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História Egoísta e Bonito - Segundo barulho.


Escrita por: jiminal

Notas do Autor


capitulo nao corrigido VOLTEI DEPOIS DE 99399 ANOS

Capítulo 3 - Segundo barulho.


Puta merda.

Era isso que todos os andares daquele prédio pensavam naquele momento. 

Eram aproximadamente sete da noite, quando a luz pifou. Ligando e desligando aparelhos e fazendo um estrondo gigantesco no prédio. Não é preciso dizer que, todos os moradores desceram as escadas correndo para a portaria, reclamar com o coitado do sindico, que não tinha nada a ver com aquilo, e era obrigado a dar a mesma resposta a todos os moradores que vinham o cobrar. "Desculpe, senhor(a). Não sei o que houve."

Pior que isso, era Jeongguk, que terminava um projeto da faculdade quando seu computador subitamente perdeu a energia, já que era um computador viciado. Todo o seu trabalho de dias havia ido por água a baixo, já que seu último backup tinha sido há cinco dias atrás. Agora, ele descia as escadas com uma carranca, pronto para soltar todos seus cachorros em cima do sindico.

Quando chegou ao térreo, atravessou uma multidão de pessoas descontentes, até chegar na portaria e ver nada mais nada menos, que seu vizinho de pijamas, tomando café, totalmente despreocupado sentado na cadeira de onde devia estar o porteiro. Suas pantufas em cima da mesinha. No momento que o viu, abriu um sorriso.

— Caramba! Oi, Junghoon! — disse, deixando a caneca na mesinha e sentando de forma correta, animado por ver o garoto.

— É Jeongguk. — respondeu contragosto, virando o rosto e analisando toda aquela a bagunça que aquela portaria havia se tornado. 

Pessoas gritando umas com as outras, discutindo, falando mal do prédio. Pessoas insatisfeitas no geral. Todas juntas esperando alguém para poder culpar. Jeongguk era uma dessas pessoas, só estava ali embaixo para poder descontar em alguém a raiva que estava sentindo de ter perdido todo o seu trabalho. Nada mais.

Foi impedido de continuar a analisar a multidão por uma cabeleira cinza baixa pulando na sua frente, balançando um par de chaves.

— Eu acabei de desligar a chave geral do prédio. 

O olho de Jeongguk pisca em um tique nervoso.

— Você fez o quê?! — ele grita, explodindo raiva e atraindo olhares de diversas pessoas. Jimin arregala os olhos.

Shhh... Silêncio. Vem cá!

Park o puxa para dentro da escada de incêndio e Jeon revira os olhos. Claro, tudo que ele precisa é ouvir a voz de seu vizinho idiota falando em um lugar de eco como ele acaba de foder o seu trabalho de trocentas páginas.

— Eu acho bom você ter o melhor motivo que consiga pensar, antes que eu vá ali fora e anuncie á todos o que você fez. — ameaça, sua sobrancelha franzida. Jimin podia jurar ter visto ele soltar fogo pelo nariz.

—.Jeon... Primeiramente, você não pode. Porque se você o fizer, eu te faço ser despejado mais rápido do que você consegue piscar esse seu olhinho cheio de tiques. — ele sorri doce, e Jeon quase acredita que é sincero. — Por segundo, eu fiz isso porque preciso da sua ajuda. 

— Cristo... — Jeon suspira, massageando suas têmporas. — Por que justo da minha?

— Porque você é fácil de manipular, e é bonitinho. — dá de ombros, suspirando. — Vai me ajudar ou não?

Jeon respira fundo, deixando seus ombros caírem pesadamente.

— Eu tenho uma escolha?

— Não. — responde sincero. — Mas você sempre pode querer o caminho mais difícil. Fico feliz que não tenha sido assim. 

