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História Eldarya - Uma aventura inesperada - Cap.95


Escrita por: TsukiHime0713

Capítulo 100 - Cap.95


Nevra

Assim que entrei na enfermaria, encontrando a Ewelein, não perdi tempo em avisá-la sobre o ryōude, Lance e o Absol. Recebi uma bolsa dela e corri para o quarto da Cris enquanto ela, acompanhada de mais dois enfermeiros que estavam quase se recolhendo (uma vez que, por haverem ainda muitos pacientes na enfermaria, mais gente era necessária de plantão) para recolherem o corpo do ryōude.

Já lá em cima, acompanhado do Valkyon que encontrei no meio do caminho, contei a eles o que havia acontecido (e ainda bem que o sorteado a buscar Absol foi o Valkyon, mas fico imaginando até quando será possível esconder a “liberdade” do Lance nesse ritmo). Ezarel acordou o Ghadar e nós o interrogamos. Não gostei nem um pouco das informações dadas por ele, sem falar que ele era tão canalha quanto o miserável que eu enfrentei a pouco.

Repassei o recado do Lance depois que Ghadar deixou de respirar. Pensei em um de nós dar uma ajeitada dentro do quarto e Ezarel estava querendo deixar o trabalho para o Gelinho, nos revelando um dos castigos que a Cris impôs a ele (não é à toa que eu nunca subestimo uma mulher!), mas o Leiftan o convenceu com a sua argumentação e ele mesmo acabou ficando para ajeitar mais ou menos o lugar, me pedindo para levar a faca do Ladrão para a Miiko.

Acabei a encontrando com a Ewelein, entrando no quarto da Erika e Valkyon. Passei reto (quando elas terminarem eu falo com a Miiko). Ajudei o Ezarel com o Ghadar e ficamos na enfermaria esperando pelas duas. Quando elas chegaram, com Leiftan entrando em seguida, repassamos os resultados do nosso pequeno interrogatório; da minha luta com o ryōude que carregava mais que o quíntuplo de amuletos (provavelmente roubados) protetores se comparado à Cris (e que explicavam a janela quebrada da Cris e minha falta de auxílio. Como que o Lance foi ajudado?); sobre a faca que tanto a Miiko quanto o Leiftan reconheceram o perigo que ela representava, e sobre Absol que foi para o quarto acompanhado de Valkyon ao invés de ir por umbracinese depois de tratado.

Miiko achou melhor reunir a Reluzente à tarde do dia que chegava para que todos pudessem ter um pouco mais de descanso por causa do longo dia (e noite), e pediu para que eu e a Ewelein conversássemos com o Karuto (já que estava quase na hora dele se levantar) uma vez que não era segredo algum o apreço dele para com a Lys de Eldarya.

_longo suspiro_ Espero que consigamos todos sobreviver até o solstício de verão...

 

Cris

Depois da esquisitice sobre a flor da Floppy (que me fez lembrar muito do pêlo de Absol), meu dia seguiu de forma normal na cozinha. Quer dizer, até eu ficar sabendo que o Darfn, da mesma guarda que eu e que havia sido colocado para me velar enquanto estava inconsciente, havia sido morto. E foi a namorada dele quem me contou! Não pude deixar de ficar meio deprimida por mais essa morte ligada a mim... (é bom você me compensar depois Lei do Retorno! Está me ouvindo?!) Ao final do meu expediente, Leiftan me avisou que entrou em contato com os purrekos para que me concertassem a janela e por isso me pediu para ficar um pouco mais no quarto do meu chefe, até estar tudo pronto (além de me repassar o recado que o Lance deixou com o Nevra). Fiz como ele disse. Descansei sentada à janela do quarto de Valkyon e Erika, mas não esperava receber a pequena visita que me apareceu.

– Sirius!

– Miau, como vai princesa? – entrava ele fechando a porta.

– Mais ou menos. Está em Eel à negócios?

– Algo assim. Soube o que lhe aconteceu ontem... à noite... – (mas já?!?!) – As noticias voam entre os purrekos, e eu já havia sido contrato por vários nobres a encontrar aquele nojento que a atacou. Sem falar que ele já tinha contas a acertar com a sociedade purreka.

