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História Eldarya - Uma aventura inesperada - Cap.56


Escrita por: TsukiHime0713

Capítulo 60 - Cap.56


Miiko

Estava lendo pela milionésima vez a carta que Huang Hua me enviou três dias depois de ter partido...

 

Boas notícias Miiko,

Consegui contatar a Fênix e ela está animada em saber sobre as evigêneias. Ela queria que EU fosse a sua representante! Mas como eu já estou representando a rainha Margaritári, outro fará este papel. Ela também forneceu uma grande ajuda ao contatar os lideres mais influentes das outras cidades e reinos, convencendo-os a mandarem um representante SEM FALTA!

Também falei sobre a Cris para ela. Sobre seu poder purificador e sobre a sua missão. Miiko, prepare a prisão ou seja lá onde for que esteja colocando os contaminados que aguardam o tratamento da Cris! Pois a Fênix estará enviando 40 contaminados à Eel para que possam ser salvos. E claro, mantimentos para podermos cuidar deles.

Eu chegarei em Eel junto deles, uns dois ou três dias antes do baile. Espero haver boas noticias do seu lado também.

Ass.: Fen Huang Hua.”

 

40 contaminados!? De onde saiu esse número!? O baile agora é depois de amanhã, o que quer dizer que ela chegará a qualquer momento. Coloquei Leiftan e Valkyon para se encarregarem dos preparativos em relação aos contaminados; Nevra já estava encarregado do caso de Lance (e parece que Ezarel está lhe dando uma ajuda); Kero, Erika e eu estávamos organizando os representantes de acordo eles iam chegando; e ainda tem a Cris... eu não consegui me lembrar de avisá-la sobre esse grupo enorme até agora! Sem falar do aviso da Oráculo Branca para me preocupar com ela (incluindo o relatório da missão extra que Erika e Valkyon tiveram ontem). E ela não pode saber disso...

Eu não dormi nada desde ontem, no aguardo da Huang Hua. Não deixei a Sala do Cristal com medo que a Oráculo aparecesse outra vez (aquela historia de sombras continua me perturbando e a chegada daquela yukina me deixou mais alerta ainda).

– Miiko! – Leiftan entrava na sala – Huang Hua chegou finalmente!

– GRAÇAS AOS CÉUS! – acabei exclamando seguindo ao encontro de Huang Hua.

Atravessei Eel e me encontrei com ela nos jardins, com várias carroças cobertas seguindo em direção ao QG (devem ser os contaminados. Ainda bem que quase todos ainda estão dormindo).

– Miiko, minha querida! Desculpe a demora.

– Você tendo conseguido chegar em segurança é o mais importante. E dá pra me explicar de onde que a Fênix tirou 40 contaminados?!?

– Haha, nem eu acreditei nesse número. A Fênix não aceitava que a única forma de ajudar os contaminados fosse lhes matando, por isso os mantinha aprisionados enquanto seus alquimistas e magos pesquisavam por maneiras de purificá-los. Resgatá-los daquele estado!

– E foi só você falar da Cris para ela, que ordenou a trazida deles pra cá...

– Isso mesmo. Usamos poções do sono para mantê-los calmos durante a viagem, mas sempre tinha um ou outro querendo acordar. A Cris já está preparada para eles?

– Não. – falei meio sem graça e Huang Hua pareceu não gostar muito – Por conta de todos os “problemas” do baile, ninguém conseguiu avisá-la e tem mais...

– O quê aconteceu Miiko?

 

Lance

Ontem foi... diferente. Não esperava que a Cris pudesse me dizer um ‘sim’ para um convite meu, logo eu, quem mais a prejudicava. Não comentei sobre a mulher branca que vi, que devia ser a tal yukina que apareceu, e ainda bem que ela não conseguiu levar a Cris de Eel (eu ficaria bem encrencado com ela fora).

Também não pude esconder a minha satisfação com a expressão que a Negra fez ao saber a resposta da Cris, “e eu que já planejava como me divertir com você” foi o que ela comentou antes de sumir emburrada como uma criança que não conseguiu o que queria de seus pais _sorriso_.

