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História Egoist- Sua vida cabe em minhas mãos. - Feels


Escrita por: T0ki

Capítulo 24 - Feels


 

Esses últimos dias foram maravilhosos, o Yuri tem sido muito atencioso comigo, fui conhecer sua cafeteria e seus funcionários, conheci alguns amigos da faculdade dele que frequentavam a cafeteria rotineiramente. Eu agora me sinto realmente seu namorado, porque compartilhamos de uma ligação, ele me trata como alguém especial e tudo anda maravilhosamente bem. Aproveitando que estou de folga do trabalho e não tenho aula hoje à noite, ele me convidou para passar a tarde na piscina da casa da família dele. Quase ninguém vai na mansão, então ele achou que seria uma boa ideia.  

 Inicialmente eu não gostei da proposta, porque mesmo que ele diga que é raro algum de seus irmãos ficarem na casa, ainda teria uma chance de nos batermos com o Egoist. O clima deles já não é muito bom, referem-se um ao outro de modo pejorativo quase sempre, não queria ser mais lenha na fogueira deles. Porém, cedi a empolgação do Yuri e, pensar naquela piscina maravilhosa que vi de passagem quando fui na mansão, só me deixava ainda mais ansioso. Perguntei a ele se poderia chamar uma amiga para ir junto, queria compartilhar o momento de riqueza com a Jana, com sua autorização, liguei para ela convidando para um dia na piscina. Ela aceitou sem pestanejar. 

O clima estava perfeito, sol, brisa gostosa balançando nossos cabelos, o Yuri usando somente uma bermuda bem cavada na cintura, mexendo com minha imaginação de ser pego na piscina ao ar livre...

 — Caramba, Gabi! Quando você me disse que eles eram ricos, eu não esperava por tanto luxo assim. — exclamou Jana boquiaberta com o lugar.

 — Essa é a mansão onde minha mãe trabalhava quando eu era pequeno, eu sempre entrava por um buraco que havia no muro para roubar rosas do jardim. — cochichei para ela.

 — Então essa é a casa onde você conheceu o ... 

 — Shiiii! — tampei a sua boca para o Yuri não escutar o que ela iria dizer. Não quero que o Yuri perca o seu bom humor. 

 — Tudo bem, entendi. Isso parece muito divertido! — falou ela se encostando no banco como uma criança chegando a Disney. 

 Quando finalmente passamos por aquele longo jardim com o carro do Yuri e finalmente chegamos em frente a casa, um mordomo veio nos recepcionar. Um homem de meia idade mas com uma aparência muito elegante, que fez me senti em um filme. Yuri nos convidou para entrar e, assim que colocamos os pés dentro da casa a Sayuri saiu correndo vestindo somente um pequeno biquíni sem alças na parte de cima para nos recepcionar. 

 — Gabi! Que bom que você veio, iremos nos divertir muito hoje! — dizia enquanto me apertava. 

 O Yuri afastou ela de mim, muito ciumento. Eu fiquei surpreso pela recepção dela e por ela está na casa.

 — Eu sei que você está somente se aproveitando dele para apalpá-lo, Sayuri. O que você faz aqui? Não iria para outra cidade com suas amigas? — perguntou Yuri de mãos dadas comigo, senti meu rosto ficar totalmente corado.

 — Você adivinhou minhas intenções! — disse ela rindo — Eu fiquei sabendo pelos funcionários da casa que você receberia visitas, imaginei que fosse o Gabriel, por isso desmarquei e voltei correndo para cá. E você, quem é?  — perguntou ela voltando-se para Jana.

 — Essa é minha amiga, Janaína.  

 — Prazer. — disse Jana estendendo a mão para ela, porém, ao invés de cumprimentar a Sayuri deu um abraço forte nela como se fossem antigas amigas se reencontrando.

 — O prazer é todo meu! Que cabelo lindo! Esses cachos são perfeitos. Eu queria tanto ter um cabelo assim!  

 Eu olhei para a Jana, que estava com aquele típico olhar de quando encontra uma garota totalmente seu tipo, comecei a rir discretamente. 

 — O que foi?  — quis saber o Yuri notando minha expressão.

 — Nada. Vamos para a piscina? 

 — Não quer comer algo antes? Chegamos muito cedo, você deve estar com fome. 

 — É uma boa ideia também.  

 — Vocês dormirão aqui hoje? — perguntou a Sayuri seguindo a gente até a cozinha.

 — Não pensamos nisso...

 — Por mim, tudo bem. — respondeu Jana empolgada.

 — Por que não dorme aqui e amanhã bem cedo te levo para casa, assim dará tempo de se arrumar e ir para seu trabalho? — insistiu Yuri.

 — Se não é um problema para vocês, não será para mim.— respondi, ele me deu um selinho e fomos de mãos dadas para a cozinha.  

