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História Ekaya - Special Gift


Escrita por: gravityfallz

Notas do Autor


HEEEY ><
Muito obrigada pelos favoritos e comentários <33
Ah, e desculpem pela demora, era para eu ter postado esse capítulo na quarta e.e mas por conta da escola e de bloqueios de criatividade, não deu :/
MASSS aqui estou eu, com mais um capítulo u_u
Boa leitura!

Capítulo 2 - Special Gift


 Minha boca se abriu em um perfeito 'o' quando vi Dake se levantar do chão com o canto da boca sujo de sangue, devido à forma como o garoto de cabelo vermelho até os ombros e olhos cinza o empurrou.

 

 Confesso que fiquei com um pouco de medo do que o loiro iria fazer, já que seus olhos pareciam estar prestes a sair faísca. Mas, para minha surpresa, ele apenas apertou o ombro do rapaz e disse:

 

– Isso ainda não acabou, Castiel – e saiu, tentando não cambalear.

 

– Obrigada – falei, quando Dake tinha finalmente saído de vista. Eu queria ter dito mais, porém estava corada demais para falar qualquer coisa. Eu havia acabado de entrar ali e já tinha me metido em confusão.

 

– Eu só fiz isso porque não gosto do Dake. Não tem motivo para corar – falou, rudemente. Uau, as pessoas por aqui são as melhores.

 

– Eu não estou corada! – Menti, obrigando mentalmente minhas bochechas à não ficarem mais vermelhas.

 

– Você está blefando.

 

– Não, não estou!

 

– Garota, eu tenho coisa mais útil para fazer do que ficar aqui discutindo com você. – Ele disse, se virando para ir embora.

 

– Ei, espere! – Corri até ele, ficando na sua frente. – Poderia me dizer o nome deste lugar? – Castiel não respondeu. – Por favor?

 

Ekaya – respondeu, cruzando os braços. – Agora me deixa passar.

 

– Eu preciso da sua ajuda – disse. Mesmo não gostando dele, eu precisava de alguém para me falar sobre esse incrível novo mundo que eu tinha acabado de descobrir, e o mais importante: me falar sobre aquela pedra, que era estranha, porém ao mesmo tempo magnífica. – Eu... não vim daqui.

 

– Vou fingir que acredito – ele deu um riso sarcástico.

 

 Eu precisava mostrar para ele que eu não era daquele mundo. Mas como?

 

 Então eu observei aquelas pessoas. Quando elas pousavam, suas asas se fechavam. De frente não era possível vê-las, mas se a pessoa virasse de costas...

 

 Então eu me virei, na esperança de que Castiel acreditasse em mim dessa vez.

 

– O que... o que fizeram com suas asas? – Me virei para ele, e o ruivo estava perplexo.

 

– Como eu disse: eu não vim daqui.

 

– Eu vou te levar até o Lysandre – falou, assumindo novamente sua expressão neutra no rosto. – Mas fique na minha frente, assim não verão suas asas... ou a falta delas.

 

 Concordei, ficando em sua frente.

 

– Quem é Lysandre? – Perguntei encarando o nada, já que como ele estava atrás de mim, não podia olhá-lo.

 

– Você nunca vai saber se não andar, garota – respondeu, de forma ríspida. Esse cara me irrita!

 

– Eu tenho nome, sabia? – Rebati, com raiva.

 

– E eu não tenho bola de cristal, sabia?

 

– Lynn – disse, me esforçando para não chutar suas partes intimas assim como fiz com Dake. – O meu nome é Lynn.

 

– Certo – falou, sem demonstrar ironia ou sarcasmo na voz. – Garota.

 

 Mesmo ele estando atrás de mim, pude sentir um sorriso de formando em seus lábios.

 

 Eu juro que só não o chuto agora porque ele está me levando até este tal de Lysandre.

