Lucy começou a ficar mais desesperada, queria poder correr, mas sabia que não podia.
Levy apenas observava à loira enquanto a acompanhava, queria poder perguntar o que estava acontecendo, mas sabia que não era ela quem deveria fazer tal pergunta.
Rapidamente puderam ver o portão da faculdade, e logo viram o rosado parado no local, encostado no carro dos Heartphilia.
Lucy – Natsu! – chamou em tom mais alto, fazendo o rosado a encarar.
Natsu – Vocês demoraram – suspirou – Loke estava esperando aqui perto... – falou normalmente enquanto as garotas se aproximavam, abrindo a porta de trás do carro logo depois.
Lucy e Levy estranharam o comportamento do rosado.
Lucy – Natsu, eu... – foi interrompida.
Natsu – Falamos sobre isso mais tarde Lucy, quando chegarmos em casa – falou normalmente.
Lucy encarou o rosado por alguns segundos, mas logo entrou no carro.
Quando Levy ia entrar, pode perceber os olhos tristes e opacos que o rosado tinha, mas não disse nada, apenas entrou e se sentou, vendo o rosado se sentar no banco da frente logo depois.
Lucy queria poder dizer algo, mas viu Loke e entendeu que não era um bom momento para contar o que havia acontecido.
A loira apenas viu o rosado encarar a janela, como se não tivesse olhando para nada ao mesmo tempo.
Após alguns minutos agoniantes, o carro chegou à mansão.
Natsu e Lucy desceram, mas antes que Levy pudesse descer, o rosado segurou a porta da mesma.
Natsu – É melhor você voltar para a faculdade, ou até mesmo voltar para casa – falou normalmente.
Levy – Mas... – foi interrompida.
Natsu – Não há nada em que você possa ajudar no momento, certo? – perguntou com um sorriso.
Levy encarou o rosado por alguns segundos, mas logo suspirou – Tudo bem...
Lucy apenas observava um pouco mais de longe.
Levy – Aqui – sussurrou, devolvendo a caixinha para o rosado.
Natsu apenas segurou a mesma, a colocando de volta no bolso – Nem sei se precisarei disso... – murmurou, recebendo um peteleco em sua testa.
Levy – Idiota – falou bem baixo – Pense direito em tudo que está acontecendo...
Natsu apenas suspirou e logo depois se afastou do carro, vendo o mesmo partir.
Logo depois o rosado se virou e andou em direção à porta da mansão.
Lucy – Ah – seguiu o rosado – Espere, Natsu – continuou seguindo o mesmo casa a dentro.
Natsu subiu as escadas, deixando a loira para trás, que subiu a mesma lentamente.
Após alguns segundos, Lucy chegou ao quarto, vendo o rosado se trocar.
Lucy – Você não vai dizer nada? – perguntou um pouco desesperada, sem conseguir entender nada.
Natsu – Sou eu quem tem que dizer alguma coisa? – perguntou seriamente, terminando de se trocar.
Lucy entrou e ficou de pé próxima a cama, sem responder a pergunta do rosado.
Natsu suspirou – Só uma pergunta então... – chamou a atenção da loira – Aquela foto... Era uma montagem? – perguntou seriamente.
Lucy abaixou a cabeça e negou com a mesma.
Natsu – Entendo...
Lucy – Mas eu... – foi interrompida.
Natsu – Não se preocupe com isso – suspirou, surpreendendo à loira – Descanse, estarei lá embaixo – falou normalmente, deixando o local logo depois.
Lucy não conseguia entender – O que...? – se sentou na cama, passando a encarar a porta – Ele não esta bravo? Ele acredita em mim? Ou então está apenas fingindo que está tudo bem? Ele está me tratando friamente? – levou as mãos ao rosto – O que ele está pensando? O que ele está sentindo? – não conseguia entender, voltando a chorar – Ele realmente acha que eu o trai? Ou ele confia em mim? Preciso explicar a ele o que aconteceu... – o choro começou a se intensificar, mas logo sentiu a barriga mexer, levando a mão até a mesma – Não se preocupem – falou gentilmente – A mamãe vai falar com o papai e vai ficar tudo bem – sorriu, enxugando as lágrimas logo depois.
As horas se passaram, e após Virgo levar o jantar para a loira em seu quarto, Lucy começou a se preocupar.
Lucy – Onde ele está... – murmurou, mas logo viu a porta do quarto ser aberta, mas se desanimou ao ver que era apenas a Virgo novamente, vindo buscar a bandeja e o prato – Né, Virgo, você viu o Natsu? – viu a empregada negar com a cabeça.
Wendy – O Nii-san? – apareceu na porta chamando a atenção da loira – Ele disse que ia dormir na casa do Nill-san e da Luizy-san hoje – falou calmamente – Ele não te avisou? – perguntou inocentemente, mas logo viu as lágrimas, sem intenção, escorrer pelo rosto da loira – Ahn? – se surpreendeu – Eu disse algo de errado?