Sem muito o que contrariar, Jeon seguiu o garoto para fora do local. Ele percebeu enquanto isso, que Jimin tinha a estranha mania de usar shorts femininos, muito curto para qualquer pessoas vestir. Mas, tudo bem, Jeongguk não julgava esse tipo de coisa. Apenas julgava o quão mauricinho e cheio de si mesmo ele era.

Quando viu, estavam no terceiro andar, com Jimin saindo da escada de emergência e parando na frente da porta do elevador.

— É o seguinte, Junghoon...

— É Jeongguk! 

— Sim, que seja. — relevou a situação, balançando as mãos. — Eu tenho algo muito importante dentro desse elevador, que foi parar como você pode ver, no andar errado. Por isso, tive que bolar um plano e desligar as chaves. Só não tinha pensado em como abrir o elevador.

Jimin sorri, pegando uma ferramenta de seu bolso, e entregando-a para Jeon.

—  E é que você entra. Vai, pode ir. Divirta-se! — ele faz um sinal com a mão, como se mandasse o garoto abrir o elevador de uma vez.

Jeon apenas o encara, boquiaberto, pegando a ferramenta no automático. Não podia acreditar que aquele garoto estava mesmo o mandando abrir o elevador á mão. O mesmo elevador que parou de funcionar devido á brilhante ideia de desligar a chave geral do prédio. Céus, aquele garoto além de mimado, era burro.

— Você só pode estar delirando se acha que vou abrir isso aqui. — ri ladino, negando com a cabeça. — É mais fácil que eu te mate com essa ferramenta do que abra a porra de um elevador.

— Modos, bebê. — Jimin levanta o indicador, balançando ele em negação. — Você parece um garoto tão reservado e agora está falando palavrões assim, tsk.

— Vá se foder. 

— Olha, vamos logo com isso, porque se você não percebeu, eu não tenho a noite inteira aqui. Anda. Abre. — cruzou os braços, encarando o outro seriamente.

Jeon achou graça.

— Você só acha que manda. — ele riu debochado, andando até o elevador se encostando nele. Jimin o olhou com as sobrancelhas arqueadas.

— Eu mando sim, e sou muito bom nisso, por sinal.

— Duvido muito que seja. — ele ri cínico, virando-se e analisando a porta de metal.

Depois dessa fala, o silêncio reinou por alguns minutos, enquanto Jeongguk arrumava um jeito prático de abrir a porta sem se machucar totalmente. Após algumas tentativas, parecia que ele finalmente estava tendo algum tipo de sucesso. A porta abriu até o meio, Jeon forçando-a com seus braços, as veias de seu corpo saltadas pela força exercida.

— Precisa de uma ajudinha aí? — Jimin pergunta, olhando de cima a baixo a situação. 

Era nítido que Jeon precisava de ajuda, ele não iria conseguir empurrar tudo até o final sozinho. Mas, ele nada disse. Pelo contrário, apenas revirou os olhos e continuou a fazer força, inutilmente. Já Jimin, deu de ombros. Ele havia perguntado uma vez, não perguntaria outra, não era tão bondoso a esse ponto.

Depois do que pareceu horas e com a ajuda de suas pernas, Jeon conseguiu abrir o elevador.

— Finalmente! — Jimin gritou animado, indo de encontro ao meio do elevador.

O moreno sentou no chão, respirando rápido e profundo, sua camiseta inteira suada. Finalmente havia abrido a droga do elevador, poderia ver o que era tão importante ao ponto de destruir seu trabalho e desperdiçar seu tempo.

Quando levantou sua cabeça, pôde ver Jimin pegando do meio do elevador uma cesta de roupa da lavanderia.

— Graças a deus você conseguiu. Não sei o que faria se alguém visse minhas cintaligas, meias e pijamas Valeuzinho. Sou um cara muito reservado, também!

E com isso, deu as costas, entrando na escada de emergência. Jeon permaneceu sentado imóvel durante algum tempo.

Só tempo suficiente para ver as luzes se acenderem.



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