– Parece que você vai ter de passar um tempinho em Eel... – falei sem deixar a janela e com ele bem perto de mim.

– Purral está negociando a entrega do corpo daquele ryōude com a Miiko, há muitos itens roubados que não estão com ele agora e, se eu tiver a chance de examiná-lo, talvez encontre pistas de seu esconderijo.

– E consequentemente do restante das coisas roubadas, não é mesmo.

– Miau, com toda a certeza! – ronronava ele. Ficamos em silêncio por uns instantes com ele o interrompendo – Você... há algo em que eu possa ajudá-la? Quero dizer, ontem você causou o maior reboliço ao recuperar o equivalente de umas três ou quatro bibliotecas e ainda depois...

Ele parecia meio sem jeito e uma ideia me surgiu na cabeça ao observar o felino – Sirius...

– Hum?

– Será que... você se importaria... se eu lhe tratasse como um gato terráqueo, só um pouquinho?

– O-o-o quê?

– Por favorzinho...

– M-m-mas o que planeja e-exatamente?

– Se importa de eu ficar com você em meu colo por um tempinho?

– E-e-e-e-e-e-eu, eu, eu... – acho que o deixei envergonhado e acabei lhe fazendo carinha de cachorrinho pidão – Tá! Tudo bem. – ele olhava aos arredores – Mas se alguém me questionar, eu vou negar! Tenho uma reputação a zelar.

Ri um pouco e o peguei em seguida. Ajeitei-o mais ou menos em meu colo e comecei a acariciá-lo. Pelo ronronar, ele estava gostando. Aquilo meio que me acalmou um pouco.

 

Miiko

Foi só depois do fim daquela confusão de papel e livros que eu me lembrei do Lance (ainda bem que o Nevra me acalmou um pouco sobre isso), mas ele ainda não era algo que eu pudesse apenas ignorar, principalmente com a Erika me chamando no meio da noite com Valkyon perseguindo o irmão (será que é melhor informar esses dois sobre o Gelinho ou é melhor continuar limitando o número de pessoas que sabe dele?).

Aproximando do quarto, vimos Darfn morto e lá dentro, Cris e Valkyon (e o Ghadar _nervosa_ no chão) eram os únicos no quarto. A Cris parecia em estado de choque. Tentei fazê-la largar aquela coberta, mas ela só a apertava ainda mais firme, não entendia o porquê. Isto é! Não entendia até aquela insinuação do Leiftan (ah se eu pego o responsável!). Deixamos os rapazes para trás e cuidamos da Cris no quarto da Erika, onde acabamos confirmando a suspeita do Leiftan (argh!).

Depois da Cris estar mais ou menos cuidada, fui em busca da Ewelein. Para saber qual era a verdadeira condição da Cris... Mas quem disse que foi fácil achá-la? Só a encontrei depois de uns dez minutos, ajudando a carregar um ryōude super trabalhado até a enfermaria. Fiz com que ela o deixasse com os outros enfermeiros e a arrastei até o quarto onde estava a Cris, com ela me dizendo já estar ciente sobre parte dos últimos eventos (oh noite longa!...). Confirmado que nada de mais havia acontecido com a Cris, fisicamente falando, nós duas deixamos a Erika cuidando da Cris e voltamos para a enfermaria.

Na enfermaria, Ewelein confirmou que aquele ryōude tinha sido o responsável pela morte do Darfn, e que o veneno presente no corpo daquele brutamontes era da faca do Lance (agora já sabemos com quem ela está. Lance até que foi bonzinho!...), mas mediante todos aqueles amuletos, não havia explicações sobre como que ele conseguiu matá-lo.

Por conta da hora, diante de tudo que ocorrera e que foi descoberto, mandei Nevra e Ewelein falarem com o Karuto; deixei a condição do quarto da Cris com o Leiftan, já lhe pedindo para depois que amanhecer para informar a todos que uma reunião será realizada hoje a tarde com a Reluzente; e fui eu mesma avisar a Greyn sobre a morte do Darfn (mas se eu soubesse que ela iria falar diretamente com a Cris sobre isso, eu não teria lhe informado a causa ainda. Não esqueço a reação que Valkyon me contou que ela teve ao saber “quem” que ela - e o Lance - encontraram).

