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História Egoist- Sua vida cabe em minhas mãos. - A volta do Egoist


Escrita por: T0ki

Notas do Autor


Desculpem a demora, estava com o pc quebrado, agora posso voltar a atualizar a fic.

Capítulo 29 - A volta do Egoist


Eu deveria saber que o Egoist não mudaria facilmente, ainda mais depois de ter investindo tanto tempo me perseguindo. Aposto que essa notícia do seu namoro com a modelo não passa de especulações de revistas de fofocas. Ele é rico e sua família tem influência, é normal que tenha amizades desse tipo. Nesse exato momento, ele deve estar rindo da minha cara de bobo ao ler que ele estava possivelmente namorando. Deixando isso de lado, eu tinha que conferir se sua mensagem estava correta, levantei do sofá e liguei as luzes. Olhei a porta e as janelas, nenhuma das duas estava devidamente trancada. As janelas estavam encostadas e eu nem percebi já que não ventava muito. 

A situação confirmava as minhas suspeitas: ele estava me vigiando! Não teria como ele saber desses detalhes se não estivesse a me vigiar. Eu sabia que meu sexto sentido não falhava! Peguei o celular e mandei uma mensagem insultando ele; o chamei de sujo e hipócrita, que mesmo depois da sua cena teatral na última vez que nos vimos, ele não havia mudado alguma coisa. Continuava um doente maluco e perseguidor. Depois de enviar a mensagem caminhei pela sala exibindo meu dedo do meio para suas câmeras invisíveis pudessem selar o recado. Sentir-me idiota depois, mas continuei a esperar sua resposta à noite inteira. 

Acordei com os raios de sol escapando pelas venezianas da janela de madeira e vidro clareando o meu rosto. Não conseguia voltar a dormir com tanta luz. Precisava comprar venezianas novas, essas estavam boas para o lixo. Levantei do sofá de sobressalto ao lembrar-me da mensagem que estava esperando, corri para pegar o celular, que essa hora repousava no chão, mas não havia nenhuma mensagem nova recebida. Tenho certeza que ele ficou com vergonha de me responder depois que percebeu que sua farsa foi desfeita. "Quero ser seu amigo", lembrei de suas palavras ridículas. Deve ser seu Hobby brincar com meus sentimentos. Guardei o celular no bolso e fui cumprir minhas atividades do dia, precisava ir ao mercado reabastecer a minha dispensa. 

Quase no fim da tarde eu recebo uma ligação de um número desconhecido. Eu estava dentro do ônibus voltando com algumas sacolas no colo, não gosto de atender meu celular em coletivos ou no meio da rua, nunca se sabe quando posso ser surpreendido por um marginal. Sem contar que mal terminei de pagar as parcelas do meu celular.  Mesmo assim, atendi por saber de quem se tratava.

— Hey, o que significa aquela mensagem que me enviou? — perguntou assim que atendi. 

— Ela significa exatamente o que eu quis dizer. É muito cinismo de sua parte me telefonar fingindo de desentendido.

— Ok, me explique por que você acha que ainda estou seguindo você. 

— Você ainda pergunta? Mandou-me trancar as janelas e a porta sabendo que elas estavam abertas. Vai-me dizer que foi coincidência elas estarem do jeito que disse que estaria? Seja menos obvio! — exclamei.

Eu ouvi seu riso debochado do outro lado da linha mesmo na sua tentativa de abafar o som. Isso me deixava com mais raiva dele. 

— Então, foi por causa disso? Ah, e eu aqui pensando que você diria algo mais razoável. Sim, foi uma coincidência se realmente posso dizer dessa maneira. Como acha que eu entrava na sua casa em sua ausência? Arrombando sempre? Você sempre teve esse péssimo hábito, inúmeras vezes te alertei sobre isso. Tenho certeza que sua amiga poderá confirmar que você costuma deixá-las abertas sempre.

Não era preciso tirar pergunta com a Janaína porque sei que ela confirmaria tudo que ele diz. Depois dele ter tocado nesse assunto, me recordo das inúmeras vezes que ela reclamou comigo quando eu ainda morava com ela. Mesmo assim, não quero acreditar que tudo isso tenha sido um golpe de sorte. 

— Vamos fingir que eu acredito na sua história— comecei — Mesmo que tenha sido uma mera coincidência, como  posso acreditar em alguém que vive mentindo para mim?

— Eu entendo que não seja fácil de início por conta das coisas que fiz antes e que te irritaram, mas peço que me dê um pouco de credibilidade. Uma chance. Se for para te deixar mais calmo, eu posso provar que falo a verdade. Basta entrar no site da Luni Day, no momento que te respondia ela estava em uma web conferência com seus seguidores. Eu estava bem ao seu lado, poderá ver quando recebi e respondi sua mensagem, assim como tudo que fiz depois. Está tudo gravado com horário e dia. Verá que não teria como vigiar você, até porque removi tudo que poderia usar para isso. Do jeito que prometi.

Eu não tinha certeza se poderia confiar em suas palavras, mesmo depois de ver o “tal” vídeo que ele se refere. Não sei como, mas ele faz a situação parecer inversa. Sinto-me como se estivesse criando situações para abordá-lo.

— Alô? — me perguntou depois da pausa que fiz sem nada responder. 

— Se esse for o caso, irei dar esse assunto por encerrado. Fico feliz só por saber que finalmente está se dedicando a outra pessoa e que posso ficar relaxado sobre suas tentativas de me chamar atenção. Pois elas não mais acontecerão. Acredito que agora posso viver minha vida livre de você.

— Eu reafirmo o que te disse, eu quero ser seu amigo, mas confesso que fico muito magoado em ouvir você falar desse jeito. Nossa, estou realmente magoado. Sinto como se os sentimentos que possuía por você fossem muito ruins. É tão bom saber que não te amo mais? 

Suas palavras me deixavam incomodado. Ouvi-loele dizer que não me amava dava uma leve sensação de abandono. Devo estar sofrendo de alguma síndrome de vítima depois de anos de perseguição. Não é possível que seja outra coisa, além disso. Eu precisava encerrar essa conversa, estava me fazendo mal continuar trocando palavras com ele.  

— Já que as coisas foram esclarecidas, dou por encerrada essa conversa. Irei desligar. 

.— Espera!— pediu — Eu estarei regressando  hoje à noite, amanhã irei apresentar a Luni formalmente aos meus pais, mais tarde iremos jantar. Você está convidado, ela está curiosa para te conhecer. Chame quem quiser para acompanhá-lo.

— O quê?!!! — as coisas estavam ficando mais bizarras — Você falou de mim para a Luni Day? 

— Claro! Entre a gente não existe segredos. 

— Tenho que ir. — desliguei o telefone sem dizer uma resposta. 

Bizarro! Bizarro! Bizarro! Tudo que está acontecendo é muito bizarro. Esse aperto no meio peito, as palavras que escutei dele, o jeito que as coisas estão caminhando. Não me parece justo. Ele me perseguia enquanto jurava-me amor, destruiu meu relacionamento e me criou dúvidas sobre meus sentimentos por seu irmão. Agora diz que está namorando sério com uma modelo famosa e quer minha amizade? Nada me parece certo nessa situação. Cheguei em casa cansado mais mentalmente que fisicamente. Mal repousei as sacolas no balcão quando recebo uma nova mensagem dele.

“ Para consolidar nossa oferta de paz, envio o horário e local que nosso jantar acontecerá amanhã. Não aceitamos não como resposta. Ayato e Luni”.

Junto com esse recado absurdo, ele havia enviado uma foto dos dois fazendo paz e amor.

Eu odeio o Ayato. 



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