História Ela é perfeita - Bughead - Capítulo 65 - o fim?

Jughead

eu vejo os bombeiros tentando achar pulso na Betty, os bombeiros se encaram e fazem um sinal de negativo, eu não posso acreditar no que aconteceu, e então faço a única coisa que me restou.

-- Jughead: Olá Deus, sou eu Jughead Jones...

- Eu faço uma prece, uma prece não, uma súplica enquanto Betty é colocada dentro de um saco preto, a minha vida estava acabando ali junto da dela, essa dor que corta meu peito é insuportável e a única coisa que me dá força pra ficar em pé neste momento é pensar em minha pequena Charlotte, ali vendo o corpo sem vida de Betty eu me permito sofrer e meu cérebro busca refúgio em memórias, como por exemplo, no dia em que nos conhecemos, do jeito desastrado dela derrubando café em nós, ou como da primeira vez que senti ciúmes dela, vendo o Archie a beijar, ou o dia em que conheci Olívia e o dia que fui grato por tudo que ela fez, e assim me lembro da promessa que fiz em seu leito de morte "eu vou cuidar dela" mas eu não consegui proteger a Betty, por Deus, eu nunca vou aceitar ter perdido ela.

- Eu passo a mão por meus cabelos enquanto o saco aos pouco é fechado, já não consigo mais controlar minhas lágrimas, e quando eu vou me despedir de Betty eu sinto algo, uma respiração fraca mas quente bem no meu pescoço.

-- Jughead: céus! ela está viva? - eu pergunto pro bombeiro que vem de forma imediata verificar.

-- Bombeiro: Cristo, é um milagre, vamos levar ela pro hospital. - ele diz já abrindo o pouco do saco que estava fechado. - Senhor Jones, se souber o tipo sanguíneo dela será muito útil, ela perdeu uma quantidade gigantesca de sangue. - Ele diz pondo ela na ambulância.

-- Jughead: o tipo sanguíneo dela é B , o mesmo de meus irmãos, e o meu é O- sou doador universal - eu digo entrando na ambulância.

-- Bombeiro: Ótimo, convoque eles para o hospital, todo sangue disponível será útil. - ele diz enquanto começa o processo de entubação.

- Ligação On

-- Jughead: olá Charles, o Dylan está aí? - eu pergunto sem nem lembrar direito quem estava em casa quando eu saí.

-- Charles: sim, estamos todos seguindo a ambulância até o hospital.

-- Jughead: ótimo a Betty precisa de sangue.

-- Charles: tudo bem, até daqui a pouco, fica bem irmão, ela é forte e vai sair dessa.

-- Jughead: vai sim Charles, ele precisa sair dessa.

Ligação Off

-- Jughead: estão todos a caminho do hospital. - eu aviso o bombeiro

-- Bombeiro: vocês são doadoras regulares de sangue?

-- Jughead: sim, todos somos. - eu digo enquanto sento ao lado do corpo de Betty, sua pele está mais pálida que o habitual e seu abdômen ainda sangra devido ao tiro, essa cena dói tanto.

-- Bombeiro: tudo bem, vou ligar pro hospital e explicar a situação, assim eles já vão equipando a sala. - eu dou um leve aceno com a cabeça e ele saí fazer sua ligação.

-- Jughead: Betty, meu amor! você está sendo tão forte princesa, por favor, aguenta firme, estamos quase no hospital. - eu digo enquanto seguro suas mãos gélidas.

- Em poucos instantes chegamos ao hospital e já tinha uma equipe esperando ela na entrada.

???: O senhor é o que dela?

Jughead: namorado

???: é o doador de sangue? - uma moça me pergunta enquanto empurramos a maca hospital a dentro.

-- Jughead: sim, eu e meus dois irmãos. - digo quando vejo eles correndo atrás de nós.

???: Ótimo, vamos por aqui. - nós entramos em um quarto que estava visualmente equipamento com máquinas de transfusão. - Vocês três estão se alimentando direito e seguindo todos os procedimentos de doadores?

-- Jughead: sim, nós sempre vamos doar sangue juntos, e esse final de semana deveríamos ir, então estamos todos Ok. - Eu digo agilizando o processo.

-- ???: Ótimo, pois não vamos ter tempo de fazer testes. - diz a moça que eu ainda não sei quem é.

- Nós estávamos ao lado de Betty fazendo a transfusão quando ela sofreu a primeira parada cardiorrespiratória, e novamente eu tive aquela sensação terrível de perder ela, toda aquela equipe correndo em cima dela e tentando fazer ela voltar, parecia um pesadelo, com um pouco de tempo ela foi estabilizada, mas a médica disse que ela não aguentaria sofrer mais duas paradas, já que seu corpo estava muito fraco.

