Levy, já vestida adequadamente, entrou na sala de parto, avisando que ficaria no lugar de Loke.
Aries se aproximou da garota – Tente convence-la – sussurrou – Não é muito bom ficar esperando assim... – avisou.
Levy se aproximou da loira – Lucy, o que você está esperando? – perguntou calmamente.
A loira encarou a amiga – O Natsu – sorriu de canto.
Levy segurou as lágrimas ao ver os olhos opacos da loira, logo depois pegou a mão da amiga – Lucy, o Natsu não vai vir... – falou o mais gentil possível, mas pode perceber que a expressão da loira não havia mudado, apenas as lágrimas haviam voltado a escorrer pelo rosto da mesma.
Lucy riu – Ele vai vir... Ele não perderia o nascimento dos próprios filhos – fechou a cara ao sentir novamente aquela forte dor.
Levy viu Aries lhe chamar a atenção novamente.
Levy – Lucy, ele não vai vir porque... – parou ao ver a loira a encarar – Porque aconteceu um acidente na pista... – viu a loira arregalar os olhos –... Você sabe, ele havia saído mais cedo, pois iria ver o tumulo da mãe antes do casamento – começou a explicar – Mas na hora da volta, aconteceu um acidente... E ele acabou ficando preso no trânsito – forçou um sorriso ao mentir, vendo a loira dar uma pequena relaxada – Ele nos ligou e disse que não tinha como vir por outro caminho, que até que removessem o carro acidentado e as vitimas, eles teriam que esperar – falou normalmente, e logo pode perceber que os olhos da loira haviam retomado um pouco do brilho.
Lucy –... Entendo... – novamente fechou a cara ao sentir a dor.
Levy – Lucy, não podemos mais esperar pelo Natsu... – falou normalmente.
Lucy – Mas... – foi interrompida.
Levy – Você não quer que seus filhos sofram, né? – Lucy nada respondeu – Como você acha que o Natsu vai ficar se você deixar que algo de ruim aconteça?
Lucy novamente se entristeceu, mas permitiu que Aries começasse.
Levy começou a gravar. Após alguns minutos, que mais pareciam horas, o primeiro bebê foi retirado.
Levy – O primeiro Lucy – falou normalmente – Cesariana é bem mais rápido...
Após o bebê ser limpo, o mesmo começou a chorar, a enfermeira apenas o aproximou de Lucy.
Desta vez a loira chorou de alegria.
Lucy –... Sora – viu que era o menino, mas logo viu o mesmo sendo levado.
Levy – O segundo Lucy – falou enquanto chorava incondicionalmente – Perdão Lucy, por mentir pra você... Natsu...
Logo o pequeno bebê foi limpo, mas Aries estranhou ao perceber que o mesmo não chorava. O bebê foi coberto com um cobertor após ser seco.
Levy começou a se preocupar.
Lucy –... Cadê? – viu que não haviam trazido para ela.
Aries fazia uma leve massagem no bebê e logo depois deu um leve tapinha, fazenda a pequena chorar.
Levy suspirou aliviada.
Logo a enfermeira levou a pequena para mais próxima da loira.
Os olhos da loira brilharam –... Aki – mas logo viu a mesma ser levada.
O rosto da loira apenas mostrava desapontamento e um pouco de palidez, queria poder ficar com os bebês, mas sabia também que aquele não era o momento para isso.
Enquanto isso, Igneel, Gajeel e Wendy já haviam chegado ao hospital em que Natsu estava.
Gajeel e Wendy esperavam enquanto Igneel havia ido à recepção pedir por informações.
Gajeel pode ver Igneel quase avançar no pescoço da recepcionista, mas logo depois viu Wendy ainda chorando com a pequena Yuri em seu colo.
Gajeel – Como será que o Nill e a Luizy estão? – perguntou enquanto encarava a pequena Yuri.
Logo depois Igneel se aproximou ainda mais pálido.
Gajeel – E então? – perguntou seriamente – Como está o Natsu?
Igneel – Está sendo operado... – respondeu em um tom mais baixo.
