Sua mente estava completamente nublada, e seu corpo todo vibrava pelos toques de paixão.
Quando abriu seus olhos, viu uma imensidão azul, que banhava todos os seus sentidos, que lhe acalmava como um pássaro em seu esplendor ao voar no céu, mas ao mesmo tempo lhe prendia como um barco a deriva no meio do oceano.
Sua pele suada queimava e ardia, como se a própria pimenta negra fosse espalhada sobre si.
Queria dizer seu nome, entre seus gemidos sôfregos, dizer que a amava, entretanto, algo em sua garganta lhe impedia, ela se fechava, se contraia, não permitindo que som algum fosse proferido, a não ser o som gutural causado pelo prazer.
Suas mãos subiram para os cabelos macios e claros como os raios de sol, puxando-os com delicadeza, então sentiu ... duro, firme e cada vez mais rápido. De repente, as mãos macias e delicadas tornaram-se firmes e fortes, os cabelos que emanavam a própria luz tornaram-se o negrume da noite, e os olhos azuis que tanto lhe fascinava viraram pedras vulcânicas.
Não era ela ... não mais.
- Itachi. – Susurrou.
Era ele quem agora reivindicava seu corpo, tomava-o, bebia-o. Não mais ela...nunca mais ela.
- Eu te amo. – O ouviu dizer, no auge da paixão, com um grunhido rouco.
Sabia disso, sabia de todo o amor e devoção que aquele homem dedicava a si, a amando e venerando como se fosse uma divindade.
O amava também, mas não como amava ela, nunca seria.
Seu coração, seu mais profundo e verdadeiro amor, já tinha sido entregue à outra pessoa, e a ela pertenceria até seu último suspiro de vida, assim como o dela foi.
Eu te amo...Ino.
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