Enquanto isso, na casa de Nill, Natsu jantava com os dois amigos.
Nill – Que ideia é essa de dormir aqui? – perguntou desconfiado, sentado na ponta da mesa enquanto jantava.
Natsu – Só quero passar um tempo a mais com a Yuri – sorriu – Afinal, faz tempo que não há vejo... – falou ao lado de Nill.
Luizy, que estava sentada de frente para o rosado e ao lado de Nill, apenas suspirou – Você e a Lucy brigaram? – perguntou normalmente, fazendo com que o local ficasse em silêncio por alguns segundos.
Natsu – Não... Eu preferi não discutir – falou seriamente – Não quero que ela se estresse, já que está grávida... – falou a ultima parte em um tom mais baixo.
Nill – O que aconteceu de tão sério para você ter parado aqui? – perguntou normalmente – Alguém disse que você não é o pai das crianças que a Lucy está esperando? – falou todo brincalhão, mas logo percebeu os olhos opacos do rosado –... Me desculpe, eu não achei que realmente fosse algo do tipo – falou mais seriamente.
Natsu –... Tudo bem, não foi sua culpa – falou em um tom mais baixo.
Luizy – Foi ela quem lhe disse isso? – perguntou calmamente.
Natsu – Não, o Rogue... – falou seriamente enquanto comia.
Luizy – E você acreditou? – não entendeu.
Natsu – Se você visse fotos do Nill entrando e saindo de um hotel com outra mulher e logo depois uma foto dos dois se beijando em frente ao mesmo hotel, o que você pensaria? – perguntou seriamente.
Luizy – Eu bateria nele e depois o colocaria para fora de casa só com a roupa do corpo – respondeu normalmente.
Natsu – Eu não posso fazer o mesmo, nem mesmo discutir, já que ela está grávida... – explicou.
Luizy – Mas homens já nascem com a traição no sangue – explicou.
Natsu – Eu nunca trai ninguém – respondeu calmamente.
Luizy – Alguns são especiais... – suspirou – Mas continuando... Você e a Lucy já estão juntos a mais de dois anos, por que ela te trairia sendo que ela falta voar de barriga e tudo mais em cima das garotas que se aproximam de você? – logo depois pode ouvir Yuri chorar – Com licença – se levantou da mesa.
Natsu apenas levou a mão ao rosto, suspirando profundamente.
Após algumas horas, no meio da noite, o rosado se levantou de sua rede e andou sorrateiramente até o quarto onde o berço de Yuri estava.
Se aproximou lentamente do berço, vendo Yuri dormir profundamente.
Natsu – Yuri, o que eu faço? – sussurrou enquanto acariciava a menina com as costas dos dedos – O tio Natsu está tão triste e confuso... – sussurrou tristemente, ficando em silêncio logo depois – Em breve seus priminhos irão nascer... – murmurou enquanto sorria de canto, mas logo deixou uma lágrima cair na roupinha da menina –... Só espero que eles não nasçam de... Cabelos pretos, iguais aos seus – murmurou, não conseguindo mais conter as lágrimas.
Natsu se abaixou ao lado do berço – Eu queria poder acreditar nela quando ela viesse me dizer que é tudo uma mentira, um mal entendido... – sussurrou enquanto chorava – Mas eu tenho medo, medo que ela diga e que eu não possa acreditar... Não possa acreditar na mulher que amo – levou a mão ao rosto, tampando os olhos enquanto continuava a chorar – Se tudo aquilo é uma mentira, um mal entendido, então por que ela escondeu de mim? – não conseguia entender.
Após alguns segundos voltou a se levantar, voltando a acariciar a pequena.
Natsu – O que eu faço Yuri? Agora que eu fugi para cá, ela já sabe como eu estou me sentindo... Quando eu voltar para lá, nós iremos falar sobre o assunto, e eu não conseguirei me conter, serei capaz de dizer coisas que nem mesmo eu quero dizer – falava tristemente – Eu não quero causar algo que possa prejudicar tanto a gravidez, quanto o coração dela... – murmurou a ultima parte – O que eu faço? – deu uma leve arregalada de olho ao sentir a pequena segurar seu dedo enquanto dormia.
Natsu apenas suspirou, sorrindo de canto.
O tempo passou rapidamente após aquela noite.
Jude – E então? – perguntou preocupado.
Virgo negou com a cabeça – Ela quase não encostou na comida – voltou com a bandeja e o prato quase intacto.
Jude – Mas já faz uma semana! – falou agoniado – Se ela não comer direito, ela vai...
Wendy suspirou – Eu vou dar um jeito nisso – subiu as escadas rapidamente
(batidas na porta)
Wendy não ouviu nada, mas logo depois abriu a porta e viu a loira sentada sobre a cama, completamente pálida e com enormes olheiras.
