furioso, nem mesmo aquele homem irá te tocar novamente, meu Príncipe.

— Obrigado, meu amado. — agradeceu o ômega, deitando a cabeça no ombro do alfa e sentindo seu aroma de Pinheiro envolvendo-o. — Encontrei o Rei certo para amar.

— E eu encontrei o amor da minha vida. — sorriu Taehyung, deixando Jeongguk bem aconchegado e encarando o caminho de volta ao palácio.

Sentia o coração aquecido por notar que Jeongguk havia acabado de se declarar, talvez nem o próprio ômega chegou a reparar de tão cansado, mas Taehyung se sentia anestesiado pelo amor que os rodeavam.

[•§•]

Depois de ter sido cuidado, mimado e também ter recebido quase um banquete dentro do próprio quarto, Jeongguk se sentia mais aliviado, mas não menos dolorido.

As costas do ômega estavam ardendo por causa das feridas que o chicote causou, mas tentava buscar uma posição confortável na cama, pois não desejava preocupar Taehyung e muito menos alguma serva que estava sempre adentrando seu aposento com a permissão, desejando saber se estava tudo bem.

Todas as vezes que Taehyung apareceu, buscou disfarçar a dor que estava sentindo e tentava puxar algum assunto para que o alfa não ficasse preocupado, principalmente porque enquanto o médico cuidava de seus ferimentos, Taehyung rosnava baixo, mostrando que estava furioso com o que estava diante dos seus olhos.

O ômega não queria ter deixado o Rei tão zangado, pois sentia que o descuido foi por conta de sua distração em não notar que estava sendo seguido. Jamais que Jeongguk poderia imaginar que o Lorde Jeon estaria indo ao seu encontro, ainda mais para chicoteá-lo de uma forma tão bruta. Por isso sentia que deveria de se redimir com o seu noivo, principalmente pelo risco em que colocou o alfa ao levar o Lorde Jeon para o esconderijo secreto deles.

Como havia despertado em poucos minutos, Jeongguk notou pelos vãos da cortina que estava escuro e então havia suposto que a noite já havia caído. Notou que dormiu demais depois de tomar o chá com o medicamento que o médico da família real havia dado, então talvez não sentiria tanto sono na hora de dormir, mas ao menos poderia explorar o castelo.

Levantou-se da sua cama com cuidado, calçando um par de pantufas que haviam no chão especialmente para ele, sorrindo mínimo por notar que estava sendo bem tratado por todos. Desde que Taehyung anunciou o noivado na frente de todos, parece que os servos se animaram mais, pois não se ouvia falar outra coisa no palácio se não elogios vindo de todos aqueles que servem o Rei.

Jeongguk chegou até mesmo a corar com uma das servas elogiando-o enquanto ajudava-o no banho, já que estava sem condições de se mexer demais ou se esticar por conta dos ferimentos que o chicote causou em suas costas. As servas começaram dizendo como ele era adorável, depois elogiaram a sua beleza e simplicidade, mas de repente o assunto se tornou o quanto o Rei havia escolhido bem o noivo, pois além de belo, também pensava no povo.

Com cuidado o ômega foi descendo a grande escadaria do palácio, ouvindo vozes no andar debaixo e mordendo o lábio inferior levemente, pois uma delas Jeongguk conhecia muito bem.

— Eu quero que fiquem de guarda sempre que o meu noivo for sair. Seja pelo jardim do palácio, pela aldeia ou até mesmo pelo reino, eu exijo a proteção dele. — ordenou o Rei, encarando alguns dos seus guardas e andando de um lado para o outro. — Quero que envie uma carta com medida protetiva ao parlamento dos líderes, pois irei exigir que o meu noivo fique seguro e que ninguém da família Jeon se aproxime dele.

— Mais alguma ordem, Majestade? — perguntou Yoongi, observando a feição irritada do amigo e não o julgando, pois faria o mesmo se fosse com o seu ômega.

— General Park! Quero que esteja sempre com os seus melhores soldados, iremos reforçar também a segurança no palácio, principalmente em comemorações e bailes, onde sabemos que todo o reino é convidado. — anunciou Taehyung, parando de andar de um lado para o outro e encarando todos os presentes.

— Farei como desejar, Majestade. — concordou Jimin, fazendo uma reverência e olhando para os soldados presentes. — Reúnam as tropas no jardim e avisem que o General vai dar um recado importante.