Gajeel – E o Nill e a Luizy? – perguntou.
Igneel cobriu os olhos com a mão –... Estão mortos... – murmurou, surpreendendo Gajeel e Wendy.
Wendy que estava quase se controlando, voltou a chorar. Gajeel nada disse, mas acabou com os olhos vermelhos e lacrimejados.
Igneel – Só nos resta esperar agora... – continuou a murmurar – Vem...
Andou até uma área mais próxima onde o rosado estava sendo operado, se sentando nas cadeiras que havia no local.
Gajeel nem mesmo se sentou – Vou ligar para a Levy... – falou um pouco abatido, vendo Igneel confirmar com a cabeça.
Gajeel saiu do local.
Wendy – E agora? – perguntou em meio ao choro, chamando a atenção de Igneel – Quem vai cuidar da Yuri? Quem vai cuidar de mim? – o choro se intensificou ao se lembrar de que o rosado estava sempre por perto, cuidando e lhe dando carinho.
Igneel –... Não se preocupe... – chamou a atenção de Wendy – Seu irmão vai continuar cuidando de você como sempre fez... E aposto que ele criará à pequena Yuri como se fosse a filha dele.
Wendy encarou Igneel por alguns segundos, mas logo depois confirmou com a cabeça, enxugando as lágrimas.
Igneel – Além do mais, você não pode fraquejar em um momento como esse... – fez a pequena ficar confusa – A Lucy vai precisar de você para cuidar das crianças, não é mesmo? – fez a pequena confirmar com a cabeça.
Enquanto isso, do lado de fora do hospital, Gajeel falava com Levy.
Gajeel –... Então a Lucy já deu a luz aos bebês... – suspirou – Meu Deus... Que dia...
Levy – Sim... – falou já fora da sala de parto – E você, onde está?
Gajeel – No hospital com meu tio Igneel... Viemos assim que descobrimos sobre o Natsu – explicou.
Levy – E como ele está? – perguntou preocupada.
Gajeel – Ele está sendo operado, então não sabemos muito sobre o estado dele... – falou normalmente.
Levy – E o Nill e a Luizy? – perguntou um pouco mais calma.
Gajeel não respondeu.
Levy – Gajeel? – estranhou.
Gajeel –... Estão mortos... – falou em um tom mais baixo, mas que não escapou dos ouvidos de Levy.
Levy – Como? – não conseguiu acreditar, se sentando em uma das cadeiras, perdendo as forças das pernas.
Levy levou a mão ao rosto – Por que isso tudo esta acontecendo? – não conseguia acreditar.
Gajeel – Levy, agora vou desligar... Se os outros perguntarem, você já tem o endereço – falou seriamente, desligando o celular logo depois.
Gajeel voltou para dentro do hospital, se encontrando com Wendy e Igneel.
Gajeel – E então? Alguma novidade? – perguntou seriamente, vendo os dois negar.
As horas se passaram rapidamente, e logo uma parte do grupo havia chegado ao local.
Gray – E então? – perguntou ansioso ao chegar junto com Jellal, Laxus, Elfman e Cobra – Como ele está?
Gajeel – Ainda não tivemos noticias – falou já desgastado de tanto esperar.
Logo os garotos se sentaram próximos aos outros três.
Gajeel – E as garotas? – perguntou seriamente.
Jellal – Foram para a maternidade... – informou.
O tempo passava e a inquietação aumentava, alguns se levantavam e andavam pelo local, outros abaixavam a cabeça e tentavam dormir para diminuir a ansiedade e o nervosismo.
Mas antes que percebessem a noite já havia chegado.
Gajeel – Que horas é isso? – perguntou com os olhos pequenos de cansaço.
Igneel olhou em seu pulso – 20h: 14min – informou também cansado.
Wendy – O que esses médicos estão fazendo? – perguntou em um tom baixo – Por que tanta demora?
E após mais uma hora, Gajeel se levantou e andou até o filtro de água.
Gajeel – Vocês não querem ir para casa? – perguntou aos amigos – Qualquer coisa ligamos informando..