- Nós terminarmos a transfusão e precisamos sair da sala mas antes de sair eu fui bem do lado de Betty e a beijei

-- Jughead: Betty meu amor, falta pouco, você precisa aguentar só mais um pouco, eu suplico, só mais um pouco, querida! - eu digo e não consigo controlar as lágrimas, a idéia de perder a Betty me dói tanto, então com a ajuda de meus irmão saio de dentro do quarto e vou para a recepção, assim como todos, aguardar notícias, e essa é uma das partes mais difíceis, você não sabe o que está acontecendo, então qualquer um da equipe pode vim e dizer "ótimo, ela está se recuperando" ou "sinto muito, mas ela não resistiu" .

- Eu precisava saber como estava minha filha, eu confio muito em Toni mas assim como todos ela deve estar abalada também.

Ligação On

-- Toni: Olá Jughead, como ela está?, por favor, me diz que bem.

-- Jughead: olá Toni, agora ela está entre a vida e a morte mas antes ela estava somente entre a morte, então ainda tem chances. - eu digo enquanto lágrimas escorrem em meu rosto

-- Toni: a Verônica me contou tudo, Céus! Jughead, eu deveria estar no lugar dela, deveria ter insistido pra ela fugir com a Charlotte e eu ficar. - Toni diz e em sua voz é perceptível a culpa e o desespero.

-- Jughead: o que passou, passou Toni, eu preciso que você fique bem a Charlotte precisa de você.

-- Toni: por Cristo Jughead, Isso é tão difícil, mas eu vou me manter em pé, pela Charlotte. - ela diz respirando fundo

-- Jughead: e como Charlotte está?

-- Toni: ela chorou por algum tempo e depois do nada parou, talvez ela tenha sentido o que aconteceu com Betty. - ela diz e eu paro pra analisar a situação.

-- Jughead: verdade, dizem que crianças são sensitivas, obrigada por cuidar dela Toni, qualquer coisa me avisa.

-- Toni: não se preocupe Jughead, qualquer notícia me avisa também, se cuida.

Ligação off

- Já fazia mais de 5 horas que estávamos naquele hospital, sem nenhuma informação, eu estava ao ponto de surtar, estava andando de um lado pro outro tentando processar tudo que aconteceu.

-- Gladys: Jughead! meu filho, se acalme, por favor. - minha mãe pede enquanto me segura pelo ombro

-- Jughead: eu não consigo mãe, dói tanto. - eu digo e ela me abraça

-- Gladys: eu sei que dói meu filho, mas você precisa ser forte por ela. - e ali no abraço de minha mãe eu busco refúgio, um porto seguro, um consolo.

-- Uma hora depois um médico, um senhor já de idade avançada vem até nós.

--Médico: vocês são os familiares de Elizabeth Cooper? - ele diz me fitando.

-- Jughead: sim,somos sim. - eu digo me levantado.

-- médico: ela é um milagre meu filho, em todos esses meus longos anos dentro da medicina eu nunca vi isso acontecer, em um instante, totalmente morta e quase sem sangue no corpo, em outro momento seu sopro de vida é restaurado. - ele diz de forma paciente.

-- Jughead: como ela está doutor? - eu pergunto aflito com a paciência dele

-- Médico: se recuperando, aos poucos, mas se recuperando, sabe, hoje vocês presenciaram um fenômeno que muitos de nós acreditamos e alguns nem sabem que existe, o amor e a força de filho pra mãe. - e nesse momento eu fico extremamente confuso.

-- Jughead: como assim doutor? não estou lhe entendo.

-- Médico: muitos acreditam no amor de mãe para com seus filhos, certo? - ele diz fitando meus pais, que fazem um sim com a cabeça- Hoje nós tivemos a prova do amor filho para com sua mãe, de como eles podem ser o suporte de vida para quem amam.

-- Jughead: ainda não entendi. - por Cristo, esse médico só está me deixando confuso

-- Médico: Elizabeth está grávida de 3 semanas, parabéns papai- ele diz e aperta minha mão.

- Nesse momento meu mundo todo passa em câmera lenta, por Deus, eu vou ser pai de novo, eu e Betty vamos ter um filho, e uma sensação de euforia toma conta de mim, esse está sendo o melhor momento dessas últimas 10 horas, obrigado universo por de vez quando conspirar a nosso favor.