Diferente das outras noites, consegui dormir bem dessa vez, e acordei com Absol andando de um lado para o outro, sem desviar o olhar da janela, ao invés de deitado ao lado da Cris, lhe protegendo. Aquilo era estranho. Me levantei para ver o que acontecia e várias carroças estavam entrando em Eel. Tive um mau pressentimento (mas o que é que vai acontecer agora?). Ao menos a Cris dormia tranquila e acho que Absol não carrega intenções de acordá-la cedo hoje.

 

Anya

Acordei com o som de um barulho estranho, olhei pela janela de meu quarto e vi um monte de carroças na direção do QG (mas o que é que está acontecendo?), me arrumei para mais um dia e para descobrir o que é que acontecia.

Me aproximando do quiosque, encontrei a Miiko e a Huang Hua conversando.

– Ainda assim Huang Hua, vocês estão trazendo contaminados demais para Eel. A Ewelein vai querer me matar ao descobrir que agora temos 40 deles na prisão. – (COMO!?!?!?!).

– Eu imagino Miiko, e é por isso que você não devia ter se esquecido de avisá-las quando lhe mandei aquela carta. – prosseguia a Huang Hua (e já faz tempo que ela sabe disso?!?).

– A Ewelein vai reclamar comigo por dias por causa da Cris, mas, por conta do grande número, pensei em fazer a Cris cuidar de 15 em 15 para acabarmos lo...

– VÃO MATÁ-LA!! – interrompi a Miiko surpreendendo as duas (a Miiko está louca!!).

– Anya!? – Huang Hua me encarava ainda surpresa – Bom dia pra você também!

– O que quis dizer com “matá-la”? – Miiko me erguia uma sobrancelha – Ela não morreu quando retornou de Memória.

– Porque ela recebeu ajuda! – falei sem pensar, tanto que acabei por cobrir a boca.

– Ajuda? – elas me encaravam desconfiadas – Que tipo de ajuda Anya? – Miiko me interrogava e eu comecei a olhar a minha volta.

– Vamos para um lugar mais reservado, – sugeria a Huang Hua – parece que este é um assunto delicado.

Miiko concordou e fomos até a Sala do Cristal que ainda estava vazia. Por conta dos contaminados que ainda estavam sendo levados à prisão, ela pediu à Jamon que não deixasse a Cris deixar o quarto até que todos já estivessem lá, e que, por favor, lhe dissesse o porque.

– Muito bem Anya. – começava Huang Hua com seu jeito amigável – Nos explique melhor essa historia, porque é que a Cris pode morrer se cuidar de tantos ao mesmo tempo? Que ajuda é essa que ela recebeu naquele dia?

Por favor, Oráculo, me ajude com o que posso ou não dizer – Como posso dizer... – coçava a cabeça em busca das palavras.

– Apenas conte o que a Erika não colocou no relatório, você o leu não é verdade? – sugeria a Miiko.

Respirei fundo – Lance doou maana para Cris.

– Como!?!? – falaram elas juntas.

– Antes de mais nada, eu me preocupo com a Cris acima de tudo! – falei ao notar a chama da Miiko inquieta – Quando a Cris estava cuidando do nono ou décimo, não lembro direito, contaminado, notei que o Lance parecia concentrado em algo, estendendo uma das mãos em direção à Cris... – (acho que estou pegando as manias da Cris, nunca tremi de nervoso antes!) – Cheguei perto dele, questionando o que fazia depois que parou de fazê-lo e ele me disse que estava passando a maana dele pra ela, antes que ela desmaiasse.

– Espere um momento! – pedia a Miiko – Está me dizendo que o Lance tem interesse na Cris?

– E quem é que não teria? Esqueceu-se da yukina que venho anteontem? Acho que o quê o está realmente mantendo dentro de Eel é a Cris, e não a nossa isca. – (o que não deixa de ser verdade) a Miiko assumiu uma expressão preocupada e Huang Hua passou a respirar fundo.

