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História Effervescere - Effervescere


Escrita por: FleurDeLouis

Notas do Autor


Sasuke e Sakura, assim como todo o Universo Naruto, não me pertencem e sim a Masashi Kishimoto. Até porque se fossem meus, não deixaria tanta gente burra usar os personagens.
Essa história se passa durante a invasão do Time 7 à Otogakure e é isso.
Para as Najas.

Capítulo 1 - Effervescere


“Sakura.”

Enquanto ela corria com os olhos estreitos com aquela familiar ferocidade de kunoichi que é toda feita de determinação, Sasuke Uchiha não conteve o instinto egoísta de querê-la correndo para si.

Sakura. Olhe para mim.

Quem poderia culpá-lo por isso, afinal? Ele foi bastante mimado pela atenção que sua companheira de time sempre se dispunha a dar-lhe e, pelos céus, como intimamente gostava disso a ponto de sentir a necessidade de tê-la olhando para si tanto quanto ela sentia necessidade de olhá-lo.

Todavia, não era só o olhar, era todo aquele não dito entre eles que gritava no escrutínio que um lançava ao outro. Sasuke, naquela época áurea de genin, sequer podia analisar e entender o que era a linguagem não-verbal transmitida naqueles olhos e ainda não podia fazê-lo ou ousar se dar ao luxo de divagar sobre a relação deles dois enquanto tinha suas prioridades, mas naquele momento, apenas naquele momento enquanto ele via sua antiga companheira de time correr em direção ao esquisito e patético ninja pálido que o substituía, o jovem Uchiha podia admitir, com a confirmação de Sakura através da confissão que a menina fez quando ele partiu de Konoha, que sim, aquele laço entre eles era vivo e provavelmente sempre seria.

Porque era natural para ela voltar-se a ele e alimentar aquele amor que tomou forma e substância na adversidade e na dor, virou verdadeiro e indissolúvel e só dele. Assim como era natural para ele buscar amparo naquele colo amável e por alguns instantes ser confortado e protegido. E, inferno, fazia tanto tempo... Sasuke, naqueles míseros segundos enquanto testemunhava o corpo esguio cortar o ar com fúria direcionando o punho raivoso para aquele sósia, quis acreditar que ela ainda tinha aquele amor por ele ali e isso dava a ele o direito de reivindicar a atenção dela para si.

“Sakura.”

Em choque, ela imediatamente virou e voltou sua visão para ele que se envaideceu da resposta imediata dela, embora nunca fosse admitir.

“Sasuke-kun?”

Oh...

Mais prazeroso que ouvir seu nome proferido por ela outra vez daquele jeito, era sentir que a maturidade havia aveludado a sua voz. E se ele pudesse discorrer a respeito do que a maturidade havia feito com a kunoichi talvez montasse uma pilha de pergaminhos com isso. Não exatamente porque ela havia mudado muito, na verdade tudo parecia igual, mas nada era o mesmo. Era melhor. Era como se a maturidade tivesse revestido a jovem com um filtro que fazia ela se tornar absurdamente desejável, se tornar mulher.

Aquela boca aberta pela surpresa de vê-lo era a mesma, mas estava carnuda e rosácea como se fosse feita pra ser tocada pelos lábios dele e os olhos, aqueles olhos, pareciam ter adquirido mais vivacidade que antes, como se fossem lapidados à fogo, brasas vivas.

Assim que baixou o olhar para o corpo dela, Sasuke percebeu que pagaria caro por isso. O pouco do colo que a blusa expunha pedia pelo contato do seu rosto, os seios se faziam evidentes no escarlate da blusa, o short colado não escondia o contorno perfeito dos seus quadris e coxas e toda a composição do seu traje ninja assim como a postura dela para si, mostravam que aquele corpo foi forjado para a batalha e para algo mais.

Sasuke não tinha ideia de qual treinamento Sakura havia se submetido, mas sabia que a linguagem corporal dela denotava perigo, que estava diante de uma ninja habilidosa e confiante em si mesma e isso o orgulhava. Fez uma nota mental de investigar depois a que pé andavam as habilidades da moça.

Ele tampouco entendia porque rever a kunoichi levou sua linha de pensamento sobre ela para o ponto do desejo. Era consciente que nenhuma garota habitava seus pensamentos como ela, mas quaisquer sentimentos que ele involuntariamente dispusesse a ela eram pueris. Até aquele momento, pensou.

Depois daquele momento de devaneios infinitos que duraram segundos, Naruto chegou ao local e Sasuke teve que cortar aquele fio de seda que os ligava de uma maneira que ele nunca imaginou antes e ele quase ousou lamentar por isso, mas reprimiu.