Taehyung estava prestes a dizer mais alguma coisa, mas fechou a boca ao ouvir passos soando das escadas e seu olhar se desviou dos presentes para a adorável figura encolhida e acanhada que descia os degraus com calma.

— Com licença a todos. — pediu o Rei, caminhando até Jeongguk e estendendo sua mão, ajudando o ômega a se apoiar sem se machucar. — Vejo que acordou, meu amor.

— Perdão. Eu não queria interromper. — disse Jeongguk, soando acanhado e perdido para todos os pares de olhos que encaravam-no. — Boa noite. É uma honra conhecê-los, me chamo Jeongguk.

— Sabemos que és, Majestade. — disse um dos alfas, fazendo uma reverência em respeito e sorrindo de modo acolhedor. — Eu sou Min Yoongi, treinador e tutor das tropas.

— É um prazer, senhor Min. Mas peço para que me chamem apenas de Jeongguk, pois não sou aperfeiçoado com linguagens tão formais. — explicou o ômega, sorrindo radiante e segurando na mão de seu noivo. — Se não me engano, você é Kim Namjoon, conselheiro e melhor amigo do Rei.

— Vejo que sabe sobre mim, Alteza. — sorriu o alfa, fazendo uma reverência também e observando Jeongguk de perto, notando como é um rapaz adorável. — Espero que Taehyung fale apenas coisas boas ao meu respeito.

— Na verdade, você anunciou a chegada do médico quando Taehyung estava cuidando de mim. Quer dizer, quando Vossa Majestade estava cuidando de mim. — falou Jeongguk, ouvindo um resmungo baixo ao seu lado e rindo baixinho.

— Odeio esse tal de Majestade com todas as minhas forças, pois eu já falei que com você eu sou apenas Kim Taehyung, nada de Majestade. — resmungou o alfa, ignorando os olhares de todos e encarando Jeongguk com uma feição emburrada.

— Pare com isso que eu já falei que ambos são os mesmos para mim. Então pare de colocar ideias maluquinhas nessa sua cabecinha. — brincou o ômega, beijando a bochecha do Rei e entortando a coroa dele, soltando um riso baixo, pois adorava cutucar o alfa.

— Eu amo você, Príncipe. — disse Taehyung, sorrindo ao ver os olhinhos arregalados e as bochechas vermelhinhas, denunciando a vergonha do ômega.

— Você me ama? — perguntou Jeongguk, sua voz soando bem baixinha e seus dedos brincando frenéticos na frente do corpo, denunciando o nervosismo também. — É sério?

— Seríssimo. Eu amo você, Jeongguk. — afirmou o alfa, notando que todos os presentes estavam observando o desenrolar do momento deles e tentou segurar nas mãos do ômega, mas ele correu envergonhado. — Príncipe! Aish. Ele sempre faz isso.

— Ele foge de você toda vez que fica constrangido com algo, Taehyung? — perguntou Namjoon, se segurando para não rir assim como todos, pois a cena foi adorável.

— Onde você encontrou esse ômega? Por que ele é tão meigo e adorável, Majestade? — questionou Hoseok, faltando morrer por ver como Jeongguk é adorável e todo acanhado.

— Vocês estão dispensados. — anunciou Taehyung, soltando um riso baixo e negando com a cabeça, pois já estava acostumado com essa mania do seu noivo de fugir toda vez que dizia algo meigo. — Eu vou atrás do meu noivo.

[•§•]

De tanto procurar, Taehyung apenas respirou fundo e começou a pensar onde Jeongguk poderia estar pelo palácio, pois rodeou todo o local e não o encontrou em lugar algum.

Como um breve estalo, sua mente se acendeu e ele se recordou do jardim. Era óbvio que o moreno estaria se escondendo nas roseiras, pois na noite do baile, Jeongguk parecia uma criança adorável admirando todas as rosas do labirinto.

Taehyung correu pelo corredor extenso do palácio, abandonando as boas maneiras e escorregando pelo corrimão da grande escada, rindo baixinho ao chegar no andar inferior e voltou a correr para fora, saindo pela porta dos servos e sentindo a brisa leve da noite estrelada. A noite estava linda, com aquele céu repleto de estrelas e sem nem uma lua, mas não tornava a noite menos aconchegante aos olhos do alfa.

Foi então que Taehyung o viu, sentado no banco e mexendo com as pontas dos dedos em uma rosa, parecendo conversar com a flor e isso fez o alfa sorrir. Aproximou-se lentamente, tanto para não assustar, como também para não interromper o momento de Jeongguk com a flor.