– Continue Anya, o que mais ele lhe disse? Disse o porquê de tê-la ajudado? E como sabe que ele não lhe mentiu? – perguntava Huang Hua.

– Bom, segundo ele, ele não queria que a guarda prejudicasse ela. Ele tem uma grande mágoa contra nós. Sobre isso ser verdade ou não, podem perguntar à Cris! Ela me confirmou ter ficado perto de desmaiar quando ainda estava no meio do trabalho, e que sentiu um reforço vindo de não sei onde.

– Tudo bem Anya, mas uma coisa ainda não está batendo... – Miiko começava a caminhar pela sala – De onde que o Lance conseguiu juntar maana para que pudesse ajudá-la? E pra quê de verdade? Pois eu não acredito nessa preocupação dele por ela.

Agora sim é que eu fiquei nervosa (Oráculo por favor me socorre!!) – Anya? – Huang Hua me questionava – Você têm a resposta dessas perguntas? – a chama do bastão da Miiko revelava suas emoções no lugar de seu rosto (quero minha mãe...).

Engoli seco antes de começar a falar quase sem voz – Eu... o alimentava...

– Você o quê!?! – Miiko parecia querer me matar, ainda bem que Huang Hua estava junto.

– Era um acordo. Ele ia me dizer como eu podia sair de Eel para a floresta sem ser pega por ninguém e em troca eu lhe levaria comida decente. Só soube o porquê da forma como ele era alimentado quando soube de sua fuga. – falei com as lágrimas me escorrendo – Se não fosse por ele, eu nunca teria conhecido a Cris. E se eu não o tivesse alimentado por todo aquele tempo, é possível que ela nem estivesse mais entre nós... – as duas pareceram se acalmar depois desses detalhes e eu ainda chorava, mas é melhor eu dizer a elas mais uma coisa... – E tem mais um detalhe...

– E o que seria Anya. – pedia Huang Hua de forma suave.

– No final do dia, eu ainda voltei a falar com ele, para entender o interesse dele pela Cris, e ele me confessou que planejava usar aquela maana para fugir e não para ajudar a Cris. – as duas arregalaram os olhos.

– Ele confessou que estava te usando para fugir?? – perguntou a Miiko e eu apenas lhe assenti com a cabeça, a chama dela quase sumiu por um instante – Isso não faz sentido. Qual seria o maior interesse dele na Cris? E... soube que encontraram uma faca dentro de sua cela... – oh-ou... – Você não ajudou Lance a escapar também, ajudou?

Procurei respirar fundo – Nunca ajudaria aquele cara a fazer algo errado. – falei com o máximo de sinceridade e determinação (estamos até mesmo tentando colocá-lo na linha!) – E além do mais, o Becola só se lembrou do risco para a Cris, depois que me questionou sobre essa faca, quando eu o falei.

– Tudo bem Anya, – Huang Hua acalmava outra vez a Miiko – não lhe perguntaremos mais nada por enquanto. Vá vê a Cris! Assim você pode avisá-la sobre tudo o que foi conversado aqui e também sobre os contaminados. Ah! E se possível, gostaríamos de confirmar tudo o que você disse com ela, sobre o dia que retornamos de Memória.

– Sim senhora. – falei após respirar fundo e com a alma um pouco aliviada. Fui direto para o quarto da Cris.

 

Cris

Acordei aos poucos (Absol não venho me chamar cedo por quê?), o frio me deixava com preguiça de abandonar minha cama quentinha, e pude observar Lance à janela encarando Eel.

– Aconteceu alguma coisa? – perguntei ainda deitada lhe chamando a atenção.

– Há várias carroças entrando em Eel, e não parecem trazer boa coisa.

– O que há nelas? – permanecia encolhida.

– Eu sou um dragão e não um brownie-falcão. – não pude deixar de rir – E elas estão cobertas também.

– Algum palpite sobre suas cargas?

– São contaminados. – ergui a cabeça para Anya, que havia entrado sem fazer barulho sequer na fechadura.

– Contaminados? – questionava Lance voltando a observar na janela – Eles são quantos? E de onde estão vindo?