 

 Segui os comandos de Castiel – como eu estava na frente, não tinha como seguir seus passos – até chegarmos em uma casa branca enorme. O telhado da frente era longo e possuía uma forma triangular, já o fundo da casa, unida com a frente por uma calha, tinha o telhado escondido atrás e duas mansardas com o formato de U invertido. Haviam várias janelas na casa, o que a tornava mais bela ainda, e todo o telhado e algumas partes da casa eram cobertas com musgo – as pessoas pareciam valorizar mesmo o verde aqui.

 

– Chegamos – disse o ruivo, batendo na porta de madeira.

 

– Então... você ainda não me respondeu quem é esse Lysandre.

 

– Você é muito apressada, garota – ele falou, voltando à sua habitual posição: com a cara fechada e cruzando os braços.

 

– Lynn! – Esbravejei, aumentando o tom de voz. – Eu me chamo Lynn!

 

– Belo nome. – Me virei e dei de cara com um rapaz de cabelos platinados, com as pontas mais escuras, e os olhos de duas cores diferentes: um verde e o outro laranja. Se ele fosse do meu mundo, diria que o garoto tem heterocromia ou usa lentes de contato. Mas a esse ponto, eu já não sabia no que acreditar. Quando vi que ele estava encostado na porta, já supus que ele era... – Prazer. Sou Lysandre.

 

– Prazer! Eu me chamo... – eu ia continuar, quando me lembrei de que eu havia praticamente gritado o meu nome na frente de Lysandre. – Bom, acho que você já sabe...

 

 Senti minhas bochechas queimando. Se vergonha matasse, eu já estaria em um caixão.

 

– Entrem, por favor – o garoto nos deu espaço para que eu e Castiel passássemos. Finalmente alguém gentil por aqui!

 

 Eu passei atrás de Castiel, ainda corada. Lysandre pareceu não ter percebido o fato de eu não ter asas, já que ele apenas nos levou até a sala de estar e pediu para que eu sentasse no sofá. Eu sentei no sofá do canto direito, Lysandre sentou no sofá ao lado e Castiel se acomodou-se na poltrona, que estava à frente do sofá onde o rapaz de cabelos platinados estava sentado e ao lado do que eu estava.

 

– Então, Castiel, quem é essa sua amiga? – Perguntou o rapaz, enfatizando a palavra “amiga”.

 

– Nós não somos amigos – nós dissemos, quase ao mesmo tempo.

 

 Lysandre esboçou um sorriso debochado no rosto, e ao mesmo tempo com um pouco de malícia também. Eu me sentia um pimentão.

 

– Você deveria dar uma olhada nas asas dela – debochou o ruivo, e eu o fuzilei com o olhar. Ele apenas riu da expressão do meu rosto, que estava quase da cor dos seus cabelos.

 

– Eu não vim deste mundo – interrompi Castiel, antes que ele dissesse mais alguma coisa. – Eu... queria saber se você conhece isso – coloquei minha mão no bolso da calça jeans e lhe mostrei o objeto que me levou até aqui.

 

– Isso é uma... Velmin? – Lysandre parecia fascinado pelo objeto. – Eu... eu achei que era tudo um mito...

 

– Uma o quê? – Castiel e eu falamos ao mesmo tempo. Novamente. Cruzes, a gente precisa parar de fazer isso.

 

– Diz a lenda que a Velmin é um objeto místico que separa o nosso mundo do de outro. – Respondeu, ainda olhando de boca aberta para a pedra. – Um mundo com magia.

 

– Mas no meu mundo não tem magia – respondi, arqueando a sobrancelha. – Não temos nada de especial, como asas ou coisas do tipo. – Complementei, carregando um pouco de decepção na frase.

 

– Impossível – disse Lysandre. – Seu mundo tem poder. Você tem poderes. Só precisa saber como manejá-lo.

 

– E como eu faço isso? – Perguntei, um pouco confusa. Então todos aqueles filmes de ficção eram verdade?

 

– Você vai aprender com o tempo. – Respondeu, finalmente tirando os olhos do Velmin. – Agora você deve voltar para casa. Seus pais devem estar te procurando.

 

– Meus pais agradeceriam aos céus se eu sumisse. – Respondi, ríspida. Mas antes que a manivela dos meus olhos se abrisse novamente, tentei mudar o foco do assunto. – E além do mais, eu não sei como voltar.

