História El Bigote. Taekook, Vkook. - Joelho poderoso

— ba... bateu uma pensando em mim, é?

Eu voltei a personagem.

Jungkook tinha pegada. Tinha pegada mesmo e isso ia... facilitar quando ele fosse pegar alguma mulher.

Eu tossi, me ajeitando. Não tinha o porquê de me sentir assim, nervoso. É. Eu estava, sim, nervoso, mas, pô, era porque eu nunca tinha brincado com essas paradas.

Mas era por uma boa causa. Era pra ajudar um menino novinho que ainda não sabe de nada da maldade dessa vida mundana, bêbada e safada.

— e como foi? — continuei, tornando a dançar. Talvez eu estivesse um pouco ridículo. Talvez.

— foi bom. Muito bom. — respondeu. Ainda era sussurrando, a voz bem rouca contra meu ouvido. — eu fiquei pensando em você a noite toda. Quando eu estava apertando meu pau, eu imaginei essa bundinha redonda descendo em mim.

Meu deus.

O que... O que diabos Jungkook estava falando??

De olhos arregalados, eu respirei fundo. Tentando. Tentando continuar no personagem, porque eu tenho certeza que Jungkook está muito nervoso e só está falando essas coisas pra tentar me impressionar.

Ou melhor, impressionar a falsa mulher que eu era.

— é? — perguntei, sentindo suas mãos me apertarem, me puxando mais para perto. Até minha bunda estava... tocando algo grande ali. Mas eu, Kim Taehyung, o cara de bigode maravilhoso, sei bem atuar.

E vou agir o mais natural possível.

— e como foi gozar pensando em mim?

— maravilhoso. — ele começou a chupar meu pescoço de um jeito devagar e estalado. De um jeito molhado que ainda me deixava petrificado. E rimando bem. Ele continuou: — mas eu fiquei triste por estar apenas batendo uma punheta, e não gozando nesse cuzinho lindo.

Me afastei na mesma hora; o coração batendo rápido, tão rápido que parecia que eu daria um troço. Parece que eu ia entrar em colapso.

Céus.

Mulheres ouvem isso?

Quer dizer.

Eu nem tenho vergonha na cara, mas até eu fiquei corado. Era muito vulgar. E obviamente me fazia pensar na cena em que Jungkook narrava com tanto desejo.

Minha mente era muito fértil. Isso porque eu preciso pensar nas minhas dez mulheres com quem me casarei e com quem vou ter dez filhos. Pra imaginar os rostos dos meus filhinhos, as cores de cabelo, as cenas onde a gente briga e as cenas onde eles me dão dinheiro e amor, preciso de uma boa imaginação.

Com Jungkook me falando aquelas coisas, eu imaginei. Imagina! Eu deitado e ele ali, de joelhos, gozando mesmo em mim??!

Nem pensar!

Calma.

Não é sobre mim, não é. É sobre a falsa mulher.

— se você — eu falei, me aproximando novamente, apoiando minhas mãos em seu peitoral. — me tratar com mais carinho, vai conseguir se deitar comigo.

— você gosta de ser assim, safada, gosta de falar, mas não curte ouvir? Uh. — rindo, ele me prendeu contra o muro. Sua perna estava entre as minhas, subindo. Pressionando não só minha coxa, mas... meu pau. — por que ta fingindo ser uma puritana agora?

— não é sobre isso! — tentei falar, apertando sua camisa branca com força. O menino estava literalmente sufocando meu pau com o seu joelho e eu nem imaginava que isso era... bom. — mas você não acha falta de educação falar coisas tão vulgares??

— não. É o que eu quero fazer com você. Cheirar seu perfume — e tornou a cheirar-me. Agora, na garganta. Automaticamente, eu ergui meu rosto, encarando o poste de luz fraca. — abrir as suas pernas — e pressionou mais seu joelho em meu pênis, me fazendo arfar, surpreso. — enfiar meu pau até o talo enquanto eu beijo a sua boca. O que foi? Nunca colocou esse bigode pra brigar com outro?

Juntei as sobrancelhas, olhando para seus olhos.

O sorriso sujo...

Esse menino estava falando mesmo comigo? Não. Impossível. Ele só estava blefando pra me deixar envergonhado. Deve achar que eu sou um homem fácil de se tirar onda, mas eu não era!

Não importa esse tanto de coisa feia que ele me disse.

Me afastando de si, eu passei as mãos por minha jaqueta. Só agora, sob o frio de uma noite e de um beco mal iluminado, eu percebi que minhas palmas estavam suando.

Tentando ignorar isso, eu puxei Jeon pela jaqueta de couro, o abaixando um pouquinho pra quase, quase roçar meus lábios nos seus.

— vá em frente. Me beije, já que desejava tanto.

Seus olhos claros fitaram os meus. Silêncio. Apenas o zunido do vento. E ai o irlandês lambeu seus lábios, vindo mais para perto. Parecia que realmente queria me beijar.

Mas eu me afastei, gargalhando.

Jesus amado.

Eu nunca ri tanto na minha vida.

Rir a ponto de bater em minhas próprias pernas.

Rir a ponto da barriga doer.

Meu maxilar até doía.

— você é um ator, garoto. Só perde pra mim e pra mim. — falei, ainda rindo. — vai, vamos logo para o bar! Preciso te ensinar mais coisas. Você não pode tratar uma mulher tão rude assim.

— vai me ensinar?

— vou. É. — eu pus as mãos na cintura, balançando a cabeça ao concordar. Estalei a língua no céu da boca. — é estranho, mas é engraçado.

— engraçado? — pergunta, lambendo seus lábios novamente antes de sorrir.

Rir, na realidade.

— sim, também é engraçado pra mim. Vou adorar continuar aprendendo com você, aliás.

— todos deveriam aprender comigo. Afinal de contas, eu sou lindo. Agora venha, vamos beber uma pinga da boa.

Eu voltei a caminhar, saindo daquele beco. Tinha pego meu isqueiro pra voltar a fumar, agora mais confuso do que antes, mas ainda sorrindo.

Jungkook era estranho, mas eu ia ajudá-lo. E não ia me fazer mal algum me passar por mulher para o menino conseguir se soltar mais.

Eu só tinha encucado com uma coisa:

Como alguém consegue apertar tão bem um pau com a porra de um joelho??