Gray – Está tudo bem... Não tenho nada para fazer em casa mesmo – respondeu em um murmúrio, fazendo os outros confirmarem com a cabeça.
Logo depois o médico apareceu no local, chamando a atenção de todos.
Médico – Qual de vocês é parente de... – olhou a folha – Natsu Dragneel? – perguntou exausto.
Igneel se levantou rapidamente da cadeira – Eu sou o pai! – falou em um tom mais alto.
Wendy – Eu sou irmã! – respondeu no mesmo tom.
Gajeel – Eu sou primo dele! – falou seriamente.
Médico – Poderiam me acompanhar? – perguntou seriamente, fazendo os três seguirem o mesmo, deixando o restante do grupo para trás.
Mas logo depois Yuri começou a chorar, fazendo Wendy parar.
Igneel – Wendy, volte com a Yuri – falou calmamente – Depois lhe contamos o que aconteceu.
Wendy ficou hesitante, mas percebeu que Yuri começou a chorar ainda mais alto – Me dá a chave do carro... Tenho que pegar a bolsa que a Luizy deixou comigo... – falou normalmente, fazendo Igneel entregar a mesma.
Logo Wendy voltou para trás.
Após alguns segundos Igneel e Gajeel chegaram à sala do médico, percebendo o cansaço do mesmo.
Igneel – E então? – perguntou ansioso – Como ele está?
Médico – Nós fizemos o possível e o impossível... – suspirou, deixando Gajeel e Igneel ainda mais apreensivos – O paciente, Natsu Dragneel, sofreu fraturas múltiplas pelo corpo... Mas, o maior problema foi o fato de ele ter batido a cabeça fortemente... É um milagre ele ainda estar vivo – surpreendeu os outros dois – E pelo que algumas pessoas disseram, ele ainda estava falando antes de perder a consciência... – suspirou mexendo nos cabelos – Sr. Dragneel, o que eu posso lhe dizer é... Seu filho está em coma – chocou Igneel e Gajeel – Teremos que esperar uma possível evolução no quadro clinico de Natsu... Eu não possuo nenhuma religião, mas é bom pedir para que um milagre aconteça... – falou seriamente.
Gajeel que até então havia se segurado, saiu da sala do médico, parando em frente à porta, do lado de fora – Isso não pode estar acontecendo... – deixou que algumas lágrimas escorressem pelo seu rosto.
Após longos minutos conversando com o médico, Igneel saiu da sala completamente abalado.
Gajeel enxugou o rosto e voltou com Igneel para onde todos estavam.
Gray – E então? – esperava por boas noticias.
Gajeel – Deu tudo certo na cirurgia, mas... – foi interrompido.
Igneel – Gajeel, conte depois... Eu preciso falar com a Wendy por um minuto, depois vocês podem ir para casa descansar – informou.
Wendy entregou a pequena Yuri para Gajeel e logo saiu com Igneel.
Wendy – Como o Nii-san está? – perguntou esperançosa.
Igneel – Ele está... Em coma – fez a garota perder os brilhos dos olhos – Mas pense bem, ele está vivo – se ajoelhou na altura da pequena – E daqui algumas semanas ele poderá acordar a qualquer momento – forçou um sorriso, fazendo a pequena confirmar com a cabeça.
Igneel pois a mão em cima da cabeça da pequena – Wendy, não se preocupe, em pouco tempo você terá seu irmão de volta ao seu lado, para cuidar de você – sorriu – Não é mesmo?
Wendy – Sim – deixou uma única lagrima escorrer – Mas... – chamou a atenção de Igneel – Qual a chance de ele não acordar nunca mais? – perguntou em um tom mais baixo.
Igneel se lembrou do que havia conversado com o médico alguns minutos atrás.
“Médico – Sr.Dragneel, não mentirei para o senhor, as chances de seu filho acordar não são muito altas, e a cada dia que passa as chances diminuem – falou seriamente”.
Igneel segurou as lágrimas – Do que você está falando Wendy? – perguntou com um sorriso gentil no rosto – Nós estamos falando do Natsu! Você acha mesmo que ele não irá acordar? – fez a pequena retomar um pouco do brilho.