 Eu estava morrendo de vergonha, todos em empregados tentavam disfarçar a curiosidade em nos ver de mãos dadas. Mas enfim, não iria me preocupar com esses detalhes, estou muito feliz para viajar em neuras preconceituosas. Depois de comer e descansar um pouco vendo um filme na super-tela da sala deles, fomos finalmente para piscina e foi muito divertido. Eles tinham boias em formato variados de doces e bichos, uma pequena rampa para saltos, já que a piscina tinha profundidade de mais de três mil metros; brincávamos feito crianças; a Janaína estava se dando muito bem com a Sayuri e eu me perguntava mentalmente se ela ainda não havia percebido que a Jana estava descaradamente dando em cima dela.

O Yuri recebeu um telefonema e pediu licença para atender a ligação, saindo por alguns instantes de nossas vistas. De longe percebi que a ligação não era dando uma notícia boa, seu semblante ficou tenso e depois de alguns minutos  ele veio até a beira da piscina, agachou-se e nos informou que teria que sair.

 — Aconteceu um pequeno acidente na cozinha da cafeteria e um dos meus funcionários acabou se ferindo, não é nada grave demais, porém necessitam da minha presença.  

 — Eu irei com você. — disse já me pondo para sair da piscina. 

 — Não, você fica, não é nada grave é somente procedimentos de rotina, não quero que estrague seu final de semana com isso, eu volto assim que terminar. — respondeu me dando um beijo longo na boca na frente das meninas. — Fique à vontade e se divirta muito, qualquer coisa eu te ligo.  

 — Tudo bem.   — foi o que respondi, me sentindo fraco por não ser mais insistente e ir com ele.

 — Não se preocupe, Gabriel. O maninho irá resolver tudo e voltar para os seus braços fortes e lindos. — falou a Sayuri nadando até onde eu estava e apertando meus bíceps. 

As vezes tenho a impressão que ela não está brincando quando me elogia, chega ser desconfortável quando ela me enaltece dessa forma, parece que tem interesse em mim, mesmo sabendo que não curto garotas e namoro o seu irmão.

 — Obrigado. — respondi me esquivando de suas mãos dando um mergulho longo e parando quase do outro lado da piscina.

 — Ei, vamos brincar de saltos no trampolim? — sugeriu a Jana. 

 — Será divertido, vamos sim!  — concordou ela. 

 — Meninas, prefiro não participar, sem o Yuri as coisas ficaram um pouco sem graça para mim, além do mais, estou sentindo sono e ainda cansaço pela jornada de trabalho e estudos. Será que posso deitar em algum canto enquanto vocês brincam no trampolim?  — pedi, saindo da água.

 — Claro que sim! Como você é um convidado especial, deixarei que tire uma soneca no quarto do meu irmão. Venha, irei te levar até lá, Janaína, me espero por um momento, sim?  — pediu com direito a uma piscadinha para a Jana.  

 Fiquei confuso, não sabia se ela tinha notado o interesse da Jana nela,  e resolveu brincar um pouco com isso, ou se ela tinha interesse por  garotas também. Qualquer uma das alternativas, quem sairia se beneficiando é a Janaína. Para irmos até os quartos, pegamos o elevador, essa situação me lembrou da noite da festa que fui convidado pelo Egoist. Logo tratei de sumir com aqueles pensamentos. Os quartos da casa funcionavam com senha na porta ou usando o cartão chave, ela percebeu que não tinha nenhum dos dois para entrar no quarto do Yuri. 

 — Acho que ele trocou de senha, juro que eu sabia qual era. Vou te deixar em outro quarto no qual eu sei a senha. — disse ela indo para uma porta distante do outro lado do corredor. Ela digitou rapidamente a senha de acesso e a porta abriu. Sorriu triunfante. 

 — Esse quarto não é o do... — falei quando a lembrança retornou.

 — Esse quarto está vago, entre e descanse, para sair não precisa de senha. Agora irei voltar porque sua amiga está me esperando. Fique bem! — disse fechando a porta atrás de mim sem me dar chances de argumentar.  

 Fiquei alguns segundos parado em frente a porta sem saber se eu deveria realmente ficar ali, porque ela me trouxe para o quarto do Egoist? Será que ela não percebe que essa é uma péssima ideia? É muito claro que ela sabe que os irmãos não se suportam. Trazer-me aqui, só daria ainda mais problemas.

Mas, ao invés de sai, comecei a caminhar pelo quarto curioso em reviver algumas lembranças daquela vez. Nada havia sido alterado, tudo continuava no mesmo lugar, e o seu perfume estava em cada canto do ambiente. Tudo sempre limpo e impecável. Segurei forte a pequena mochila que trazia comigo, estava cansado, a ponto de crer que ele não iria aparecer na mansão naquele dia, ainda mais se souber que estou aqui com o Yuri nos divertindo. Peguei uma pequena toalha de dentro da mochila e sequei o cabelo, mudei a roupa por uma seca, não queria molhar a cama. Fiquei um tempo sentado, pensando na grande merda que estava fazendo, não deveria continuar nesse quarto, se o Yuri ficar sabendo, eu terei sérios problemas. Estava preste a ouvir o meu bom senso e sair quando vi um porta-retrato com uma foto minha na pequena cômoda do lado da cabeceira. Era uma foto minha no primeiro dia na kitnet, uma foto que eu não tirei, de um ângulo muito bom, mas que eu tenho certeza que não posei. Como ele conseguiu me gravar nesse dia? Como ele sabia que eu ficaria com o apartamento? Me senti confuso e irritado, o quarto começou a girar, meu corpo parecia muito pesado, um sono profundo me pedia para deitar na cama. Acabei sendo conduzido pelo perfume dele e repousando em seu palácio.