– 40...

– QUÊ!? – acabei me levantando com o susto.

– A Fênix não executava os contaminados encontrados como a guarda sempre fazia, pelo que parece, por isso que juntou esse monte.

– Mas foi só ela saber do poder da Cris pra mandar todos para ela, não é isso? – questionou o Lance com uma cara meio zangada, a qual Anya só assentiu.

– E como exatamente essa guarda planeja me fazer cuidar deles? – comecei a sair da cama de vez (depois dessa...).

– Ainda não tenho muita certeza, eu soube desse número porque estava ouvindo a conversa de Miiko e Huang Hua por acaso. Antes de eu me meter, a Miiko dizia que ia colocá-la para cuidar de 15 em 15 contaminados... – me apavorei, 15!?!

– O limite dela é de menos de dez, o que foi que você disse para aquela kitsune sem noção?

– Bom, eu...

– Você?... – me impedi de entrar no banheiro para ouvir o resto (isso não está me cheirando bem).

– Eu... meio que falei, do Lance...

– Você o quê?! – Lance se aproximava de Anya e eu corri para me por entre eles, mais Absol que começou a rosnar para ele.

– Se acalme Lance. Anya, explique direito, o que foi que vocês três conversaram?

Anya começou a explicar cada palavra trocada entre elas, e aos poucos Lance se acalmava. Só pela conversa que elas tiveram, já sabia que hoje ia ser um looongo dia...

 

Nevra

Depois de ter sido informado sobre a aparição da Oráculo Branca, deixei a Karenn responsável pela Sombra e fui dormir (ou do contrário eu dormiria durante a vigília), mas se eu soubesse que os dois teriam uma noite completa de sono, teria dormido junto deles. Quando comecei a vigília dessa vez, a Cris já o ajudava com o pescoço, e eu não esperava que Lance resolvesse ensiná-la a controlar a própria maana (isso seria bom para ela), só me preocupo com o que ele pode vir a lhe cobrar em troca.

Amanhecido o dia, pensei em ir embora, mas o comportamento de Absol de repente me deixou curioso. E eu não fui o único. Instantes depois de Absol começar a agir daquele jeito, Lance se levantou e foi pra junto da janela (será que ele falará sozinho hoje?), fiquei atento.

De dentro do quarto não ouvia nada, porém um batimento cardíaco diferente surgia no corredor. Me escondi para saber a quem pertencia e vi Anya, com sinais de choro no rosto. Ela entrava no quarto (desde quando ela tem uma chave??) e retornei pra junto da porta pra lhes ouvir a conversa.

Então Huang Hua finalmente chegou, e a Miiko ainda não tinha avisado a Cris sobre os contaminados? E que historia era aquela de limite? Eu simplesmente não pude evitar de ficar boquiaberto sobre as confissões que Anya fez à Miiko e à Huang Hua (o Lance já salvou a vida da Cris?!?) e eu estava realmente certo ao supor que a faca que ele tinha usado para escapar pertencia à Anya, que entregou-a enganada (até que ela foi esperta em danificar a faca ela mesma para atrapalhá-lo). Mas eu ainda não entendo, além da “liberdade” obtida através de Anya e da maana adquirida através da Cris, o quê mais ele pode estar querendo delas?

 

Cris 2

Depois de Anya nos ter explicado tudo, de eu já ter me trocado e arrumado minha cama, comecei a sentir fome. Lance disse ter contado 12 carroças entrando em Eel que ainda terminavam de alcançar o QG. Pedi para Anya conferir se eu já podia descer para o salão (já que o Jamon estaria no caminho), e se eu não pudesse, ela buscaria a comida pra mim. Tive que esperar por ela no final das contas, e quando chegou, não estava sozinha.

– Leiftan? Huang Hua? Precisam de alguma coisa? Entre Anya!

– Nós gostaríamos de conversar um pouco com você. – Falava Leiftan enquanto Anya colocava duas vasilhas de frutas picadas, duas garrafas de bebida e mais dois embrulhos que deviam ser lanches.