E como se não bastasse, Sirius, um dos contatos de S, me resolve aparecer em Eel querendo o ryōude que estava sob os nossos cuidados. Eu até compreendo os argumentos de Purral que veio ter comigo, mas eu também tinha minhas próprias questões sobre ele. Após muita negociação, consegui uma pequena redução na dívida papírica, além da garantia que receberia um relatório detalhado completo sobre tudo que tivesse relação ao Ladrão após entregá-lo aos purrekos.

Na reunião, tivemos a agradável surpresa de recebermos a chegada da Huang Hua que acabou participando da reunião também.

– A situação é realmente complicada... – declarou ela ao eu terminar de fornecer “todos” os informes – Como a Cris está agora? Como ela está lidando com ontem a noite?

– Pelo o que observei, – respondia a Erika – ela até que está lidando bem com tudo isso. Se sentiu um pouco responsável pelo o que aconteceu com o Darfn, assim como foi com o Wasi, mas ela está encarando bem.

– A Cris é uma das mulheres mais fortes que já tive a chance de conhecer. – comentava – Mas ela é sensível também. E como não é possível expulsar todos os nossos inimigos sem sermos descobertos, fica difícil tomarmos uma decisão que nos dê plena garantia de segurança até o dia de resgatarmos a Semente Negra em Apókries.

– Precisamos é descobrir onde que o Lance está... – falava o Kero (_suando frio_).

– E como que ele consegue as informações que adquire também. – completava-lhe a Erika, respirei fundo.

– De qualquer forma... – Nevra tomava a palavra – Temos que reaver a nossa forma de nos organizarmos para impedir novas tentativas por parte de Apókries. Não dá pra continuarmos dando mancada desse jeito.

– Isso é verdade. – Ezarel coçava a cabeça – Alguém tem sugestões?

Montamos e analisamos várias possibilidades de reorganizar nossa segurança (e dando de um jeito de auxiliar o retorno de Lance pra junto da Cris essa noite) o que nos custou umas duas horas de discussões. Resolvida essa parte sem muitas reclamações, lá se foram mais umas duas horas para colocarmos tudo em ação...

 

Cris 2

Sirius estava quase cochilando em meus braços quando o mesmo purreko que me vendeu a janela de meu quarto me procurou para avisar que já estava tudo consertado (Sirius meio que fugiu de mim depois _riso_).

Já estava dando a hora do jantar e eu meio que queria poder retornar ao meu quarto... mas não sozinha. Karuto apareceu para me trazer um prato de sopa e ele me acompanhou até lá em cima.

Entrando no quarto, nem parecia que aquilo tudo tinha acontecido. Tudo estava perfeitamente arrumado! E ainda haviam mais duas cadeiras iguais as que eu já tinha à mesa (_riso fungado_), me totalizando as quatro cadeiras que eu queria...

Comi da sopa na companhia do Karuto, e ao terminar, ele me deixou sozinha para que eu pudesse tomar o meu banho após me avisar que, depois de Absol terminar de entregar as refeições do Gelinho por umbracinese (sem deixar propriamente dito a cozinha), ele resolveu sumir novamente. Isso me deixou um pouco preocupada. Depois de ter descoberto o porquê dele ter sido enfaixado em uma perna então... Absol pode ser forte, mas ele não é indestrutível.

Os lençóis e cobertas de minha cama haviam sido todos trocados, por isso não me senti desconfortável em minha própria cama. Mas eu ainda tinha as lembranças...

Isso não me impediu de dormir (ainda bem!), mas uma voz familiar, me chamando pelo o meu nome, acabou me acordando. Achei que ainda estava sonhando com o que vi diante dos meus olhos (MEU DEUS!!! Que isso seja mesmo real. VALEU Lei do Retorno!).

 

Lance

Durante a minha espera por meu irmão na janela, a Negra me ordenou a estender minha faca por um momento. Nisso, a Branca pousou uma das mãos sobre ela, recitando em sussurro alguma coisa que não prestei muita atenção por que estava com dificuldade de entender o que acontecia com o sanguessuga, mas depois que a Branca terminou, foi como se uma névoa tivesse sido removida diante de meus olhos (o que sua irmã fez?).