 Eu não sei quanto tempo passei dormindo, acordei sentido meu corpo excitado, uma língua fria percorria minha coluna em linha reta, chegando até a minha nuca. Esse era um dos meus pontos fracos, mal parei para raciocinar direito no que estava acontecendo, será que não havia acordado ainda? Eu estava tendo um sonho erótico super real? Mas esse perfume, é o cheiro do Egoist. Dormir em seu quarto estava me fazendo pensar nele.

 A sua boca imaginária percorria meu corpo,  mordia minhas nádegas com fervor, meu corpo reagia muito bem aos seus toques, por Deus, por que estou tendo esse tipo de sonho com o Egoist? Até posso imaginar seu rosto cheio de desejo olhando para meu corpo nu, que nem a primeira vez que fizemos sexo nesse quarto. Acho que não é considerado traição um senho pornô com seu cunhado, não é? Não sendo real, ninguém se fere. Eu sentia a parte de baixo dele roçando o meio da minhas nádegas, enquanto sua respiração soava em meu ouvido, entre beijos e mordidas; quando me possuiu a sensação foi muito real, meu corpo arrepiou de tanto prazer que gemia alto.  Suas mãos poderosas me prendiam firmemente na cama, como se eu fosse o seu refém,  seus movimentos dentro do meu corpo estavam me tirando o juízo, esse sonho estava muito bom, muito excitante, seus beijos em volta do meu pescoço, o peso do seu corpo em cima do meu, nossos corpos mexendo na onda do desejo.  Um sonho gostoso demais para ser somente sonho.  Abri meus olhos e tentei olhar para trás e vi aqueles olhos azuis me olhando excitados.

 — Oh, meu Deus! Isso não é um sonho! — gritei desesperado. 

 — Quer dizer que você estava sonhando que transava comigo? — me perguntou bem ao pé do meu ouvido, em uma voz sexy que ele sabia fazer perfeitamente. 

 — Ayato, pare... — pedi, mas minha voz não era convincente o suficiente para ele parar, seus movimentos atingindo meu ponto mais vulnerável, quase me fazendo gozar em cima de sua cama, não ajudava muito. 

 — Se você quer que eu pare, por que está rebolando? — sussurrou. 

O pior que era verdade, mal conseguia notar que o meu  corpo me denunciava e se jogava sem pudor para ele. 

 — Eu quero você pra mim, Gabriel, somente pra mim... — sussurrava  aumentando suas investidas em meu traseiro, suas mãos me apertavam fortemente, eu estava ficando louco de tanto tesão, acabamos gozando quase juntos naquele frenesi proibido.  

 Quando terminou, ele deitou-se ao meu lado, com um braço apoiando a cabeça na cama, olhando vitorioso para o meu corpo semi nu na cama, suado e cansado.

 — Eu não sou bom em cumprir certos tipo de promessas, por isso não resisti ao te ver deitado em minha cama tão à vontade, sussurrando meu nome. Se não me ama, por que sonha comigo? — perguntou.

 — Você é tão cafajeste! Isso é errado, Ayato! Eu namoro seu irmão, você não pode simplesmente abusar de mim quando eu estiver vulnerável.  

 — Eu praticamente fui convidado, você quem entrou no meu quarto, deitou-se na minha cama e, ficou me provocando. Sei que não deveria ter aproveitado da situação já que percebia que estava sonolento, mas eu não sou um santo para ignorar que sou fortemente atraído por você. Se houver um chance que seja, eu irei usá-la. 

 — Entenda que eu não compartilho dos seus sentimentos, você não pode fazer o que bem quer somente por achar que é uma oportunidade, porque não existe oportunidades entre a gente. Eu estou namorando seu irmão, se não respeita ele, respeite pelo menos a mim! Eu não sou esse tipo de pessoa! — desabafei me sentindo um lixo, levantei na cama puxando o short que usava que estava nos meus pés.

 — Claro que existe oportunidades, você sempre me corresponde, você sempre vem até mim mesmo quando diz que foi sem intenção! Você se irrita comigo, mas percebeu que você não me odeia? Aposto que você percebeu que esse quarto era meu, se recordou do que fizemos aqui, por isso deitou na minha cama. Como espera que eu aceite que você não tem sentimentos por mim quando você faz isso? — perguntou sentando na cama, e tomando minha mão nas suas.

 Eu fiquei chocado com sua observação, não tinha como negar as coisas que ele havia dito, parecia que tudo realmente se encaixava. Eu posso xingá-lo, afastá-lo, mas no fundo eu nunca consegui odiar de verdade o Egoist. Alguma coisa sempre me atraí até ele. Isso me deixou confuso, porque sei que amo o Yuri e há muito tempo, eu não posso estar apaixonado pelo o Egoist também, eu não posso gostar de duas pessoas . Estava começando a me sentir incomodado com suas suposições. 



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