– Tudo bem se Leiftan e eu entrarmos? – questionava Huang Hua com um jeito calmo, mas ainda preocupado.

– Claro! – (que não, especialmente o Leiftan) – Acaso é sobre o que Anya me avisou hoje de manhã? – lhes puxava as cadeiras para que se sentassem.

– Bom, sim. – pus Leiftan e Huang Hua de costas para onde Lance estava e comecei a provar as frutas – A Miiko me pediu para falar com você no lugar dela.

– E o quê exatamente vocês querem que eu lhes diga? – deixei o lanche em cima da cama, bem em uma sombra. Anya se sentou na poltrona onde fez o mesmo que eu só que com as frutas (o resto é com Absol!).

– Acho melhor começar do começo. – pediu-me Huang Hua.

 

Lance 2

Ela tinha que permitir a entrada daqueles dois... A passarinha, com aquele dom irritante dela, e o meu ex-sócio eram capazes de me descobrir na primeira chance em pusessem os olhos sobre mim. Sentei-me o mais silenciosamente que pude, pois estava na cara que a conversa ia demorar, mas ao menos fome eu não ia passar.

Como aquelas duas colocaram a parte que me seria cedida na sombra, Absol apenas afundou uma das patas na própria sombra para a mesma emergir na sombra em que as comidas estavam, arrastando a comida para onde eu estava sem ninguém perceber (ter umbracinese é bem vantajoso).

Banquei o inexistente durante aquela conversa enquanto comia.

 

Cris 3

 Terminei de consumir o meu café da manhã e contei tudo o que sabia (e podia) sobre Lance naquele dia e eles ainda pareciam incrédulos.

– Você consegue imaginar por qual motivo ele teria lhe ajudado? – Leiftan me perguntava.

– Além da minha maana e da minha vida, já que sou a chave de salvação de Eldarya? Não consigo pensar em outro motivo não.

– Só espero que ele não tenha intenções... íntimas para com você. – Leiftan comentava em voz baixa, me fazendo corar.

– Como assim, Leiftan? – perguntou a Anya, ainda bem que Huang Hua interveio.

– Vamos encerrar a conversa sobre o Lance, e passarmos a tratar dos contaminados em si. Você lembra quantos já tinha ajudado antes de começar a fraquejar?

– Infelizmente não lembro. Só sei que eu já tinha passado da metade quando recebi aquela ajuda. Que aliás, eu sou muito grata por a ter recebido!

– Mesmo sendo vinda de um assassino? – me questionava o Leiftan.

– Eu já estava rezando por ajuda naquela hora. Quase que imediatamente recebi o reforço de que tanto necessitava. “Quando Deus manda, até o diabo obedece!”

– Amei essa frase! – dizia Huang Hua – De onde a tirou?

– De uma historia, onde essa frase é a moral.

– Quero ouvi-la. Conte por favor! – contei a historia, sobre uma senhora necessitada que pediu ajuda em nome de Deus via rádio e um empresário, que era ateu, resolveu ajudá-la mandando dizer que quem a ajudava era o demônio. Como a senhorinha não questionou os entregadores, que entregavam toda a comida e itens de higiene comprados pelo empresário para ela e que ela não parava de agradecer, sobre quem a ajudava, eles mesmos a questionaram se ela não tinha essa curiosidade. A resposta? Ela disse que não precisava e completou com a frase – É realmente uma bela historia, e essa senhora foi realmente bastante sábia. Fico imaginando qual teria sido a cara do empresário ao receber a resposta dela...

– Com certeza seria algo divertido de se ver. – falei imaginando as possibilidades, com Anya segurando o riso também.

– Certo. – Leiftan nos cortava – Que tal agora retornar ao assunto? Acha que é capaz de cuidar de sete faerys de uma vez?

– Acho que sim... mas como vocês decidirão a ordem deles?

– A Fênix me passou uma lista informando a ordem dos que estavam sendo mantidos presos a mais tempo, pensamos em segui-la. No dia do baile não terá de se preocupar com eles.

