É o poder, aceita porque dói menos
De longe falam alto, mas de perto tão pequenos
Se afogam no próprio veneno, tão ingênuos
Se a carapuça serve falo mesmo
E eu cobro quem me deve
É o poder, o mundo é de quem faz
Realidade assusta todos tão normais
Viu falei
Depois não vem dizer que eu não avisei
É o Poder - Karol Conká
Encontrou seu antigo quarto intacto e viu que seu guarda-roupa ainda existia ali. Trocou suas vestes, prendeu a capa feita de pele animal em seus ombros e colocou sua coroa sobre o cabelo escarlate. Saiu do prédio novamente e viu que os habitantes de Eligius haviam desaparecido.
-Onde eles estão? - perguntou a Octavia.
-Fugiram - a mesma respondeu - O que fazemos agora? - ela perguntou.
-Vamos pra guerra - Anneliese proferiu, olhando em volta - Vamos ver quem tem mais poder.
-Anne - ouviu uma voz atrás de si e se virou, vendo Bellamy ali. Ele engoliu em seco, vendo a aparência da ruiva, mas optou por ignorar - Precisamos conversar, acho que não precisamos matar todos na nave.
-Eles quebraram o acordo, Bellamy - Anneliese dispensou - Afinal, por que está defendendo criminosos? - perguntou, cruzando os braços sobre o peito.
-Não estou defendendo-os - se defendeu - Só acho que não precisamos ser tão radicais - explicou.
-Se Raven não matá-los, farei eu mesma - garantiu e Bellamy encarou seus olhos.
-Você não era assim - ele apontou com um suspiro - O que aconteceu com você? - perguntou.
-Eu sobrevivi - ela suspirou também - O mundo é um lugar cruel, Bellamy, principalmente quando se está sozinho - encolheu os ombros e afastou-se antes que ele pudesse falar mais alguma coisa.
[...]
- Eles perderam praticamente um terço de todos que estavam no abrigo, mas olhe pra eles - Anneliese comentou, vendo Octavia com os guerreiros dos Wonkru enquanto girava uma adaga entre seus dedos - Fortes, unidos. É realmente impressionante.
-Assim como sobreviver sozinha - Bellamy respondeu e Anneliese o encarou - Como conseguiu?
-Bom, eu não estava sozinha - Anneliese respondeu - Eu tinha a Maddie, por mais que tenha sido um inferno quando eu a encontrei - resmungou e ouviram gritos.
-Me ajudem! - identificaram a voz de Miller.
-São os batedores - Indra avisou.
-É o Obika! Chamem um médico! - Miller continuou, colocando o homem no chão.
-Clarke, pega o kit - Anneliese ordenou e a loira acenou, ajoelhando ao lado do homem segundos depois.
-Ele ainda está vivo, mas o coração está acelerado - informou e todos assustaram ao ver algo se mexer dentro de Obika - Tem alguma coisa dentro dele! - avisou.
-Levem ele pra dentro - Bellamy disse e pegaram o homem no chão - O coloque sobre a mesa.
-Clarke, o que é isso? - Indra perguntou.
-Eu não sei - a loira respondeu exasperada.
-Miller, conta exatamente o que aconteceu - Anneliese perguntou.
-Nós comemos e depois nos separamos para cobrir mais terreno e de repente ele estava gritando - Miller explicou.
-Deixe eu ver as rações - Clarke pediu.
-Se fosse as rações, Miller também teria - Anneliese a cortou.
-Entrou nele de alguma forma - Clarke refutou.
-Olha - Bellamy mostrou e Anneliese se aproximou.
-Veio da areia - informou e passou a mão pelo cabelo, tentando pensar - Ah não - sussurrou.
-Anne, o que foi? - Octavia perguntou.
-Precisamos matá-lo - informou - Não tem jeito, a criatura nesse momento está alojada nos fígado dele e produzindo filhotes. Se o deixarmos vivo, todos estarão infectados amanhã cedo.
-Acabem com o sofrimento dele - Octavia ordenou e saiu da tenda. Anneliese saiu atrás dela e se afastou do acampamento, encarando as dunas ao seu redor.
-Por que sempre acaba em morte? - perguntou a si mesma.
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