 

– Você volta da mesma maneira como entrou aqui – falou o rapaz de cabelo platinado.

 

– Bom, obrigada pela ajuda – sorri. – Você é muito gentil. Diferente de certas pessoas. – Lancei um olhar para Castiel, que parecia estar nem aí para a conversa.

 

– Espero que você esteja se referindo a aquele loiro oxigenado – falou, brincando com os dedos.

 

 Eu revirei os olhos e guardei a Velmin no bolso, voltando a olhar para Lysandre. Eu precisava voltar ao meu mundo, mesmo querendo ficar aqui para sempre. Aliás, aonde que eu iria morar aqui?

 

 Bom, posso não conviver aqui, mas de uma coisa eu sei: não é a última vez que eu venho para este lugar.

 

– Eu vou para casa. Até mais. – Me despedi, levantando do sofá.

 

– Até mais, Lynn – disse Lysandre, sorrindo.

 

 Eu andei até a porta e girei a maçaneta, indo para a rua. Então eu peguei o objeto brilhante do meu bolso e arranjei forças para apertá-lo.

 

 O clarão logo se formou e eu fechei os olhos depressa. Quando ele se apagou, eu os abri de novo.

 

 E lá estava eu, de volta ao meu antigo mundo, no jardim. Olhei para o céu e ele estava do mesmo jeito desde que entrei aqui; radiante e azul claro.

 

– Senhorita Lynn? – A voz da empregada também mantinha o mesmo tom desde que ela havia me chamado pela última vez. Isso quer dizer que, quando vou para Ekaya, o tempo congela aqui.

 

 Isso é incrível.

 

 Me levantei e guardei o objeto no bolso, saindo do jardim. Sai dali e, um pouco depois disto, Grace, a empregada que estava me chamando, veio até mim.

 

– Senhorita Lynn, o senhor Nathaniel Roberts está esperando por você na sala.

 

– Eu já vou até lá. Obrigada, Grace. – Sorri para ela, como agradecimento.

 

 Abri a porta que levava à sala e me deparei com Nathaniel sentado no sofá de canto bege, e ao me ver, esboçou um sorriso nos lábios, e eu sorri de volta.

 

 Depois do acontecimento com a Ambre ontem à noite, não tínhamos nos falado. Eu pensei que ele estava uma fera comigo, aliás, apesar de tudo eles são irmãos. Mas ele parecia normal de novo. Até mais sorridente do que o comum. Ele se levantou e veio até a minha direção, ainda sorrindo.

 

– Você está linda – falou, me envolvendo delicadamente pela cintura e me beijando suavemente.

 

– Ahm... você também – disse ao final do beijo, com um sorriso torto no rosto. Nathaniel geralmente não era assim. – Nath, sobre ontem...

 

– Você não precisa explicar nada. – Disse, acariciando minha bochecha com o polegar. – Ambre ás vezes passa um pouco dos limites. Eu vi o que realmente aconteceu.

 

 "Ás vezes"?! Sério, Nathaniel?!

 

 Bom, de qualquer maneira, pelo menos não preciso me explicar. Suspirei de alívio, e de repente Nathaniel me puxou para mais perto de si.

 

– Sabe, Lynn, eu estava pensando... – eu podia ouvir sua respiração de tão perto. – Seu aniversário de 17 anos está chegando, e eu pensei em algo... especial.

 

– Vai me dar um cachorro?!

 

 Meus olhos brilharam ao pensar naquela possibilidade. Eu sempre quis ter um cachorro, mas meus pais não gostam, e Nathaniel também não – preferia os gatos.

 

– Melhor do que isso – ele aproximou seus lábios do meu ouvido. – Acho que já estamos namorando a muito tempo, então eu pensei em... você sabe.

 

 Senti um calafrio na espinha, e tive de me segurar para não me beliscar agora.

 

 Nathaniel estava pensando em... sexo?


Notas Finais


Espero que tenham gostado c:
Feliz Halloween! -e bora ficar pobres no AD comprando aquelas roupas lindas dos eventos haushau-


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