– Entendo. E é com eles que a Miiko está ocupada? Por isso mandou o Leiftan em seu lugar? – ambos ficaram desconfortáveis (por quê?).

– Bom... isso também... – Leiftan se erguia – Eu vou repassar o combinado aqui para ela. Por favor, se mantenha no quarto mais um pouco. Anya, pode me acompanhar para que possa avisar a Cris quando estiver tudo no lugar? – Anya ficou receosa.

– Pode ir Anya... – falava a Huang Hua com aquele jeito tranquilizador de falar – Ficarei para que a Cris tenha companhia até sua volta.

Meu pensamento estava em Lance, e acho que o de Anya também. Olhei para Absol que apenas me assentiu como se dissesse “tudo bem”. Fiz o mesmo para Anya que me encarava e ela e Leiftan deixaram o quarto.

– O quê mais impediu a Miiko de vir aqui ao invés de mandar o Leiftan? – perguntei me sentando ao lado de Huang Hua (aquele desconforto dos dois não era normal).

– Bom. Isso é meio que pessoal para a Miiko...

– Pessoal em quê? O quê os contaminados poderiam ter de pessoal?

– Os contaminados não, Lance é o problema. – (oi!?) – Não conte à ela que fui eu que falei, mas ela ainda está tentando esquecê-lo...

_boquiaberta_ Lance acabou fazendo um barulho que Absol conseguiu lhe cobrir – Como assim esquecê-lo? Ela ama o Lance??

– Bom, hoje ela tem mais mágoa do que amor, mas antes dele se passar por morto para todos nós, Miiko só não se declarou pra ele porque tinha medo de ser rejeitada. Tanto que ela demorou meses para fazer o luto dele. Ainda mais com o grande número de garotas que tinham interesse nele.

– Quantas mais ou menos? – perguntei por curiosidade (mas no fundo estou incomodada).

– Eu não sei lhe dizer... assim como Nevra, Ezarel e até o Valkyon e o Leiftan, ele tinha uma espécie de fã-clube de admiradoras.

– Aqueles quatro, especialmente Ezarel, possuem clubes de admiradoras?...

– Possuem. Pelo o quê a Miiko me disse, o clube de Lance sofreu o mesmo que o de Leiftan, quando descobrimos que ele era um daemon.

– Leiftan fingia ser um lorialet, não é isso? O que houve com esses fã-clubes?

– Exatamente. As mulheres que os compunham desistiram deles, seguiram com a vida. Algumas fizeram luto por eles, mas ainda há uma ou outra que ainda gosta desses dois. E como essas seriam relações impossíveis...

– Leiftan pertence de coração à Erika, e não creio que Lance poderia ter algum interesse nelas se a raiva que dizem que ele carrega for tão grande quanto eu imagino. – (ou ele teria?) – E você tem certeza sobre os líderes de guarda? Valkyon já está comprometido e eu não consigo imaginar alguém correndo atrás do Ezarel. Nevra é um Don Juan, então dele eu não duvido.

– Concordo com você, – ela falava rindo – Leiftan me contou que as interessadas por Valkyon diminuiu, pois graças ao que já sabia antes de ser desmascarado e agora trabalhando como mensageiro, ele sabe qual é o preferido de cada garota que está no QG. – sorri de lado – Também acho um pouco difícil imaginar o Ezarel com uma garota, mas tenho certeza que ele apenas não encontrou a certa ainda. E tem mais uma coisa, – ela assumiu um tom sério – parece que as admiradoras do Nevra estão um pouco insatisfeitas com você.

– Comigo porque se eu não tenho interesse nele? E sim o contrário, quero a distância?

– Só que ele não parece querer o mesmo que você, e por isso está gerando ciúmes entre elas. – ótimo. Tudo o que eu precisava _suspiro_.

– Vou ver se eu consigo fazê-lo enxergar isso.

– Te ajudarei se quiser. – sorri-lhe como agradecimento e bateram à porta.

– Cris! – era a Anya – A Miiko disse que já está tudo pronto, vem!

Desci junto de Anya e Huang Hua.

 

 



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