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História El Bigote. Taekook, Vkook. - Deve ser carência


Escrita por: CopinhuYoongi e nebulouszy

Capítulo 6 - Deve ser carência


Fanfic / Fanfiction El Bigote. Taekook, Vkook. - Deve ser carência

— que doidão o quê! Vão, vão para seus banhos!

Eu comecei a jogar água em todo mundo, molhando seus rostos. Tanto que eles começaram a reclamar.

— como a gente vai banhar?

— daqui a pouco a gente vai estar ouvindo uns sons estranhos.

Namjoon concordou:

— é! Uns sons de tapas!

— uns sons de entra-entra.        

— talvez uns beijinhos assim. Muamuamua!

Eles começaram a fingir se beijar, fazendo barulhos exagerados de beijos molhados.

Revirei os olhos, pegando um baldinho de água pra jogar nos caras. Eu provavelmente afoguei um ou outro — porque eles estão tossindo como cachorros. —, mas eu não me importava. O importante é que eles foram embora.

Vermelho de raiva, eu olhei para Jungkook. Ele estava com aquele sorriso e idiota de lado.

Resolvi deixar tudo isso de lado e terminei meu banho. Não podia ficar enrolando, a gente tinha que trabalhar e não ficar de picuinha com os meninos.

Com uma toalha enrolada na cintura eu fui até a pia, abrindo meu armáriozinho pra pegar as loções, os cremes de pele. Eu precisava cuidar bem desse corpinho lindo se quisesse ter alguma namorada no futuro. Ter eu até tive, mas era estranho, elas sempre iam embora e terminavam o namoro comigo.

Engraçado.

Não fazia a menor ideia do porquê, mas eu também não me importava. O mais importante mesmo sou eu continuar sendo lindo, mesmo solteiro.

Primeiro, eu passei creme por todo meu corpo. Até nas pernas, nas coxas. Depois eu passei um pouquinho no bigode, começando a pentea-lo com o mini, bem mini pentezinho pra deixa-lo bem arrumadinho.

No meio do reflexo Jungkook apareceu atrás de mim, os cabelos claros molhados levados pra trás, a toalha também na cintura.

— bem que eu suspeitei que você usava creme de pele. — comentou, pegando um pente pra começar a ajeitar seus cabelos lisos. — esse seu cheiro é bom demais pra vir de você.

— eu não sou como você e os outros brutamontes. Mulher gosta de cheirinho bom, anota isso na sua lista de pegação.

Jungkook riu soprado, dando mais um passo pra frente. O suficiente pra encosrar seu peitoral em minhas costas molhados.

— e o que fazem com homens cheirosos?

— ué? Cheiram?

— assim? — ele se aproximou, deixando seu rosto na curvatura do meu pescoço. Jungkook realmente me cheirou, parecia que tinha sugado minha alma com o seu nariz.

Eu me assustei, dando um pulo no mesmo lugar. De olhos arregalados, eu nos fitei através do espelho.

Que menino abusado!

Vinte anos e... e já estava assim! Nessa idade eu ainda brincava de carrinho.

Ok, não brincava, eu também era safado desse jeito.

Mas com mulheres. Então por que diabos ele estava assim comigo? Era alguma brincadeira?

Só pode ser.

— sai, sai, capeta. — o afastei, tornando a pentear meu bigodinho. De fundo, Namjoon e Lian estavam cantando um pagode no banheiro e até sambando. Pelados. — vai treinar em outra pessoa. Aqui cobra não come cobra.

— vi um documentário sobre isso e cobras que engolem cobras ficam bem mais felizes do que engolir uma perereca.

Por que a gente estava fazendo de vida animal tão de repente?

— o importante é alimentar a cobra. — falei, fazendo uma careta quando olhei pra aquelw bigode claro dele.

Estava uma bagunça.

Espetado prum lado, pro outro, pra lá e pra cá.

— mas você não vai alimentar cobra alguma se ficar com esse bigode feio. — falei, pegando um creminho e, com as pontinhas dos dedos, eu o passei pelos pêlos. — precisa cuidar melhor desse pêlo de cu.

— não é nada de cu. Você precisa parar de babar no meu bigode. Isso é inveja.

Ele murmura, baixo, carregado de sotaque e meio rouco. Ou seja, uma voz de fumante.

Depois de espalhar o creme, eu passei a pentea-lo. Eu sei que depois do banho o bigode pode ficar desalinhado e depois é só arrumar, alinhar, mas me dava uma baita de agonia vê-lo assim.

— gostei de você ter criado uma desculpa perfeita pra finalmente tocar nele.

Resmungou, e eu, mais uma vez, arregalei os olhos com sua mão em minha cintura.

— você... — hesitei. — tá carente demais, moleque. Vou te levar em um bar esses dias pra conhecer uma garota. Não vai se mais bonita do que a minha, mas não importa. Você precisa botar essa safadeza pra fora, mas com a pessoa certa.

Me afastei, tirando suas mãos de mim. Pra terminar eu enrolei as pontinhas do seu bigode antes de voltar a cuidar do meu.

— vai lá, vai se vestir, feio. — instruí, batendo levemente em suas costas quando o mais novo começou a sair do banheiro.

Namjoon brotou do inferno ao meu lado, começando a colocar gel naquele mullet doido dele.

Enquanto os meninos ainda cantavam, meu amigo falou:

— essas crianças de hoje em dia, viu?

— tô achando ele meio estranho. Será que ele só tá brincando ou ele tá... não sei, se insinuando?

— não sei. Pode ser brincadeira ou não, mas eu não me importo se ele é um desses gays que estou conhecendo. Eu conheço um que mora perto da casa do meu pai. Eles brigam todo dia, mas acho que meu pai tá comendo um milho de vez em quando, se é que me entente.

— meu Deus.

Eu ri, negando com a cabeça. É claro que eu ainda estava me olhando no espelho. Eu era tão lindo que se eu pudesse eu ficaria com um espelho grudado em mim vinte e quatro horas por dia.

É verdade.

— ele é muito novo, talvez esteja confuso com algumas coisas, talvez apenas zoando. É por isso que vou levar ele prum barzinho.

— ele deve ser virgem ainda. Vai lá e acaba com isso antes que a cobra dele queira comer sua cobra.

— não sabia que ele tinha cobra. A pensão aceita animais selvagens? Essa é nova.


Notas Finais




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