“[roxa]Por conta da nossa atual situação, e graças a todo o poder que minha irmã adquiriu depois da Púrpura com a ajuda da Cris, ela pode romper qualquer tipo de lacre ou proteção mística, enquanto eu só posso abrir fechaduras sólidas como as celas da prisão e a porta da Sala Restrita da biblioteca.” – (vocês duas gostam de manipular as coisas, heim!) – “[roxa]Não começa! Enfim, ela depositou um poder parecido em sua faca para que você possa atravessar as proteções de todos aqueles amuletos usados por aquela criatura lá.” – (esse poder é permanente? _sorriso sinistro_) – “[roxa]Não!...” – lamentável... – “[roxa]Você só será capaz de usá-lo por no máximo umas duas horas... Não se demore a voltar pra Morada depois que cuidar daquilo ali.” – as duas encaravam a surra que o sanguessuga estava levando (tá demorando porque Valkyon...) – “[roxa]Ele já tá quase aqui e você sabe. Depois que descer, espere por Absol pra voltar ou a madrugada pra vir por suas próprias pernas.” – (vocês me garantem que mais nada de ruim vai acontecer com ela, né?).

As duas me assentiram e Valkyon chegou finalmente. Mandei ele e Erika cuidarem da minha Ladina e fui ensinar uma lição à aquele quatro braços, salvando o sanguessuga dele. Agradeci ao sanguessuga por ele ter arrancado aquele verme de cima da minha amada (_sorriso fungado_ “minha” amada...) e informei como que eu faria pra voltar pro quarto depois de informar ter dito que havia deixado o outro miserável vivo.

Fiquei na Morada. Absol me entregava as minhas refeições da mesma forma que havia feito no dia que o meu ex-sócio e a passarinha resolveram ficar dentro do quarto e no dia em que aqueles três resolveram empurrar aquela poção na Cris, com recados do sátiro me avisando sobre o estado dela e agradecendo pela lição que dei no nojento.

O tempo passava e nada do black-dog vir me buscar (aquelas duas me assentiram que nada de ruim aconteceria com a Cris, mas e quanto ao guardião dela?). Esperei pela madrugada. Quando finalmente ficou bastante tarde (ou muito cedo), deixei os túneis e segui de volta para o quarto. Que por sinal, me foi bem fácil voltar! (o sanguessuga e os outros devem ter algo a ver com isso).

Chegando no quarto, que graças aos deuses estava aberto, a Cris já dormia. Ela parecia tão tranquila em seu sono, que me neguei a acender qualquer luz que pudesse perturbar o descanso dela, ainda mais estando acostumado com a escuridão. Tomei um banho rápido e ainda me arrumava quando ouvi alguém entrando.

– Cristinne! – era um homem quem sussurrava – Cristinne, é você mesma? – o vi se aproximando da Cris e tomei cuidado para não ser percebido (quem é esse cara? A presença dele é parecida com a dela!) – Cristinne, acorde!

Quem é você e o que pensa que vai fazer com ela? – questionei-o o agarrando por trás e o afastando da cama.

– Lhe faço as mesmas perguntas. – respondeu ele se livrando de mim com uma cabeçada em meu nariz.

Começamos a lutar. Ele sacou uma espécie de faca enquanto acabei pegando uma que havia sobre a mesa. O cara não era ruim e quase não notei o filhote de fenrisulfr que Absol impediu de avançar sobre mim. Estávamos prestes a nos golpearmos com nossas respectivas lâminas quando a Cris se pões no meio de nós de repente. Quase que acontece uma tragédia.

– FICOU LOUCA SUA SEM NOÇÃO? – berrava aquele cara – Maluca desse jeito, só pode ser você mesmo Cristinne!

– Quem é esse homem Cris? Você o conhece?

– Conheço. – respondeu ela chorando... e sorrindo?? – Esse é o Christiano... – ela o abraçava (...) – Meu irmão mais novo! – (QuÊ?!?).

 

 



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