Wendy passou a mão pelo rosto e sorriu de canto – O Nii-san gosta de dormir, mas acho que não será dessa vez que ele irá ficar deitado até tarde, né? – brincou, fazendo Igneel rir.
Após alguns minutos, Gajeel, Wendy e os demais já estavam no estacionamento do hospital.
Gajeel – Vamos nos reunir com as garotas, assim podemos conversar melhor, sem ter que ficar repetindo as coisas – falou seriamente e logo o grupo foi dividido em dois carros.
Enquanto isso, na maternidade...
Erza – O Gajeel não ligou, Levy? – perguntou um pouco preocupada.
Levy – Não – falou em frente à vidraça do berçário enquanto via os bebês.
Juvia – Gray falou que já estão voltando e que precisam falar com todas – informou enquanto fazia o mesmo que Levy.
Mirajane – Hoje está sendo um dia difícil... – falou um pouco deprimida.
Levy –... Eu queria estar com os olhos brilhando, queria estar sorrindo, queria estar feliz ao ver meus afilhados – falou seriamente – Mas não consigo sentir alegria em um momento como esse...
Juvia – Juvia também... – falou entristecida, já que Levy já havia contado sobre Nill e Luizy.
Juvia e Levy se encararam por alguns segundos, mas nada disseram, apenas voltaram a encarar as crianças.
Lisanna – E a Lucy? – perguntou seriamente.
Levy – Está descansando ainda... Melhor deixa-la sozinha por enquanto, pelo menos até recebermos noticias do Natsu... – falou seriamente.
Mirajane – O Sr. Jude foi aonde? – viu que o mesmo não estava por perto.
Levy – Buscar a bolsa da Lucy e dos bebês – informou.
Lisanna – O Sting acabou nem indo com os meninos... – chamou a atenção de todas – Parece que ele tinha algo a fazer... – falou preocupada.
Levy suspirou.
Após um pouco mais de uma hora, os garotos e Wendy chegaram à maternidade, se encontrando com as garotas em frente ao berçário.
Wendy parou em frente à vidraça, vendo os pequenos mais ao longe com os olhos com um pouco mais de brilho.
Gajeel reuniu a todos.
Erza – E então? Como está o Natsu? – perguntou preocupada.
Gajeel – Vivo... – fez alguns suspirarem aliviados – Mas em coma – chocou a todos.
Levy – O-O que? – não pode acreditar.
Gajeel – O médico disse que teremos que esperar uma evolução no quadro clinico dele... – falou um pouco abatido.
Alguns abaixaram a cabeça e apertaram fortemente as mãos.
Levy – O que eu vou dizer para a Lucy? – perguntou inconformada – Eu disse que o Natsu já estava vindo... – não conseguiu concluir, começando a chorar.
Gajeel abraçou a amada, a confortando.
Erza – Mas e agora? – perguntou um pouco pálida – O que iremos falar para a Lucy?
Gajeel encarou a ruiva enquanto abraçava Levy – Meu tio Igneel pediu para não contar nada por enquanto... – surpreendeu a todos.
Levy se afastou – Como assim? – perguntou indignada – A Lucy tem o direito de saber da verdade! – fez as garotas confirmarem com a cabeça.
Gray – Eu entendo o Sr. Igneel – chamou a atenção – A Lucy acabou de dar a luz, é perigoso se ela entrar em depressão achando que o Natsu não vai acordar... – falou seriamente.
Erza – Mas vamos dizer o que? – falou também indignada – Que o Natsu fugiu?
Jellal – Não... – foi sua vez de opinar – Inventaremos uma mentira que ela possa acreditar, pelo menos até o Natsu recobrar a consciência – explicou.
Mirajane – Eu não vou mentir para a Lucy – falou seriamente.
Laxus – Isso é para o bem dela... Não mentiremos para prejudica-la ou algo do tipo... – respondeu no mesmo tom que a albina.
O local voltou a ficar em um silencio perturbador.
Gajeel –... E então? O que faremos? – perguntou seriamente enquanto encarava a todos.
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