XxX

Sua cabeça estava em ponto de ebulição. Naruto havia o irritado mais do que o normal e por um momento quis socá-lo até que suas mãos estivessem em carne viva. Entretanto, sabia que era raiva de si mesmo. Sakura já havia o desestabilizado previamente, assim como as palavras de Sai sobre a insistência do time 7 em resgatá-lo. Saber que ainda tinha um espaço com as únicas pessoas que o fizeram feliz depois da morte de seus pais pelas mãos de Itachi embaralhava sua mente. A tentação disso era maior que podia admitir e sua impotência diante de um caminho ideal onde ele compartilharia seus dias com seus companheiros de time e o caminho real e de sacrifício enclausurado nos labirintos de Orochimaru para ter uma chance de acabar com a existência de seu irmão era insuportável.

Passou o dia “treinando” com outros ninjas de nível mediano que o sannin das cobras disponibilizava para ele. Aqueles ninjas eram meros brinquedos nas suas mãos e naquele momento eram usados pra que ele descontasse a raiva e a tensão que sentia pelo encontro de mais cedo. Orochimaru achava que Sasuke estava violento e agitado por sentir um ódio insano de Naruto e Konoha respectivamente e para Sasuke era conveniente que ele pensasse assim. O líder de Oto não cogitava a possibilidade de Sasuke ter dúvidas sobre o seu caminho pois o Uchiha era impassível e Orochimaru acreditava ter controle absoluto das vontades do jovem. Sasuke achava que seu tutor era arrogantemente ignorante a respeito de seu aprendiz e gostava disso.

Pensando nisso, achou que já estava com a cabeça desanuviada das tensões do dia, então deu o treino por encerrado e voltou ao seu quarto. Com a ilusão de que o encontro de mais cedo se tornou insignificante, decidiu tomar um banho.

Pobre garoto.

Para fazer justiça a ele, Sakura não voltou a seus pensamentos de maneira ousada logo de cara, a despeito de alguns sonhos acalorados protagonizados pela kunoichi que ele mal podia entender, Sasuke não tinha qualquer experiência com a sexualidade além de perceber as mudanças no próprio corpo. E foi exatamente esse o estopim pra tudo.

Ao despir-se, um questionamento traiçoeiro o acometeu. Será que ela gostou de ver meu corpo tanto quanto...? Não, cortou-se depressa, não era problema seu. Percebeu naquele momento tão curto entre os dois que ela ainda tinha sentimentos por ele, mas o que ela fazia com esses sentimentos não era assunto seu de maneira alguma.

Mas olhar para baixo, para as próprias proporções, alimentava aquela curiosidade patética. E passou todo aquele banho lutando consigo mesmo para parar de pensar bobagens. E então percebeu que aquele filtro de desejo que ele pensou ter revestido o corpo de Sakura não estava nela, mas nele próprio, na sua ótica sobre ela. Ele era um homem que queria aquela mulher. O corpo maduro e voluptuoso só potencializava seu desejo.

Respirou fundo até decidir que não queria mais pensar em Sakura e enquanto terminava seu banho e vestia uma roupa leve para deitar-se chegou a conclusão que sua decisão de abandonar Konoha foi a mais inteligente pois tudo ali era distração e Sakura era a pior de todas.

Na cama, fitando o teto do seu modesto quarto, ponderou que nunca seria forte o suficiente para derrotar Itachi pois acabaria contaminado pelas trivialidades de Sakura. Ele sequer pensou na influência de Naruto e Kakashi nisso, só Sakura estava na sua mente naquele momento.

Se imaginou seguindo uma vida em Konoha cumprindo missões e protegendo a garota eventualmente. Imaginou que ela sempre o chamaria para sair e ele recusaria até que talvez ela o vencesse pelo cansaço e ele aceitasse e quem sabe assim ela parasse de chamá-lo. Mas ela era persistente e o chamaria de novo e ele pensaria que isso não iria matá-lo então aceitaria mais uma vez. E outra. E outra. E outra.

Apenas porque ela o levaria pra ver o pôr-do-sol e isso o acalmaria e porque ela não seria tão barulhenta quanto ele pensava e isso faria a companhia dela a mais agradável e ela sabia o que ele gostava de comer e recusar comida é rude. E eles manteriam essa rotina cálida por um tempo porque não faria mal nenhum.

Então um dia seria ele que a chamaria pra sair e diria a si mesmo que foi simplesmente pra fazer o Rock Lee entender que não deve ficar a incomodando com pedidos constrangedores de encontro assim como todos os bastardos dessa aldeia e das outras também. E então ela sorriria para ele e ele pensaria que talvez fosse bom parar de inventar desculpas para si mesmo porque esses encontros são a melhor parte do seu dia e que ele gostaria muito de beijá-la e o faria.