— Mamãe, eu sinto meu coração acelerado toda vez que estou perto dele e às vezes não consigo controlar todos os sentimentos que transbordam de mim. — dizia o ômega, encarando as estrelas e voltando a brincar com as rosas ao redor do banco. — Ele disse que me ama. Mamãe, ele é o Rei e disse que me ama. Eu fiquei com vontade de chorar, porque… — fungou baixo, liberando algumas lágrimas e se encolhendo no banco. — P-Porque eu também o amo, mas não tenho nada mais do que amor para oferecer e ele me deu um anel tão bonito.

Taehyung se manteve um pouco distante, ouvindo o desabafo do ômega com as estrelas e a sua falecida mãe, pois esse momento era apenas de Jeongguk.

— E-Eu tenho medo de me entregar depois do casamento e o Rei ver que o meu corpo não é nada daquilo que ele esperava, porque tenho marcas e cicatrizes dolorosas desses anos sofridos. — falou Jeongguk, limpando as suas lágrimas e abraçando os seus joelhos. — N-Nem eu consigo me olhar no espelho com medo de acabar enxergando que não sou bonito com essas cicatrizes, mamãe.

O peito do alfa se apertou, pois não imaginou que Jeongguk tivesse todos esses medos e inseguranças em relação a sua aparência, mas compreendia.

— Mas independente de quais marcas ou cicatrizes você possuir, saiba que nada disso vai diminuir o que eu sinto e o quanto te amo. — comentou Taehyung, se aproximando com passos calmos do ômega e vendo a cabeça dele se levantando assustado. — Pelo contrário, tudo isso vai me fazer te amar cada vez mais. Jeongguk, você é forte por ter suportado tudo isso em tanto tempo, eu te admiro muito, mas está na hora de seguir o seu coração.

— T-Taehyung… — sussurrou, sentindo o impacto das palavras do alfa e fechou os olhos quando o Rei ficou abaixado na sua frente.

— Eu te amo e vou cuidar de você. — disse o alfa, tocando no rosto banhado de lágrimas de Jeongguk e acariciando lentamente, admirando o seu ômega. — E você não precisa sentir medo de se entregar, pois estarei esperando seu tempo.

— Você é tão bom para mim. — resmungou Jeongguk, abrindo os olhos e tocando a mão do alfa, deixando um beijinho tímido. — Mas mesmo assim eu fico fugindo.

— É o seu jeitinho, Príncipe. Eu admiro ver você fugindo apenas porque falo algo que te deixa constrangido, então está tudo bem. — sussurrou Taehyung, beijando a ponta do nariz do moreno e tirando sua franja dos olhos.

— Tae… — chamou baixinho, se aconchegando no alfa que havia aberto os braços e se aconchegou, ignorando a dor nas costas. — Eu também te amo. Muito.

— É bom demais saber disso! Mesmo que os seus olhos já me digam isso todos os dias. — sorriu o alfa, beijando a testa do ômega e protegendo-o em seus braços.

— Podemos admirar as estrelas no meu quarto? — pediu Jeongguk, sempre tão acanhado e adorável. — Estou ficando com frio.

— Oh meu amor! Saiba que eu faço tudo que você me pedir e desejar. — respondeu Taehyung, pegando Jeongguk no colo e beijando-lhe a bochecha. — Sinto que está cansado também. Vou pedir para servirem o jantar para nós lá no quarto.

— Obrigado. — agradeceu o ômega, ronronando baixinho ao sentir o aroma de Pinheiro e tomou coragem para se esconder no pescoço do alfa. — Amo você.

— Eu também amo você. — sussurrou o alfa, carregando Jeongguk para dentro do palácio e sorrindo mínimo, pois ainda se sentia em um sonho. — Irei amar para sempre, meu doce Príncipe.

E se estavam sonhando juntos, nem um dos dois estavam desejando despertar, pois se sentiam em casa quando estavam juntos e compartilhando esses momentos.

Agora que Taehyung conhece os medos e inseguranças do ômega, vai fazer questão de fazê-lo superar todas, pois a felicidade de Jeongguk significa muito mais que todo o ouro, riqueza e nobreza que todo esse palácio possui em cada parede.

Porque ver o seu ômega feliz, também faz o Rei ficar feliz e satisfeito.