Wendy – Lucy... – viu a mesma virar o rosto, passando a encarar a sacada.
Wendy ficou alguns segundos em silêncio, mas logo depois saiu do quarto – Aquele idiota, o que ele pensa que está fazendo? – pensou irritada saindo da mansão rapidamente.
Já na casa de Nill.
Nill observava o rosado deitado no sofá, vendo televisão.
Nill – Ele se mudou para cá? – sussurrou indignado ao ver uma mochila com os materiais e algumas roupas do rosado – Ele invadiu a mansão de madrugada para pegar essas coisas... E eu pensando que ele havia ido embora.
Luizy apenas ouviu, nada disse.
(batidas na porta)
Natsu se levantou do sofá e foi atender a porta.
Ao abrir a mesma, se deparou com a pequena irritada.
Natsu – Wendy? – se surpreendeu.
Wendy agarrou a bochecha do rosado, a puxando para baixo.
Natsu – Ai ai ai ai ai – reclamou da dor.
Wendy – O que você pensa que está fazendo? – perguntou irritada – Está querendo matar a Lucy e as crianças?
Natsu – Hum? – não entendeu.
Wendy continuou a segurar a bochecha do rosado – Já faz uma semana que ela não tem comido nem dormido direito, e tudo por sua culpa.
Natsu apenas continuou a encarar Wendy.
Wendy – O que aconteceu? Por que você não volta para casa? – perguntou um pouco mais calma.
Natsu se soltou, massageando a bochecha, mas não respondeu a pergunta da pequena.
Wendy – Nii-san! – voltou a aumentar o tom de voz.
Natsu – Vai pra casa Wendy – falou seriamente.
Wendy – Mas... – sentiu o rosado colocar a mão sobre sua cabeça.
Natsu – Vai pra casa – falou gentilmente, voltando para dentro e fechando a porta logo depois.
Natsu ficou parado atrás da porta, olhando para o vazio.
Após alguns minutos, Wendy já estava no quarto da loira novamente.
Wendy – Lucy... – continuou a falar mesmo que a loira não a encarasse – Por que você não foi atrás do Nii-san? Você sabe onde ele está... – falou gentilmente.
Lucy – Ele nem atenderia a porta... Ele nem mesmo me ama mais – falou tristemente com a voz fraca.
Wendy não respondeu.
Após algumas horas tentando saber o que havia acontecido, Wendy viu a loira se deitar.
Wendy – O que aconteceu afinal de contas? Por que eles não me contam? – ajudou a loira a se cobrir e logo depois saiu do quarto.
Antes de descer as escadas, pode ouvir Jude falar com Virgo.
Jude – Se ele não voltar até amanhã à tarde, eu mesmo o buscarei, e na base da força – falou completamente irritado.
Wendy resolveu não descer, apenas voltou para seu quarto.
As horas se passaram rapidamente, e a manhã seguinte chegou.
Lucy abriu os olhos lentamente, permanecendo ainda com as olheiras já que não conseguia descansar ao dormir, viu os primeiros raios de sol iluminar o local.
Lucy voltou a fechar os olhos, mas logo sentiu uma respiração bater levemente em sua cabeça, fazendo a mesma abrir os olhos rapidamente.
Lucy se virou e viu o rosado, dormindo ali, ao seu lado. Seu corpo retomou um pouco de sua cor, suas bochechas coraram, e um sorriso puro tomou conta de seu rosto enquanto seus olhos brilhavam.
Lucy nada disse, apenas abraçou o rosado fortemente, passando a mão por de baixo do corpo do mesmo de modo inexplicável.
A loira afundou o rosto no peito de Natsu, mantendo a barriga afastada.
Natsu acordou ao sentir o abraço apertado.
Natsu – Ficar sem comer e sem dormir não vai mudar muita coisa, Lucy – falou normalmente enquanto coçava os olhos.
Lucy – Você voltou – falou em um tom abafado, permanecendo com o rosto afundado no peito do rosado.
Natsu suspirou – Eu só vim buscar umas peças de roupas, eu já estou voltando para lá – mentiu.
Lucy apertou o abraço, mas logo girou o rosado e subiu em cima do mesmo.
Natsu se surpreendeu – O que está fazendo? – perguntou surpreso – Isso lá é movimento que uma gravida possa fazer?
Lucy – Os bebês aguentam, eles sabem que é para o bem deles – falou ainda em um tom fraco.
Natsu – Novamente algo sem nenhuma lógica – pensou com uma gota na cabeça, vendo a loira em cima de sua cintura – E? O que pretende fazer montada em cima de mim? – perguntou seriamente.
Lucy ficou alguns segundos em silêncio –... Nós precisamos conversar – falou seriamente.
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