Esse beijo tiraria seu ar e ele pouco se importaria pois aqueles lábios seriam a única coisa na sua mente. Então outros beijos viriam, depois de trocas de olhares, atrás de uma árvore, durante turnos de vigilância nas missões quando Naruto estivesse dormindo demais pra perceber, quando ele a puxasse pela cintura para um beco durante o trajeto dela para o trabalho a surpreendendo ao colocá-la contra a parede e beijá-la com fome, as mãos curiosas descobrindo as novas curvas da kunoichi até que ela se afastasse com nervosismo e libido aflorada fingindo que o rubor nas bochechas era por irritação pelo susto.

Ele aceitaria porque estaria nervoso e excitado também e precisaria ir pra casa.

Então aquelas mãos não se dariam por satisfeitas e fariam de novo, mais ousadas, mais curiosas e sem medo pois teriam companhia: as mãos dela. E juntos eles começariam a entender que roupa atrapalha e aos poucos, a cada encontro furtivo nos campos de Konoha, mais peças iam sumindo em uma tensão preliminar latente.

E ao perceber onde sua imaginação o levou, Sasuke se dá conta de sua mão esquerda dentro da calça de algodão, perto daquela zona que ele nunca tocou durante um contexto tão excitante. Ele sabia que a partir dali só havia dois caminhos: parar com tudo o que quer fosse aquilo e tentar dormir ou tentar descobrir o que é esse sentimento aflorando em si o que o deixava quente e ansioso. Quando o rosto de Sakura, não a da imaginação, mas a de mais cedo, relampejou na sua mente a sua mão desceu até seu membro.

Foi tão rápido e instintivo que ele se assustou e afastou a mão milímetros do lugar, ainda dentro da calça. Ele respirou fundo e tentou novamente, se acostumando com a sensação de tocar naquela parte do seu corpo com Sakura passeando na sua cabeça. O pênis crescia e endurecia na sua mão e ele suspirou em agonia, prazer e talvez um pouco de culpa.

Pensava que aquilo sujava toda a memória que tinha de Sakura, tocar-se assim enquanto mentalizava a imagem dela era pecaminoso e desrespeitoso, mas não podia evitar. Seu membro estava completamente enrijecido na sua mão e a libido borbulhava no seu corpo. A calça tornou-se desconfortável então ele resolveu baixá-la e gemeu baixinho pelo maior liberdade.

A boca entreaberta e o suor fazendo alguns fios de cabelo começarem a colar na sua testa, a pele de marfim exposta faziam dele uma pintura, como se fosse apenas nanquim em cima do papiro alvo. Uma obra de arte. Então, mesmo que pra ele fosse um prazeroso martírio estar ali daquele jeito, não havia mácula ali. Apenas um homem deixando fluir aquilo que sentia irrevogavelmente por uma mulher de uma maneira totalmente nova.

Ele percebeu que tocar na parte de cima do membro aumentava aquela sensação boa, então se dedicou um tempo àquele lugar enquanto sua mente se transportava para a imaginação prévia onde ele desnudava sua Sakura, a real de mais cedo ou aquela de um destino diferente do seu agora, tanto faz. Todas as Sakuras possíveis só poderiam ser dele.

A beijava, não só na boca, mas em qualquer lugar que sua boca alcançasse enquanto sua mão subia e descia pelo membro, às vezes o apertando em desespero, cada vez mais sôfrego, cada vez mais voraz. E suspirava e gemia baixinho e sentia seus olhos umedecerem sem entender porque e sua cabeça girava e ele sentia o desespero por algo vindo que não sabia o que era, mas queria saber e continuou enquanto seu Eu da imaginação prosseguia tomando o corpo daquela que tomou sua existência vazia para preencher com o seu melhor. E foi assim que ele chegou ao êxtase suspirando o seu nome baixinho como se fosse o mais importante dos segredos. E era. O maior de todos. Só seu.

Olhou para o teto e aquela Sakura hipotética sorria para si tímida e faceira, a mais linda das mulheres.

Depois de recuperar as forças, Sasuke tomou outro banho e trocou os lençóis, escondendo a prova do que aconteceu ali.

Decidiu que assim como uma vida em Konoha o distrairia de seus objetivos, o que acabou de fazer também o faria, dado o poder de influência de Sakura sobre sua mente e, agora, seu corpo também. Então, tentaria sufocar ao máximo esses instintos que o levaram a fazer o que fez.

Bem, ele também ponderou que talvez devesse viver essa experiência outra vez algum dia desses. Sakura sempre levava a melhor entre eles de qualquer maneira.

 


Notas Finais


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Leitores de Porque eu não vou ficar com Sasuke Uchiha, eu não abandonei vocês.


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